Você está na página 1de 53

IESAM

Controladores Lógicos Programáveis Industriais (CCE0753)


AULA 1
Prof. Wellington lima
Objetivo

• Ao final desta aula o aluno deve compreender a


história dos sistemas de automação, como os
sistemas de automação estão sendo utilizados
atualmente e como fazer a especificação de
soluções computacionais (CLP) para pequenas
necessidade.

Prof:Wellington Lima
Sumário
• 1 INTRODUÇÃO AO PLC
• 1.1 Perspectiva Histórica
• 1.2 Comparação com outros sistemas de controle.
• 1.3 Confiabilidade e Segurança no Sistema PLC

• 3 ARQUITETURA BÁSICA DO PLC


• 3.1 Diagrama em blocos genérico;
• 3.2 Sistema de Memória.
• 3.3 Unidade de I/O Digital;
• 3.4 Unidade de I/O Analógica;
• 3.5 Sinais Analógicos Padronizados
• 3.6 Comunicação Serial: Interfaces utilizadas.

• 2 NORMA IEC 61131-3


• 2.1 Requisitos de Hardware
• 2.2 Linguagens de Programação.
Histórico
Histórico
• Definição, O que é automação?
• Automação: Segundo o dicionário Oxford
Corresponde ao “uso de máquinas para fazer o
trabalho que anteriormente era feito por pessoas”.
• Origem:

Prof:Wellington Lima 5
Histórico
• Origem:

• Em Belém:

Prof:Wellington Lima 6
Histórico [2]
1. Concebido Inicial mente em 1968 para a linha de
montagem da General Motors.
2.Em 1971 a aplicação foi ampliada para outras indústrias.
3. Em 1973 surgiu o primeiro sistema que permitia que os
CLPs se comunicassem entre si.
4. Em 1975 passou a incorporar o módulo de controle PID
(Proporcional- Integral- Derivativo).
5. Em 1977 é incorporado o microprocessador no CLP
6-Em 1990, Padronização das linguagens de programação
sob o padrao IEC 61131-3, introdução interface
homem-maquina (IHM), softwares supervisores e de
gerenciamento, interfaces para barramento de campo
e blocos de funções.
7-Hoje, preocupação em padronizar os protocolos de
comunicação para os CLPs de modo que haja
interoperabilidade, possibilitando que o equipamento
de um fabricante se comunique com o de outro,
Histórico
• O primeiro CLP foi criado em 1968 por Dick Morley, funcionário da empresa Bedford
Associates. Ele foi desenvolvido com o objetivo de substituir os armários empregados
para controlar operações sequenciais e repetitivas na linha de montagem da indústria
automobilística General Motors.
• Essa primeira geração de CLPs usava componentes discretos e tinha baixa escala de
integração. Sua utilização só era viável quando substituía painéis que continham mais
de 300 reles. Tal equipamento ficou conhecido pela sigla PLC (programmable logic
controller) – em português, CLP (controlador logico programável).
• Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), CLP e um “equipamento
eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais”.
Ja para a National Electrical Manufacturers Association (NEMA), trata-se de um
“aparelho eletrônico digital que utiliza uma memoria programável para o
armazenamento interno de instruções para implementações especificas, tais como
logica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, para controlar através
de módulos de entrada e saída vários tipos de maquinas e processos”.

Prof:Wellington Lima 8
Aplicações do CLP [1]
Níveis de Processos Industriais

Prof:Wellington Lima 10
Controlador Lógico Programável CLP

• No início:
• Sistema digital (1969) introduzido para
substituir relés eletromecânicos
• Sistema programável
• Aplicado a controle lógico ou discreto
• Grande capacidade de coletar dados e
condicionar sinais
• Não possui(a) interface homem-máquina
Construção do CLP [1]
CLP Integrado (Hoje)
Sistema Digital de Controle Distribuído
• No início:
• Sistema (1974) introduzido para substituir
painéis de controle convencionais,
centralizando tarefas e distribuindo funções
• Sistema configurável
• Aplicado a controle contínuo
• Possui IHM poderosa e amigável
Sistema Digital de Controle Distribuído - SDCD
Comparação entre Soluções em
Automação

16
1970 – Funcionalidades divergentes

CLP SDCD

abismo
Aplicações em Aplicações em
controle controle
discreto contínuo

1980 – Funcionalidades comuns

CLP SDCD

Espaço
CLP x SDCD Aplicações em
controle discreto
Aplicações em
controle contínuo

1990 – Funcionalidades superpostas

CLP SDCD

Aplicações em Espaço Aplicações em


controle discreto controle contínuo

2000 – Funcionalidades convergentes

CLP/
SDCD

Aplicações em Aplicações em
controle discreto controle contínuo
FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM – CAMPUS IESAM
Comparação entre Soluções
Facilidade de
Integração entre
fabricantes diferentes

Controle Centralizado e Controle Distribuído e de


sem integração com difícil integração com
outros fabricantes. outros fabricantes

Prof:Wellington Lima 18
Funcionamento [1]

Modo de espera ou
programação, é quando o
CLP está pronto para
receber um novo programa.
Neste caso o processo fica
em geral parado.

Modo de Execução: É
quando o CLP está
executando o programa.
Modos de operação de um CLP
• Modo de Programação
– Não executa nenhum programa, fica aguardando para
ser configurado ou receber novos programas.
– A operação de transferência de uma nova
programação do computador para o CLP é
denominada download. A operação para lê um
programa que está no CLP é denominada Upload.
• Modo de Execução (Run)
– Neste modo de operação o CLP passa a executar o
programa do usuário.
Modos de operação de um CLP
• Modo de Execução (Run)
– CLPs de grande porte podem sofrer alterações
de programa mesmo durante a execução do
programa. Evitando a para do processo.
Modo de Funcionamento
Tipos de CLP
• CLP compacto

• CLPs modulares
Exercícios
1. Quando surgiu o CLP ?
2. Que problema o CLP pretendia resolver inicialmente?
3. Defina sensores, atuadores e controladores?
4. Cite vantagens e desvantagens do CLP com relação a outros sistemas de controle?
5. Quais são os componentes essenciais da arquitetura de um CLP?
6. O que é CPU, quais seus componentes e qual a sua função?
7. Qual a diferença entre memória EEPROM e EPROM?
8. O que significa dizer que uma memória é volátil?
9. O que é ciclo de varredura?
10. O que é tempo de varredura?
11. Quais os modos de operação de um CLP?
12. O que faz a operação de download?
13. O que faz a operação de upload?
14. Qual a diferença entre os CLPs compactos e os modular?
Especificação de CLPs
• Especifique um CLP para o problema listado a seguir.
– Em um processo de furação de peças, existem 4 atuadores de simples ação,
Cilindro A, B, C e D, o cilindro A tem a função de furar a peça, vide figura 2.
Os produtos entram no processo pelo repositor que está localizado próximo
ao cilindro B, que tem a função de inserir a peça para ser furada. O processo
tem início com o acionamento do botão Start. Após ser atendida as
condições iniciais, o atuador B avança e insere a peça no gabarito, quando o
sensor B2 for acionado o atuador A avança até ativar o sensor A2, realizando
o primeiro buraco na peça, neste momento o atuador A recua até ativar o
sensor A1, neste momento o atuador C avança até ativar o sensor C2, neste
momento o atuador A avança novamente até ativar o sensor A2 e tornando a
recuar até ativar o sensor A1, neste momento o atuador B recua. Finalmente
quando o sensor B1 ficar ativo o atuador D avança até ativar o sensor D2 e
expulsar a peça pela esteira, neste instante os atuadores C e D recuam até
ativarem os sensores C1 e D1 respectivamente, dando início a um novo ciclo.

Prof:Wellington Lima 25
Especificação de CLPs
• Especifique um CLP para o problema listado a seguir.

Prof:Wellington Lima 26
Especificação de CLPs

Prof:Wellington Lima 27
Especificação de CLPs
• Especifique um CLP para o problema listado a seguir.

Prof:Wellington Lima 28
Exemplos de Soluções de CLP

Montagem

FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM – CAMPUS IESAM 29


Característica da solução Módulos Básicos

Prof:Wellington Lima 30
Módulos Expansão

Prof:Wellington Lima 31
Especificando no software ATOS A1
• Abra o Software A1 e crie o Hardware que
atenda às especificações das duas necessidades
anteriores.
• Faça uma pesquisa de mercado (Mercado Livre)
e verifique quanto custaria cada solução.

Prof:Wellington Lima 32
Bibliografia
[1] – CETEB – CA,Material Instrucional Elaborado pelo Prof. Josemar.
[2] – Manual da Allen Bradley do CLP Micrologix 1200.
[3]- Franchi, C. M.;Camargo,L.A.C “Controladores Logicos Programáveis, Sistemas
Discretos.
[3] – Santos, F.L e Pereira M. “UMA ABORDAGEM PRÁTICA DO IEC61850 PARA
AUTOMAÇÃO, PROTEÇÃO E CONTROLE DE SUBESTAÇÕES”, VII SIMPASE: Simpósio
de Automação de Sistemas Elétricos. Organizado pelo CIGRÉ.
[4] – Carvalho, Antonio e Hansson, Johan “Refined integration State-of-the art
electrical integration for a refinery utilizing System 800xA and IEC 61850” ABB
Review 4/2009. www.abb.com (acessado em 25/07/2011).
[5] Moraes, Cicero Couto; Castrucci, Plínio de Lauro “Engenharia de Automação
Industrial”; editora:LTC, 2 ed. Rio de Janeiro 2007.
ARQUITETURA BÁSICA DO PLC

34
Arquitetura Básica do CLP [1]
Unidade de Processamento
• A unidade Central de Processamento é o
componente do CLP responsável por:
– Controlar o fluxo de atividades do CLP, é ela que define
quando cada instrução é realizada UC (Unidade de
Controle).
– Realizar os cálculos aritméticos, para esta função é
utilizado um recurso da CPU chamada de ULA (Unidade
Lógica e Aritmética).

Prof:Wellington Lima 36
Unidade de Processamento
• Exemplos:

• Outros dispositivos
– Raspberry
– Arduino
– Microcontroladores

Prof:Wellington Lima 37
Memória
• As memórias podem ser divididas em:
– RON (Read Only Memory): Memória não Volátil
• Atualmente pode ser: Pron, Eprom, Eeprom e Flash Rom.
– RAM (Random Access Memory): Memória Volátil.
• Atualmente pode ser:
– SRam (Static Ram): Memórias muito rápidas utilizadas antigamente na
cache L2 dos computadores.
– DRam(Dinamic Ram): Memória muito utilizada nos computadores
atuais, podem ser encontradas nas versões: DDR, DIM entre outras.

Prof:Wellington Lima 38
Memória
• As memórias podem ser divididas em:

Prof:Wellington Lima 39
Unidade de I/O Digital e Analógico
• Os módulos de Entrada e saída (I/O) são a porta
de entrada e saída para as informações que
interagem com o CLP. Um destes dispositivos
são destinados à entrada de sinais digitais e/ou
Analógicos.

Prof:Wellington Lima 40
Introdução
• Uma das principais vantagens de se utilizar um CLP é a possibilidade
de alterar uma lógica sem alterar as conexões físicas das entradas e
das saídas. Desta forma a lógica de acionamento das saídas podem
ser alteradas de acordo com as exigências do processo, sem
necessariamente de alteração de conexão elétrica.
Introdução

• Para ilustrar os benefícios da conexão via


software, vamos utilizar um exemplo de controlar
o acionamento de uma válvula solenóide
Conceitos básicos
• Módulos de Entrada:
– Digitais: Os sinais de entrada apresentam os valores 0
a 24 Vcc, ou nível lógico 0 e nível lógico 1.
• Exemplo:
Conceitos básicos
• Módulos de Entrada:
– Analógicos: Permitem a leitura de sinais contínuos e
alternados, que variam em amplitude de 0 a 10V,
0Vcc a 5 Vcc, 0mA a 20mA etc...
• Exemplo:

Sensor de pressão
Transmissor de nível
Transmissor de vazão Cartão de
Transdutor de corrente Entrada CPU
Transdutor de densidade A/D
Transdutor de tensão
:
:
Módulos de Entrada e saída

Prof:Wellington Lima 45
Interface de entrada de dados

• A unidade de entrada fornece a interface entre o sistema e o mundo externo. Os


canais de entrada fornecem isolação e condicionamento de sinais para que
sensores e atuadores possam se conectar diretamente sem um circuito de entrada.
Entradas de sinais

1- Condicionamento do
sinal de entrada
digital de 24V.

2- Condicionamento do
sinal analógico.
Saídas de Sinais Digitais
1- Saída digital a Relé.
Possibilita de 150 000 a
300 000 acionamentos

2- Saída Digita a Transistor.


Possibilita 10.106
acionamentos.

3- Saída Digital a Tiristor.


Dispositivo de estado
sólido, Possibilita 10.106
acionamentos.
Saídas de Sinais Analógicos

Um exemplo de saída analógica é um transdutor de corrente para


pressão, Este dispositivo recebe uma corrente do CLP (0 a 20mA) e a
converte em uma pressão proporcional (Ex:3, 5... Bar).
Comunicação Serial

Prof:Wellington Lima 50
Exercícios
1. Por que é mais fácil alterar a lógica de funcionamento de um processo
que utiliza um CLP?
2. O que é módulo de entrada digital?
3. Conceitue módulo de entrada analógico.
4. Caracterize a resolução de uma entrada analógica.
5. Utilizando um diagrama de blocos, descreva as partes constituintes de
uma entrada de dados de um CLP.
6. Qual a função de um módulo de saída digital?
7. O que são entradas NPN e PNP?
8. Represente o diagrama de ligação a três fios para os sensores NPN e PNP.
9. Caracterize um módulo de saída analógico. Cite aplicações.
10. Caracterize os três tipos de saída digital empregada nos CLPs.
11. O que são memórias voláteis e não voláteis, cite exemplos.
Bibliografia

[1] – CETEB – CA, Material Instrucional Elaborado pelo Prof. Josemar.


[2] – Manual da Allen Bradley do CLP Micrologix 1200.
[3]- Franchi, C. M.;Camargo,L.A.C “Controladores Logicos Programáveis, Sistemas
Discretos.
[3] – Santos, F.L e Pereira M. “UMA ABORDAGEM PRÁTICA DO IEC61850 PARA
AUTOMAÇÃO, PROTEÇÃO E CONTROLE DE SUBESTAÇÕES”, VII SIMPASE: Simpósio de
Automação de Sistemas Elétricos. Organizado pelo CIGRÉ.
[4] – Carvalho, Antonio e Hansson, Johan “Refined integration State-of-the art electrical
integration for a refinery utilizing System 800xA and IEC 61850” ABB Review
4/2009. www.abb.com (acessado em 25/07/2011).
[5] Moraes, Cicero Couto; Castrucci, Plínio de Lauro “Engenharia de Automação
Industrial”; editora:LTC, 2 ed. Rio de Janeiro 2007.
[6] http://eletro.g12.br/arquivos/materiais/eletronica6.pdf

Você também pode gostar