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GESTÃO DE COMPLIANCE
ENTREGAR OS
RESULTADOS
ÀS
ADOTAR AUTORIDADES
MEDIDAS COMPETENTES
CORRETIVAS
INVESTIGAR AS
IRREGULARIDADES
PRATICADAS
PROMOVER O
CUMPRIMENTO
DAS NORMAS
POR PARTE DE
SEUS ÓRGÃOS E
EMPREGADOS
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uma escolha estratégica e impulsionada por uma abordagem consciente e
equilibrada. Apresentam-se quatro pontos essenciais:
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atividade, incluindo os códigos de conduta, as boas práticas entre as empresas e
as suas relações contratuais.
Terceiro, deve-se buscar a melhoria da arquitetura organizacional e pensar
no potencial inexplorado de inovação, pois os responsáveis pelo compliance
devem prevalecer com a sua contínua obrigação e estarem atentos para a
inovação que se apoia num modelo colaborativo, o que se observa nas
oportunidades que as organizações buscam na automação de processos, na
computação cognitiva que captura riscos e no controle de processos de forma
eficaz.
O principal desafio das organizações com a função de compliance é: como
ser eficaz sem aumentar os custos com essa importante atividade. Uma das
soluções seria a adoção de uma abordagem baseada em risco, para gerenciar as
leis e regulamentos que podem influenciar significativamente os eventos de risco
aos negócios da organização. Lembre-se que a exigência da adoção do
compliance com normas penais foi introduzida em nosso país pela legislação que
criminalizou a lavagem de dinheiro (Veríssimo, 2017).
Outra solução seria uma revisão fundamental do modelo operacional da
organização, nos processos e na tecnologia utilizada, evoluindo-se para um
compliance mais colaborativo. E, definitivamente, uma solução atual é quanto ao
investimento em inovação tecnológica, pois, com a robótica e a computação
cognitiva, muitas organizações terão possibilidades de uma transformação mais
rápida e isso é ter medidas eficazes para os mecanismos de controle.
Para a autora Veríssimo (2017), as medidas consistem em controles
contábeis internos para ajudar a prevenir e detectar os atos de corrupção, nas
contas e no financeiro das organizações.
Ultimamente, para manter essas medidas, as atividades de compliance,
nas organizações, passam rapidamente por reformulações, conforme suas
políticas internas, que estão configuradas em conformidade e com verificação das
práticas no ambiente organizacional, por meio de controles em relação a um
conjunto mais amplo de leis e regulamentações.
O compliance está numa perspectiva moderna em seu papel como um meio
proativo de vigilância destinada a prevenir, localizar e minimizar os riscos de não
conformidade, para que as contas e o financeiro das organizações estejam à
disposição dos procedimentos de auditoria e certificação (Veríssimo, 2017).
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Nessa questão de compliance nas organizações, observa-se o perímetro
das leis e regulamentos sob a responsabilidade das funções em cada setor, pois
em vários países e nos diversos segmentos de negócios, em níveis federal e
estadual, há uma tendência de expansão progressiva, com fontes juridicamente
vinculativas. Para isso, como regra geral, a atividade de compliance deve
estabelecer processos com políticas internas que garantam a conformidade da
organização com leis e regulamentos, mantendo a transparência em relação aos
clientes, informações e execução contratual.
Saiba mais
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ético e compromisso da alta direção de uma organização (Neves, 2018). Essas
atividades podem incluir o que está descrito na Figura 3.
Audições internas
Auditorias de terceiros
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indiretas, aquele planejará e executará ações para chegar a seu objetivo,
causando um grave efeito na segurança da organização (Rocha Junior, 2018).
O segundo tipo ocorre quando a organização reconhece que as leis não
são negociáveis, mas que alguns padrões podem ser flexibilizados, em
determinados momentos. Por exemplo, se vários padrões contradigam ou entrem
em conflito uns com os outros e um gestor intercede sobre eles para tomar uma
decisão, será necessário permitir que alguns da equipe abram exceção a algum
dos padrões adotados, para que o processo possa ter andamento.
Um exemplo básico de um efetivo gerenciamento de compliance que
apresentaria um regulamento mais flexível: uma determinada organização elabora
um contrato com seu fornecedor e preenche determinados formulários-padrões
que especificam certos pontos do contrato legal, como: “Todos os pedidos serão
entregues no local dentro de 24 horas”.
Supondo que o fornecedor faça um pedido que deve ser entregue em um
local cujo transporte terrestre demandará um tempo de 25 horas e a área de
vendas da organização devesse, pois, rejeitar o pedido porque não pode entregá-
lo conforme seu regulamento interno. Entretanto, a decisão da gestão, para não
ser dura demais, aceita dar continuidade ao processo e essa ordem depois será
informada à alta administração da organização, para que esta lhe responda sobre
a questão do regulamento interno.
Claro que, nesse exemplo, o responsável pela entrega deve ter a ordem de
permissão por escrito, para evitar problemas, pois, quando os padrões contratuais
aparecem, é importante verificar qual sentença é dada aos funcionários. Por isso,
deve-se determinar quem está autorizado a fazê-lo, em que circunstâncias e de
que maneira, para se garantir que o contrato permita as variações e flexibilidades
necessárias.
De acordo com Blok (2017), o compliance significa cumprir, executar,
satisfazer, realizar o que é imposto a algum ente; a importância do compliance
reforça a gestão de qualquer negócio. O compliance pode ser inegociável (legal)
ou negociável (quando a norma não é uma lei).
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Figura 4 – Pontos importantes a serem observados em um gerenciamento de
compliance
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ligado aos direitos dos trabalhadores, pois a sua implementação depende
totalmente da empresa em questão, ou seja, dos autores do código, que são: o
fundador, o conselho de diretores, o chief executive officer (CEO), a alta
administração, os departamentos jurídicos, os consultores e os representantes
dos funcionários.
Blok (2017) explica que um código de conduta precisa levar em conta a
estrutura da empresa e as suas diretrizes institucionais, baseadas em padrões
éticos alinhados com a filosofia da empresa e acessíveis a todos os funcionários.
O código de conduta pode ser distribuído nos formatos de três categorias:
códigos de compliance (diretrizes que orientam e proíbem certos tipos de
conduta); créditos corporativos (declarações gerais de compromissos
corporativos com missão, valores e objetivos de uma empresa); declarações de
filosofia de gestão (enunciados formais da empresa ou modos de ela fazer
negócios).
Para Silveira (2018), os códigos de conduta são a base na construção de
um sistema de compliance e vinculados à Lei Sarbanes-Oxley (SOX), sancionada
em julho de 2002 com o objetivo definido de aprimorar a precisão e confiabilidade
das informações divulgadas por uma empresa. Num código de conduta, devem
constar os seguintes pontos:
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Assim, encontramos cartas informando as políticas organizacionais sobre
assuntos que respondem aos fornecedores, aos contratados e aos demais
agentes; encontramos os certificados de conformidade, que exigem dos
fornecedores, dos contratados e dos demais agentes o cumprimento dos padrões
estabelecidos; encontramos os documentos de obrigação contratual para com os
fornecedores.
Um código de conduta depende de sua credibilidade, pois depende do
monitoramento, fiscalização e transparência, ou seja: até que ponto as demais
organizações estão cientes da existência e do significado desse código de uma
dada empresa?
De acordo com Assi (2018), uma das principais cautelas quanto à mitigação
dos riscos, em uma organização, está em reunir os seus principais atores para a
elaboração de regras de conduta (um código de conduta).
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Entendemos que um código de conduta é uma seleção escrita de regras,
princípios, valores e expectativas, comportamentos e relacionamentos dos
funcionários que uma organização considera como significativos e acredita serem
fundamentais para o sucesso dos seus negócios, ou seja: ele busca, na prática,
estabelecer padrões éticos alinhados com a filosofia da instituição (Blok, 2017).
O código de conduta alinha os padrões e valores que permitem refletir a
cultura organizacional; e serve como uma estrutura para a tomada de decisões
éticas, pois é uma ferramenta de comunicação interna e externa que informa o
que é valorizado por uma organização e seus funcionários.
CÓDIGO DE CONDUTA
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TEMA 4 – ÉTICA
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Silva (2018) afirma que a ética corporativa nada mais é do que o somatório
das éticas pessoais de todos os indivíduos que fazem parte da corporação, em
qualquer nível, atuando em qualquer função, não importando qual seja.
Em um ambiente corporativo, a ética seriamente aplicada leva a melhorar
o moral dos funcionários, e podemos notar que, nas empresas com ótimos
programas de ética e compliance, se desestimulam a prática da má conduta e se
incentiva seus funcionários a comunicarem a má conduta de outros.
PLANEJAMENTO
COMPROMISSO
ACOMPANHAMENTO
VÁRIOS BENEFÍCIOS
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As diferenças entre ética e compliance são claras, e as organizações
devem procurar saber como desenvolver um sólido programa de ética e
compliance para evitar a má conduta no ambiente de trabalho. Com a aplicação
eficaz de ambas as políticas, por uma organização, cada funcionário deve
entender e aprender a tomar as decisões certas e fazer a coisa certa.
A ética varia de uma empresa para a outra e significa aquilo que faz parte
dos bons costumes; e compliance, conformidade com normas legais e diretrizes
da empresa (Silveira, 2018).
Uma das características das regras é desencorajar as oportunidades que
os funcionários têm para violarem a lei; e isso leva todas as empresas a terem um
programa de compliance sólido e eficaz. Os departamentos de ética e compliance
devem trabalhar para combinar regras com sistemas e processos corporativos no
intuito de reduzirem as oportunidades de conduta imprópria de algum indivíduo.
Dessa forma, Silveira (2018, p. 12) nos esclarece que, “para agirmos de
forma ética, devemos procurar compreender os impactos e potenciais prejuízos
que podemos vir a causar sobre terceiros”. Dessa maneira, grande parte do foco
em compliance depende do treinamento e da definição que a empresa dá aos
seus procedimentos; as equipes de ética e compliance devem analisar os
sistemas de negócios, os controles internos e os procedimentos de aprovação que
são projetados pela instituição para evitar desvios de conduta.
Silveira (2018, p. 148) reforça que “a boa conduta vai além da mera
conformidade legal com as normas e, como resultado, a ética vai muito além do
Compliance”. Assim, as organizações que ensinam a seus funcionários o
comportamento ético descobrem que a maioria quer aprendê-lo e aceitá-lo.
Essa ideia auxilia muitas empresas a treinarem seus funcionários para
defender os seus valores, por meio de uma contínua formação sobre ética,
integridade e fazer a coisa certa. A outra parte do processo é responsabilizar os
funcionários quando eles não estão se comportando de maneira ética.
Uma característica interessante está presente no efeito da pressão da
gestão empresarial sobre a ética e o compliance, pois, negativamente, as
empresas fazem com que seus funcionários se sintam pressionados a tomar
determinadas ações e podem estar inclinados a adotar atalhos antiéticos, se não
receberes instruções sobre as políticas de ética e compliance.
Portanto, as empresas devem entender as diferenças entre ética e
compliance, pois um dos principais objetivos dos departamentos de ética e
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compliance é garantir que aqueles sejam comunicados de forma clara e contínua,
em todos os aspectos da cultura corporativa, a todos os funcionários, reforçando
a cultura ética em todas etapas de um negócio.
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Cultura corporativa incorpora respeito à legislação
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REFERÊNCIAS
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