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GUIA DA
DISCIPLINA
2022
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
Objetivo
Introdução
O primeiro conceito sobre o qual vamos dialogar é o de museu. “O termo “museu”
tanto pode designar a instituição quanto o estabelecimento, ou o lugar geralmente
concebido para realizar a seleção, o estudo e a apresentação de testemunhos materiais e
imateriais do Homem e do seu meio” (DESVALLÉES; MAIRESSE. 2013, pp. 32 – 67)
Fonte: http://www.museums.gov.mo/por/imd2012/icom.html
Mas, definir museu não é tarefa fácil, por isso traçaremos um panorama histórico que
auxilie na compreensão de suas características e dos principais fundamentos para a
compreensão de sua importância para a sociedade.
A etimologia do termo vem do grego: mouseion, que poderia ser traduzido por
templo das musas. Na mitologia grega o templo das musas era “dedicado às
nove Musas, filhas de Zeus com Mnemosine, a deusa da Memória. No entanto,
foi só a partir do Renascimento que este termo passou a ser aplicado em
relação a coleções de objetos de valor histórico e artístico”. (FALCÃO, 2009.
pp. 10 - 14)
Em busca das origens dos museus “alguns autores sugerem que deveríamos
considerar que os museus teriam começado com a lendária Biblioteca de Alexandria, com
seu complexo de salas de estudo, bibliotecas, jardim botânico, parque zoológico e
observatório astronômico” (FALCÃO, 2009. Pp. 10 - 14), mas será só com a Revolução
Francesa, a partir da criação do Museu do Louvre, que teremos um espaço com as
características modernas.
reunir obras de arte, durante a Idade Média, era visto como uma
demonstração de prestígio. A partir do advento das grandes navegações e da
descoberta de novos continentes, a formação de coleções de objetos artísticos
ou curiosidades naturais foi bastante estimulada, servindo, inclusive, de base
para os famosos gabinetes de curiosidades. (Adaptado de FALCÃO, 2009. pp.
10 - 14)
Hoje, alguns dos museus mais importantes criados na Europa a partir dos anos de
1700 tiveram sua origem ligada às coleções de reais ou de particulares.
a imagem de sua instituição na época era a de uma instituição poeirenta, atrasada e repleta
de múmias decadentes e mármores sem sentido”. (FALCÃO, 2009. pp. 10 - 14)
A segunda metade do século XX foi chamada, por muitos, de era dos museus. As
grandes exposições criaram fenômenos de sucesso de público e, ainda que a atuação
desses espaços tenha sido criticada pela aproximação do setor cultural à grande mídia, as
propostas multiculturais, com narrativas que escaparam às proposições tradicionais,
tornaram-se muito mais presentes, efetivando o atendimento a diferentes públicos.
Talvez, pela primeira vez na história, o museu, em seu sentido mais amplo,
tenha assumido o lugar do filho favorito entre as instituições culturais. O mu-
seu, como espaço da preservação da cultura das elites e do discurso oficial,
teria sido substituído por uma instituição que se abre aos meios de comuni-
cação de massa e ao grande público. A transformação do papel social dos
museus em sociedades contemporâneas abre um leque de possibilidades e
desdobramentos às práticas expositivas. (Adaptado de FALCÃO, 2009. pp. 10 -
14)
Falcão (2009) assinalada ainda que embora o museu seja um espaço que tem a
prerrogativa de mostrar o passado ao público, não podemos esquecer que isso é feito por
uma variedade de instituições, meios e práticas. No entanto, não devemos ignorar o fato
de que os museus, como instituições dedicadas a celebrar o passado, à memória, atuam,
forjando aspectos ideológicos e de identidade do país e da sociedade.
Foi nesse contexto que surgiu o que foi chamado de Nova Museologia.
Objetivo
Compreender alguns dos principais desafios para a museologia no século XXI.
Introdução
O termo museologia refere-se, em síntese, ao estudo sobre os museus, em oposição
à prática, chamada de “museografia”. “Ela o estuda em sua história e no seu papel na
sociedade, nas suas formas específicas de pesquisa e de conservação física, de
apresentação, de animação e de difusão, de organização e de funcionamento, de
arquitetura nova ou musealizada, nos sítios herdados ou escolhidos, na tipologia, na
deontologia” (RIVIÈRE, 1981 Apud DESVALLÉES; MAIRESSE. 2013, pp. 32 - 67).
Para entender melhor esses problemas gerados pelo turismo, por exemplo,
impulsionado pelos transatlânticos, pesquise:
http://viajari.com/por-que-veneza-odeia-os-turistas/
http://italiaperamore.com/por-que-os-navios-de-cruzeiro-sao-uma-ameaca-
para-veneza/
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-40759936
https://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv/multidoes-de-fas-de-game-
of-thrones-ameacam-cidade-historica-na-croacia-23041169
https://geografiavisual.com.br/fotografias/a-cidade-medieval-ameacada-
pelo-turismo-de-massa-apos-game-of-thrones
Admirar obras de arte pode ser um rito cultural de passagem que faz bem à
alma, mas a crescente visitação transformou muitos museus em espaços
superlotados que parecem saunas, forçando instituições a debater sobre como
manter o equilíbrio entre acessibilidade e a preservação das obras. Há alguns
anos, os museus vêm tomado medidas para lidar com as aglomerações. A
maioria oferece entradas com tempo cronometrado. Outros tem estendido o
horário de visitação. Para proteger suas obras, muitos investiram em novos
sistemas de ar condicionado. Mesmo assim, muitos críticos dizem que tais
medidas não bastam. No ano passado [2013], o Museu do Vaticano, teve um
recorde de 5,5 milhões de visitantes. Este ano, graças a popularidade do novo
Papa Francisco, espera que este número aumente para 6 milhões. O Vaticano
está instalando um novo sistema de climatização na Capela Sistina para ajudar
a preservar os afrescos de Michelangelo da umidade gerada pela presença de
2 mil pessoas que lotam o espaço a qualquer hora do dia, recentemente o
número chega a 22 mil pessoas por dia. [...] Silanteva [chefe do departamento
de serviços de visitação do Museu Hermitage] disse que o objetivo é tornar o
importantes do mundo. Foi fundado pelo rei Dom João VI em 1818, e seu
primeiro acervo surgiu a partir de doações da Família Imperial e de
colecionares particulares. Atualmente ele tinha o maior acervo da história
natural da América Latina, com 20 milhões de itens. As peças tinham um valor
incalculável e a maioria nunca mais poderá ser vista pessoalmente. (CUNHA)
Vista aérea do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído após incêndio de domingo (2) — Foto: Thiago
Ribeiro/AGIF/Estadão Conteúdo. Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/04/o-que-se-sabe-sobre-o-
incendio-no-museu-nacional-no-rio.ghtml
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46721344
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio_no_Museu_Nacional_do_Rio_
de_Janeiro
https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/02/incendio-atinge-
a-quinta-da-boa-vista-rio.ghtml
O encontro do ICOM, de 2019, em Kyoto, teve como parte dos objetivos discutir a
participação dos museus nessa agenda. “Na programação do evento, o debate sobre a
prevenção de desastres em museus, a busca da sustentabilidade econômica, social e
ambiental dos museus em contextos de crise e o papel dos museus para o desenvolvimento
local foram temas abordados na conferência”. (Adaptado de IBRAM). O Brasil esteve no
centro das discussões sobre a manutenção dos espaços e a prevenção de incêndios.
Fonte: http://www.agenda2030.org.br/sobre/
https://nacoesunidas.org/
e metas claras, para que todos os países adotem de acordo com suas próprias
prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que orienta as escolhas
necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro. (Agenda
2030)
A relação dos museus com a Agenda 2030 é estabelecida a partir de sua atuação
como instituição cultural e de educação não formal, com ação social direta e impacto
destacado no desenvolvimento do país.
Esse caminho em busca de tornar os museus espaços cada vez mais inclusivos e
bem-sucedidos em apoiar a diversidade cultural gerou o tema de 2020 - MUSEUS PARA A
IGUALDADE: DIVERSIDADE E INCLUSÃO.
Cartaz do ICOM 2020 com o tema para a Semana de Museus. Fonte: http://www.ibermuseos.org/pt/recursos/noticias/o-
tema-do-dia-internacional-dos-museus-2020-e-museus-para-a-igualdade-diversidade-e-inclusao/
Para saber mais sobre a reabertura dos museus no segundo semestre de 2020:
https://www.youtube.com/watch?v=9MNxEa0wV0s
https://veja.abril.com.br/entretenimento/mona-lisa-sem-aglomeracoes-a-
reabertura-do-museu-do-louvre/
https://super.abril.com.br/cultura/museu-do-louvre-vai-reabrir-mas-sem-
aglomeracoes-na-mona-lisa/
https://exame.com/mundo/louvre-reabre-apos-quatro-meses-e-restringe-
mona-lisa-veja-fotos/
Visitantes em fila para ver a "Mona Lisa": portas barram acesso à obra para evitar aglomeração (Charles
Platiau/Reuters). Fonte: https://exame.com/mundo/louvre-reabre-apos-quatro-meses-e-restringe-mona-lisa-veja-fotos/
3. MUSEUS E EXPOSIÇÕES
Objetivo
Compreender as funções dos museus.
Quais são as funções do museu? Ele desenvolve uma atividade que podemos
descrever como um processo de musealização e de visualização. De maneira
mais geral, falamos de funções museais que foram descritas de formas
diferentes ao longo do tempo. Baseamo-nos em um dos modelos mais
conhecidos, elaborado no final dos anos 1980 pela Reinwardt Academie de
Amsterdam, que distingue três funções: a preservação (que compreende a
aquisição, a conservação e a gestão das coleções), a pesquisa e a comunicação.
A comunicação, ela mesma, compreende a educação e a exposição, duas
funções que são, sem dúvida, as mais visíveis do museu. Neste sentido, parece-
nos que a função educativa cresceu suficientemente nas últimas décadas para
que o termo mediação lhe seja acrescentado. Uma das maiores diferenças que
se pode apontar entre o trabalho realizado anteriormente em museus e o dos
últimos anos reside na importância que vem sendo dada à noção de gestão,
de modo que, em razão de suas especificidades, somos levados a tratá-la como
uma função do museu. O mesmo se percebe em relação à noção de
arquitetura de museu, cuja importância crescente leva a uma transformação
do conjunto de outras funções. (DESVALLÉES; MAIRESSE. 2013, pp. 32 - 67)
Para formar uma coleção, o conjunto desses objetos deve formar um acervo
(relativamente) consistente e significativo. Além disso, coleção e fundo não são a mesma
coisa. “No caso de um fundo, contrariamente a uma coleção, não há seleção e raramente
há a intenção de se constituir um conjunto coerente”. DESVALLÉES; MAIRESSE. 2013,
pp. 32 - 67)
O MASP, por exemplo, criou Ação Masp [Desenho] em Casa que tem premiado
participantes com acesso gratuito, por um ano, ao museu. As mídias sociais têm sido boas
aliadas nessa difusão da arte e do trabalho realizado nos museus.
Abaixo você tem alguns links para conhecer um pouco mais de ações realizadas
pelas pessoas em casa, a partir do estímulo dos museus.
Essas iniciativas abriram caminhos que devem trazer ainda muitos novos frutos e
ligam às exposições às ações educativas, sobre as quais falaremos mais adiante.
Objetivo:
Conhecer os principais conceitos e caminhos percorridos para sua definição e
preservação.
Introdução
Para iniciar esse caminho de reconhecimento dos principais conceitos ligados ao
estudo do patrimônio cultural faremos um exercício de sensibilização:
Imagine sua carteira de identidade. Agora visualize cada um dos dados que consta
nessa carteira: seu nome, sua data de nascimento, nomes dos seus pais, local e ano do
seu nascimento. Visualizou? Agora imagine cada uma dessas informações desaparecendo
lentamente do seu documento.
Você não sabe mais quando ou onde nasceu, como foi sua infância ou de onde você
veio. Não sabe os nomes dos seus pais, nem mesmo o nome que seus pais deram a você.
Não tem lembranças sobre o que aconteceu com você nos últimos anos da sua vida.
A Segunda Guerra Mundial é o terceiro ponto que marca esse desenvolvimento das
noções ligadas ao patrimônio. Num ambiente de confrontos ideológicos acirrados entre
fascismo e nazismo houve uma intensificação do nacionalismo e de ações de exclusão,
racismo, genocídio, perseguição a judeus e homossexuais e a todas as ideias que não
estão de acordo com os fundamentos hegemônicos defendidos por esses grupos. Por outro
lado, a sociedade também se organizou para desafiar essas ideologias. Críticas ao racismo,
à exclusão por gênero, sexualidade, a desigualdade racial ou social, alavancam discussões
sobre patrimônio: identificação, valorização e preservação que caminham de mãos dadas
com a luta por direitos civis, liberdade religiosa e liberdade de expressão.
Nesse momento histórico, foi decisiva a participação das Organização das Nações
Unidas - Organização das Nações Unidas e a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura na argumentação sobre a preservação do patrimônio.
Para exemplificar esses valores, observe um dos bens culturais [...] o Edifício
São Pedro, localizado na orla da Praia de Iracema, na cidade de Fortaleza, cuja
situação foi escolhida pela capacidade de sintetizar uma série de problemas
com uma sensibilidade própria da força criativa dos artistas.
e. O valor ético seria aquele associado não somente ao bem, mas às interações
sociais nas quais ele é apropriado, tendo como referência o lugar do outro, a
exemplo dos artistas que o tomam como símbolo da cidade para pensar os
desafios e possibilidades do convívio entre o antigo e contemporâneo na
trama urbana. (Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio)
5. A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO
Objetivo
Compreender os aspectos históricos da organização dos instrumentos de
preservação do patrimônio.
Introdução
Para entender a importância da preservação dessa memória coletiva temos de,
inicialmente, definir patrimônio, mas essa não é uma tarefa fácil, porque esse conceito não
é estático. Ele tem mudado ao longo do tempo, à medida que as sociedades passam a
valorizar essa ou aquela manifestação, a compreender que uma determinada obra ou
atividade é merecedora ou não de permanecer e ser registrada, enquanto outras podem
desaparecer.
A Lei nº. 378 criou, ainda, o Conselho Consultivo do SPHAN, como um órgão
necessário ao funcionamento do Serviço, e determinou sua composição: “o
Conselho Consultivo se constituirá do diretor do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, dos diretores dos museus nacionais de coisas
históricas ou artísticas, e de mais dez membros, nomeados pelo Presidente da
República” (BRASIL, 1937, art. 46, § 2º Apud REZENDE, GRIECO, TEIXEIRA,
THOMPSON).
A atuação da SPHAN foi decisiva para que os conceitos, ações e decisões sobre o
patrimônio e sua preservação tivessem sucesso no Brasil, entretanto as diretrizes nacionais
nascem entre conflitos, disputas e exclusões, quer marcam as diretrizes da proteção do
patrimônio.
Os lugares que recebem esse reconhecimento podem desfrutar do título, desde que
mantenham as características de sua classificação da paisagem cultural. É necessário
desenvolver um plano de gestão e estabelecer um acordo entre as autoridades públicas, a
sociedade civil e o setor privado para gerenciar conjuntamente essa parte do território do
país. Se os membros não cumprirem essas decisões - se as características da paisagem
descaírem ou se perderem - a organização responsável (neste caso, Iphan) pode cancelar
o carimbo.
Objetivo
Conhecer os instrumentos de proteção do patrimônio e sua organização.
Livro do Tombo das Belas Artes - Reúne as inscrições dos bens culturais em
função do valor artístico. O termo belas-artes é aplicado às artes de caráter
não utilitário, opostas às artes aplicadas e às artes decorativas. Para a História
da Arte, imitam a beleza natural e são consideradas diferentes daquelas que
combinam beleza e utilidade. O surgimento das academias de arte, na Europa,
a partir do século XVI, foi decisivo na alteração do status do artista,
personificado por Michelangelo Buonarroti (1475 - 1564). Nesse período, o
termo belas-artes entrou na ordem do dia como sinônimo de arte acadêmica,
separando arte e artesanato, artistas e mestres de ofícios.
Livro do Tombo das Artes Aplicadas - Onde são inscritos os bens culturais em
função do valor artístico, associado à função utilitária. Essa denominação (em
oposição às belas artes) se refere à produção artística que se orienta para a
criação de objetos, peças e construções utilitárias: alguns setores da
arquitetura, das artes decorativas, design, artes gráficas e mobiliário, por
exemplo. Desde o século XVI, as artes aplicadas estão presentes em bens de
diferentes estilos arquitetônicos. No Brasil, as artes aplicadas se manifestam
fortemente no Movimento Modernista de 1922, com pinturas, tapeçarias e
objetos de vários artistas. (IPHAN. Livros do Tombo)
Os bens que atendem aos requisitos do IPHAN “são aqueles que detém continuidade
histórica, possuem relevância para a memória nacional e fazem parte das referências
culturais de grupos formadores da sociedade brasileira” (IPHAN. Reconhecimento de bens
culturais) e são passíveis de registro nos Livros de Tombo do patrimônio imaterial.
Os Livros de Registro são quatro: dos saberes, das celebrações, das formas de
expressão e dos lugares.
oficiais. Podem ser conceituados como lugares focais da vida social de uma
localidade, cujos atributos são reconhecidos e tematizados em representações
simbólicas e narrativas, participando da construção dos sentidos de
pertencimento, memória e identidade dos grupos sociais. (IPHAN. Livros de
Registro)
• UNESCO
• https://nacoesunidas.org/agencia/unesco/
• Lista de Património Mundial
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_Patrim%C3%B3nio_Mundial#:~:tex
t=Um%20local%20listado%20como%20Patrim%C3%B3nio,garantir%20sua
%20preserva%C3%A7%C3%A3o%20para%20as
• Lista do Património Mundial em África
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_em_
%C3%81frica
• Lista do Património Mundial na América
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_na_A
m%C3%A9rica
• Lista do Patrimônio Mundial no Brasil
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B4nio_Mundial_no_B
rasil
• Lista do Património Mundial na Ásia e Oceania
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_na_%
C3%81sia_e_Oceania
• Lista do Património Mundial nos Estados Árabes
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_nos_
Estados_%C3%81rabes
• Lista do Património Mundial na Europa
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_na_E
uropa
• Lista do Património Mundial em Portugal
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_em_P
ortugal
• Lista de obras-primas do Património Mundial
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_obras-
primas_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial
• Lista do Património Mundial em perigo
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_do_Patrim%C3%B3nio_Mundial_em_p
erigo
Objetivo
Estudar os conceitos e fundamentos da Educação Patrimonial.
Introdução
O patrimônio é um campo interdisciplinar que envolve história, arqueologia, arte,
arquitetura e geografia no escopo da cultura de um país.
O termo “educação” vem do latim educere [conduzir para fora de, ou seja, para
fora da infância], o que supõe uma dimensão ativa do acompanhamento nos
processos educativos de transmissão. Tem ligação com a noção de despertar,
que visa a suscitar a curiosidade e a conduzir os indivíduos à interrogação e ao
desenvolvimento de reflexões. A educação, particularmente a informal, visa,
então, a desenvolver os sentidos e a tomada de consciência. Ela é um processo
de desenvolvimento que pressupõe mudança e transformação ao invés de
condicionamento ou repetição, noções que ela tende a opor. A formação do
espírito passa, então, por uma instrução que transmite saberes úteis e uma
educação que os torna transformáveis e suscetíveis de serem reinvestidos pelo
indivíduo em benefício de sua humanização. (DESVALLÉES; MAIRESSE. 2013,
pp. 30 - 87)
Em outras palavras, essa é uma estratégia para divulgar o valor dos produtos
culturais a partir de uma perspectiva de valorização e preservação das expressões
culturais.
O patrimônio é uma construção social, por isso sua definição se transforma com o
tempo e se adapta aos valores que cada sociedade atribui às suas expressões culturais.
Patrimônio Cultural não são somente aqueles bens que se herdam dos nossos
antepassados. São também os que se produzem no presente como expressão
de cada geração, nosso “Patrimônio Vivo”: artesanatos, utilização de plantas
como alimentos e remédios, formas de trabalhar, plantar, cultivar e colher,
pescar, construir moradias, meios de transporte, culinária, folguedos,
expressões artísticas e religiosas, jogos etc. (GRUNBERG, 2007. p.3)
7.2. Mediação
Um conceito importante nesse contexto é o de mediação:
A partir dessa ideia é importante conhecer o que está sendo discutido sobre a
derrubada ou ressignificação de esculturas e outros monumentos ligados à dominação
imperialista e ao racismo. Esse conceito de mediação será tratado novamente para
falarmos sobre a educação nos museus.
Objetivo
Estudar as principais propostas de Educação Patrimonial.
Introdução
Podemos dizer que a educação patrimonial é um método que atribui importância aos
produtos culturais a partir da expressão de objetos ou materiais, num processo contínuo de
experimentação e descoberta.
de visita, dos quartos? ... dos banheiros? ... do jardim ou da área externa? ...
da rua por aonde se chega a ele? * O que foi que lhe chamou mais a atenção?
Podem ser acrescentadas várias outras perguntas, de acordo com o bem
escolhido. Uma vez completada a observação, reúna novamente os
participantes e promova um debate entre eles. A partir dessa atividade, pode-
se propor que efetuem uma pesquisa a respeito da história do bem cultural.
Qual a sua função? Quando foi construído? Quando foi inaugurado (se for
público)? Durante que governo? Algum fato importante aconteceu nele? Foi
construído para a função que tem ou foi posteriormente adaptado? O que
funcionava nele antes? Por que tem esse nome? Caso tenha o nome de
alguém, quem foi essa pessoa? Por que foi homenageada? Qual a sua
profissão? É viva ainda ou já morreu? Quando nasceu? Qual a sua atuação?
Quantas pessoas trabalham ou moram nele? Que fazem? Como elas são?
Quantas atividades se desenvolvem? Cada um dos participantes pode procurar
dados diferentes e juntar os resultados para que possam ser partilhados com
todos. Promova também com eles e pessoas que trabalham ou utilizam o bem,
entrevistas contando as suas atividades, a história e o funcionamento do
mesmo. Essa atividade deverá ser combinada, previamente, com os
participantes e os moradores e/ou usuários. Como resultado dessa pesquisa,
proponha que encontrem uma forma de apresentar esses dados à
comunidade, aos familiares ou a outras pessoas, através de uma dramatização,
um jornal, uma exposição etc. De acordo com a forma escolhida, poderão ser
promovidas atividades como fotografias, desenhos, redações, dança, teatro,
filmes e outras formas de expressão (4ª etapa da metodologia). [E a atividade
pode ter ainda mais sequencias. Para conhecer consulte o Guia completo]
(GRUNBERG, 2007. S.p.)
A análise de um objeto ou fenômeno cultural pode ser feita através de uma série de perguntas e reflexões.
Fonte: Horta; Grunberg; Monteiro, 1999. p. 8.
9. EDUCAÇÃO EM MUSEUS
Objetivo
Estudar os conceitos e fundamentos para a prática da educação em museus.
9.1. Mediação
Em geral, educação refere-se à implementação dos meios necessários para criar
situações de aprendizagem e desenvolver conhecimentos, ligados a competências e
habilidades, em um grupo ou em alguém. O caráter dessa aprendizagem se manifesta a
partir do que podemos chamar de mediação cultural:
Com efeito, pela mediação dá-se o encontro com as obras produzidas por
outros humanos, o que permite que se atinja uma subjetividade tal que
promova autoconhecimento e a compreensão da própria aventura humana
que cada um vive. Tal abordagem faz do museu detentor de testemunhos e
signos da humanidade, um dos lugares por excelência dessa mediação
inevitável que, ao oferecer um contato com o mundo das obras da cultura,
conduz cada um pelo caminho de uma maior compreensão de si e da realidade
por inteiro. (RICŒUR Apud DESVALLÉES; MAIRESSE. 2013, pp. pp. 30 - 87)
Podem ser entendidas como práticas educativas atividades tais como: visitas
“orientadas”, “guiadas”, “monitoradas” ou mesmo “dramatizadas”,
programas de atendimento e preparo dos professores, oficinas, cursos e
conferências, mostras de filmes, vídeos, práticas de leitura, contação de
histórias, exposições itinerantes, além de projetos específicos desenvolvidos
para comemorar determinadas datas e servir de suporte para algumas
exposições. Além dos materiais educativos e informativos editados com a
finalidade de servir a estas práticas, tais como: edição de livros, jogos, guias,
folders e folhetos diversos, folhas de atividades, kits de materiais pedagógicos,
áudio-guide (guia auditivo), aplicativos multimídia, CD-ROM, site institucional
na internet, etc. FALCÃO, 2009. pp. 14 - 21)
importante, que se faça uma análise mais atenta sobre o espaço que se
pretende visitar e a maneira como o conteúdo é nele veiculado para que
possamos ter um melhor aproveitamento da visita, tanto por parte dos
professores como pelas escolas. Entendemos, assim, que espaços não formais
de educação podem ser bons aliados, complementando o trabalho escolar.
(FALCÃO, 2009. pp. 14 – 21)
Destaca-se que essas ações são voltadas a aproximar o museu de todas as formas
de público e, para que isso se torne realidade, as situações de aprendizagem precisam ser
significativas para cada um dos públicos: infantil, jovem, especial, terceira idade, do em
torno da instituição, entre outros.
Uma vez que ensinar é bem mais que promover a fixação de termos e
conceitos; é privilegiar situações de aprendizagem que possibilitem ao aluno a
formação de sua bagagem cognitiva, entendemos que as coleções e os
museus, pelas possibilidades que oferecem como base de investigação e
também por sua capacidade de estimular debates e experiências
diferenciadas, constituem-se em um recurso de elevado potencial científico,
político e cultural, e desta forma devem ser usados e aproveitados pelos
professores, alunos, ou seja, pela comunidade escolar como um todo.
(FALCÃO, 2009. pp. 14 – 21)