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Comunicação
Apresentação 1
DIRETORIA GERAL DA INTERCOM 2011 – 2014
Secretaria
Maria do Carmo Silva Barbosa
Genio Nascimento
Jovina Fonseca
Direção Editorial
Osvando J. de Morais
Presidência
Muniz Sodré (UFRJ)
Apresentação 2
Semiótica da
Comunicação
São Paulo
INTERCOM
2013
Apresentação 3
Semiótica da Comunicação
Copyright © 2013 dos autores dos textos, cedidos para esta edição à Sociedade
Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM
Direção
Osvando J. de Morais
Capa
Marina Real
Revisão
Carlos Eduardo Parreira
Ficha Catalográfica
E-book.
ISBN 978-85-8208-038-2
CDD-300
Apresentação 4
Sumário
Apresentação................................................................. 9
Alexandre Rocha da Silva
Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa
PARTE I
Semiótica, teoria e epistemologia
Apresentação 5
5. A semiodiversidade diante da
irreversibilidade do tempo............................................102
Ronaldo Henn
6.Variescência e Evolução
Evolucionista, segundo Peirce.......................................120
Adenil Alfeu Domingos
PARTE II
A produção de sentidos nas mídias e os
ambientes comunicacionais
Apresentação 6
11. Espaço acústico, experiência háptica e semiose
do sound system jamaicano..........................................219
Reuben da Cunha Rocha
PARTE III
Semiótica, espaços e espacialidades
Apresentação 7
18. Grafite, semiose e comunicação no espaço
da cidade.....................................................................366
Mirna Feitoza Pereira
Ana Bárbara de Souza Teófilo
Valter Frank de Mesquita Lopes
PARTE IV
Jornalismo, semiose e linguagem
Sobre os autores.........................................................475
Apresentação 8
Apresentação
Apresentação 9
dúvida, este é um dos maiores desafios para a epistemolo-
gia da comunicação: acompanhar o contínuo devir do seu
objeto de investigação, o que implica pensar em estratégias
metodológicas que permitam construir a inteligibilidade
desse objeto, sem que ele seja aprisionado por um método
estanque e apriorístico.
A importância do diálogo da semiótica com o campo
da comunicação cresce à medida que os desafios epistemo-
lógicos enfrentados pelo segundo tornam-se cada vez mais
evidentes. Isso porque a semiótica lida justamente com a
semiose, ou seja, com a transformação de um signo em ou-
tro, o que implica a produção de novos sentidos e novas
mensagens na cultura. Assim, aquilo que se coloca como
desafio para os estudos no campo da comunicação consiste
no ponto de partida da abordagem sígnica da cultura. Para
a semiótica, não se pode pensar um dado fenômeno, seja
ele qual for, sem que se considere a sua contínua transfor-
mação, e é justamente na problematização sistemática desse
devir que a semiótica tem contribuído significativamente
com os estudos no campo da comunicação.
Há ainda um outro aspecto a ser considerado. Comu-
mente, os objetos vinculados ao campo da comunicação
tendem a ser correlacionados aos meios e, por conseguinte,
a semiótica seria um importante instrumental para elucidar
o funcionamento e os sentidos das linguagens produzidas
pelos meios.Tal perspectiva vem ao encontro da crença cor-
rente de que não há comunicação sem linguagem e, nesse
sentido, a segunda estaria a serviço da primeira. Porém, o
que a semiótica nos ajuda a antever é justamente o oposto,
ou seja: não há linguagem sem comunicação, uma vez que
as formas representativas apenas podem se constituir me-
diante o diálogo (nem sempre equilibrado e harmônico)
entre diferentes sistemas culturais. Com isso, nota-se que a
comunicação é uma propriedade da própria cultura, o que
Apresentação 10
contribui sobremaneira para ampliar a esfera de atuação e
os problemas vinculados ao campo da comunicação.
Dividido em quatro partes, Semiótica da comunica-
ção traduz a diversidade da produção do grupo de pesquisa
que, ao longo desses vinte anos, mantém a semiótica como
perspectiva relevante para se pensar a comunicação, suas
práticas profissionais e as semioses que engendra.
Na primeira parte – Semiótica, teoria e epistemolo-
gia – Irene Machado, no ensaio O método semiótico-estrutural
na investigação dos sistemas da cultura, recupera as articulações
fundadoras do método semiótico em sua matriz estrutural
para reposicionar um procedimento de análise semiótica
de caráter empírico focado na descrição e síntese como
entendimento, e problematizar a noção de espaço semióti-
co como instância de interações culturais. Em A semiosfera
como síntese entre a fisio, bio, eco e tecnosferas, Lucia Santaella
retoma a noção de semiose, também chamada de semios-
fera pela autora, para indicar de que maneira a amplitude
dessa conceituação fornece as bases para a compreensão dos
diferentes campos que envolvem a pesquisa semiótica. No
artigo Das cores semióticas (a bem dizer da interligação entre co-
municação e produção de sentido), Eliana Pibernat Antonini si-
tua a possibilidade de compreender a semiótica como uma
metodologia da comunicação, tendo por base o modelo
semiótico textual e enunciativo proposto por Umberto
Eco. Ione Bentz, no artigo Cultura e Comunicação: significados
em trânsito, trabalha a relação cultura e significação em sua
expressão textual, com o intuito de resgatar a abrangência
com que se pode trabalhar o conceito de texto e de ensaiar
modos de abordagem metodológica concernentes às áre-
as de comunicação e design. No artigo A semiodiversidade
diante da irreversibilidade do tempo, Ronaldo Henn discute o
problema da irreversibilidade do tempo mediante a corre-
lação entre os conceitos de semiosfera e semiose.
Apresentação 11
Já Adenil Alfeu Domingos, com Variescência e Evolução
Evolucionista, segundo Peirce, discute o lírico, o épico e o dra-
mático a partir, respectivamente, das relações icônicas, indi-
ciais e simbólicas, para dar a ver a grande trama sígnica da
mente e da natureza que faz aumentar, de forma evolutiva,
a razoabilidade do mundo. Jogos, Redes Sociais e a crise no
campo da Comunicação, de Francisco José Paoliello Pimen-
ta, retoma o problema das materialidades na comunicação
para, também à luz de Peirce, pensar jogos eletrônicos e
redes digitais de relacionamento. Alexandre Rocha da Sil-
va e André Araújo, com Semioses do movimento e do tempo
no cinema, problematizam o estatuto semiótico da imagem-
-movimento e da imagem-tempo pensadas à luz das rela-
ções que o signo mantém com seu objeto para evidenciar
a dimensão propriamente política que subjaz à semiótica
sugerida por Gilles Deleuze.
Na segunda parte - A produção de sentidos nas
mídias e os ambientes comunicacionais – Elizabeth
Bastos Duarte, com A grande família: o tom como marca de
identidade de um produto televisual, examina o tom como um
dos traços caracterizadores da identidade do programa há
onze anos no ar com vistas a verificar a combinatória tonal
por ele reiterada nos diferentes episódios e temporadas e
suas formas de expressão no texto do programa. Já o artigo
Cultura da tecnofilia e imaginários da tecnofobia: discurso sobre
seres artificiais em filmes de ficção científica, de Nísia Martins
do Rosário, Taís Seibt, Ana Cristina Basei, Camila Cabrera,
faz um mapeamento dos discursos construídos no cinema
de ficção científica acerca de seres artificiais para demons-
trar o quanto as obras cinematográficas de ficção científi-
ca operam com um imaginário apocalíptico direcionado à
tecnofobia em contradição a um cotidiano em que reina a
tecnofilia. Reuben da Cunha Rocha, com Espaço acústico,
experiência háptica e semiose do sound system jamaicano, analisa
Apresentação 12
como o espaço acústico do sound system organiza a expe-
riência corporal dos participantes, criando um modelo de
imersão que considera tanto a dimensão técnica do sistema
quanto a orientação estética da música jamaicana.
O making of entre os sistemas modelizantes do cinema e da arte,
de Patrícia de Oliveira Iuva, discute ideias potenciais acerca
do making of na condição de texto da cultura, buscando
mostrar as relações que estabelece com os sistemas modeli-
zantes da arte e do cinema, e apontando as fronteiras estéticas
delimitadas pela figura do cineasta-artista, pela obra de arte
e pelo documentário. Flávio Augusto Queiroz e Silva, no
texto Manipulação e protesto no ambiente mediático: uma análise
semiótica, analisa um cartaz compartilhado em blogs e redes
sociais, a partir de conceitos como "inquirição" e "abdução",
de Charles Peirce. Já no artigo A comida digital: um estudo dos
ambientes midiáticos da cozinha nos blogs, Helena Maria Afonso
Jacob observa diferentes blogs para elucidar a distinção entre
o ambiente midiático pertencente à culinária e o ambiente
midiático vinculado à gastronomia. Em A produção como ins-
piração e utopia: publicização, consumo e trabalho na comunicação da
marca Brastemp,Vander Casaqui analisa a presença das marcas
na cena urbana e na mídia digital.
Na terceira parte - Semiótica, espaços e espaciali-
dade – o texto A modelização do espaço a partir das linguagens
do design e da comunicação, de Fátima Aparecida dos San-
tos, aproxima design e comunicação, a partir de conceitos
oriundos da semiótica, da teoria da informação e da teoria
da percepção, como códigos, linguagens e textos da cul-
tura. No artigo A publicidade e a mídia ambiental, Fábio Sa-
dao Nakagawa e Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa
buscam formular o conceito de "mídia ambiental", com
base nos processos tradutórios edificados entre o sistema
publicitário, a cidade e o espaço urbano. Já o artigo Grafite,
semiose e comunicação no espaço da cidade, de autoria de Mirna
Apresentação 13
Feitoza Pereira, Ana Bárbara de Souza Teófilo e Valter Frank
de Mesquita Lopes, visa explorar o grafite enquanto pro-
dução de linguagem, a partir das interferências da cidade e
do espaço urbano. Por fim, em Séries, sequências e enquadra-
mentos: a decomposição de um autorretrato de John Coplans, Elisa
de Souza Martínez analisa as obras do fotógrafo a partir de
um princípio de interdependência entre os componentes
processual e imagético.
Na quarta e última parte – Jornalismo, semiose e lin-
guagem – enfoca especialmente as semioses jornalísticas.
Nele, Gilmar Hermes apresenta o texto As ilustrações jorna-
lísticas em uma análise semiótica, resultado de uma pesquisa de
dois anos sobre as regras a partir das quais os jornalistas pen-
sam o seu trabalho. Felipe de Oliveira, com A semiose da notí-
cia: por um lugar epistêmico para o estudo do Jornalismo, propõe o
debate epistemológico a respeito das relações entre semiótica
e jornalismo, considerando quatro categorias: o neoliberalis-
mo como ambiente semiótico, o jornalismo como sistema
de produção de sentido, os jornais como empresas de comu-
nicação e os jornalistas como operadores sígnicos.
Assim, na diversidade de objetos e de perspectivas teóri-
cas, ao longo desses 20 anos o Grupo de Pesquisa Semiótica
da comunicação, que dá nome a este livro, tem oferecido
suas contribuições ao campo da comunicação. Desejamos a
todos um bom percurso de leitura.
Apresentação 14
PARTE I.
SEMIÓTICA, TEORIA
E EPISTEMOLOGIA
Apresentação 15
1.
O método semiótico-estrutural
na investigação dos sistemas
da cultura
Irene Machado
• dimensionalidade espacial
• homeomorfismo relacionado à coletividade
• delimitações internas que dividem o espaço interior de
espaço exterior
• diferenças e identidades entre os espaços internos e externos
• variantes de orientação nos espaços delimitados da cultura
• dependências entre conteúdos e modelos de cultura
Referências
Lucia Santaella
Referências
Referências
Ione Bentz
1. Introdução
3. Significação e comunicação:
interface e complementaridade
5. Considerações Finais
Referências
Ronaldo Henn
1. O tempo na física
2. O tempo na semiodiversidade
3. O tempo na semiose
4. Considerações
Referências
1. http://perso.numericable.fr/robert.marty/semiotique/accesosp.
htm - 47 - 1908 - S.S. p. 80 - Carta a Lady Welby datada de “23 de
diciembre de 1908”.
2. Hábito e variescência
3. Os homens
Considerações finais
Referências
1. Introdução
Referências
5. Em termos peirceanos
Referências
A PRODUÇÃO DE SENTIDOS
NAS MÍDIAS E OS AMBIENTES
COMUNICACIONAIS
1. Observações preliminares
4. Apontamentos finais
Referências
2. Configurando sentidos
4. Seres artificiais
6. Conjugações na semiosfera
Referências
Sites consultados:
Link:http://fantastico.globo.com/Jornalismo/
FANT/0,,MUL1598289-15605,00-REALIDADE+VIRTUAL+AU
XILIA+TRATAMENTO+DA+SINDROME+DO+PANICO.html
Acesso em 8.6.2010
Link:http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/de-
fault.jsp?uf=1&local=1§ion=Estilo%20de%20
Vida&newsID=a2937245.xml Acesso em 28.6.2010
http://www.chrisharrison.net/projects/skinput/ Acesso em
29.4.2010
2. “For the crowds that flocked to wherever the big beat boomed out,
it was a lively dating agency, a fashion show, an information Ex-
change, a street status parade ground, a political fórum, a centre for
commerce, and, once the deejays began to chat on the mic about
more than their sound systems, their records, their women or their
selves, it was the ghetto’s newspaper” (BRADLEY, p.5).
3. Como explica o engenheiro Scientist: “reggae is like the Indy 500 rac-
ing driver to audio equipment whenever an audio system can handle
reggae's wide frequency response and high slew rate you know you
have a good system. Reggae music pushes audio equipment to the ex-
treme. Back in England and Europe companies like Tanoy, SSL, Neve,
Goodman, Studar and all the major brands dominate our recording
industry in the US.They have bin using reggae to final test audio equip-
ment long before us in the USA” (PAWKA, 1999).
7. The drums and bass hypnotize the listener and mesmerize physi-
cally, whereas the other sounds on top, the higher frequencies and
effects, influence the mind. So the combination of the two would
provide the ultimate hypnotic trance-inducing experience to send
the listener off on a journey to:Who knows where?” (WHITFIELD,
2003a). “I got into dub in 1981, which was just at the tail end of the
whole Jamaican dub craze. I was always fascinated with dub at how
the bass & drums would hypnotize the body and the extra higher
frequency sounds would influence the mind. So, I would like to
experiment with some more strange stuff, spacey textures with the
dub. Seriously outer space” (FREHE, 2004).
Referências
7. LÓTMAN, 1998.
13. Autor do livro Do androids dream of Electric sheep?, que deu origem
ao filme.
Figura 1
7. In:http://pecadodagula.blogspot.com/. Consultado em
02.07.2009.
Figura 1 Figura 2
Figura 3
É necessário considerar nesse tipo de processo, os aspec-
tos "glocais" de tal interação entre blogs. Mesmo que se-
jam produzidos em um mesmo país, as realidades variantes
de cidades, estados e até países são absolutamente distintas.
2. O cyberspace e a cozinha
Figura 5
Figura 6
Referências
Vander Casaqui
Referências
SEMIÓTICA, ESPAÇOS E
ESPACIALIDADES
1. Introdução
Referências
5. Considerações finais
Referências
Considerações finais
Referências
11. Como é o caso das exposições nos seguintes locais: Tomasulo Gal-
lery (Cranford, 1990), Frankfurter Kunstverein (1990), Matrix Gal-
15. Havia apenas duas exceções: Feet, Four Panels (1988) e Lying Figure,
Four Panels (1990).
[...] the turn back upon the self, the enormous per-
sonal and autobiographical charge, the ambiguity
17. Não nos parece casual que tenha sido este o mestre de Brancusi,
cuja obra era apreciada por Coplans.
2. Um corpo de trabalho
21. 1865-1932.
Fig. 1 – Vista da galeria principal do Paço das Artes, São Paulo. A partir
da esquerda: da série Frieze N.2 (1994) e N.8 (1995), da série Reclining
Figure N.4 (1996) e da série Upside Down N.9, N.6 e N.7 (1992).
3. Dimensão escópica
28. A tradução literal de Frieze deve ser algo como “parado!”, como
a expressão que utilizamos para avisar a quem está posando, que o
momento de captura da imagem é em seguida. Significa, na antiga
tradição fotográfica, que deve-se congelar o gesto para que este seja
captado em seus mínimos detalhes.
4. Uma conclusão
Referências
JORNALISMO, SEMIOSE E
LINGUAGEM
1. Concepção do estilo
Referências
Felipe de Oliveira
1. Introdução
Referências