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INSTITUTO GRADUARTE

ÉRICSON FABRÍCIO ALVES VIEIRA DA SILVA

O MUSEU COMO FONTE DE PESQUISA E PRODUÇÃO HISTORIOGRÁFICA

Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo Científico,


apresentado ao Núcleo de Trabalhos de Conclusão
de Curso do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu do
curso de Especialização em Gestão de Museus, como
requisito obrigatório para a obtenção do grau de
especialista.

ITAÚNA – MG

2019
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O MUSEU COMO FONTE DE PESQUISA E PRODUÇÃO HISTORIOGRÁFICA

ÉRICSON FABRÍCIO ALVES VIEIRA DA SILVA

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo propiciar uma visão do papel que o museu possui e a função que este
exerce no ofício do historiador. Pretendemos ainda ampliar a visão geral que se possui em relação a preservação
da memória nos museus e o cabedal de fontes gerais que este abriga em seu acervo. Compreender que a cultura é
diversa e que o ofício do historiador é de preservar estas referidas culturas, o artigo apresenta a visão de teóricos
que defendem ideias como a cultura, o museu, as fontes, o historiador. Os teóricos abordados em peso foram:
CÂNDIDO (2009), CARLAN (2010), KOPTCKE (2010), ROSE (2004), ROSENSTONE (2010) SPRY-
LEVERTON (2004), VILLELA(1995), XAVIER (2009). A cultura sensibiliza os demais, não por ser diferente,
mas por possuir o mecanismo de linguagem que usa por meio de suas produções e faz assim que sua mensagem
chegue até o humano que é similar a ele. Cumpre, pois, a função de demostrar ou até lembrar que o homem é
humano. Cumpre ele, pois, historiador, a mesma função da cultura presente nos museus – humanizar os
indivíduos.

Palavras-chave: Museu; Fontes Históricas; Historiador.


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1. INTRODUÇÃO

A riqueza de fontes que o museu proporciona é incalculável. A partir disto, o presente


trabalho intenciona realizar um diálogo entre o papel do museu e o ofício do historiador.
Compreendemos que a história ao ser produzida necessita do auxílio de diversos ramos do
conhecimento, fazendo-a assim uma das ciências que mais dialogam com as ciências em
geral.
Apresentamos inicialmente ao longo de nossos argumentos a transformação que a
História passou em relação a sua produção e como o historiador poderia agir diante das fontes
a partir do século XIX. Junto a isto, acrescemos a possibilidade do que pode ser realizado em
sala de aula e como as fontes desempenham um papel fundamental na aquisição de
compreensão de mundo.
Feito isso, passamos a discorrer sobre o papel geral do museu e como este abriga
inúmeras fontes e riquezas. Possui este um cabedal de informações de variadas épocas,
sociedades, culturas etc.; seja qualquer seja o seu segmento de acervo ele concentra em si o
poder de temporalidade múltipla e percepções diversas sobre os espaços em que seus acervos
foram originados.
Em seguida, apresentamos um caso específico de pesquisa realizada na intenção de
discutir a data do nascimento de Cristo a partir de um acervo numismático. A pesquisa citada
foi fundamental para a compreensão do ofício do historiador e do diálogo diverso que este
realiza com as fontes diversas e o indispensável acervo do museu que nos disponibiliza uma
visão ampliada daquilo que se pesquisa. O artigo desta forma, procurou relacionar por meio
da pesquisa bibliográfica, incluindo artigos e documentários audiovisuais e confronto de
informações na intenção de esclarecermos como se dá a pesquisa histórica e de que forma o
museu contribui nesta produção. Justifica-se por meio do argumento de Rosenstone (2010),
que o documentário audiovisual possui uma seriedade tão notável quanto a do livro ou artigo
científico. Tal ideia nos remete a transformação que a História passou no século XIX com a
possibilidade de ter outros acervos de fontes.
Pretendemos que as argumentações e o trabalho como um todo possa contribuir de
alguma forma para a compreensão da preservação da memória que a humanidade deve
realizar seja esta a partir de coleções particulares ou por meio de instituições como o museu.
Frisamos ainda a importância do museu como fonte multidimensional já que abarca em si
mundos diversos e temporalidades diversas.
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Que possa o presente trabalho ser utilizado como fonte para intervenções científicas
futuras.
2. AS FONTES E O HISTORIADOR

A partir do século XIX no que se refere a História e sua produção, muitas mudanças são
provocadas no ofício do Historiador e como este deve se utilizar das fontes.
Percebemos uma amplitude maior no que diz respeito ao o que pode ser considerado
como fonte, como o historiador deve analisar tal fonte e de que forma a história pode ser um
instrumento de criticidade ao ser produzida e estudada.

Ao ver de Xavier (2009) as fontes nos servem como objeto de estudo para produção da
História; isto se aplica tanto na produção historiográfica quanto na sala de aula no intercâmbio
de conhecimento produzido dos entre alunos e professores. As fontes devem assumir um
papel fundamental na questão da aprendizagem do aluno. Ele é responsável pela percepção
que temos sobre as representações que determinados grupos forjaram sobre a sociedade em
que viviam como pensava ou sentiam, como se estabeleceram no tempo e no espaço.

Observamos por meio do pensamento de Xavier (2009) que esta defende a ideia da
importância das fontes não somente na elaboração da produção do ofício do historiador, mas
como a produção do conhecimento se dá na sala de aula durante as aulas de história.

Pronunciando-se sobre a possibilidade de que as fontes em geral nos dão uma amplitude
maior sobre um diálogo com outras ciências, afirma:

Para tanto, procuramos compreender como a fonte se estabelece para história dos
historiadores, e como esta se torna uma ferramenta interdisciplinar ao ser apropriada
pelo ensino no processo de produção de conhecimento histórico em sala de aula. As
fontes históricas devem ir além de meras ilustrações de conteúdos. (XAVIER, 2009,
p. 641)

É por este motivo que o historiador deve dominar de certa forma os métodos de
interpretação acerca das fontes. Não deve o historiador como pesquisador nem como educador
fazer com que os leitores ou alunos de sua construção produtiva tomar o seu ofício, porém,
deve abrir espaço para que todos dialoguem com as possiblidades e diversas verdades que a
História possui. Desta forma o conhecimento é de fato construído.
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Para isto, novos objetos foram tomando características de fontes, o que antes do século
XIX, só se considerava a escrita, como o advento da Escola dos Analles , todos os tipos de
vestígios passam a ser considerados como fontes. (XAVIER, 2009)

Diante disto, como pode de maneira direta o historiador trabalhar com fontes de maneira
geral. Como o conhecimento pode ser construído a partir deste caminho? Assim, surge a
intenção de abordarmos o museu como um “repositório” de cultura, de fontes, de objetos, de
versões da história prontas para serem analisadas, interpretadas e reconstruídas a partir do
ofício do historiador.

Compreendemos ao ver de Villela (1995) que o historiador ao meio do museu e as


fontes que este disponibiliza, junto com sua análise meticulosa faz com que a cultura, a
memória e a história destas fontes passem ser reconstruídas.

3. O MUSEU: ARTEFATOS MUSEOLÓGICOS COMO FONTES

Para Villela (1995) função do historiador é lutar e trabalhar a forma que a memória
coletiva sirva para a libertação e não para servidão dos homens; é lutar e trabalhar para a
preservação da memória, mas, sempre, levando em consideração que ela é múltipla e que deve
evidenciar as próprias contradições.

O que é o museu senão um local de memória coletiva por meio de seus objetos?

De acordo com Cândido (2009):

Os museus são instituições que preservam referências patrimoniais e, por meio


delas, propõem reflexões amplas sobre o homem, seu meio ambiente e suas
atividades, por isso se vinculam necessariamente ao conhecimento interdisciplinar.
(...) Entre as áreas básicas dos museus a História é muito presente, além do fato de
que todo museu é histórico, pois as referências patrimoniais lá reunidas, mesmo que
por outros critérios (artísticos, científicos), são historicamente produzidas e se
encontram inseridas em uma temporalidade que transcorrerá durante toda existência
do objeto no museu, criando novos sentidos e significados. Por esta razão, o museu é
um espaço propício para o exercício do ofício do historiador, juntamente com outros
profissionais. (CÂNDIDO, 2009, p. 1).

A defesa de Cândido (2009) de maneira objetiva enfatiza o papel do museu no ofício


do historiador e como sua função é cumprida no que diz respeito a um diálogo geral com as
outras ciências. Com isto, por meio do trabalho que pode ser feito nos museus com intermédio
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dos historiadores vem a enriquecer uma visão do passado transformadora e a compreensão de


inúmeras historicidades que estão inseridas em apenas uma instituição.

Frisamos em nossas argumentações a interdisplinaridade para que se compreenda que


um conhecimento construído ou produzido por inúmeras análises e diálogos necessita de
muitas ciências em conjunto.

Cândido (2009) assim se pronuncia:

Por esta razão independente do modelo museológico, de uma instituição


museológica ser mais ou menos tradicional, ela sempre deverá ter o amparo
interdisciplinar, embora haja disciplinas mais reforçadas em diferentes perfis
institucionais, como vimos. Os museus devem manter um diálogo atualizado com a
produção do conhecimento e nas diferentes áreas com o pensamento
contemporâneo. (CÂNDIDO, 2009, p. 2).

Promovendo uma discussão em nível similar Koptcke (2019) nos apresenta uma
afirmação que simplifica de certa forma a importância dos museus como acervo fácil para a
sociedade e para o historiador. Assim, o museu nos apresenta diversas perspectivas culturais
artísticas, religiosas, etc., deixando a pesquisa e compressão sobre uma sociedade cada vez
mais rica.

Podemos afirmar que há quatro perspectivas históricas ou quatro historiografias sobre


os museus: uma história da fundação dos museus, de suas origens a sua disseminação; uma
história das permanências, dos fragmentos narrativos passados e presentes que, superpostos,
coabitam as salas de uma mesma instituição, desvelando os processos de construção de
legitimidade cultural; uma terceira perspectiva, que remete à história dos objetos
colecionados, das vicissitudes das coleções, e pode constituir uma história paralela à do
museu; e finalmente uma história da representação museográfica, revelando como os museus
eram percebidos e apropriados pelos sujeitos que neles trabalhavam, pesquisavam, ensinavam
ou apenas os visitavam – essa ‘meta-história’ das instituições museais dialoga com os estudos
da história europeia sobre as formas de fruição das obras de arte e dos objetos do patrimônio
histórico e científico. (KOPTCKE, 2019, p. 818).

Compreendendo desta forma ao ver de Koptcke (2019) o museu como um local de


práticas e narrativas simbólicas, os estudos de público constroem-no como espaço de recepção
(cultural) dos discursos museais e constroem sua história como sendo a dos olhares dos
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visitantes sobre os museus. (...) Os públicos constituem, pois, importante categoria de análise
para adensar a reflexão sobre o papel social dos museus. Sua eleição como objeto de estudo
convida o pesquisador a direcionar um novo olhar sobre as fontes já conhecidas e empregadas
em outras leituras e desta forma outros olhares e mentalidades sendo compreendidos nesta
rica instituição que se chama Museu.

4. O CASO DOS TRÊS REIS MAGOS

Por meio de um documentário televisivo 1 produzido pelo Reino Unido (Detetives do


Passado), percebemos que, as fontes como um todo nos abrem uma imensa possiblidade para
que determinados conhecimentos sejam produzidos. Apresentaremos a partir desta seção uma
forma breve de como uma pesquisa acerca do nascimento de Jesus, conforme o referido
documentário, e, a associação que este possui com a famosa tradição dos três reis magos.

EXPLICAR A QUE SE PROPÕE O DOCUMENTÁRIO...

Nossa intenção ao apresentar esta temática é a de demonstrar como o acervo de


museus e fontes diversas são importantes para o ofício do historiador e como se dá a apuração
das fontes quando este realiza sua pesquisa.

Para descrevermos o caso dos três reis magos devemos de início dialogar sobre o
acervo numismático dos museus e a importância da numismática, já que o primeiro objeto
analisado para que as evidências expostas no documentário sobre a data do nascimento de
Jesus foi uma moeda.

Assim, podemos afirmar de acordo com Carlan (2005) que, a numismática pode ser
considerada uma disciplina das ciências sociais. Ligou-se naturalmente ao estudo da História,
sobretudo à História Política, ajudando a estabelecer a cronologia de reinados e a datar fatos
importantes da política; à Economia, informando sobre o valor das moedas dentro dos
diferentes sistemas monetários, sobre desvalorizações e período de crise e rebeliões sociais,
sobre os comportamentos em relação à moeda, permitindo examinar, no passado, a aplicação
das leis econômicas; à Arqueologia, contribuindo para auxiliar a datação de estratos e sítios
arqueológicos; e à História da Arte, permitindo, através de seus tipos, uma análise da

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Detetives do Passado – Os Três Reis Magos. (45 minutos) The Learning Channel, UK: 2004. Disponível
em: http://www.4shared.com/rar/59HWPOpd/detetives_do_passado-os_trs_re.html .
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evolução dos estilos e o reconhecimento de obras desaparecidas ou conhecidas somente por


meio de textos literários.

De maneira direta, o referido autor afirma que a utilização da numismática como fonte
primária não é novidade. Daremos alguns exemplos de como estabelecer esta relação
História / Moeda através da análise da iconografia contida nos anversos e reversos
monetários. (CARLAN, 2005, p. 27).

ESCLARECER COMO O DOCUMENTÁRIO EXPÕE A MOEDA E COMO PASSA


A ABORDAR A PARTIR DALI A IDEIA QUE QUER DEFENDER. – LEMBRAR QUE O
DOCUMENTÁRIO EXPÕE POSSIBILIDADES.

Por meio de uma iconografia presente nas moedas da Antioquia (5-11 d.C.)
mostrando a gravura de um carneiro e uma estrela se discutiu a possibilidade do motivo do
carneiro e a estrela estarem presentes na iconografia da moeda.

Em SPRY-LEVERTON (2004) observamos que:

Molnar, tendo como passatempo colecionar moedas antigas, adquiriu, na Primavera


de 1990, uma moeda de bronze de Antioquia, provavelmente do ano 6 D.C. e que
mostrava um carneiro olhando para uma estrela. Mais tarde acabou por descobrir
que, segundo o Tetrabilos de Ptolomeu, obra que é considerada a «bíblia da
astrologia», o Carneiro era o signo do zodíaco que representava o reinado de
Herodes (Judeia, Idumeia, Suméria, Palestina e parte da Síria). Molnar consegue
coligir uma série de provas que sustentam esta ideia e diz ainda que o costume de
relacionar o signo de Peixes com os judeus é apenas cristão. Repare-se que a palavra
grega para peixe é ichtus, um acrónimo de Iesus Christos Theou Uios Soter – Jesus
Cristo Filho de Deus o Salvador. (SPRY-LEVERTON, 2004, p. 3)

Por meio de outros diálogos com outras ciências, tal como a astronomia, economia e
agricultura da época, chegou-se à conclusão de que nesse dia, Júpiter nasceu a leste pela
manhã, na constelação do Carneiro. O sol estava igualmente na constelação do Carneiro.
Além disso, Saturno também estava presente em Carneiro. A Lua estava em conjunção
próxima com Júpiter de tal modo que houve uma ocultação. A ocultação de Júpiter pela Lua
terá sido ofuscada pelo Sol e, como tal, não terá sido visível, no entanto os astrólogos
poderiam ter suspeitado de que ela iria acontecer e encontrado assim condições auspiciosas
para o nascimento de um grande Rei na Judeia. (SPRY-LEVERTON, 2004, p. 6)

FRISAR O MOTIVO DO CARNEIRO E JÚPITER SEREM TÃO IMPORTANTES


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Em que momento se aborda os três reis magos? Os três reis magos, diante dos textos
bíblicos são referidos como sábios vindos do Oriente, que nos remete a Pérsia que possuía
profundos conhecimentos acerca da astronomia. Diversos outros acervos museológicos nos
remetem a estes três personagens, incluindo pinturas, esculturas e relíquias em igrejas.

Exaustivas pesquisas realizadas sobre os textos, imagens, interpretações de fontes e


artefatos em geral, nos prova que, o ofício e a função do museu, que abriga um acervo
inimaginável fez com que uma possível conclusão fosse tirada:

Estes Magos, astrólogos, seriam mais uma vez sacerdotes zoroastrianos,


provavelmente partos, que se terão deslocado à capital das terras governadas por
Herodes, Jerusalém, para tentar descobrir onde poderia ter nascido o novo Rei. É,
segundo Mateus, Herodes quem lhes fornece a pista, depois de ter ouvido a profecia
dos seus sacerdotes conselheiros. O início do movimento retrógrado de Júpiter, a 19
de dezembro de 6. AC., terá servido para explicar o facto da «estrela» ter ficado
estacionária no céu e assim parecer ter parado, sobre Belém, como dizem os textos
de Mateus. (SPRY-LEVERTON, 2004, p. 8)

DETALHAR UM POUCO MAIS COMO O DOCUMENTÁRIO NOS LEVA A


CONCLUIR A CITAÇÃO ACIMA.
Tudo isto foi possível a partir de um acervo de museu (moeda), junto a outros diálogos
que remeteu os pesquisadores a outros acervos diversos, combinado ao conhecimento de
outras ciências: eis a produção histórica, eis o ofício do historiador, eis o auxílio e papel
fundamental do museu.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O museu sendo compreendido como uma instituição que abriga uma gama de fontes
diversas que possibilita o historiador e demais profissionais pesquisarem sobre
temporalidades e espaços distintos é de papel fundamental na construção da identidade da
humanidade.

Almejamos que o presente trabalho possua êxito no que diz respeito a conscientização
da importância da preservação da memória e da cultura, bem como a importância que o
museu possui como preservação destas e funções diversas que o mesmo abriga em si como
repositório de fontes históricas.

A cultura é inerente ao homem. É esta uma das primeiras conclusões que pudemos
perceber diante do exposto. O ser humano ao longo de sua caminhada evolutiva nunca se
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desvinculou da cultura; até a civilização que possa ser considerada de certa forma, com pouca
produção, ainda assim, produziu elementos culturais. Da grande maioria das civilizações que
se destacam e das que não se destacam em peso o que sobrevive delas, é a cultura.
Diante de outros teóricos concluímos que a preservação da memória por vezes é
questionada e por vezes chamada de inútil, seja esta como produção ou como objeto de
estudo.
No entanto, para que serve a preservação da memória? Para que serve o museu?
Diante da indagação encontramos que não somente a cultura impressa no museu serve
para algo, mas nós, enquanto humanos necessitamos desta.
Ao percebermos que a memória preservada nos museus possui uma função e que
necessitamos desta, passamos a discutir em partes do presente trabalho, sobre o papel do
historiador a fim de enxergá-lo como instrumento da cultura e que papel juntamente com esta,
ele desempenha.
A cultura sensibiliza os demais, não por ser diferente, mas por possuir o mecanismo de
linguagem que usa por meio de suas produções e faz assim que sua mensagem chegue até o
humano que é similar a ele.
Cumpre, pois, a função de demostrar ou até lembrar que o homem é humano. Cumpre
ele, pois, historiador, a mesma função da cultura – humanizar os indivíduos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CÂNDIDO, Manuelina Maria Duarte. Museus como espaço de interdisciplinaridade e o


ofício do historiador. ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Fortaleza.
2009.

CARLAN, Cláudio Umpierre. FUNARI, Pedro Paulo Abreu Funari. La Cittá Romana nelle
Discussioni Storiografiche e le Rappresentazioni Urbane nelle monete. IN: Gabriele
Cornelli; Giovanni Casertano (Org.). Pensare la Cittá Antica: Categorie e Rappresentazioni.
1a. ed. Milão: Cacoria \ Loffredo Editore, 2010.
CARLAN, Cláudio Umpierre. Numismática \ Documento \ Arqueologia: A Cultura
Material e o Ensino da História. In: Revista Cadernos de História. V. 12. N. 1. Universidade
Federal de Uberlândia, 2005.
KOPTCKE, Luciana Sepúlveda  and  PEREIRA, Marcele Regina Nogueira. Museus e seus
arquivos: em busca de fontes para estudar os públicos. Hist. cienc. saude-
Manguinhos [online]. 2010, vol.17, n.3 [cited  2019-12-24], pp.809-828.

ROSE, Mark. The Three Kings & the Star. Archaeology. Dez./2004. Disponível em:
http://www.archaeology.org/online/reviews/threekings/ .
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ROSENSTONE, Robert. A história nos filmes, os filmes na história. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2010. 262p.

SPRY-LEVERTON, Peter. Detetives do Passado – Os Três Reis Magos. (45 minutos) The


Learning Channel, UK: 2004. Disponível
em: http://www.4shared.com/rar/59HWPOpd/detetives_do_passado-os_trs_re.html.

VILLELA, Américo Baptista. Entre a memória e a história: o ofício do historiador.


Trabalho de Conclusão de Curso – PUC-CAMPINAS, maio de 1995.

XAVIER, Erica da Silva. Ensino e História: o uso das fontes como ferramentas na
produção de conhecimento histórico. ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE
HISTÓRIA – Fortaleza. 2009.

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