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Kikas Gonzaga Zacarias Jossene

Analise da Viabilidade na Instalação De Sistema Solar Fotovoltaico Híbrido no Computer


Farm na Universidade Licungo

Curso de Licenciatura em Ensino de Física com habilitações em Energias Renováveis

Universidade Licungo
Quelimane
2020
Kikas Gonzaga Zacarias Jossene

Analise da Viabilidade na Instalação De Sistema Solar Fotovoltaico Híbrido no Computer


Farm na Universidade Licungo

Monografia Científica
científica aa ser Apresentada
apresentado no
ao
Departamento de deCiências
Ciênciase Tecnologia,
e Tecnologia,
como
no
um
Curso
dos de
requisitos
Física,paracomo
obtenção
Requisitos
do Graupara
de
Licenciatura
Obtenção do Grauem de Ensino
Licenciatura
de Física
em Ensino
com
habilitações
de Física em comEnergias
habilitações
renováveis.
em Energias
Renováveis.
Supervisor: dr. Cristecio E. Mundulai Joao
Supervisor: dr. Daruez Salé Afonso

Universidade Licungo
Quelimane
2020
Índice
Declaração de Honra ................................................................................................................... v
Dedicatória ................................................................................................................................ vi

Agradecimentos ........................................................................................................................ vii

Lista de Figuras........................................................................................................................ viii

Lista de tabelas .......................................................................................................................... ix

Lista de Gráficos ......................................................................................................................... x

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ........................................................................... xi

LISTA DE UNIDADES ............................................................................................................ xii

Resumo .................................................................................................................................... xiii

Abstrat .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15

1.1. Características do Local.................................................................................................. 16

1.2. Delimitação da pesquisa ................................................................................................. 17

1.3. Justificativa .................................................................................................................... 17

1.4. Enquadramento do Tema ................................................................................................ 17

1.5. Problema ........................................................................................................................ 17

1.6. Hipóteses........................................................................................................................ 18

1.7. Objectivos ...................................................................................................................... 18

1.7.1. Geral ........................................................................................................................... 18

1.7.2. Específicos.................................................................................................................. 18

CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 19

2.1. Efeito fotovoltaico .............................................................................................................. 19

2.2. Ângulos da Geometria Solar .............................................................................................. 19

2.3. Células Fotovoltaicas ........................................................................................................ 20

2.4. Módulo fotovoltaico .......................................................................................................... 20


2.4.1. Características dos Módulos Fotovoltaicos ...................................................................... 21

2.4.2. Características Físicas e Mecânicas ................................................................................ 21

2.4.3. Características Eléctricas ................................................................................................ 21

2.5. Condições de Teste e Operação .......................................................................................... 22

2.6. Painel e Arranjo fotovoltaico ............................................................................................. 23

2.6.1. Orientação do Painel Fotovoltaico ................................................................................... 23

2.6.2. Inclinação do Painel Fotovoltaico .................................................................................... 23

2.7. Sombreamento .................................................................................................................. 24

2.8. Sistemas fotovoltaicos ........................................................................................................ 24

2.8.1. Classificação dos sistemas fotovoltaicos .......................................................................... 24

2.8.1.1. Sistema Fotovoltaico Híbrido ....................................................................................... 25

2.8.2. Componentes de um sistema fotovoltaico ........................................................................ 26

2.8.3. Viabilidade técnica de um sistema fotovoltaico ............................................................... 26

2.8.4. Viabilidade económicas................................................................................................... 28

CAPÍTULO 3: METODOLOGIAS ........................................................................................... 29

3.1. Tipo da pesquisa................................................................................................................ 29

3.2. Procedimentos metodológicos ........................................................................................... 29

3.2.1. Levantamento das características técnicas do local de instalação ..................................... 30

a) Inclinação e orientação do telhado ..................................................................................... 30

b) Tipo de instalação .............................................................................................................. 31

c) Sombreamento ................................................................................................................... 31

3.2.2. Identificar a carga total no sector ..................................................................................... 31

3.2.3. Dimensionamento do Sistema Solar Fotovoltaico: ........................................................... 31

3.2.4. Custo de implantação do Sistema Solar Fotovoltaico ....................................................... 34

3.3. Instrumento de colecta de dados ........................................................................................ 34


3.4. Tabulação e apresentação dos dados .................................................................................. 34

CAPÍTULO 4: APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS .. 35

4.1. Características do local ....................................................................................................... 35

4.1.1. Determinação da Carga ................................................................................................... 36

4.3. Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico Híbrido ....................................................... 36

4.3.1. Inversor ...................................................................................................................... 37

4.3.2. Arranjo fotovoltaico .................................................................................................... 37

4.3.3. Banco de Baterias ....................................................................................................... 38

4.3.3.1. Ciclo da bateria ....................................................................................................... 41

4.4. Analise económica ......................................................................................................... 42

4.4.1. Custos de implantação ................................................................................................ 42

4.4.3. Cálculo do índice de lucratividade .............................................................................. 44

4.4.4. Cálculo do Custo Nivelado de Electricidade................................................................ 45

CAPÍTULO 5: CONCLUSÕES E SUGESTÕES ...................................................................... 46

5.1. Conclusão .......................................................................................................................... 46

5.2. Sugestões ........................................................................................................................... 47

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 48

ANEXOS .................................................................................................................................. 50
ANEXO I.................................................................................................................................. 51
ANEXO II ................................................................................................................................ 51

APÊNDICES ............................................................................................................................ 52

APÊNDICE I ............................................................................................................................ 53
APÊNDICE II ........................................................................................................................... 54
APÊNDICE III ......................................................................................................................... 55
APÊNDICE IV ......................................................................................................................... 57

APÊNDICE V........................................................................................................................... 58
v

Declaração de Honra

Eu Kikas Gonzaga Zacarias Jossene declaro que a presente Monografia Científica é resultado da
minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, e o seu conteúdo é original e todas
as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e nas notas bibliográficas finais.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.

Quelimane, ____ de ____________ de 2020

_______________________________________

/ Kikas Gonzaga Zacarias Jossene /


vi

Dedicatória

A minha Mãe Maria Isaura de Sousa Justino por tudo que tem feito por mim, pelo amor, amizade,
disponibilidade, ensinamentos, conselhos, força que me têm dado e principalmente por acreditar e
apoiar meus sonhos e convicções.
Aos meus irmãos Nilza e Zito Jossene por fazerem parte desta humilde e feliz família.
À minha namorada, pelo amor incondicional.

Vos amo profundamente e com todo respeito dedico!


vii

Agradecimentos
Sendo o culminar de uma fase importante, não poderia deixar de agradecer a um conjunto de
pessoas que de alguma forma me ajudaram ao longo da realização da minha Licenciatura.
Em primeiro lugar agradecer a minha família pela força e incentivo, muita compreensão e apoio,
ao longo desta minha jornada, especialmente a minha Mãe, Maria Isaura Justino, meus irmãos:
Nilza e Zito Jossene, meus tios Gabriel Justino e Isabel Justino e meus Primos, Ubaldo, Michel e
Dayse, a minha Namorada.
Ao meu supervisor, dr Daruez Sale Afonso, que contribuiu com os seus conselhos, dicas e vastos
conhecimentos, tornando possível a realização do trabalho.
Aos meus excelentes colegas e, acima de tudo amigos do curso de Física, Lisbi, Noel, Joaquim,
Jarlote, Hermínio, Celestino, Inusso, Portacio, Inácia obrigado por terem tornado mais fáceis estes
anos de estudos.
Aos amigos que fiz ao longo da vida, Jorge, Figueiredo, Alexandre, Arcanjo, Luana obrigado por
toda a vossa paciência, alegria e companheirismo ao longo de tantos anos
viii

Lista de Figuras
Figura 1-Imagem aérea do local em estudo .............................................................................. 16
Figura 2: funcionamento de uma célula fotovoltaica................................................................. 19
Figura 3-Estrutura de um módulo fotovoltaico ......................................................................... 20
Figura 4-Corte transversal de um módulo fotovoltaico ............................................................. 21
Figura 5-Curva I×V de um módulo fotovoltaico comercial ....................................................... 22
Figura 6-classificacao dos sistemas fotovoltaicos ..................................................................... 24
Figura 7-Ilustracao do ângulo de inclinação do telhado ............................................................ 30
Figura 8-Rotulo da Bateria ........................................................................................................ 51
Figura 9-Rotulo do Inversor ...................................................................................................... 51
Figura 10-Servidor da Universidade Licungo ........................................................................... 55
Figura 11-Sala de Computadores.............................................................................................. 56
ix

Lista de tabelas
Tabela 1-Condições de teste e operação dos módulos fotovoltaicos .......................................... 23
Tabela 2-Fatores relevantes para a viabilidade de um sistema fotovoltaico ............................... 27
Tabela 3-Radiacao da Cidade de Quelimane ............................................................................. 35
Tabela 4-Consumo ................................................................................................................... 36
Tabela 5-Consumo a considerar para o banco de baterias ......................................................... 39
Tabela 6-Orçamento do projecto .............................................................................................. 42
Tabela 7-Fluxo de caixa ........................................................................................................... 53
Tabela 8-Relação entre energia consumida, gerada e o excedente ............................................. 54
Tabela 9-Especificacoes técnicas do inversor, modulo e bateria ............................................... 56
x

Lista de Gráficos
Gráfico 1-relação entre energia consumida, gerada e o excedente ............................................. 41
Gráfico 2-Fluxo de caixa .......................................................................................................... 44
Gráfico 3-Ciclo de vida da bateria ............................................................................................ 57
xi

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

AM Massa de ar
CA Corrente Alternada
CC Corrente Continua
CCP Capital investido
HSP Horas de sol Pleno
Imp Corrente em Máxima Potência
Isc Corrente de Curto Circuito
LCOE Custo nivelado de Electricidade
MPP Ponto de potência máxima
OM Operação e manutenção
Payback Tempo de retorno
STC Condições Padrão de Teste
Vmpp Tensão de Máxima Potência
Voc Tensão em Circuito Aberto
xii

LISTA DE UNIDADES

Mtn/kwh Meticais por quilo Watt hora


GW Giga Watt
Gwh Giga Watt hora
Gwp Giga Watt pico
℃ Graus Celcius
Kva Kilo Volt Ampere
Kwh Kilo Watt hora
Mtn Maticais
MW Mega Watt
Mwh Mega Watt hora
Mwp Mega Watt pico
TW Tera Watt
Twp Tera Watt hora
Twh Tera Watt pico
W Watt
xiii

Resumo
Uma das principais questões referentes à energia solar fotovoltaica é como compará-la, técnica e
Economicamente, com outras fontes de energia, como a rede elétrica. O propósito desta monografia
é analisar a viabilidade de instalação de um sistema solar fotovoltaico híbrido para alimentar o
Computer Farm na universidade Licungo. Foram seleccionadas metodologias de dimensionamento
para um sistema fotovoltaico híbrido e análise de viabilidade económica. O dimensionamento
consistiu basicamente no levantamento das características do local, determinação de números de
painéis, baterias e de inversores. Os critérios de avaliação económica empregados são: o período
de Payback, índice de Lucratividade e o Custo Nivelado de Electricidade. Pelos resultados,
verifica-se que o sistema fotovoltaico dimensionado é economicamente viável, pois o local de
instalação reúne condições técnicas, e da análise financeira conclui-se que o custo por kWh do
sistema é muito mais barato que o preço por kWh da energia da rede eléctrica. Sendo assim, o
sistema fotovoltaico torna-se a opção mais vantajosa.

Palavras-chave: Dimensionamento; Sistema Fotovoltaico; Viabilidade


xiv

Abstract
One of the main questions regarding photovoltaic solar energy is how to compare it, technically
and economically, with other sources of energy, such as the electric grid. The purpose of this
monograph is to analyze the feasibility of installing a hybrid photovoltaic solar system to power
Computer Farm at Licungo University. Sizing methodologies for a hybrid photovoltaic system and
economic feasibility analysis were selected. The dimensioning basically consisted of surveying the
characteristics of the site, determining the number of panels, batteries and inverters. The economic
evaluation criteria employed are: The Payback period, the Profitability index and the Level
Electricity Cost. From the results, it appears that the dimensioned photovoltaic system is
economically viable, as the installation site meets technical conditions, and from the financial
analysis it is concluded that the cost per kwh of the system is much cheaper than the price per kwh
of the energy of the electric network. Thus, the photovoltaic system becomes the most
advantageous option.

Keywords: Sizing; Photovoltaic System; Viability


15

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
Moçambique possui grandes recursos de energia de fontes renováveis, como solar, eólica e
biomassa. Porém, apresenta pouco desenvolvido em relação a outros países no mundo, na
mobilização destes recursos para produção de energia eléctrica. Há diversas razões, como a
pobreza, falta de financiamento, subsídios e conhecimento técnico e soluções de baixo custo.
Entretanto, a falta de iniciativas políticas e investimento, são as principais (AIM, 2012 citado por
Moura, Alcócer, Pinto, & Domingos, 2019).
A matriz energética em Moçambique e no mundo continua na dependência de fontes energéticas
primárias não renováveis, principalmente os combustíveis fósseis. Estas fontes são responsáveis
por severos impactos ambientais, como derramamentos de óleo, perda de biodiversidade, chuva
ácida e a poluição urbana.
As energias renováveis são a única solução para tais problemas, pois são intrinsecamente duráveis,
emitem pouquíssimo carbono em seu ciclo de vida e são praticamente inexauríveis
(GOLDEMBERG & LUCON, p. 14).
Um dos desafios deste século se relaciona à perspectiva de que as sociedades se tornem social,
ambiental e economicamente sustentáveis, a fim de atenderem suas necessidades sem que haja a
diminuição das chances de as futuras gerações atenderem as delas (LIMA et al., p.1). Ciente a esse
desafio o presente projecto de pesquisa, visa trazer um panorama do impacto económico do uso da
energia solar fotovoltaica, com vista a garantir a sustentabilidade económica e ambiental.
A presente monografia retracta uma pesquisa que foi desenvolvida de forma particular sob o tema
Analise da Viabilidade na Instalação De Sistema Solar Fotovoltaico Híbrido no Computer Farm na
Universidade Licungo.

A monografia está dividida em cinco (5) capítulos. O Capítulo I, aborda a Introdução do trabalho,
o Capítulo II, aborda em torno da Fundamentação teórica, o Capítulo III, versa em torno da
Metodologia aplicada para o alcance dos objectivos traçados, o Capítulo IV, é reservado a
Apresentação, Analise e interpretação dos Resultados e por último o Capítulo V, é reservado as
conclusões e sugestões.
16

1.1.Características do Local
Computer Farm da Universidade Licungo localiza-se na cidade de quelimane, avenida Julius
Nyerere com coordenadas geográficas 17°51′ 49°𝑆 36°54′ 25°𝐿. Na figura 5 tem-se a visão aérea
do local.

Figura 1-Imagem aérea do local em estudo

FONTE: google Eearth pro 2020 (Modificado pelo Autor)


17

1.2.Delimitação da pesquisa
O presente trabalho visa particularmente analisar a viabilidade na instalação de um sistema solar
fotovoltaico híbrido no Computer Farm na Universidade Licungo, na cidade de Quelimane no ano
de 2020.

1.3.Justificativa
Existe a necessidade de garantir a confiabilidade no fornecimento de energia da rede eléctrica
fornecida pela electricidade de Moçambique (EDM), por essa razão, a criação de um sistemas
ininterrupto de energia com a função de alimentar cargas eléctricas críticas perante anomalias na
rede eléctrica é essencial para o Computer Farm, pois a falha na rede eléctrica é extremamente
prejudicial podendo gerar perda de informações nos computadores e/ou perda de acesso à internet.

O uso da energia solar fotovoltaica na Universidade Licungo tem um papel pedagógico, pois
contribui para a educação ambiental dos estudantes, docentes e de todos os utentes desta instituição.
Alem deste ganho, garante-se que este sector não seja refém da oscilação da corrente para prover
internet aos dispositivos moveis e portáteis dos docentes e estudantes de forma ininterrupta neste
campus universitário.

O que motivou o autor na escolha deste tema foi a necessidade de mitigar cortes e oscilações de
energia neste sector e reduzir o preço da energia eléctrica, produzindo energia limpa, de qualidade
e amiga do ambiente aliviando o impacto económico negativo dos preços exorbitantes da compra
de electricidade.

1.4.Enquadramento do Tema
A pesquisa enquadra-se no na área das energias renováveis, na cadeira de Energias Solar
Fotovoltaica.

1.5.Problema
Computer Farm é uma sala de computadores da Universidade Licungo onde os estudantes podem
através dos computadores acessar a internet e digitar trabalhos académicos. Sendo um local de vital
importância para a pesquisa e elaboração de trabalhos académico é imperioso que o fornecimento
de electricidade seja ininterrupto. A oscilação na rede e cortes frequentes de energia são um
inconveniente para o cumprimento oportuno das tarefas dos estudantes que frequentam este sector.
18

O acesso a internet neste campus universitário é provido por cabos e por roteadores wireless,
dispositivos que funcionam a base de electricidade. Com a interrupção no fornecimento de energia
os dispositivos responsáveis por garantir o acesso a internet também param, sendo inoportuno para
o acesso a internet através dos dispositivos moveis e portáteis.

A melhor forma de resolver estes problemas é a utilização da energia solar fotovoltaica híbrido.
Para que um empreendimento fotovoltaico seja bem-sucedido, é necessário, um estudo minucioso
que envolve orientação dos módulos, disponibilidade de área, estética, disponibilidade do recurso
solar, demanda a ser atendida e sombreamento do local de instalação e que apresente uma boa
relação custo/beneficio.
Um sistema de geração fotovoltaica, independente da potência, demanda várias condições técnicas
para o sucesso. No entanto, surge a seguinte questão:

Ate que ponto é viável a instalação de um sistema fotovoltaico Híbrido no Computer Farm na
Universidade Licungo?

1.6.Hipóteses
• [H1]: A implementação do Sistema Solar Fotovoltaico híbrido na universidade Licungo no
sector Computer Farm será viável;
• [H2]: A implementação do Sistema Solar Fotovoltaico híbrido na universidade Licungo no
sector Computer Farm será inviável.

1.7.Objectivos

1.7.1. Geral
• Analisar a viabilidade da instalação de um sistema solar fotovoltaica híbrido no Computer
Farm na Universidade Licungo.

1.7.2. Específicos
• Efectuar o levantamento das características do local de instalação;
• Determinar a carga total do sector;
• Dimensionar o Sistema Solar Fotovoltaico autónomo;
• Estimar os custos da implementação do sistema.
19

CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Efeito fotovoltaico


O efeito fotovoltaico, primeiramente descoberto por Edmond Becquerel, em 1839, implica no
aparecimento de diferença de potencial nos terminais de uma célula electroquímica causada péla
absorção da luz. Em 1876 foi concebido o primeiro aparato fotovoltaico advindo dos estudos da
física do estado solido e, apenas em 1956, iniciou-se a produção industrial, seguindo o crescimento
da área de electrónica (PINHO & GALDINO, p. 52).

Figura 2: funcionamento de uma célula fotovoltaica

2.2. Ângulos da Geometria Solar


As relações geométricas entre os raios solares, que variam de acordo com o movimento aparente
do Sol e a superfície terrestre, são descritas através de vários ângulos (PINHO & GALDINO, P.
72).
• Ângulo Zenital (𝜽𝒁 ): ângulo formado entre os raios do Sol e a vertical local (Zénite).
• Altura ou Elevação Solar (𝜶): ângulo compreendido entre os raios do Sol e a projecção
dos mesmos sobre o plano horizontal (horizonte do observador).
• Ângulo Azimutal do Sol (𝜸𝒔 ): também chamado azimute solar, é o ângulo entre a
projecção dos raios solares no plano horizontal e a direcção Norte-Sul (horizonte do
observador). O deslocamento angular é tomado a partir do Norte (0°) geográfico1, sendo,
20

por convenção, positivo quando a projecção se encontrar à direita do Sul (a Leste) e


negativo quando se encontrar à esquerda (a Oeste).
−180° ≤ 𝛾𝑠 ≤ 180° (1)
• Ângulo Azimutal da Superfície (𝜸): ângulo entre a projecção da normal à superfície no
plano horizontal e a direcção Norte-Sul. Obedece às mesmas convenções do azimute solar.
• Inclinação da superfície de captação (𝜷): ângulo entre o plano da superfície em questão
e o plano horizontal [0° 90°].
• Ângulo de incidência (𝜽): ângulo formado entre os raios do Sol e a normal à superfície de
captação.

2.3. Células Fotovoltaicas


Uma célula fotovoltaica é a unidade básica de um sistema fotovoltaico. É a responsável pela
conversão da radiação solar em electricidade (SOUZA, p. 32).

2.4. Módulo fotovoltaico


Um módulo fotovoltaico é geralmente identificado péla sua potência eléctrica de pico (Wp) e é
composto pélo arranjo das células fotovoltaicas. Nele as células são encapsuladas em uma película
plástica, recobertas por vidro e por último o módulo recebe uma película de alumínio. Na parte de
trás, o módulo possui uma caixa de conexões eléctricas onde são conectados os cabos (GAZOLI;
VILLALVA; GUERRA Apud CARACHENSKI, p. 21).

Figura 3-Estrutura de um módulo fotovoltaico

FONTE: CARACHENSKI
21

2.4.1. Características dos Módulos Fotovoltaicos


Cada ipo de módulo, de acordo com a tecnologia utilizada na célula, tem suas características
particulares (SOUZA, p. 43).

2.4.2. Características Físicas e Mecânicas


Os módulos fotovoltaicos comerciais têm forma quadrada ou rectangular. A espessura, sem a
moldura, não costuma ultrapassar 4 cm. Não são muito pesados e, apesar da aparência rígida,
suportam ligeiras deformações, adaptando-se a esforços mecânicos (SOUZA, p. 43).

Figura 4-Corte transversal de um módulo fotovoltaico

2.4.3. Características Eléctricas


Tensão Nominal: é a tensão padrão para a qual o módulo foi desenvolvido para trabalhar. A
quantidade células fotovoltaicas determina esse parâmetro.
Tensão de Máxima Potência (𝑽𝒎𝒑𝒑): é a tensão máxima que o módulo gerará, em seu ponto de
máxima potência, sob as condições padrão de teste (STC).
Tensão em Circuito Aberto (𝑽𝒐𝒄): tensão máxima que o modulo fornece em seus terminais, sem
a presença de uma carga (em vazio). É uma tensão de teste. Podemos medi-la com um multímetro.
Corrente em Máxima Potência (𝑰𝒎𝒑): corrente máxima que um módulo fotovoltaico pode
fornecer a uma carga, em condições padrões de teste.
22

Corrente de Curto Circuito (𝑰𝒔𝒄): corrente máxima que o módulo fotovoltaico fornece, quando
seus terminais estão em curto circuito, sob as condições padrão de teste. Diferente das baterias e
outras fontes de energia, podemos medir a corrente em curto circuito de um módulo fotovoltaico.
A corrente em curto circuito, geralmente é 5% superior à corrente máxima (SOUZA, p. 45).
Potência Máxima: a corrente eléctrica gerada por um módulo varia de zero ao 𝑰𝒔𝒄, enquanto a
tensão entre os terminais varia de zero até o 𝑽𝒐𝒄 sob diferentes condições de Irradiância e
temperatura. Como a potência é o produto da tensão péla corrente, essa só será a máxima para uma
única combinação de tensão e corrente (SOUZA, p. 45).

Figura 5-Curva I×V de um módulo fotovoltaico comercial

FONTE: SOUZA

Eficiência: é o quociente entre a potência gerada e a irradiância incidente sobre o módulo.

2.5. Condições de Teste e Operação


Segundo SOUZA (p. 46) Para os testes de performance e rotulagem dos módulos fotovoltaicos é
utilizado um padrão de irradiância, massa de ar e temperatura. Esse padrão, chamado de Condições
Padrão de Teste (STC – Standard Test Conditions) é conseguido em laboratório através do
simulador solar. Em situações práticas, não temos as mesmas condições para o trabalho dos
módulos fotovoltaicos. Abaixo os valores comparativos em três condições:
23

Tabela 1-Condições de teste e operação dos módulos fotovoltaicos

Parâmetros STC
Irradiância (G) 1.000 𝑊/𝑚2
Massa de Ar 1,5
Temperatura da célula 25℃
Temperatura do ar 0℃

FONTE: SOUZA (adaptado pelo Autor)

2.6. Painel e Arranjo fotovoltaico


Define-se painel fotovoltaico como sendo um conjunto de módulos fotovoltaicos. Um conjunto
de painéis fotovoltaicos é um Arranjo Fotovoltaico (SOUZA, p. 55).

2.6.1. Orientação do Painel Fotovoltaico


Os painéis fotovoltaicos devem estar orientados para o ponto azimutal, e de preferência com ângulo
azimutal de superfície igual a zero. O azimute é o equador, portanto no hemisfério norte os painéis
são orientados para o sul, e no hemisfério sul são orientados para o norte. No caso das instalações
residenciais, ou as que aproveitam o espaço livre dos telhados, o melhor é compensar essa
dificuldade durante os cálculos do projecto. (SOUZA, p. 58).

2.6.2. Inclinação do Painel Fotovoltaico


A inclinação ideal dos painéis fotovoltaicos varia de acordo à Latitude da localidade, e também
quanto ao tipo de sistema fotovoltaico (SOUZA).
Ainda para SOUZA, nas estruturas em telhado inclinado, principalmente os de telhas de argila, não
é recomendável utilizar de ajustes para corrigir a inclinação, que tornam a instalação mais difícil,
pois o suporte deverá suportar cargas de vento maiores. Além disso, o esforço extra no telhado
pode ser perigoso, se este não for suficientemente forte para suportá-lo. O melhor seria arquitectar
o telhado com a devida orientação e inclinação, mas isso só é possível na fase de projecto da
edificação. Depois de pronta, se não há necessidade de reformas, um ajuste para a instalação do
sistema fotovoltaico pode inviabilizar o projecto.
24

2.7. Sombreamento
Segundo MELO (2018, p.14) o sombreamento em instalações fotovoltaicas é extremamente
prejudicial à produção energética. Isto por que a presença de sombra modifica a característica de
tensão e corrente dos módulos conectados em série.
Sombreamentos podem ser basicamente de dois tipos: sombreamentos distantes, causados por
objectos muito distantes como montanhas ou prédios afastados do arranjo fotovoltaico; ou
sombreamentos próximos, causados por obstáculos como árvores, caixas d’água, edificações ou
partes delas, antenas, etc, que projectam uma imagem com contornos na superfície do arranjo
fotovoltaico (MELO, 2018, p.14).
A distância adequada entre as fileiras de módulos solares permite obter máximo aproveitamento
dos mesmos, evitando que haja sombreamento entre elas. A altura mínima do Sol se dá no dia de
solstício de Inverno (ALCANTARA, 2017, p.25).

2.8. Sistemas fotovoltaicos


Um sistema fotovoltaico é uma fonte de potência eléctrica, na qual as células fotovoltaicas
transformam a Radiação Solar directamente em energia eléctrica (SOUZA, p. 14).

2.8.1. Classificação dos sistemas fotovoltaicos


Os sistemas fotovoltaicos dividem-se em três grandes grupos: sistema on-grid (também conhecido
como sistema fotovoltaico conectados à rede – SFCR, grid-tie), sistema off-grid (também
conhecido como desconectados da rede, isolados) e sistema híbrido (Maestri, 2018).
Figura 6-classificacao dos sistemas fotovoltaicos

FONTE: (Maestri, 2018)


25

2.8.1.1. Sistema Fotovoltaico Híbrido


Segundo Maestri (2018) O sistema fotovoltaico híbrido, é uma união do SFCR com o sistema off-
grid com armazenamento. Com isso, os sistemas solares híbridos proporcionam economia e uma
maior confiabilidade, uma vez que continua em funcionamento durante quedas de energia, ou seja,
esse tipo de sistema pode fazer o consumo directo pela rede eléctrica pública ou alternar para a
energia armazenada no sistema de banco de baterias. Permitindo que todo o tipo de consumidor
utilize os sistemas solares híbridos para economizar e alcançar a independência energética, além
de poder utilizar a electricidade de forma ininterrupta. (Schmidt, 2020).
Ainda para Schmidt (2020), na hora de realizar o dimensionamento do projecto solar híbrido, não
é preciso considerar o funcionamento das cargas pelo período padrão de dois dias. Isso acontece,
pois diferente de um sistema fotovoltaico autónomo, este sistema conta com um inversor híbrido
que consegue carregar todo o banco de baterias pela energia fornecida pela rede.
Como o funcionamento do sistema solar conectado à rede híbrido bi-modal é constante, a energia
excedente não é injectada na rede eléctrica. Por isso, não é necessário homologar para conseguir
realizar a instalação do sistema (Schmidt, 2020).

2.8.1.2. Vantagens dos sistemas solares híbridos?

De acordo com Schmidt (2020) existe uma série de vantagens em optar por um sistema solar

híbrido além da conhecida economia proporcionada pelos sistemas solares convencionais.

• Ao utilizar o sistema de banco de baterias, os sistemas híbridos solares garantem a

eficiência na geração de energia mesmo à noite ou em dias de pouca luminosidade.

• A conta de luz sofre uma redução ainda maior, uma vez que os sistemas híbridos utilizam

a energia armazenada. Dessa maneira, os consumidores que optam por esse tipo de sistema

contam com uma independência energética mais abrangente, pois a energia solar continua

sendo usada mesmo em casos de apagão.

• Também é possível utilizar a energia gerada pelos sistemas solares híbridos para carregar

carros eléctricos. A empresa americana solarcity foi uma das primeiras a comercializar

carregadores alimentados por energia solar de 240 volts próprios para carregar as baterias

de carros eléctricos. Os carregadores de 240 volts são do nível 2 e conseguem carregar 80%
26

da bateria total do Nissan Leaf, um dos modelos eléctricos mais famosos actualmente em

cerca de 3 horas. Dessa forma, os carregadores alimentados por sistemas solares híbridos

podem ser carregados a qualquer horário do dia e até mesmo durante quedas de energia.

2.8.2. Componentes de um sistema fotovoltaico


Segundo FIGUEIRA (2014, p.9) um sistema fotovoltaico isolado possui quatro componentes
básicos:
• Painéis Solares: São responsáveis por transformar energia solar em electricidade.
• Controladores de Carga: Servem para evitar sobrecargas ou descargas exageradas na
bateria, aumentando sua vida útil e desempenho.
• Inversor Híbrido: São responsáveis por transformar os 12V de corrente contínua (CC) das
baterias em 110V ou 220V de corrente alternada (CA), ou outras tensões desejadas. No
caso de sistemas conectados, também são responsáveis pela sincronia com a rede.
• Baterias: Armazenam energia para que o sistema funcione mesmo sem a presença de sol.

2.8.3. Viabilidade técnica de um sistema fotovoltaico


Segundo (MELO, 2018, p.7) um sistema de geração fotovoltaica, independente da potência,
demanda várias condições técnicas para o sucesso. O tipo e a posição da instalação, as condições
prévias do local, o recurso solar, a selecção de componentes e diversos outros factores irão
influenciar o desempenho final da instalação. Mesmo que um local tenha vários condicionantes
positivos como recurso solar adequado, bom posicionamento e componentes de qualidade, basta
apenas um factor limitante para que o sistema se torne inviável. A tabela 2 contém factores
relevantes para a viabilidade de um sistema fotovoltaico, contém uma síntese dos principais
aspectos e seu impacto relativo na viabilidade técnica de um empreendimento.
27

Tabela 2-Fatores relevantes para a viabilidade de um sistema fotovoltaico

Item Aspecto Descrição Impacto


técnico
1 Recurso solar Impacta tecnicamente e comercialmente a instalação Alto
do sistema fotovoltaico. O recurso solar em última
instância será o determinante para um sistema seja
considerado viável.
2 Tipos de O tipo de instalação refere-se ao local da instalação:
instalação solo, telhado/laje ou ainda ambos. Instalações em solo.
Baixo
3 Posicionament O posicionamento diz respeito aos ângulos azimute e Médio
o inclinação escolhidos para a instalação. Este ângulo
altera o valor da energia incidente na superfície dos
módulos.
4 Sombreamento O sombreamento aliado ao posicionamento é um dos Alto
fatores que mais influenciam a produção energética de
um sistema fotovoltaico. Sombreamentos parciais
podem afetar severamente a produção e em alguns
casos causar danos irreversíveis aos módulos
fotovoltaicos (efeito de hot-spot).
5 Componentes Esta avaliação diz respeito à qualidade dos Médio
de componentes de uma instalação. Os principais
Instalação equipamentos de uma instalação fotovoltaica são os
módulos e o conversor de corrente contínua (inversor).
O correto dimensionamento destes equipmanetos
também é de vital para o desempenho energético
6 Condições Em todo empreendimento, antes de se proceder ao Médio
prévias do local projeto executivo da instalação, será necessário
conhecer as condições do local. O projetista deverá
identificar rotas de cabos, espaços em quadros, tipo de
instalação elétrica existente entre outros fatores
importantes para o melhor aproveitamento da
instalação existente.
7 Condições de Localidades muito afastadas podem se tornar um Médio
operação problema de manutenção. Hoje a utilização de enerrgia
E manutenção solar em meio rural ainda não ganhou força regulatória
ou comercial, mas pode se tornar uma realidade com a
implementação de políticas mais agressivas que o
modelo atual. Em instalações
Urbanas, locais de difícil acesso pode ser
problemático, como grandes telhados industriais com
grande altura. A manutenção nesses casos tende a ser
necessariamente realizada por empresas
especializadas.

FONTE: MELO, 2018, p.7)


28

2.8.4. Viabilidade económicas


De acordo com PEREIRA (2017, p.42) Para proceder com avaliação da viabilidade económica de
um sistema fotovoltaico é necessário definir previamente o valor do investimento e o benefício
anual do projecto ira proporcionar durante o seu funcionamento.

Para demonstrar os fatores que envolvem a viabilidade econômica, é necessária a correta estimativa
da aplicação do capital financeiro que se tem disponível, no tempo presente, com a finalidade de
verificar a viabilidade ou não da transação financeira em tempo futuro. Para tanto, são apresentados
a seguir alguns conceitos amplamente utilizados por pessoas físicas, jurídicas, instituições
financeiras, com a finalidade de verificar a viabilidade econômico-financeira de investimentos
(MARCHIORO et al, 2018):
• Payback (Tempo de retorno): é o intervalo de tempo preciso para que se consiga retorno
do investimento realizado em qualquer aplicação. Nesse critério não se considera risco,
correcção monetária ou financiamento. Esse método nada mais é que o valor onde o lucro
líquido iguala ao valor investido no projecto analisado (MIRANDA, 2014 Apud JUNIOR
et all.).
Caso o período de retorno de investimento seja mais longo que o período de vida útil do
projeto, o investimento é economicamente inviável (Mendes, 2019).
• Custo Nivelado de electricidade LCOE (Levelized Cost Of Energy): Consiste num
parâmetro que calcula o custo médio do total da energia produzida numa central de
produção energética durante o seu período de vida. O LCOE permite contabilizar custos
tais como o das actividades de operação e manutenção, a energia produzida, a degradação
e o tempo de vida da instalação. O seu cálculo é efectuado através da razão entre a soma do
capital investido (CCP) com os custos de operação e manutenção (OM) e a energia total
produzida em todo o período de funcionamento da central (𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ) (Mendes, 2019):
𝐶𝐶𝑃 + 𝑂&𝑀
𝐿𝐶𝑂𝐸 = (1)
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
29

CAPÍTULO 3: METODOLOGIAS
A metodologia que foi usada para a materialização do presente trabalho foi seleccionada de acordo
com os objectivos do estudo previamente estabelecidos.

3.1. Tipo da pesquisa


a) Sob ponto de vista dos seus objectivos
Tendo em vista o problema levantado, os objectivos da pesquisa e os procedimentos técnicos da
pesquisa, o estudo enquadra-se na pesquisa de caracter exploratório.

b) Sob ponto da sua natureza

A pesquisa é de natureza aplicada, segundo (Silva e Meneses, p. 20) este tipo de pesquisa objectiva
gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos, envolve
verdades e interesses locais. Nessa vertente, o conhecimento que advirá desta pesquisa terá uma
aplicação pratica, à de instalação de um sistema fotovoltaico para solucionar o problema
supracitado.

c) Sob ponto de vista de procedimentos técnicos

A pesquisa é de carácter estudo de caso. Pois, estudo de caso quando envolve o estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objectos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento (Silva & Meneses, p. 20).

d) Sob ponto de vista da forma de abordagem do problema

É uma abordagem qualitativa, considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir
em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de
correlação, análise de regressão, etc.).

3.2. Procedimentos metodológicos


Para a materialização do projecto os procedimentos a serem seguidos são os seguintes:
30

3.2.1. Levantamento das características técnicas do local de instalação


Esta fase o autor mapeou os aspectos técnicos como sombreamento ao arranjo, identificar as
possíveis rotas de cabos, tipo de instalação eléctrica existente, inclinação, área disponível que irá
albergar o arranjo fotovoltaico.

Através da observação directa, foram identificadas as possíveis rotas de cabos, inclinação da área
de instalação, os agentes causadores de sombras e obstáculos presentes.

Através do software Google Earth, efectuar o levantamento da área disponível, altura dos agentes
causadores de sombras e de obstáculos.

a) Inclinação e orientação do telhado


Através de analise computacional de imagem do edifício, foram achadas as distâncias de 𝑥, 𝑦 e ℎ
em pixéis e posteriormente foi determinada a inclinação do telhado 𝜑 que foi de 11° com orientação
nordeste e desvio azimutal de 49°, como pode ser visto na imagem da figura 7.

Figura 7-Ilustracao do ângulo de inclinação do telhado

FONTE: Autoria própria


𝑦
𝑥 = 1106 𝜑 = Tan−1 (𝑥 )

1106
𝑦 = 215 𝜑 = Tan−1 ( 215 )

𝜑 = 11,00053°
31

b) Tipo de instalação
Em Moçambique a tensão de ligação da rede eléctrica é de 220V, sendo assim nesta instituição não
é excepção, a tensão de operação é de 220V e apresenta uma ligação trifásica.

c) Sombreamento
Para o local escolhido não existem construções que produzam perdas por sombreamento, entretanto
esta área apresenta duas árvores que podem ser potenciais geradores de sombra. No
dimensionamento foi mensurada a perda por sombreamento que estes agentes irão causar.

3.2.2. Identificar a carga total no sector


Através do levantamento dos dispositivos individuais do sector, ira se determinar o perfil do
consumo no Computer Farm.

Para tal, fez-se necessário determinar quais os equipamentos que consomem energia, quais as suas
potências e quando são ligados, com o objectivo final de traçar o perfil do consumo energético do
sector.

Através da potência de cada dispositivo e do tempo de funcionamento do mesmo, foi calculado a


energia consumida individualmente por dispositivo. A soma do consumo individual dos
dispositivos nos da a energia diária a ser atendida pélo gerador fotovoltaico a ser dimensionado.

3.2.3. Dimensionamento do Sistema Solar Fotovoltaico:


O dimensionamento do sistema fotovoltaico Híbrido foi feito tendo em conta a potência e a energia
a ser atendida, igualmente foi considerada a radiação media anual para a cidade de quelimane. O
dimensionamento engloba os módulos, banco de baterias, inversores e a respectiva análise de
sombreamento e a delimitação da área dos diversos módulos fotovoltaicos.

Nesta parte, é necessário a escolha da tensão em corrente contínua (𝑉𝐷𝐶 ) para a qual o sistema vai
operar. De forma geral, é recomendado que a tensão de funcionamento do sistema aumente com o
aumento de carga diária consumida. Para cargas pequenas (até 1kwh diários) pode utilizar-se 12V
como valor de 𝑉𝐷𝐶 . Já para cargas intermédias (3 a 4 kwh por dia), recomenda-se os 24V. Para
cargas diárias maiores (acima de 4 kwh diários), deverá adoptar-se 𝑉𝐷𝐶 De 48V. Esta escolha leva
a uma diminuição de perdas pelo sistema.
32

a) Inversor
Os inversores têm sua máxima eficiência ao trabalhar na faixa entre 50% e 70% da sua capacidade
máxima. Assim o número de inversores necessários para atender a demanda da potencia é:
𝑃 𝑃𝑖𝑛𝑣
𝑃𝑖𝑛𝑣 = 𝑁_𝑖𝑛𝑣 =
𝜂𝑖𝑛𝑣 𝑃𝑖

Onde: 𝑃𝑖𝑛𝑣 É a potência a ser atendida pelo inversor;


𝑁𝑖𝑛𝑣 É o número de inversores;
𝑃𝑖 É a potência do inversor.
b) Módulos
O sistema proposto a instalar deve satisfazer a Carga a considerar diária, assim, pode-se calcular a
potência do arranjo fotovoltaico:

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑃=
𝜂𝑠𝑖𝑠𝑡

Onde: 𝑃 é a potência a considerar


𝜂𝑠𝑖𝑠𝑡 É o rendimento do sistema

Para calcular a energia que o sistema deverá produzir, há que ter em conta a energia diária,
eficiência da bateria (𝜂𝑏𝑎𝑡 ) e a eficiência do inversor (𝜂𝑖𝑛𝑣 ). Assim:

𝐸𝐷
𝐸𝑃𝑉 =
𝜂𝑏𝑎𝑡 × 𝜂𝑖𝑛𝑣

Onde: 𝐸𝑃𝑉 É a energia que o sistema ira produzir


𝐸𝐷 É a energia diária
𝜂𝑏𝑎𝑡 É o rendimento do banco de bateria
𝜂𝑖𝑛𝑣 É o rendimento do inversor

De seguida, é feito o cálculo da potência de pico Pp. Este é o valor mínimo a instalar de painéis
fotovoltaicos.

𝐸𝑃𝑉
𝑃𝑃 =
𝐻𝑆𝑃

Onde: 𝑃𝑃 É a potência pico do arranjo fotovoltaico


33

𝐻𝑆𝑃 são as horas de sol pleno

As horas de sol pleno correspondem ao número de horas existentes em que a radiação solar é
constante e com o valor 1𝐾𝑊/𝑚2 Num determinado local.

𝑖𝑟𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎
𝐻𝑆𝑃 =
1𝐾𝑊/𝑚2

Número de módulos é determinado a partir do produto dos números de módulos em serie e número
de módulos em paralelo.

𝐷𝐶 𝑉 𝑃𝑃
𝑚 = 𝑚𝑠 ∗ 𝑚𝑝 𝑚𝑠 = 𝑉𝑚𝑝𝑝 𝑚𝑃 = 𝑃
𝑚 ∗𝑚𝑠

Onde: 𝑚 é o número total de módulos;


𝑚𝑠 É o número de módulos em série;
𝑚𝑝 É o número de módulos em paralelo.
𝑉𝐷𝐶 É a tensão de operação do sistema;
𝑉𝑚𝑝𝑝 é a tensão do modulo.

c) Baterias

Para o cálculo da capacidade útil (𝐶𝑈 ) do banco de baterias é necessário ter em conta a energia real
(𝐸𝑅 ).

𝐸 𝐸
𝐸𝑅 = 𝜂 𝐶𝑈 = 𝑉 𝑅
𝑏𝑎𝑡 𝐷𝐶

Onde: 𝐸 é a energia a ser atendida pelo banco de baterias

As baterias não podem se descarregar totalmente, pois ocasionaria a fim da sua vida útil. Assim, a
capacidade real (𝐶𝑅 ) do banco de baterias é dado por:
𝐶𝑈
𝐶𝑅 =
𝐷𝑜𝐷
Onde: 𝐷𝑜𝐷 é a profundidade de descarga.
A quantidade, e o modo associação das baterias para esse banco de baterias é dado
𝐶𝑅 𝑉𝐷𝐶
𝐵𝑃 = 𝐵𝑆 = 𝑁𝐵 = 𝐵𝑃 ∗ 𝐵𝑆
𝐶𝑁 𝑉𝐵

Onde: 𝐵𝑃 É o número de baterias em paralelo;


34

𝐵𝑆 É o número de baterias em serie;


𝑁𝐵 É o número de baterias;
𝑉𝐵 É a tensão da bateria.

3.2.4. Custo de implantação do Sistema Solar Fotovoltaico


Foi feito o levantamento do preço dos componentes a integrar o sistema, estimar o preço da mão-
de-obra e com isso, avaliar a rentabilidade do projecto, com base nos parâmetros TIR (Taxa Interna
de Retorno), Payback (ou tempo de retorno de investimento) e o LCOE (levelised cost of energy
‘custo normalizado de energia’).

A metodologia aplicada tem em vista estimar de forma precisa as condicionantes financeiras


presentes em um investimento para geração de energia utilizando sistema fotovoltaico híbrido.
Razão pela qual a importância de basear-se em métodos amplamente utilizados no mercado
financeiro.

3.3. Instrumento de colecta de dados


Os métodos de recolha de dados seleccionados para a actual pesquisa são os seguintes:

Observação directa: com este método foi identificado o melhor local para a instalação do sistema
solar fotovoltaico e serão feitas medições com vista a determinar a área deste do local.

Questionário: redigido a secretaria do centro Multimídia do Computer Farm.

Análise documental: foi feito levantamento de dados de radiação solar incidente na região e o
levantamento de preço de compra da energia eléctrica, tal levantamento foi feito a partir da pesquisa
documental e bibliográfica.

3.4. Tabulação e apresentação dos dados


Para a tabulação e apresentação dos dados, serão usados os seguintes softwares: Google Earth e
Microsoft Excel.
35

CAPÍTULO 4: APRESENTAÇÃO, ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. Características do local


O levantamento das características do local foi realizado, como um dos requisitos preliminares para
um bom dimensionamento e uma correcta análise financeira. O mapeamento das características
deste local e o levantamento bibliográfico permitiu extrair as seguintes informações:
A irradiância para a cidade de Quelimane apresenta uma média anual de 5,74kwh/dia, sendo uma
radiação global em plano horizontal elevada quando comparada com melhores locais da Europa e
da Ásia que são continentes que apostam no uso massivo deste recurso renovável.
A abundância deste recurso é de maior valia para a viabilização deste projecto, pois que de acordo
com as literaturas consultadas, o recurso solar no local de instalação tem um impacto extremamente
elevado na viabilidade de um projecto.
Referente ao tipo de instalação, o Computer Farm localiza-se no 1º piso de um edifício com dois
pisos com duas águas, com desvio azimutal de -49º em relação ao norte geográfico para a 1ª água
e +139º de desvio azimutal na 2ª água, ambas com uma inclinação de telhado de 11º.
Quanto ao sombreamento, o telhado sudoeste (da 2ª água, com azimute +139) apresenta uma arvore
na sua proximidade e sua copa se projecta cobrindo uma pequena parte deste telhado. No que tange
aos factores que influenciam a viabilidade de um projecto fotovoltaico, o sombreamento tem
impacto alto nesses sistemas.
Defronte destas informações, o melhor telhado para a instalação dos módulos fotovoltaicos é o
telhado nordeste (1ª água), pois este apresenta menos sombreando em relação ao telhado sudoeste,
e é o telhado que está mais ao norte possível, como recomenda a literatura.

Tabela 3-Radiação da Cidade de Quelimane

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
6.34 6.14 6.05 5.25 4.69 4.15 4.37 5.38 6.22 6.79 6.81 6.69 5.74
Kwh/m2/dia

FONTE: Meteonoorm (adaptado pelo autor)


36

4.1.1. Determinação da Carga


No Computer Farm, teremos os seguintes aparelhos electroeletrónicos que deverão receber
potência eléctrica, com o seu tempo de uso durante o dia (Fotoperíodo):

Tabela 4-Consumo

Potência Tempo de Consumo


I Dispositivo Quantidade operação (h) diário (kwh)
Unitária Total
1 Lâmpadas externas 36 40 480 10 4,8
2 Lâmpadas internas 24 40 960 10 9,6
3 AC 1 1800 1800 10 18
Impressora e
4 projector 2 360 720 2 1,44
Computadores dos
5 técnicos 7 42 294 8 2,352
Computador do
6 director 1 42 42 8 0,336
Computadores da
7 sala 100 42 4200 2 42
8 Servidores 1 1500 1500 10 15
9 Câmaras DVR 1 200 200 10 2
Total 9716 90,728
FONTE: Autoria própria

A tabela (4) mostra o consumo diário no Computer Farm, onde foi verificado que a potencia pico
deste sector é de 9716W e seu consumo na ordem de 90,728kwh.

4.3.Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico Híbrido


O dimensionamento leva em consideração a potência e a energia a ser atendida. Os dados técnicos
de todos os componentes usados no dimensionamento estão devidamente apresentados nos anexos
deste trabalho.
37

4.3.1. Inversor
Para melhor dimensionamento, considerou-se a possibilidade de todos os aparelhos serem ligado
ao mesmo tempo. Como a potência total dos equipamentos é de 9716W, teoricamente um inversor
dessa potência seria suficiente para suprir a demanda. Porem estes equipamentos têm sua máxima
eficiência ao trabalhar na faixa entre 50% e 70% da sua capacidade máxima. Assim, para este caso
foi prevista uma folga de 30%, ou seja, será utilizada 70% da capacidade, teremos o seguinte
cálculo:
𝑃 9.716
𝑃𝑖𝑛𝑣 = = = 13.880𝑊
𝜂𝑖𝑛𝑣 0,7

Neste trabalho foi seleccionado Inversor híbrido do fabricante ISolar, modelo SM 5KW.
O número de inversores é determinado através da seguinte relação:
𝑃 13.880
𝑁= = = 2,78 ≈ 3inversores
𝑃𝑖 5.000

4.3.2. Arranjo fotovoltaico


Para calcular a energia que o sistema deverá produzir, há que ter em conta a eficiência da bateria
(𝜂𝑏𝑎𝑡 ) e a eficiência do inversor (𝜂𝑖𝑛𝑣 ) (conforme os dados técnicos dos equipamentos). Assim:

𝐸𝐷
𝐸𝑃𝑉 =
𝜂𝑏𝑎𝑡 × 𝜂𝑖𝑛𝑣

90728𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
𝐸𝑃𝑉 =
0,95 × 0,95

𝐸𝑃𝑉 = 100.808,8889𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎

O sistema proposto a instalar terá que satisfazer a Carga a considerar diária de 100,8 kwh. Assim,
pode-se calcular a potência pico dos painéis fotovoltaicos para esta potência. Calcularemos o
número de horas a sol pleno para a media anual de irradiância conforme a Tabela 3 é de
5,74kwh/dia.

5,74𝐾𝑊ℎ/𝑚2 /𝑑𝑖𝑎
𝐻𝑆𝑃 = = 5,74ℎ/𝑑𝑖𝑎
1𝐾𝑊/𝑚2
38

𝐸𝑅 100808𝑊ℎ
𝑃𝑃 = = = 17562,5𝑊
𝐻𝑆𝑃 5,74ℎ

Como o consumo a ser dimensionado é superior a 4𝐾𝑊ℎ diários, a tensão em corrente continua
(𝑉𝐷𝐶 ) para este dimensionamento é de 48V.

Para alcançar tal tensão de trabalho do sistema, associaram-se os módulos em série. Tal associação
de módulos em série dá-se o nome de Fileiras/String. Cada fileira terá a seguinte quantidade de
módulos em série:
𝑉𝐷𝐶 48𝑉
𝑚𝑠 = = = 1,6 ≈ 2
𝑉𝑚𝑝𝑝 28,8𝑉

A quantidade de fileiras em paralelo para suprir a corrente necessária à carga das baterias é dado
por:
𝑃𝑝 17562,5𝑊
𝑚𝑝 = = = 35,1 ≈ 36 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑖𝑠
𝑃𝑚 ∗ 𝑚𝑠 250𝑊 ∗ 2

Desta forma o número de módulos totais é:


𝑛 = 𝑚𝑠 ∗ 𝑚𝑝
𝑛 = 2 ∗ 36 = 72𝑚𝑜𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠

4.3.3. Banco de Baterias


A solução de energia apresentada deverá ser de Energia Solar Fotovoltaica associada a um banco
de baterias, sendo que continuara ligada à rede eléctrica, e o banco de baterias será utilizado apenas
como “back-up” em caso de oscilação ou cortes de energia da rede eléctrica e uma vez que a energia
excedente produzida pelos módulos não pode ser escoada para a rede, este excedente será no banco
de baterias.

Sendo assim, pelo histórico dos cortes de energia, estes não duram mais que 2 horas, salvo em caso
de manutenção antecipada (geralmente ocorre aos domingos). Assim para estimar a energia que o
banco de baterias deve armazenar foi reajustado o tempo de operação de todos os equipamentos
para 2 horas.
39

Tabela 5-Consumo a considerar para o banco de baterias

Potencia Consumo
unitária Potência Tempo de diário
Dispositivo Quantidade (W) total (W) operação (h) (kwh)
Lâmpadas 24 40 960 2 1,92
Ar condicionado 1 1800 1800 2 3,6
Impressora e
projector 2 360 720 2 1,44
Computadores
dos técnicos 7 42 294 2 0,588
Computador do
director 1 42 42 2 0,084
Computadores
da sala 100 42 4200 2 8,4
Servidores 1 1500 1500 2 3
Cameras DVR 1 200 200 2 0,4
Total 9716 19,432

FONTE: Autoria própria

O banco de baterias será composto por baterias freedom DF4001, que são baterias de 12 V de
tensão nominal, e tem capacidade de 200 Ah. Com 2h de autonomia e profundidade de descarga
60%.
𝐸𝑆 = 19432𝑊ℎ

𝑉𝐷𝐶 = 48𝑉

𝜂𝑏𝑎𝑡 = 0,95

Para o cálculo da capacidade útil (𝐶𝑈 ) do banco de baterias é necessário ter em conta a energia real
(𝐸𝑅 ).

𝐸𝑠 𝐸𝑅
𝐸𝑅 = 𝜂 𝐶𝑈 = 𝑉
𝑏𝑎𝑡 𝐷𝐶

19432𝑊ℎ 20454,736𝑊ℎ
𝐸𝑅 = 𝐶𝑈 =
0,95 48𝑉

𝐸𝑅 = 20454,73684𝑊ℎ 𝐶𝑈 = 426,2𝐴ℎ
40

As baterias não podem se descarregar totalmente, pois ocasionaria a fim da sua vida útil. Podemos
aproveitar apenas uma parte da energia acumulada nas baterias, o que equivale à profundidade de
descarga. Para preservar a vida útil da bateria, foi adoptada profundidade de descarga para este
banco de baterias de 60% (0,6).
𝐶𝑈
𝐶𝑅 =
𝐷𝑜𝐷
426,2𝐴ℎ
𝐶𝑅 =
0,6
𝐶𝑅 = 710,2𝐴ℎ

Portanto o banco de baterias deverá ter a Capacidade Real de 710,2 𝐴ℎ para prover a energia de
19432𝑊ℎ em 2 horas.
A quantidade, e o modo associação das baterias para esse banco de baterias é dado por.
• Número de baterias em paralelo
𝐶𝑅
𝐵𝑃 =
𝐶𝑁
710,2𝐴ℎ
𝐵𝑃 =
200𝐴ℎ
𝐵𝑃 = 3,55 ≈ 4 baterias
• Número de baterias em serie

𝑉𝐷𝐶
𝐵𝑆 =
𝑉𝐵
48𝐴ℎ
𝐵𝑆 =
12𝐴ℎ
𝐵𝑆 = 4 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠
• Número de baterias totais
𝑁𝐵 = 𝐵𝑃 ∗ 𝐵𝑆
𝑁𝐵 = 4 ∗ 4
𝑁𝐵 = 16 𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠
41

Gráfico 1-relação entre energia consumida, gerada e o excedente

4 000,00
3 500,00
3 000,00
Energia (KWh)

2 500,00
2 000,00
1 500,00
1 000,00
500,00
-
(500,00) Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez med
(1 000,00)
Meses

energia consumida enrgia gerada excedente

FONTE: Autoria própria

O Gráfico 1 mostra a relação entre a energia consumida, energia gerada e o excedente, onde se
verifica que a maior geração se regista no mês de Outubro com um total de 3696,74kwh. Em
contraparte o mês com menor geração é o mês de Junho, com 2181,27kwh, isto se justifica, pois,
este mês apresenta menor irradiância mensal.
No que tange ao excedente, este se regista igualmente no mês de maior geração (Outubro), nos
meses de Maio, Junho e Julho, se regista um défice na produção de energia com o maior valor de
540,57 kwh registado no mês de Junho. Por se tratar de um SF Híbrido, este défice será compensado
pela energia da rede elétrica.

4.3.3.1.Ciclo da bateria
As baterias seleccionadas para este projecto possuem um número em torno de 1400 ciclos para
uma profundidade de descarga de 60%.
Numa perspectiva menos optimista foi considerado que o banco de baterias fara 2 ciclos por semana
(carga e descarga), pois o banco de baterias foi projectado para actuar em caso de falha ou falta de
corrente da rede eléctrica. Portanto a vida útil das baterias é:
2 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 ⟷ 7𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑇𝑉𝑈 = 𝑛°𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠/𝑛°𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 ∗ 𝑎𝑛𝑜 −2
𝑥 ⟷ 365𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑇𝑉𝑈 = 1400/104,3
𝑥 = 104,3 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠 𝑇𝑉𝑈 = 13,42𝐴𝑛𝑜𝑠
42

Com 2 ciclos por semana, o banco de baterias vai operar por 13 anos, tendo em conta a vida útil
dos módulos fotovoltaicos (de 25 anos) será necessária apenas uma substituição do banco de
baterias.

4.4.Analise económica
A análise económica deste projecto consiste em avaliar, mensurar e comparar os lucros esperados
da produção de energia através de um sistema solar fotovoltaico autónomo com o investimento
inicial demandado para sua execução, e estabelecer se compensa investir nessa forma de geração
em comparação a energia da rede eléctrica nacional.
Nessa vertente são utilizados os seguintes indicadores quantitativos de análise de investimentos, o
Payback, Índice de Lucratividade e o Custo Nivelado de Electricidade.
Para a análise financeira, são considerados os resultados do dimensionamento técnico já
apresentado.

4.4.1. Custos de implantação


De modo a executar a análise financeira do mesmo, foram disponibilizados pela empresa Tecno
Solar Moz valores unitários para o custo de cada componente do sistema, os preços detalhados se
encontram nos anexos.
Tabela 6-Orçamento do projecto

Preço
Equipamento Quantidade Unitário Total
Bateria 12×2* 18 000,00 mtn 432 000,00 mtn
Inversor 3 55 000,00 mtn 165 000,00 mtn
Painel 74 16 005,60 mtn 1 184 414,40 mtn
Estrutura p/ módulos 1 50 000,00 mtn 50 000,00 mtn
Estrutura p/ baterias 1 15 000,00 mtn 15 000,00 mtn
Cabos 50 50,00 mtn 2 500,00 mtn
Conectores 75 100,00 mtn 7 500,00 mtn
Mão-de-obra 1 200 000,00 mtn 200 000,00 mtn
Subtotal 2 056 414,40 mtn
Contingência (5%) 102 820,72 mtn
Total 2 159 235,12 mtn

*Apos a aquisição, as baterias são substituídas mais uma vez totalizando 2 aquisições ao longo da
vida útil do projecto (25 anos).
43

4.4.2. Cálculo do Payback

Em Moçambique, a entidade responsável pela comercialização da electricidade é a EDM, o preço


cobrado por kWh é de 9,85MTn.
Foi calculado o fluxo de caixa do projecto, onde foi considerado para efeito de cálculo, o consumo
anual, tarifa actual de energia, obtida em https://www.edm.co.mz/pt/website/page/tarifário-de-
energia-eléctrica (acessado em 01 de Setembro de 2020). Para o cálculo de Payback foram
considerados os fluxos de caixa futuros para os próximos 25 anos de geração de electricidade, que
é a vida útil dos painéis solares, conforme os dados dos fabricantes e do fornecedor.

Para o fluxo de caixa foi considerado uma saída de 2.159.235,12 mtn de investimento, e entradas
anuais de 314.043,81 mtn mtn que corresponde ao valor que será economizado da compra anual
de energia

O Payback corresponde ao ano em que se o fluxo de caixa se torna zero, caso em que o fluxo de
caixa não se torna zero, o Payback corresponde ao ultimo ano com um fluxo de caixa negativo
somado a razão do ultimo fluxo negativo por 1º fluxo positivo neste caso o Payback corresponde a
6 anos e uma fracção de 1 ano que corresponde a 1 mês conforme demostrado

𝑝𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 6 + ( 274 972,28 mtn /314 043,81 mtn)


𝑝𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 6 + 0,88

𝑝𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 6,88 anos

𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 6 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑒 10,5 𝑚ê𝑠


44

Gráfico 2-Fluxo de caixa

Fluxo de caixa
MTn7 000 000,00

MTn6 000 000,00

MTn5 000 000,00


FLUXO DE CAIXA

MTn4 000 000,00

MTn3 000 000,00

MTn2 000 000,00

MTn1 000 000,00

MTn-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
MTn(1 000 000,00)

MTn(2 000 000,00)

MTn(3 000 000,00)


ANOS

FONTE: Autoria própria

Pelos cálculos feitos, o valor investido no sistema será retornado em seis anos e onze meses de
geração conforme observado no gráfico (2) e a partir daí toda a geração se transformará em
economia, apresentando ao final da vida útil uma receita de 5 691 860,06 mtn, no vigésimo quinto
ano.

4.4.3. Cálculo do índice de lucratividade


Para o cálculo do índice de lucratividade foi considerado o investimento global do projecto e o
somatório presente de todos os fluxos de caixa de futuro até aos 25 anos.

𝑆𝑜𝑚𝑎𝑡𝑜𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑡𝑢𝑟𝑜𝑠


𝐼𝐿 =
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

7 851 095,18 mtn


𝐼𝐿 =
2 159 235,12 mtn

𝐼𝐿 = 3,64

Este valor quer dizer que a cada 1mtn investido, terá retorno de 3,64 mtn.
45

4.4.4. Cálculo do Custo Nivelado de Electricidade


O cálculo do LCOE é efectuado através da razão entre a soma do capital investido (CCP) com os
custos de operação e manutenção (OM) e a energia total produzida em todo o período de
funcionamento do sistema, assim sendo, para esse projecto o capital investido engloba os custos de
operação e manutenção, conforme a tabela 9.

𝐶𝐶𝑃 + 𝑂&𝑀
𝐿𝐶𝑂𝐸 =
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

2 159 235,12 mtn


𝐿𝐶𝑂𝐸 =
797 065,50 kwh
𝐿𝐶𝑂𝐸 = 2,71mtn/kwh

O LCOE é relativamente baixo comparado a tarifa de energia da EDM que esta em torno de 9,85
mtn/kwh, isto significa que a electricidade do sistema FV está a ser produzida a baixo custo, sendo
que o investimento deverá ter maiores retornos.
46

CAPÍTULO 5: CONCLUSÕES E SUGESTÕES

5.1. Conclusão
Em resumo, este trabalho teve como objectivo analisar a viabilidade de instalação de um sistema
fotovoltaico híbrido no Computer Farm na Universidade Licungo. Com base nos valores
projectados no dimensionamento e com os preços actuais dos componentes que constituirão o
sistema, foi realizado uma análise de viabilidade económica para o projecto.
O levantamento das características do local de instalação permitiu, analisar as condições técnicas,
onde se conclui que possui condições técnicas para receber um sistema fotovoltaico com a potencia
na qual é proposta.
Feito o dimensionamento do sistema, observou-se que para atender a demanda de 90 kwh são
necessários 72 módulos fotovoltaicos de 250Wp cada modulo, sendo associados 36 fileiras em
paralelo e cada fileira terá 2 módulos em série. Para atender a potência da instituição, serão
necessários 3 inversores de 5KW cada, operando a 70% para garantir melhor eficiência. O banco
de baterias foi dimensionado para atender o sector durante oscilações/cortes na rede eléctrica, sendo
assim o banco de baterias terá 16 baterias associadas em quatro linhas de 4 baterias em cada linha.
Com um investimento inicial de 2 159 235,12 mtn e uma economia anual de 314 043,81 mtn, foi
então possível calcular os parâmetros necessários para proceder à análise financeira do projecto.
Sendo que o Payback (tempo de retorno do investimento) foi de 6 anos e 11 meses, LCOE (custo
nivelado de electricidade) foi de 2,71 mtn/kwh e o IL (índice de lucratividade) foi de 3,64.

Diante das constatações apresentadas na análise técnica e económica deste trabalho, pode se
afirmar que é viável o investimento em sistema solar fotovoltaico híbrido no Computer Farm na
Universidade Licungo. Este sistema além de garantir o retorno do investimento em um horizonte
de 6 anos e 11 meses, e o custo nivelado de electricidade é aproximadamente 75% mais barato em
comparação a tarifa da EDM. Estes dados garantem um Índice de Lucratividade alto que cobre seus
custos de instalação e manutenção, gerando ao longo de seu tempo de vida útil saldo positivo de
5.691.860,06 mtn, superior a aplicações financeiras, o que se caracteriza como um investimento
favorável técnica e economicamente.
47

5.2. Sugestões
Para o estudo feito sugere-se que:

• Em caso de implementação do sistema, sejam substituídas as lâmpadas actuais para


lâmpadas leds (de menor consumo) para garantir melhor desempenho e durabilidade dos
equipamentos.
• Para as futuras pesquisas, sugere-se que haja levantamento da carga por um período
prologado de forma a garantir uniformidade do consumo.
48

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(01 de Setembro de 2020). Fonte: Https://www.edm.co.mz/pt/website/page/tarifário-de-energia-
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SOUZA, R. d. (s.d.). Os sistemas de enegia solar fotovoltaica. Bluesol.


50

ANEXOS
51

ANEXO I
Figura 8-Rotulo da Bateria

ANEXO II
Figura 9-Rotulo do Inversor
52

APÊNDICES
53

APÊNDICE I
Tabela 7-Fluxo de caixa

Consumo da
Ano energia solar Tarifa Preço Fluxo de caixa
0 - 2 159 235,12 mtn
1 31882,62 9,85 314 043,81 mtn - 1 845 191,31 mtn
2 31882,62 9,85 314 043,81 mtn - 1 531 147,51 mtn
3 31882,62 9,85 314 043,81 mtn - 1 217 103,70 mtn
4 31882,62 9,85 314 043,81 mtn - 903 059,89 mtn
5 31882,62 9,85 314 043,81 mtn - 589 016,09 mtn
6 31882,62 9,85 314 043,81 mtn - 274 972,28 mtn
7 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 39 071,53 mtn
8 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 353 115,34 mtn
9 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 667 159,14 mtn
10 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 981 202,95 mtn
11 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 1 295 246,76 mtn
12 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 1 609 290,56 mtn
13 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 1 923 334,37 mtn
14 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 2 237 378,18 mtn
15 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 2 551 421,99 mtn
16 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 2 865 465,79 mtn
17 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 3 179 509,60 mtn
18 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 3 493 553,41 mtn
19 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 3 807 597,21 mtn
20 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 4 121 641,02 mtn
21 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 4 435 684,83 mtn
22 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 4 749 728,63 mtn
23 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 5 063 772,44 mtn
24 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 5 377 816,25 mtn
25 31882,62 9,85 314 043,81 mtn 5 691 860,06 mtn
Total 797 065,50 7 851 095,18 mtn
54

APÊNDICE II
Tabela 8-relação entre energia consumida, gerada e o excedente

Mês Irradiância Energia consumida Enrgia gerada Excedente


Jan 6,34 2 812,57 3 451,74 639,17
Fev 6,14 2 540,38 3 019,35 478,97
Mar 6,05 2 812,57 3 293,85 481,28
Abr 5,25 2 721,84 2 766,10 44,26
Maio 4,69 2 812,57 2 553,42 - 259,15
Jun 4,14 2 721,84 2 181,27 - 540,57
Jul 4,37 2 812,57 2 379,20 - 433,37
Ago 5,38 2 812,57 2 929,08 116,51
Set 6,22 2 721,84 3 277,17 555,33
Out 6,79 2 812,57 3 696,74 884,17
Nov 6,81 2 721,84 3 588,02 866,18
Dez 6,69 2 812,57 3 642,29 829,72
Med 5,74 2 759,64 3 064,85 305,21
FONTE: Autoria Própria (2020)
55

APÊNDICE III
Figura 10-Servidor da Universidade Licungo
56

Figura 11-Sala de Computadores

Tabela 9-especificacoes técnicas do inversor, modulo e bateria


Inversor Fabricante Modelo 𝑷𝒏𝒐𝒎 Modo inversor Inversor de rede Inversor solar
Entrada CC Saída CA Entrada CA Saída CC 𝑽𝑫𝑪 𝑽𝒐𝒄
ISolar SM5KW 5000W 48V 230V 230V 54V 30A 48V 145V
117A 22A 35A
Modulo Fabricante Modelo 𝑷𝒏𝒐𝒎 𝑽𝒎𝒑𝒑 𝑽𝒐𝒄 𝑰𝒎𝒑𝒑 𝑰𝒔𝒄 Dimensões
Canadian Solar Inc. CS1V 250W 28,8 31,1 V 8,68A 9,29A 1638𝑚 ×
250Ms 0,826m
Bateria Fabricante Modelo 𝐶𝑛𝑜𝑚 Ciclagem 𝑉𝐵 Dimensões Peso
Freedom DF4001 200Ah 1500 12 525*275*250mm 60,3Kg
57

APÊNDICE IV
Gráfico 3-Ciclo de vida da bateria
58

APÊNDICE V

Tabela 10-Disposição dos Módulos

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