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Brenda Ribeiro
Daniel Danin
Isadora Vasconcelos
Raíssa Dias
Raquel Araújo
Suellen Batista
APELAÇÃO
Belém
2011
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - ICJ
CURSO DE DIREITO
Brenda Ribeiro
Daniel Danin
Isadora Vasconcelos
Raíssa Dias
Raquel Araújo
Suellen Batista
APELAÇÃO
Belém
2011
A Apelação prevista nos Arts. 513 a 521 do Código de Processo Civil
Brasileiro é um remédio processual de valor elevado por mérito, uma vez que é
através dele que o princípio do duplo grau de jurisdição (art. 5, LV da Constituição
Federal de 1988) impera em nosso ordenamento jurídico, haja vista que tal recurso é
utilizado com o escopo de impugnar a sentença judicial, seja ela definitiva as quais
implicam no art. 269 ou terminativas oriundas do art. 267 do CPC.
Seu papel é prima facie reanalisar o teor da decisão prolatada pelo juízo a
quo levando essa para nova apreciaçao do órgão ad quem, segundo preconiza o
Prof. Fredie Didier Jr. a Apelaçao se define como:
“ [...] recurso cabível para se impugnar os atos do juiz que ponham termo ao
procedimento, com ou sem julgamento do mérito; ou seja, serve para
impugnar as sentenças definitivas ou terminativas. Em qualquer
procedimento, seja ele ordinário, sumário, ou especial, o seu encerramento
opera-se por uma sentença, que é apelável.’’ (DIDIER, 2010, p.95)
“[...] aquele em que o recorrente está livre para, nas razões do seu recurso,
deduzir qualquer tipo de critica em relação a decisão, sem que isso tenha
qualquer influência na sua admissibilidade. A causa de pedir recursal não
está delimitada pela li, podendo o recorrente impugnar a decisão alegando
qualquer vício.” (DIDIER, 2010, p. 29)
1- Situações Excepcionais
2- Efeitos da Apelação.
Tal efeito nada mais é do que devolver ao juízo lide que já havia sido
apreciada por um órgão inferior, pedindo que este reveja total ou parcialmente o que
está disposto na decisão do juízo a quo. Nesse caso o juízo ad quem está
diretamente vinculado à matéria que foi impugnada pela parte autora do recurso, tal
condição enquadrada no que a doutrina processual chama de Princípio da Adstrição,
a qual dita que o tribunal responsável por avaliar o recurso não pode ir além do que
está impugnado na apelação (tantun devolutum quantum appellatum.).
“A apelação devolverá ao tribunal o reconhecimento da matéria impugnada.”
(Art. 515, caput. Código de Processo Civil).
O juízo ad quem deve estar nas mesmas condições em que se encontrava o
juízo a quo no momento em que aquele analisou a lide e sobre esta prolatou
sentença. Estas condições são necessárias para que seja possível ao juízo superior
avaliar a lide no mesmo contexto em que o fez o juízo inferior e, após tal análise,
decidir se mantem a decisão deste ou se atende ao que foi disposto pela parte que
recorreu; desta forma é possível que seja resguardado o princípio do duplo grau de
jurisdição.
Reformatio in pejus
Quando o juízo ad quem for promover sua análise do caso concreto, além
deste estar preso ao que foi impugnado pela apelação, este também terá sua
discrionariedade limitada por este princípio do direito processual, o qual afirma que o
magistrado que for reexaminar uma lide não pode em sua sentença prejudicar a
parte que atravessou o recurso. Ou seja, o juízo, ao prolatar a sentença relativa a
uma apelação, não pode “piorar” a sentença para a parte que recorreu, mesmo que
em seu parecer decida que este não tem razão; nesses casos pode o juiz ad quem
decidir por manter a sentença anterior, não podendo, como antes descrito, prejudicar
ainda mais a parte que recorreu.
Tal princípio advém da concepção de que a impugnação é algo pessoal, ou
seja, a parte que atravessa o recurso contra o todo ou parte da sentença, que esta
acredita ferir seu direito em questão, o faz independentemente de a outra parte crer
que o direito dela foi ferido ou não pela mesma sentença.
“Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente(...)”. (art. 500,
caput. Código de Processo Civil)
3- Procedimento
a) Adequação do Recurso;
b) Número do processo e nomes das partes;
c) Pagamento das custas e depósito recursal;
d) Assinatura do advogado;
e) Existência de procuração/subestabelecimento de quem assina a peça.
Em regra, a apelação deve ser interposta até o prazo de quinze dias ao juízo
de primeira instância (a quo) que prolatou a sentença atacada por meio de petição
escrita.
Vale ressaltar que o juízo a quo não pode emitir juízo de mérito, como bem
pontua Fredie Didier Jr., “não é lícito ao juízo a quo, perante quem se interpõe a
apelação, apreciar-lhe o mérito. Incumbe-lhe, apenas, controlar a sua
admissibilidade” (DIDIER, p. 129, 2010).
Um fato interessante a ser colocado é a questão da força vinculativa dos
tribunais, exposto no Código de Processo Civil (CPC):
O relator também pode dar provimento com base no Art. 557, § 1º-A, CPC: