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PROJUDI - Recurso: 0072751-66.2020.8.16.0000 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Lucius Marcus Oliveira


03/12/2020: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
BATISTA PEREIRA & OLIVEIRA
ADVOGADOS ASSOCIADOS
Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná

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Autos de origem nº 0011823-48.2019.8.16.0045

MÓVEIS ROMERA LTDA, pessoa jurídica de direito


privado de direito privado, inscrita no CNPJ nº 75.587.915/0001-44, com sede
no endereço Rodovia-PR 444, S/N, Jardim Petrópolis, Arapongas-PR, através de
seus advogados constituídos, nos autos identificados em epígrafe de
HABILITAÇÃO DE CRÉDITO, movidos por ROSILDA FEITOSA DA SILVA ali também
já qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, irresignada
com a sentença proferida no mov. 22, com fulcro no Art. 1.015, §ú do Código
Processo Civil, interpor o competente e indispensável recurso de

AGRAVO DE INSTRUMENTO

requerendo, desde logo, pelo provimento do presente pleito recursal,


conforme as razões abaixo elencadas.

Termos em que, pede deferimento.

Curitiba, 01 de dezembro de 2020.

Lucius Marcus Oliveira Jefferson Kaminski


Advogado Advogado

AVENIDA CÂNDIDO DE ABREU 526, TORRE A – CONJUNTO 1.108 – CURITIBA – PR – 80530-905


FONE (55 – 41) 3016-6050 – FAX (55 – 41) 3016 – 5657
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Excelentíssimos Senhores Desembargadores do Egrégio Tribunal de Justiça do


Estado do Paraná

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AGRAVANTE: MÓVEIS ROMERA LTDA
AGRAVADO: ROSILDA FEITOSA DA SILVA

RAZÕES RECURSAIS

1. TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO DO RECURSO

O pleito recursal se consubstancia na hipótese do


Art. 1.015, §ú do Código de Processo Civil e Art. 17 da Lei 11.101/2005, de
forma que contra sentença proferida em sede incidente de habilitação o
recurso cabível é o Agravo de Instrumento.

Houve leitura da intimação da decisão agravada


ocorreu em 18/11/2020, assim o prazo fatal para interposição recursal é
09/12/2020, nos termos do Art. 1.003, §5º do Código de Processo Civil, portanto,
conforme data do protocolo registrada em sistema, inquestionável a
tempestividade do presente recurso.

2. SÍNTESE RECURSAL

Trata-se de impugnação ao quadro geral de


credores, pugnando para que conste o valor de R$ 3.150,50 na Classe
Trabalhista (Classe I).

Majoração correspondente à R$ 1.399,61,


considerando o valor que já consta na lista de credores:
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Intimada a Agravante para se manifestar (art. 12 da


Lei 11.101/205), de forma que manifestou as seguintes ressalvas/consideração

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quanto ao pleito do credor, quanto à (i) ilegitimidade do credor para pleitear
honorários advocatícios e custas processuais (ii) necessárias adequações de
atualização do art. 9, II da Lei 11.101/2005.

Ato contínuo, a administradora judicial, proferiu seu


parecer opinando pela retificação do quadro geral de credores somente da
parte que considerou como concursal, atualizado nos termos do art. 9, II da lei
11.101/2005.

Os autos foram conclusos para sentença, sem


intimação das partes quanto ao parecer do administrador judicial, de forma
que o r. Juízo julgou parcialmente procedente a pretensão deduzida na
exordial por entender que a parcela do crédito extraconcursal não se
submeteria aos efeitos da recuperação.

Foram opostos embargos de declaração, para que


o r. Juízo se pronunciasse quanto a (im)possibilidade de sujeição da verba
extraconcursal aos efeitos do plano, se assim concordam o credor e devedor,
sendo estes rejeitados.

Destarte, o presente pleito recursal tem como


objeto, pugnando pela reforma da r. sentença, para que a reconheça a
possibilidade de sujeição de verba extraconcursal aos efeitos do plano, se
assim concordam o credor e devedor.

3. POSSIBILIDADE DE SUJEIÇÃO DE VERBA EXTRACONCURSAL AOS EFEITOS


DO PLANO, SE ASSIM CONCORDAM O CREDOR E DEVEDOR.

A impugnação de crédito tem como pretensão


inicial, a inclusão da integralidade de seus créditos oriundos da esfera
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trabalhista no quadro geral de credores da Recuperanda, sem fazer qualquer


distinção.

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Em apreciação à matéria o r. Juízo manifestou que
à adesão ao plano de recuperação de valores extraconcursais não foi
aventada nos autos, de forma que julgar tal matéria encontraria óbice
matéria diante do princípio da congruência:

(...) ‘’ No caso sob exame, a parte impugnante e as


recuperandas não formularam qualquer pleito acerca da
sujeição de verba extraconcursal aos efeitos do plano,
nem mesmo mencionaram o tema em suas
manifestações. Logo, inexiste qualquer omissão do juízo a
esse respeito.’’

Data vênia, se equivoca o r. Juízo na interpretação


do alcance do pleito inicial do habilitante em requerer a habilitação da
integralidade dos seus créditos aos efeitos da recuperação judicial. O juízo a
quo está considerando que o Impugnante disse menos do que realmente
disse. Ou seja, não se trata de interpretação restritiva, mas de diminuir o
alcance daquilo que foi dito. Isto porque pleitear a habilitação da totalidade
do crédito para recebimento na forma do plano recuperacional, significa
submeter aos efeitos da recuperação judicial, indistintamente, os valores
integrais da condenação trabalhista.

Se pretendesse o habilitante excluir parte de seu


crédito dos efeitos da recuperação judicial, bastaria não inclui-lo no pedido
de habilitação

Eis o entendimento jurisprudencial, em caso similar:

‘’ Agravo de instrumento. Recuperação judicial.


Habilitação de crédito trabalhista. Vínculo empregatício
anterior e posterior ao pedido de recuperação. Natureza
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concursal e extraconcursal do crédito. Credor,


entretanto, que, no acordo celebrado na Justiça

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Especializada, concordou com habilitar a totalidade do
montante devido nos autos da RJ da devedora.
Comportamento do credor, aliás, que corrobora essa
vontade, uma vez que é possível extrair da inicial sua
pretensão de habilitação total do crédito na
Recuperação Judicial. Possibilidade. Precedente em
situação análoga. Situação de submissão à RJ e aos
termos do PRJ que não se afigura prejudicial à devedora
nem aos demais credores. Decisão reformada. Recurso
provido.” (TJ/SP, Agravo de Instrumento nº 2252175-
26.2018.8.26.0000, 1ª Câmara Reservada do Direito
Empresarial, Rel. Hamid Bidne, 20.02.2019)

Habilitação de crédito trabalhista em recuperação


judicial. Decisão de improcedência, reconhecido o
crédito como extraconcursal. Agravo de instrumento da
credora. Em que pese se tratar de crédito extraconcursal,
posto que constituído após a data de distribuição da
recuperação judicial, havendo, como no caso concreto,
cláusula no plano que admite a adesão de credores
trabalhistas, isto há de ser permitido, em reverência ao
princípio da autonomia da vontade. Habilitante que
manifestou expressamente sua intenção de adesão ao
plano, pelo que se reforma a decisão agravada, julgada
procedente a habilitação e determinada a inclusão dos
créditos no quadro geral. Para tal fim, agravo de
instrumento provido. (TJSP; Agravo de Instrumento
2101842-62.2018.8.26.0000; Relator (a): Cesar Ciampolini;
Órgão Julgador: 1ª Câmara Reservada de Direito
Empresarial; Foro de Catanduva - 1ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 27/07/2018; Data de Registro: 27/07/2018)

De modo que, a possibilidade de adesão e


sujeição, de valores extraconcursais, ao plano de recuperação constou
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expressamente naquele instrumento1, o que configura prerrogativa e de direito


disponível do credor, em tal pretensão.

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A Recuperanda, em sua manifestação (Art. 12 da
Lei 11.101/2005), não se opôs ao pleito formulado na inicial, isto é, não
apresentou resistência quanto à adesão dos valores aos efeitos da
recuperação judicial, limitou-se somente a realizar ressalvas que não afastam
a pretensão da habilitante em aderir ao plano recuperacional os créditos
oriundos de período aquisitivo posterior ao ajuizamento do pedido
recuperacional (02/05/2018).

Eis os limites das ressalvas:

‘’ b) Se analisado o mérito, sejam excluídos os valores que


não são de sua titularidade da Impugnante, tais como
honorários advocatícios e custas processuais,
ressalvando-se, ainda, que o crédito a ser inserido no
quadro de credores deve ser atualizado nos moldes do
Art. 9, inciso II da Lei 11.101/2005, ou seja, até data do
pedido de recuperação judicial 02/05/2018, uma vez que
a correção monetária e/ou encargos moratórios
posteriores observação os critérios que vierem a ser
aprovados no plano recuperacional’’

Por outro lado, o r. Juízo data vênia, afastou a


possibilidade de adesão ao plano, sob o fundamento de que se houver a
homologação do plano recuperacional, os credores poderão aderir aos seus
efeitos oportunamente mediante procedimento pertinente:

‘’Sem prejuízo, apenas a título de reforço, anota-se que o


plano de recuperação judicial apresentado pelas
recuperandas não foi – ao menos até o momento –
homologado por decisão definitiva, sendo certo que,
caso tal homologação ocorra, não haverá óbice aos

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O plano consolidado aprovado em Assembleia Geral de Credores – AGC e ‘’homologado’’
pelo Juízo da recuperação judicial, pela decisão que conceder a recuperação judicial,
obrigará a Móveis Romera e seus credores sujeitos à recuperação, ou que tiverem aderido aos
termos deste plano de recuperação judicial, assim como os seus respectivos sucessores a
qualquer título e implicará em novação de todos os créditos sujeitos aos efeitos da recuperação
judicial no momento da aprovação.
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credores que pretendam aderir aos seus efeitos


oportunamente, mediante o procedimento pertinente.’’

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Ocorre que, o debate sobre a homologação do
plano recuperacional (notadamente porque condicionado à apresentação
de CND), não atinge a possibilidade de adesão do credor aos termos do plano
de recuperação judicial proposto e já aprovado pelos demais credores. Ou
seja, nada impede a habilitação de seus créditos no quadro geral de
credores.

Este é o momento oportuno. Afinal, assim não fosse,


se a falta de homologação do plano recuperacional impedisse a habilitação,
a lei não fixaria a publicação do edital de credores como marco para
habilitação judicial, nem o juízo deveria ter sentenciado o feito, pois deveria
tê-lo sobrestado até deliberação final sobre a homologação, se fosse o caso.

Assim, não há óbice legal para a habilitação


retardatária, sendo irrelevante se houve ou não decisão definitiva sobre a
homologação do plano de recuperação judicial.

O raciocínio utilizado prejudica a Recuperanda e o


credor, colocando impeditivo que inexiste legalmente, se distancia dos
ditames e escopos da Lei Recuperacional.

Ora, somente por hipótese, se a suspensão da


decisão que homologou o plano de recuperação judicial é impedimento à
pretensão de habilitação retardatária o r. Juízo não deveria ter acolhida parte
alguma da pretensão habilitante – o que não ocorreu.

Em suma, a solução conferida em sentença


prejudica ambas as partes, em que afasta a prerrogativa do credor em
submeter seus créditos aos efeitos da recuperação, e viola a própria
disposição contida no plano de recuperação judicial, é contrária à
preservação da empresa e interesse dos credores.
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4. VEDAÇÃO À DECISÃO SURPRESA. NECESSÁRIA INTIMAÇÃO DAS

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PARTES.SOBRE A PRETENSÃO DE SUBMETER CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS AOS
EFEITOS DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

As partes não foram intimadas sobre o


pronunciamento da administradora judicial, o que causou prejuízo a ambas as
partes quanto ao deslinde da causa.

A própria habilitação se traduz na pretensão do


credor em incluir seu crédito indistintamente no quadro geral de credores para
pagamento na forma do plano de recuperação judicial, o que – por si só – já
poderia significar ao juízo a opção de recebimento do crédito no bojo da
execução ainda que extraconcursal o crédito.

Nada obstante, a administradora pontuou que o


crédito extraconcursal poderia se submeter aos efeitos da recuperação, por se
tratar de direito disponível, sendo que sobre tal fato seria necessário a
intimação das partes.

Ao proferir a r. sentença, alegando que ‘’parte


impugnante e as recuperandas não formularam qualquer pleito acerca da
sujeição da verba extraconcursal aos efeitos do plano, nem mesmo
mencionaram o tema em suas manifestações’’.

Além de estar claro a pretensão de inclusão do


crédito em sua integralidade para pagamento na forma do plano e não
oposição por parte da Recuperanda, sobre a natureza do crédito o r. Juízo
não oportunizou as partes, sobrevindo sentença incongruente à pretensão e
concordância da Recuperanda.

De mais a mais, a fim de evitar a decisão surpresa


com base em fundamento sobre o qual não foi dada a oportunidade para as
partes se manifestarem, tal como determina o art. 10, do CPC, verbis:
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“Art. O juiz não pode decidir, em grau algum de

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jurisdição, com base em fundamento a respeito do
qual não se tenha dado às partes oportunidade de
se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a
qual deva decidir de ofício.”

Por este motivo, caso a Corte entenda não ser o


caso de, desde logo, reconhecer que o pedido do habilitante inclui a sujeição
aos efeitos da recuperação judicial inclusive de crédito extraconcursal, deve a
r. sentença ser anulada e intimada as partes, nos moldes do parecer da
administradora judicial, a fim de evitar a prolação de decisão judicial, coibida
pelo art. 10, do CPC.

5. PEDIDO

Diante do Exposto requer a Vossas Excelências, para


que seja o presente recurso recebido, porquanto próprio e tempestivo,
intimando-se a Agravada para, querendo, apresentar contrarrazões, bem
como a Administradora Judicial e o Ministério Público, para que, ao final, seja
dado integral provimento para o fim de

(i) Em atenção ao princípio da primazia do mérito,


reformar a decisão recorrida para autorizar a adesão do habilitante/Agravado ao
plano de recuperação judicial em relação ao crédito de titularidade dele, incluindo
aquele decorrente de período aquisitivo posterior ao pedido de recuperação judicial
(02/05/2018), haja vista que o Habilitante não fez distinção da classificação do crédito
e ao pleitear a habilitação integral, sem ressalva, aderiu aos termos do plano
recuperacional, bem como a Recuperanda não se opôs à pretensão de adesão do
habilitante.
Ou ainda,

(ii) Se pairar dúvida quanto a extensão do pedido do


habilitante e da resposta da recuperanda, não pode a pretensão ser afastada sem
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antes oportunizar às partes a manifestação sobre este ponto específico, evitando,


assim, a produção de efeitos de uma “decisão surpresa”, proferida sem observar a

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regra do art. 10, do CPC.

Dispensa-se a juntada de cópia das peças


obrigatórias, eis que suficiente a comprovação do pagamento das custas (em
anexo) na medida em que as demais estão contidas nos autos de origem, os
quais tramitam eletronicamente.

Termos em que, pede provimento.

Curitiba, 23 de setembro de 2020.

Lucius Marcus Oliveira Jefferson Kaminski


Advogado Advogado

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