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ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
Em qualquer museu ou instituição de memória existem três pilares essenciais para seu
pleno funcionamento: as práticas de preservação, documentação (que desempenham o papel
de fonte de pesquisa em diversos campos do saber) e comunicação – esta última podendo ser
relacionada a outros termos como educação museal, exposição e mediação. Observemos a
nova definição de Museu, aprovada pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) em
2022:
Um museu é uma instituição permanente, sem fins lucrativos e ao serviço da sociedade que
pesquisa, coleciona, conserva, interpreta e expõe o patrimônio material e imaterial. Abertos ao
público, acessíveis e inclusivos, os museus fomentam a diversidade e a sustentabilidade. Com
a participação das comunidades, os museus funcionam e comunicam de forma ética e
profissional, proporcionando experiências diversas para educação, fruição, reflexão e partilha
de conhecimentos. (ICOM, 2022)
A partir do último ponto citado (5º tópico), é possível esmiuçar a importância do visitante no
processo da mediação. Para além da interação durante a mediação da exposição, diversas
instituições utilizam métodos avaliativos onde o visitante é convidado a responder
formulários de feedback acerca de sua experiência com a mediação alí performada. Esse
feedback é valioso, não só para aprimorar o processo de mediação, mas também como
pesquisa de público, como forma de entender o perfil dos visitantes do museu ou instituição
de memória. A participação do visitante na mediação, entretanto, depende do que cada
instituição tem como objetivo; em alguns casos a participação é mais passiva, em outros é
essencial até para contribuir para a construção do significado das obras de arte ou objetos em
exposição.
Para Scheiner (2005), os próprios museus são as pontes mediadoras entre o acervo e o
público; a mediação não como uma prática anexa à instituição museológica, mas como a
própria instituição, algo intrínseco e indissociável em seu âmago. Esse pensamento
converge-se ao de Chagas (2013), que trata o termo “educação patrimonial” como algo
redundante – como dizer “educação educacional”, ele escreve. A partir dessa fala, entende-se
que, mais uma vez, não é possível fazer museu sem mediação, pois a mediação é o museu (e o
museu é a mediação).
Para além de suas possíveis serventias políticas e científicas, museu e patrimônio são
dispositivos narrativos, servem para contar histórias, para fazer a mediação entre diferentes
tempos, pessoas e grupos. É nesse sentido que se pode dizer que eles são pontes, janelas ou
portas poéticas que servem para comunicar e, portanto, para nos humanizar. (CHAGAS, 2013,
p. 3)
Referências
SCHEINER, Tereza. Sobre laços, caminhos, pontes e museus. Revista Museu, 2005.