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Qual a diferença entre expografia

e museografia?
por Renata Figueiredo Lanz23 de julho de 2019
Foto: Ana Elisa/Portal EBC
 

A diferenciação desses termos é sempre bastante polêmica, pois são conceitos que estão
associados e muitas vezes, confundem-se. Desta forma será esclarecida aqui a diferença
entre os termos, utilizando o pequeno glossário de exposições, proposto por Desvallées
em 1998.

“A expografia é a arte de expor. O termo foi proposto em 1993, para complementar o


termo museografia para designar a colocação em exposição e aquilo que diz respeito a
ambientação, assim como o que está ao seu redor, nas exposições (com exceção das
outras atividades museográficas, como a segurança, a conservação, etc), e que essas
últimas se situam em um museu ou em um lugar não museal. Ela visa a pesquisa de uma
linguagem e de uma expressão fiel para traduzir o programa científico de uma
exposição”. (DESVALLÉES, 1998)

Já a museografia é o campo do conhecimento responsável pela execução dos projetos


museológicos. Através de diferentes recursos – planejamento da disposição de objetos,
vitrines ou outros suportes expositivos, legendas e sistemas de iluminação, segurança,
conservação e circulação – a museografia torna possível apresentar o acervo, com o
objetivo de transmitir, através da linguagem visual e espacial, a proposta de uma
exposição.

“A museografia, termo que aparece pela primeira vez no século XVII, se define como a
museologia prática e aplicada. Ela está subordinada à museologia e aplica as conclusões
teóricas as quais a museologia chegou. (…) A museografia compreende as técnicas
necessárias para preencher as funções museais e particularmente aquelas que concernem
a gestão do museu, a conservação, a restauração, a segurança e a exposição. Mas, o uso
da palavra museografia, em francês, tende a designar nada mais que a arte – ou as
técnicas – da exposição. É por isso que, desde alguns anos, o termo expografia foi
proposto para designar apenas ao que concerne as exposições, sejam elas em um museu
ou em um espaço não museal”. (DESVALLÉES, 1998)

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