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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Crítica e curadoria nas artes plásticas / Instituto Arte na Escola ; autoria de Tarcísio
Tatit Sapienza ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo :
Instituto Arte na Escola, 2006.
(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 85)

Foco: MC-3/2006 Mediação Cultural


Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia
ISBN 85-7762-016-6

1. Artes - Estudo e ensino 2. Artes plásticas - Crítica 3. Curadoria I.


Sapienza, Tarcísio Tatit II. Martins, Mirian Celeste III. Picosque, Gisa IV.
Título V. Série

CDD-700.7

Créditos
MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA
Organização: Instituto Arte na Escola
Coordenação: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO
Copyright: Instituto Arte na Escola
Concepção: Mirian Celeste Martins
Gisa Picosque
Concepção gráfica: Bia Fioretti

CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS


Copyright: Instituto Arte na Escola
Autor deste material: Tarcísio Tatit Sapienza
Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa
Diagramação e arte final: Jorge Monge
Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar
Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express
Tiragem: 200 exemplares
DVD
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

Ficha técnica
Gênero: Documentário a partir de depoimentos.
Palavras-chave: Artista; crítico de arte; curador; museus; es-
paço expositivo; relação público e obra; estética; escolhas.
Foco: Mediação Cultural.
Tema: O trabalho e a função dos críticos e dos curadores den-
tro do panorama artístico.
Profissionais abordados: Os curadores Adriano Pedrosa,
Lisette Lagnado, Tadeu Chiarelli e Vitória Daniela Bousso; e os
críticos de arte Alberto Tassinari, Agnaldo Farias, Lorenzo
Mammì e Rodrigo Naves.
Indicação: 7a e 8a séries do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Direção: Hilton Lacerda.
Realização/Produção: Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista
de Rádio e TV Educativas, São Paulo (Iniciativa: Sebrae SP com
produção da TV PUC - convênio Fundação Cultural São Paulo).
Ano de produção: 1999.
Duração: 29’.
Coleção/Série: Indústria cultural.

Sinopse
Reunindo o depoimento de diversos críticos e curadores brasi-
leiros, o documentário resgata e esclarece as funções desses
profissionais dentro do panorama artístico. A fala dos curadores
Adriano Pedrosa, Tadeu Chiarelli, Lisette Lagnado, Vitória
Daniela Bousso e dos críticos Rodrigo Naves, Lorenzo Mammì,
Alberto Tassinari e Agnaldo Farias é entremeada por imagens
de obras de arte presentes em exposições concebidas ou co-
mentadas por eles. Tais exposições ocorreram em 1998, nos
espaços da 24a Bienal Internacional de São Paulo, do Paço das
Artes e do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP.

Trama inventiva
Museus, galerias e instituições culturais abrigam exposições,
acolhem visitantes. Curador, museólogo, formas de expor,
montagem, ação educativa e professor mostram as obras aos
caminhantes, oferecendo acesso, afetando-os. Olhos-corpos
sensíveis se movem dentro das obras e ao redor delas. O visi-
tante vive a vida lenta. Experiência estética: múltiplas sensa-
ções, percepções, reflexões. Às vezes, a experiência é solitá-
ria, em seu próprio ritmo. Algumas vezes, é compartilhada com
outros numa visita mediada. Seja como for, a mediação propõe
um acasalamento entre a carne do nosso corpo e a carne das
obras de arte, também na escola. Neste documentário, tudo
parece mirar para o território Mediação Cultural da cartogra-
fia. Na geografia dos passos, celebremos a vida cultural!

O passeio da câmera
Profissionalismo. Imparcialidade. Estilo. São essas palavras que
ilustram o início do documentário, remetendo aos pontos de vista
que serão articulados nos depoimentos presentes nos dois blo-
cos, com duração aproximada de 14’ e 15’.
No primeiro bloco, em forma de conversa com a câmera, falan-
do diretamente a ela, os curadores, Adriano Pedrosa, Lisette
Lagnado, Tadeu Chiarelli e Vitória Daniela Bousso, e os críti-
cos de arte, Alberto Tassinari, Agnaldo Farias, Lorenzo Mammì
e Rodrigo Naves, apresentam suas concepções de crítica e
curadoria. Ficam reservadas para o segundo bloco as falas sobre
as relações entre crítico, curador e artista, além dos comentá-
rios sobre a estruturação dessas profissões no Brasil.
A inserção de registros visuais (1998) do espaço da 24a Bienal
Internacional de São Paulo, do Paço das Artes e do Museu de
Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP trazem imagens de
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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

obras de arte presentes em exposições concebidas ou comen-


tadas por estes profissionais, nos oferecendo o conteúdo com
o qual trabalham críticos e curadores. Finalizando, Ana Amélia
Genioli, Paulo Paulo Whitaker e Cassio Michalany falam sobre
suas relações com curadores e críticos.
O documentário traz pistas para proposições pedagógicas
em Saberes Estéticos e Culturais, focalizando a estética e a
distribuição da arte. Escolhemos o foco Mediação Cultural
pela potência dos depoimentos, os quais oferecem trilhas
para o estudo sobre o crítico de arte, o curador e o artista
como agentes culturais, além das questões que permeiam a
atividade do curador na montagem da exposição e na rela-
ção entre público e obra.

Sobre os críticos-curadores
Lisette Lagnado (Kinshasa/Congo, 1961)
Naturalizada brasileira, sua primeira curadoria, A presença do
readymade, no MAC/USP, é premiada como melhor exposição
de 1993 pela APCA. No mesmo ano, com a ajuda de amigos e
familiares de Leonilson, funda o Projeto Leonilson, realizando a
catalogação de sua obra e o livro sobre o artista. Em 1994,
publica Conversações com Iberê Camargo e é curadora da Sala
Especial em sua homenagem na II Bienal do Mercosul (1999),
destaque entre suas várias curadorias. É coordenadora do
website Programa Hélio Oiticica, que dá acesso para pesqui-
sadores do mundo inteiro a um material inédito. É curadora-
coordenadora na equipe do Programa Rumos Artes Visuais no
Itaú Cultural e da 27ª Bienal Internacional de São Paulo (2006).

Vitória Daniela Bousso (Cairo/Egito, 1956)


Mestre em história da arte brasileira, inicia suas atividades
profissionais em 1977 na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Atua, desde 2000, no Instituto Cultural Sergio Motta como
curadora do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia. Desde
3
1997, como diretora do Paço das Artes, realiza, dentre outras,
as curadorias de: Arte e tecnologia (1998); Por que Duchamp? /
Felix Bressan (1999-2000), Intimidade (2002) e Metacorpos (2003).
É curadora das salas Dennis Oppenheim e Tony Oursler na 24ª Bienal
Internacional de São Paulo (1998) e da Sala Especial Rafael França
na III Bienal do Mercosul (2001), em Porto Alegre.

Adriano Pedrosa (Rio de Janeiro/RJ, 1965)


Curador, escritor e editor. É curador-adjunto e editor de publi-
cações da 24ª Bienal Internacional de São Paulo (1998) e
curador responsável por exposições diversas e pela coleção do
Museu de Arte da Pampulha/Belo Horizonte (2001-2003). Seus
projetos curatoriais incluem: F[r]icciones (Museu Nacional
Centro de Arte Reina Sofia, 2000-2001, com Ivo Mesquita) e
Farsites: urban crisis and domestic symptoms in recent
contemporary art (InSite-05, San Diego Museum of Art, Cen-
tro Cultural Tijuana, 2005). Atualmente, é curador da coleção
Paisagens de Paulo AW Vieira (Rio de Janeiro) e da coleção
Teixeira de Freitas (Lisboa, Portugal). É indicado para ser um
dos quatro co-curadores da 27ª Bienal Internacional de São
Paulo (2006), junto à Lisette Lagnado.

Tadeu Chiarelli (Ribeirão Preto/SP, 1956)


Curador, crítico de arte e professor doutor de história da arte
do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP, coordena o
Centro de Pesquisa de Arte & Fotografia do departamento. De
1996 a 2000, é curador-chefe do MAM/SP, onde continua a
atuar como curador independente. Em 2005, passa a integrar
o grupo de diretores da instituição. Em 1999, lança o livro Arte
internacional brasileira reunindo textos publicados em revistas,
jornais e catálogos.

Lorenzo Mammì (Roma/Itália, 1957)


Crítico de música e de arte. Professor de história da música
do Departamento de Música da ECA/USP. É doutor em filo-
sofia pela USP (1998), com a tese sobre Santo Agostinho, o
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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

tempo e a música. Mammì organizou as edições brasileiras da


Vida de Rossini, de Stendhal e de Clássico anticlássico, de
Giulio Carlo Argan. Suas obras publicadas incluem Volpi e
Carlos Gomes. Desde 1999, é diretor do Centro Universitá-
rio Maria Antonia (Ceuma) da USP.

Agnaldo Farias (Itajubá/MG, 1955)


Arquiteto, crítico de artes plásticas e curador independente.
Professor doutor pela FAU/USP, é professor do curso de Ar-
quitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos
(USP) desde 1985. É diretor da Fundação para Pesquisa
Ambiental – Fupan. É curador geral do Faxinal das Artes, dire-
tor do MAM/RJ, co-curador da 25ª Bienal Internacional de São
Paulo, e curador do Instituto Tomie Ohtake. Seu livro: Arte
brasileira hoje, lançado em 2002, se inicia com um pequeno guia
para os perplexos e nos apresenta um mapeamento da arte
contemporânea brasileira.

Alberto Tassinari (São Paulo/SP, 1954)


Crítico de arte e doutor em filosofia pela USP. Sua dissertação
de mestrado é sobre a pintura em Merleau-Ponty. Sua tese de
doutorado originou o livro O espaço moderno, no qual procura
entender a passagem da arte moderna para a arte contempo-
rânea, usando como fio condutor a idéia de que a arte contem-
porânea pode ser mais bem compreendida por meio de uma
conceituação de seu espaço. Tem publicado, desde 1982, arti-
gos sobre arte contemporânea.

Rodrigo Naves (São Paulo/SP, 1955)


Crítico e historiador da arte. Publica ensaios e artigos em diversas
revistas e jornais brasileiros, analisando obras de artistas moder-
nos e contemporâneos. É editor do suplemento Folhetim, do jor-
nal Folha de S. Paulo e da revista Novos Estudos, do Cebrap. Há
vários anos mantém um curso livre de história da arte. É autor de
diversos livros sobre artistas. Em 1996, publica A forma difícil, obra
fundamental para o entendimento do modernismo no Brasil.
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Os olhos da arte
O curador é inquisitivo, curioso, dedicado, estimulável e bem
preparado para trabalhar com artistas a fim de estabelecer
as conexões necessárias entre eles e o público. Essa respon-
sabilidade modesta, mas altamente envolvente, pode ser
definida como fardo da curadoria.
Olu Oguibe1

Por que fazer curadoria? Por que os curadores começaram a se


envolver cada vez mais, criativa e conceitualmente, na cons-
trução de exposições? Quais as relações entre curadoria e
mediação cultural?
Historicamente, a tarefa do curador está relacionada à
conservação de trabalhos artísticos e à manutenção de
coleções de museus. Entre os anos 1970 e 90, à medida
que os acadêmicos e críticos se tornam menos influen-
tes nas decisões sobre o destino da carreira do artista,
especialmente na cultura metropolitana, um papel de
maior destaque do curador no processo de produção de
exposições começa a se delinear. Esse novo papel faz do
curador um agente cultural que passa a intermediar ar-
tistas, obras e sociedade. Daniela Bousso, no segundo
bloco do documentário, destaca a curadoria de Walter Zanini
para a Bienal de 1981 como marco inicial deste crescimento
da atuação do curador.
Assim, a profissão de curador ganha diversificadas e amplia-
das funções para fora da associação institucional que a carac-
teriza nas décadas anteriores. Novos espaços e áreas de prá-
tica surgem, incluindo a figura do curador independente ou vi-
ajante, o qual é mais livremente conectado a galerias, museu
ou coleção, podendo agenciar projetos de mercado ou
consultoria para essas instituições.
Porém, atualmente, as exposições em que o curador submete
artistas e obras a suas idéias e intenções têm sido amplamente
criticadas, como reflete Rodrigo Naves:

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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

Minha posição pode parecer arcaica, mas acho que a ta-


refa do curador sempre foi a de fazer escolhas e apoiá-
las. Quando a relação entre as obras passa a ser a coisa
que sobressai, o que entra em questão não é a qualida-
de dos trabalhos, mas apenas a possibilidade de articulá-
los. (...) os curadores tendem a usar as obras de arte
para narrar ou confirmar certas idéias, o que me parece
bem empobrecedor. 2
Em conformidade com a noção de curadoria de Rodrigo Na-
ves, no primeiro bloco do documentário, Lorenzo Mammì diz
que a obra de arte não pode ser tomada apenas como uma
ilustração, e Daniela Bousso reforça ainda sua postura de
evitar ingerências sobre o trabalho do artista e enfatizar a
troca de idéias.
Seria incorreto, porém, não reconhecer um papel pelo qual o
curador pode manifestar-se: o de um mediador. Um papel que
se caracteriza pela influência do curador na possibilidade de
viabilizar o processo de produção de sentidos por meio da
exposição. De certo modo, é sobre esse papel que, no pri-
meiro bloco do documentário, Lisette Lagnado nos fala quan-
do aponta dois momentos distintos em seu trabalho de
curadoria: o de seleção das obras de artistas e o da monta-
gem de uma exposição.
Nesse sentido, o conceito de curadoria é entendido como
uma interferência ativa na exposição, já que envolve a
idéia de recorte, gesto do impulso curatorial, que faz a
transição do trabalho de artistas até a ocupação do es-
paço expositivo.
A exposição, nesse caso, é como uma obra que leva a assina-
tura do curador, realçando a sua especificidade na prática de
expor obras de arte. O curador Paulo Herkenhoff nos oferece a
feliz formulação:
Assim, o que está em exposição são as curadorias como
discurso de leitura inventiva e poética da arte. E, sobretu-
do, a própria arte como o espelho da poética de invenção
e da reflexão sobre mitos e práticas simbólicas, diferenças
e linguagens.3

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De alguma maneira, portanto, o curador é o condutor de uma
proposta e vai tentar, com mais ou menos sucesso, de-
monstrá-la por meio do espaço expositivo. Nesse sentido, a
leitura feita por um curador, ou seja, sua curadoria, é um
discurso visual que pode ser mediador quando instaura um
campo interrogante e provocador de uma leitura atenta e
estimulante do público, visando encontrar um olhar inusita-
do do fenômeno artístico.
Se aceitarmos que essa seria a prática da curadoria en-
quanto mediação cultural, possuiríamos uma chave para
abrir novos modos de apresentação de obras de arte
em sala de aula, assumindo como educadores uma prá-
tica de curadoria educativa. Talvez, seja por isso que
Agnaldo Farias afirma: “Na verdade, meu trabalho como
crítico e curador é um desdobramento da minha atividade
como professor.” 4

O passeio dos olhos do professor


Convidamos você a ser um leitor do documentário antes de
planejar sua exibição aos alunos. A proposta é iniciar um diá-
rio de bordo, um instrumento de registro dos rumos trilhados
por seu pensar pedagógico, a ser retomado e desenvolvido
durante todo o processo de trabalho junto aos alunos. A par-
tir da exibição, você pode anotar suas impressões utilizando
os meios com que tiver mais afinidade: escrita, desenho,
colagem, etc. Assistir ao documentário mais de uma vez é um
procedimento interessante, auxiliado por uma pauta do olhar
que sugerimos a seguir. Fica a seu critério consultá-la antes
na primeira vez ou não.

O que o documentário provoca em você?


Quais aspectos sobre crítica e curadoria atraíram mais sua
atenção?
O documentário lhe faz perguntas? Quais?
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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

O documentário estimulou em você novas reflexões sobre o


papel dos diversos profissionais que atuam na intermediação
de nosso contato com as obras de arte?
O que você imagina que os alunos gostariam de ver no
documentário? O que causaria atração ou estranhamento?
Você já discutiu antes com seus alunos textos de críticos de arte?
Eles já estudaram a montagem de uma exposição? Conhe-
cem a função do curador?
Pensando a exibição do documentário em sala de aula, quais
depoimentos você selecionaria? Por quê?
Qual o foco que você daria ao trabalho em sala de aula a partir
deste documentário?

Ao rever as anotações, o seu modo singular de percepção e aná-


lise se revela. A partir desses registros e da escolha do foco de
trabalho, quais questões você incluiria numa pauta do olhar para
o passeio dos olhos dos seus alunos por este documentário?
A pauta não precisa ser trabalhada com os alunos através de
um questionamento verbal. O contato deles com suas questões
pode ser feito pelas diferentes proposições e suas respostas
também podem ser não verbais, expressas pelo desenvolvimen-
to de seu processo de trabalho.

Percursos com desafios estéticos


Conforme destacamos no mapa, consideramos o foco Media-
ção Cultural um enfoque relevante no documentário, a ser re-
tomado em suas proposições pedagógicas.
A seguir, apresentamos alguns percursos de trabalho potenci-
almente impulsionadores para gerar projetos de estudo sobre
arte. Os caminhos sugeridos não precisam ser seguidos linear-
mente, você está convidado a traçar a sua própria rota: esco-
lha por onde começar, por onde passear, em que partes perma-
necer mais tempo, o que descartar.
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o ato de expor
museus e centros culturais
espaço expositivo,
montagem, a leitura do público espaços sociais do saber

curadoria educativa artista, crítico de arte, curador

escolha, seleção, fio condutor, agentes


ativação cultural de obras e artistas
Mediação
Cultural
formação de público

relação público e obra,


leitura e interpretação,
multiplicidade de leituras

Saberes
Estéticos e
Culturais
qual FOCO?
qual CONTEÚDO? sociologia da arte mercado da arte, artista e sociedade,
distribuição da arte

o que PESQUISAR?
estética e filosofia da arte

estética, crítica de arte


Processo de
Criação

Zarpando ação criadora problematização, seleções, escolhas, deslocamentos

potências criadoras percepção, atitude crítica, ativar sentidos,


repertório pessoal e cultural, investigação sobre arte,
projeto poético, articulação entre olho e conceito,
investigação sobre história das imagens, fruição
O passeio dos olhos dos alunos
O porquê das suas escolhas
A partir de um conjunto de pelo menos vinte reproduções de
obras de diferentes artistas, proponha a divisão da classe em
grupos para que façam a seleção de um agrupamento de cin-
co obras, podendo a mesma obra ser escolhida por mais de
um grupo. Após a seleção, peça que retomem os critérios de
escolha das obras, escrevendo sobre as relações que perce-
bem entre elas. Organize a apresentação dos agrupamentos
e dos textos produzidos, conversando sobre as diferenças e
semelhanças dos recortes apresentados, além da discussão
sobre o que não foi escolhido e por quê. Você pode
problematizar perguntando: quem faz a seleção de obras para
uma exposição? Como eles imaginam que sejam feitas as
escolhas? A escuta e o levantamento de idéias dos alunos
sobre essas e outras questões podem preparar a turma para
assistir ao primeiro bloco do documentário, a partir do trecho
em que Lisette Lagnado aponta dois momentos distintos em
seu trabalho de curadoria: o de seleção das obras de artistas
e o da montagem de uma exposição.
Compartilhar o que gostamos
Organize com os alunos uma conversa sobre os diversos te-
mas artísticos/culturais que os interessam, por exemplo: mú-
sica, cinema, dança, histórias em quadrinhos, etc. Peça para
que tragam um exemplo do que mais gostam em cada área
para compartilhar com a classe, falando sobre o que apreciam,
porque e de que modo surgiu esse interesse. Quem lhes apre-
sentou a forma, artista ou trabalho de arte que gostam? Após
a conversa, será interessante exibir o segundo bloco do
documentário. A partir da fala de Daniela Bousso, você pode-
rá destacar a curadoria de Walter Zanini para a Bienal de 1981
como marco inicial do crescimento do papel do curador.
Ler sobre o que apreciamos
Tendo como referência os diversos temas artísticos/cultu-
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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

rais que interessam seus alunos, proponha uma pesquisa


reunindo textos que comentem estes temas, os artistas e
as obras preferidas. O material pode ser reunido numa pa-
rede ou mural para uma leitura feita pela classe dos textos
que considerem mais significativos. Converse sobre os as-
pectos do texto que os tornaram mais interessantes, como
o tipo de informação que trazem, o modo de abordá-las, etc.
A participação do professor de literatura pode tornar a dis-
cussão mais proveitosa. A partir daí, convide-os para a exi-
bição do documentário, focalizando os depoimentos de
Rodrigo Naves e/ou Alberto Tassinari.

Desvelando a poética pessoal


A prática da crítica e da curadoria pode gerar proposições que
também desvelam a poética pessoal do aluno, por sua inter-
pretação, suas escolhas, sua própria maneira de pensar e de
compreender a arte.
Como os alunos poderiam desenvolver a idéia de um pequeno
museu ou mesmo uma exposição? Que obras escolheriam e qual
o fio condutor que estabeleceria conexões entre elas? A escri-
ta é um bom instrumento de organização do pensamento, as-
sim como a internet ou a biblioteca da escola são fontes
enriquecedoras para este trabalho. O conceito e as obras es-
colhidas podem gerar um arquivo em Power point, se for viável
em seu contexto escolar, ou mesmo uma apresentação em papel.
A discussão dessas idéias será ampliada com a criação de tex-
tos críticos que podem compor um “catálogo” da exposição ou
do acervo do pequeno museu.

Ampliando o olhar
Visita a uma instituição cultural
A visita a uma instituição cultural de sua cidade pode gerar
uma conversa com os responsáveis pela organização de suas
mostras ou programação. Junto à classe, elabore um rotei-
13
ro com questões que abordem os processos de seleção re-
alizados para definir o que será exibido, como se organizam
para aproveitar o espaço de que dispõem, etc. Se não hou-
ver uma instituição de maior porte, também é interessante
visitar uma galeria de arte, um cinema...
Conversas com quem comenta arte e cultura
Convide alguém da comunidade com experiência em comen-
tar ou escrever sobre os aspectos culturais em jornais, rá-
dio ou tv para conversar com os alunos sobre seu trabalho.
Uma alternativa, caso não encontre ninguém disponível, é
orientar os alunos a entrar em contato por carta ou e-mail
com revistas que publiquem matérias, comentando os te-
mas culturais que os interessam. Também é possível entre-
vistar os comentaristas por escrito.
Curadoria virtual
O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São
Paulo – MAC/USP tem uma proposta virtual de curadorias.
Por meio da visita ao site, como os alunos percebem o re-
corte das curadorias?
A crítica do crítico
O crítico Frederico Morais diz:
É a obra, ela mesma, que indica ao crítico o método de sua
abordagem. Não há uma teoria prévia à obra. Cada obra pede
uma interpretação diferente. A história de uma obra de arte
é a história de seu autor e de sua época, mas é, também, a
história das sucessivas leituras que dela foram feitas.5
Como os alunos interpretam essa afirmação? A partir dela e
das relações com os depoimentos presentes no documentário,
problematize: o que diferencia a crítica de arte de uma expli-
cação ou julgamento sobre a obra e/ou artista?
A arte contemporânea entendida como um arquipélago
Para Agnaldo Farias6 crítico e professor universitário:
Diversamente do período moderno, com suas correntes
e tendências artísticas organizadas em grupos como as
vanguardas construtivas, os futuristas, dadaístas,
surrealistas e outros, autores de manifestos, fundadores
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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

de revistas e até escolas, a arte contemporânea no Bra-


sil, como já foi dito, embora possuindo suas matrizes,
avança num número tal de direções e é constituída por
obras tão singulares que, tudo considerado, ela sugere
um arquipélago. A imagem é boa porque foge do
reducionismo das grandes etiquetas, que, ao valorizarem
as semelhanças entre obras de alguns artistas, não aten-
tam convenientemente para as diferenças entre elas. (...)
Um arquipélago porque cada boa obra engendra uma ilha,
com topografia, atmosfera e vegetação particular, even-
tualmente semelhante a outra ilha, mas sem confundir-
se com ela. Percorrê-la com cuidado equivale a vivenciá-
la, perceber o que ela oferece.
A metáfora empregada nos chama a atenção para ver as sin-
gularidades e diferenças, mais do que as semelhanças ou de-
nominações limitantes de estilos. A genérica etiqueta de arte
contemporânea abriga artistas das mais variadas gerações
e tendências. Quais artistas contemporâneos os seus alu-
nos conhecem? Que arquipélago poderiam imaginar?

Conhecendo pela pesquisa


Modos de expor um acervo
Recupere com seus alunos a memória das exposições que já
visitaram e converse sobre o que lembram a respeito do modo
de exposição das obras. Proponha uma investigação na
internet sobre as formas adotadas pelos museus para apre-
sentar seu acervo em seus sites. De que modo os textos são
apresentados? Como são articulados às imagens das obras?
Formas de escrever sobre arte
Proponha aos alunos uma pesquisa que reúna textos escri-
tos pelos críticos e curadores que conheceram neste
documentário. Além das referências da internet, recomen-
damos a seleção de textos presentes no livro Mapa do ago-
ra: arte brasileira recente na coleção João Sattamini do
Museu de Arte Contemporânea de Niterói, indicado na bi-
bliografia. Após a pesquisa, leitura e discussão dos textos,
como os alunos percebem a contribuição dessas produções
escritas para a compreensão da arte?
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Polêmicas críticas
Proponha aos alunos que pesquisem textos críticos com di-
ferentes opiniões referentes ao mesmo artista ou obra de
arte, discutindo-os enquanto observam as obras a que se
referem. Por exemplo, os textos de Monteiro Lobato e dos
modernistas comentando as obras de Anita Malfatti.
Polêmicas curatoriais
Uma bienal parece ser uma ferramenta de exposição glo-
bal, formando um modelo universal de como exibir arte e
mostrar as últimas tendências na arte contemporânea. Para
a 27ª Bienal Internacional de São Paulo (2006), Lisette
Lagnado é eleita curadora responsável. O que os alunos
podem descobrir sobre o projeto de curadoria apresenta-
do por ela e que foi escolhido por uma comissão de espe-
cialistas na área?

Amarrações de sentidos: portfólio


O portfólio pode ser um apoio para que o aluno perceba o sen-
tido do que estudou e o percurso educativo que realizou. É
importante que os alunos, desde o início do projeto, organizem
paralelamente o portfólio e assim o percebam como algo mais
abrangente que uma simples atividade. Sugerimos, por exem-
plo, que a criação de uma curadoria sobre o que foi estudado,
criando critérios para a seleção dos assuntos tratados, pode
ser apresentada como portfólio através de textos verbais e
visuais produzidos ou coletados.

Valorizando a processualidade
Onde houve transformações? O que os alunos percebem que
estudaram? Como esses indícios podem não ser aparentes a
todos, cabe a você retomar nos portfólios o percurso de cada
aluno e da classe. Na conclusão desta etapa de sua viagem e
no início do planejamento de novas explorações com seus alu-
nos, você pode registrar em seu diário de bordo uma reflexão
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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

sobre sua atuação como professor-propositor: o que você per-


cebe que aprendeu com esse projeto? Descobriu novos cami-
nhos para sua ação pedagógica nesta experiência? Seu diário
de bordo aponta para rumos inexplorados? O projeto germinou
novas idéias em você? Instigou a utilização de outros
documentários presentes na DVDteca Arte na Escola?

Glossário
Crítica de arte – do verbo grego krínein, julgar. Diz respeito às análises
e aos juízos de valor emitidos sobre as obras de arte que, no limite, reco-
nhecem e definem os produtos artísticos como tais. Envolve interpreta-
ção, julgamento, avaliação e estabelecimento de gosto. A crítica de arte
nesse sentido específico surge no século 18, num ambiente caracterizado
pelos salões literários e artísticos, acompanhando as exposições periódi-
cas, o surgimento de um público e o desenvolvimento da imprensa. Pres-
supõe que as obras de arte constituem objetos de reflexão e de conheci-
mento, ou seja, que elas se apresentam não apenas revestidas de uma
forma sensível, mas ainda representam determinados aspectos das reali-
dades culturais humanas: histórica, social, psicológica, política, econômi-
ca e religiosa. A crítica abre-se ao debate, tenta convencer, convida à
contradição. Fonte: CUNHA, Newton. Dicionário Sesc: a linguagem da
cultura. São Paulo: Perspectiva: Sesc São Paulo, 2003, p. 186-187.
Curadoria – “Em tese, o curador de qualquer exposição é sempre o pri-
meiro responsável pelo conceito da mostra a ser exibida, pelas escolhas
das obras, da cor das paredes, iluminação, etc. No entanto, para que suas
idéias viabilizem-se de maneira satisfatória no espaço de exposição, é
fundamental o diálogo intenso com outros profissionais que atuem na ins-
tituição onde ocorrerá a mostra, sempre no sentido de tornar possível, na
realidade do espaço disponível, os conceitos que aquele profissional tem
por objetivo apresentar.” Fonte: CHIARELLI, Tadeu (coord.). Grupo de
estudos em curadoria. São Paulo: Museu de Arte Moderna, 1998, p. 12.
“O curador tem sob sua responsabilidade a seleção do acervo a ser apre-
sentado, devendo ficar antecipadamente inteirado da tipologia da exposi-
ção: natureza do tema; espaço físico da mostra; situação geográfica; se a
exposição será única ou itinerante; público-alvo. Com esses dados, o
curador terá meios para avaliar o acervo a ser selecionado, o número de
peças que comporão a mostra (...) deverá analisar os conteúdos da expo-
sição e o seu público, podendo planejar as atividades que serão desenvol-
vidas no decorrer da mostra”. Fonte: D’ALAMBERT, Clara Correia;
MONTEIRO, Marina Garrido. Exposição: materiais e técnicas de monta-
gem. São Paulo: Secretaria de Estado de Cultura, 1990, p. 20.
Curadoria educativa – realizar uma curadoria educativa é ativar acervos
artísticos com o objetivo de explorar a potência da arte como veículo de
ação cultural. Tem a função de tornar a arte acessível a um público diver-
17
sificado para dinamizar a relação entre arte/indivíduo/sociedade. Fonte:
VERGARA, Luiz Guilherme. Curadorias educativas - a consciência do olhar:
percepção imaginativa. ANPAP, anais 1996, p. 240-247.
Desenho museográfico – envolve a distribuição das obras no espaço, o
uso da luz, o emprego de cor nos painéis e paredes, a criação especial de
um ambiente. Todos esses elementos conduzem estrategicamente à men-
sagem estética projetada pela exposição. Fonte: GONÇALVES, Lisbeth
Rebollo. Entre cenografias: o museu e a exposição de arte no século XX.
São Paulo: Edusp, 2004, p. 34-35.
Exposição – é um espaço social de contato com um determinado saber.
René Vinçon propõe a idéia de “ativação” para compreender a exposição
de arte como a apresentação de obras que põem em atividade uma expe-
riência, ao mesmo tempo, estética e social. A exposição é, para esse au-
tor, um campo para a vivência do efeito estético e para a aproximação de
um conhecimento sensível da realidade. A exposição pode ser entendida,
ainda, como um processo de comunicação, uma mediação. Fonte: GON-
ÇALVES, Lisbeth Rebollo. Entre cenografias: o museu e a exposição de
arte no século XX. São Paulo: Edusp, 2004, p. 30.
Mediação – “Ultrapassando a idéia de mediação como ponte, compreendê-
la como um estar entre implica em uma ação fundamentada e que se aper-
feiçoa na consciente percepção da atuação do mediador que está entre
muitos: as obras e as conexões com as outras obras apresentadas, o museu
ou a instituição cultural, o artista, o curador, o museógrafo, o desenho
museográfico da exposição e os textos de parede que acolhem ou afas-
tam, a mídia e o mercado de arte que valorizam certas obras e descartam
outras, o historiador e o crítico que a interpretam e a contextualizam, os
materiais educativos e os mediadores (monitores ou professores) que
privilegiam obras em suas curadorias educativas, a qualidade das repro-
duções fotográficas que mostramos (xerox, transparências, slides ou apre-
sentações em Power point) com qualidade, dimensões e informações di-
versas, o patrimônio cultural de nossa comunidade, a expectativa da escola
e dos demais professores, além de todos os que estão conosco como
fruidores, assim como nós mediadores, também repletos de outros dentro
de nós, como vozes internas que fazem parte de nosso repertório pessoal
e cultural. O estar entre da mediação cultural não pode desconhecer cada
um desses interlocutores e o seu desafio maior: provocar uma experiência
estética e estésica.” Fonte: GRUPO de Pesquisa - Mediação Arte/Cultu-
ra/Público. Revista Mediação: Provocações Estéticas. São Paulo, v.1, d.1,
out. 2005, p. 55.
Museu – instituição permanente sem finalidade lucrativa, a serviço da so-
ciedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público, que realiza pesqui-
sas sobre a evidência material do homem e do seu ambiente, as adquire,
conserva, investiga, comunica e exibe, com finalidade de estudo, educa-
ção e fruição. Fonte: Código de ética profissional: Conselho Internacional
de Museus – ICOM, 1986. Revista Museu. Disponível em: <www.
revistamuseu.com.br/legislacao/museologia/eticaicom.htm>.

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material educativo para o professor-propositor
CRÍTICA E CURADORIA NAS ARTES PLÁSTICAS

Bibliografia
CHIARELLI, Tadeu (coord.). Grupo de estudos em curadoria. São Paulo:
Museu de Arte Moderna, 1998.
COSTA, Cristina. Questões de arte: a natureza do belo, da percepção e
do prazer estético. São Paulo: Moderna, 1999.
D’ALAMBERT, Clara Correia; MONTEIRO, Marina Garrido. Exposição:
materiais e técnicas de montagem. São Paulo: Secretaria de Estado de
Cultura, 1990.
FARIAS, Agnaldo. Arte brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2002. (Fo-
lha explica).
GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Entre cenografias: o museu e a exposição
de arte no século XX. São Paulo: Edusp, 2004.
GRINSPUM, Denise. Museu e escola: responsabilidade compartilhada na
formação de públicos. Boletim Arte na Escola. São Paulo: Instituto Arte
na Escola, n.34, mar./abr. 2004. p. 6-7.
GRUPO de Pesquisa - Mediação Arte/Cultura/Público. Revista Media-
ção: Provocações Estéticas. São Paulo, v.1, d.1, out. 2005, p. 55.
LEITE, Maria Isabel; OSTETTO, Luciana E. (org.). Museu, educação e
cultura: encontros de crianças e professores com a arte. Campinas:
Papirus, 2005.
MANGUEL, Alberto. Lendo imagens. São Paulo: Companhia das Le-
tras, 2001.
MAPA do agora: arte brasileira recente na coleção João Sattamini do
Museu de Arte Contemporânea de Niterói. São Paulo: Instituto Tomie
Ohtake, 2002. (A recente trajetória da arte brasileira, 1).
NAVES, Rodrigo. A forma difícil: ensaios sobre arte brasileira. São Paulo:
Ática, 1996.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser
extinta. Campinas: Autores Associados, 2003.
PILLAR, Analice Dutra (org.). A educação do olhar no ensino das artes.
Porto Alegre: Mediação, 1999.
Seleção de endereços sobre arte na rede internet
Os sites abaixo foram acessados em 22 fev. 2006.
CHIARELLI, Tadeu (entrevista). Disponível em: <www.netprocesso.art.br/
oktiva.net/1321/nota/17535>.
CRÍTICA E CURADORIA. Disponível em: <www.abca.art.br>.
___. Disponível em: <www.mam.org.br/sobre/missao/curadoria.php>.
___. Disponível em: <www.canalcontemporaneo.art.br>.
___. Disponível em: <www.aica-int.org>.

19
___. Disponível em: <www.revistamuseu.com.br>.
___. Disponível em: <http://bienalsaopaulo.globo.com>.
___. Disponível em: <www.aplauso.com.br/site/portal anteriores.asp?
campo=324&secao_id=42>.
FARIAS, Agnaldo (entrevistas). Disponível em: <www.artecidadania.
org.br/site/paginas.php?setor=4&pid=1129>.
LAGNADO, Lisette (entrevista). Disponível em: <www.mapadasartes.
com.br/noticias.php?notid=35>.
___. Disponível em: <http://forumpermanente.incubadora.fapesp.br/
portal/.painel/entrevistas/lisette_lagnado>.

Notas
1
OGUIBE, Olu, O fardo da curadoria, Concinnitas: Revista do Instituto
de Artes da UERJ, ano 5, n.6, p. 14, set. 2004.
2
Trecho da entrevista Bienal de São Paulo, um modelo em questão, con-
cedida em março de 1999 à Angela Pimenta, publicada na revista Humboldt
79, 1999. Disponível em: <www.goethe.de/kug/prj/hum/hfa/999/
pt99281.htm>.Acesso em 22 fev. 2006.
3
HERKENHOFF, Paulo. Introdução geral. In: ANTROPOFAGIA e históri-
as do canibalismos. Núcleo Histórico. 24ª Bienal Internacional de São Paulo.
São Paulo: Fundação Bienal, 1998.
4
Trecho da palestra A arte e sua relação com o espaço público proferida
por Agnaldo Farias na abertura do V Encontro Técnico dos Pólos da Rede
Arte na Escola, na Universidade de Caxias do Sul (UCS) em 28 abr. 1997.
Disponível em: <www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/
educ55>. Acesso em 22 fev. 2006.
5
MORAIS, Frederico. Arte é o que eu e você chamamos de arte: 801 defi-
nições sobre arte e o sistema da arte. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 292.
6
Agnaldo FARIAS, Arte brasileira hoje, p. 19-20.

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