Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Depedencia Linear
Depedencia Linear
Lista de exercícios 7
Independência Linear.
a) Se adicionarmos um vetor xn+1 à coleção, ainda teremos uma coleção linearmente independente de
vetores ? Explique.
b) Se eliminarmos um vetor, por exemplo x1 , da coleção, ainda teremos uma coleção linearmente
independente de vetores ? Explique.
1
Exercício 6: Sejam x1 , x2 , x3 vetores linearmente independentes em Rn , e seja:
y1 = x1 + x2 , y2 = x2 + x3 , y3 = x3 + x1 .
y1 = x2 − x1 , y2 = x2 + x1 + x3 , y3 = x3 + 2x1 .
a) 1, x2 , x2 − 1. b) 2, x2 , x, 2x, 2x + 3. c) x + 2, x2 − 1.
Exercício 9: Para cada um dos itens seguintes, mostre que os vetores dados são linearmente indepen-
dentes em C[−1, 1]: Para cada um dos itens seguintes, mostre que os vetores dados são linearmente
independentes em C[−1, 1]:
Exercício 10: Demostre que qualquer conjunto finito de vetores que contém o vetor nulo deve ser
linearmente independente.
Exercício 11: Demostre que qualquer subconjunto não vazio de um conjunto de vetores linearmente
independentes {v1 , . . . , vn } é também linearmente independente.
Exercício 12: Seja A uma matriz m × n, mostre que se A tem vetores colunas linearmente indepen-
dentes, então N (A) = {0}.
2
Correções
Correção do Exercício 1:
| |
a) Lembremos que os vetores v1 := 2, 1 e v2 := 3, 2 são linearmente independentes se e somente
se para escalares x1 , x2 ∈ R, temos a seguinte implicação:
x1 · v1 + x2 · v2 = 0R2 =⇒ x1 = x2 = 0.
Logo v1 e v2 são linearmente independentes se e somente se o sistema à direita tem única solução
(x1 , x2 ) = (0, 0), o que é o caso pois a matriz de coeficientes tem determinante 4 − 3 = 1, diferente
de 0.
| |
b) Os vetores v1 := 2, 3 e v2 := 4, 6 não são linearmente independentes pois eles verificam a
relação não trivial:
2v1 − v2 = 0R2 .
É fácil resolver o sistema para ver que ele tem soluções não triviais, pois o conjunto soluções é dado
por: S = {(x1 , x2 ) ∈ R2 | (x1 , x2 ) = α · (2, −1) onde α ∈ R}.
| | |
c) Os vetores v1 := −2, 1 , v2 := 1, 3 e v3 := 2, 4 não são linearmente independentes pois
verificam a seguinte relação não trivial:
Observação. Aqui, pode se argumentar simplesmente que 3 vetores em R2 não podem ser linear-
mente independentes pois R2 tem dimensão 2.
3
d) Os vetores −2, 1 , 1, −2 e 2, −4 não são linearmente independentes pois verificam a seguinte
relação não trivial:
0 · v1 + 2 · v2 − v3 = 0R2 .
Esta relação é facilmente obtida, ou por inspeção, ou resolvendo o sistema:
(
−2x1 + x2 + 2x3 = 0
x1 − 2x2 − 4x3 = 0.
Observação. Aqui também, pode se argumentar simplesmente que 3 vetores em R2 não podem ser
linearmente independentes pois R2 tem dimensão 2.
1 −1
e) A matriz tem determinante diferente de 0, logo o sistema:
2 1
(
x1 − x2 = 0
2x1 + x2 = 0
tem única solução (x1 , x2 ) = (0, 0). Segue que os vetores 1, 2 e −1, 1 são linearmente indepen-
dentes.
Observação. Aqui, pode-se concluir também resolvendo direitamente o sistema, mostrando que ele
tem conjunto solução S = {(0, 0)}. Porem, este método da mais contas.
Correção do Exercício 2:
x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 = 0R3 =⇒ x1 = x2 = x3 = 0,
4
b) Os vetores em R3 dados por v1 := 1, 0, 0 , v2 := 0, 1, 1 , v3 := 1, 0, 1 e v4 := 1, 2, 3 , são
x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 + x4 · v4 = 0R3 =⇒ x1 = x2 = x3 = x4 = 0,
Observação. Note pela sequencia que o conjunto solução admite uma variável livre.
2 3 2
c) A matriz 1 2 2 tem determinante diferentes de 0, logo o sistema:
−2 −2 0
2x1 + 3x2 + 2x3 = 0
x1 + 2x2 + 2x3 = 0
−2x1 − 2x2 =0
tem única solução (x1 , x2 , x3 ) = (0, 0, 0). Segue que os vetores 2, 1, −2 , 3, 2, −2 , 2, 2, 0 , são
linearmente independentes.
Observação. Aqui, pode-se concluir também resolvendo direitamente o sistema, mostrando que ele
tem conjunto solução S = {(0, 0, 0)}. Porem, este método da mais contas.
2 −2 4
d) Os vetores v1 := 1 , v2 := −1 e v3 := 2 satisfazem a seguinte relação não trivial:
−2 2 −4
v1 − 2v2 + v3 = 0R3 ,
5
Observação. Note que não é a unica relação que v1 , v2 , v3 satisfazem, por exemplo temos:
v1 − v2 = 0R3 , v2 + 2 · v3 = 0R3
Neste caso, resolvendo o sistema:
2x1 − 2x2 + 4x3 = 0
x1 − x2 + 2x3 = 0
−2x1 + 2x2 − 4x3 = 0
Correção do Exercício 3:
rápida de argumentar é a seguinte. Os vetores v1 := 1,30, 0 , v2 := 0, 1, 1 e
a) A maneira mais
v3 := 1, 0, 1 são 3 vetores linearmente independentes (como vimos) no R que tem dimensão 3,
logo Cob{v1 , v2 , v3 } = R3 .
Pode-se argumentar também que Cob{v1 , v2 , v3 } = R3 da seguinte maneira, que talvez é mais
instrutiva. A matriz:
1 0 1
0 1 0
0 1 1
tendo determinante diferente de zero, sabemos que para quaisquer escalares b1 , b2 , b3 ∈ R, o sistema:
x1 + x3 = b1
x2 = b2
x2 + x3 = b3 .
admite uma solução (sabemos também que esta solução é única, mas não se precisa aqui, so a
existência nos importa). Assim, vemos que para qualquer vetor b = (b1 , b2 , b3 ) ∈ R3 existem
escalares x1 , x2 , x3 ∈ R tais que:
x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 = b.
Segue que qualquer vetor de R3 é combinação linear de v1 , v2 , v3 , ou seja:
Cob{v1 , v2 , v3 } = R3 .
6
b) Lembremos que v1 , v2 , v3 , e v4 são os vetores em R3 dados por
v1 := 1, 0, 0 , v2 := 0, 1, 1 , v3 := 1, 0, 1 v4 := 1, 2, 3 .
Pode ser justificado de maneira mais ’pedestre’ assim. Observe que para qualquer vetor b =
(b1 , b2 , b3 ) em R3 , b é combinação linear de v1 , v2 , v3 , v4 se e somante se o seguinte sistema admite
uma solução:
1 0 1 1 b1
x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 + x4 · v4 = b ⇐⇒ x1 · 0 + x2 · 1 + x3 · 0 + x4 · 2 = b2
0 1 1 3 b3
x1 + x3 + x4 = b1
⇐⇒ x2 + 2x4 = b2
x2 + x3 + 3x4 = b3 .
Agora, segue do item a) que este sistema sempre tem soluções (com x4 = 0...). Segue que:
Cob{v1 , v2 , v3 , v4 } = R3 .
2 3 2
c) A matriz 1 2 2 tendo determinante diferente de 0, sabemos que, para qualquer triplo de
−2 −2 0
escalares b1 , b2 , b3 ∈ R, o seguinte sistema:
2x1 + 3x2 + 2x3 = b1
x1 + 2x2 + 2x3 = b2
−2x1 − 2x2 = b3
admite uma solução (S = 6 ∅). Assim, vemos que para qualquer vetor b = (b1 , b2 , b3 ) ∈ R3 existem
escalares x1 , x2 , x3 ∈ R tais que:
x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 = b.
v1 + v2 = 0R3 , 2 · v1 − v3 = 0R3 .
7
logo parece lógico que eles cobram só uma reta em R3 , e que temos as seguinte igualdades de
subconjuntos em R3 :
Para justificar isto de maneira rigorosa: consideremos b = (b1 , b2 , b3 ) ∈ Cob{v1 , v2 , v3 }, isso é, uma
combinação linear de v1 , v2 e v3 , então, por definição, b é da forma:
b = x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 .
b = x1 · v 1 + x2 · v 2 + x3 · v 3 ,
= x1 · v1 − x2 · v1 − 2x3 · v1 ,
= (x1 − x2 + 2x3 ) · v1 .
Cob{v1 , v2 , v3 } ⊂ Cob{v1 }.
Agora, a descrição de Cob{v1 , v2 } acima não é muito satisfatória, pois dado um vetor (b1 , b2 , b3 ) ∈
R3 , ela não deixa claro se b pertence em Cob{v1 , v2 } ou não.
Mais satisfatória é a seguinte descrição: para determinar Cob{v1 , v2 }, temos que encontrar todos
os vetores (b1 , b2 , b3 ) ∈ R3 tal que o seguinte sistema:
x1
= b1
x1 + 2x2 = b2
3x1 + x2 = b3
8
seja consistente. Efetuando as operações em linhas (L3 → L3 − 3L1 =: L03 ) e (L2 → L2 − L1 =: L02 ),
pois (L02 → L02 − 2L03 ) obtemos o seguinte systema equivalente:
x1
= b1 x1
= b1
x1 + 2x2 = b2 ⇐⇒ + 0 = b1 + b2 − 2b3
3x1 + x2 = b3 x2 = −3b1 + b3 .
x1 · v1 + x2 · v2 = 0M2 (R) =⇒ x1 = x2 = 0.
1 0 0 1 0 0
x1 · v1 + x2 · v2 = 0R2 ⇐⇒ x1 · + x2 · =
1 1 0 0 0 0
x1 0 0 x2 0 0
⇐⇒ + =
x1 x1 0 0 0 0
x1 x2 0 0
⇐⇒ =
x1 x1 0 0
(
x1 = 0
⇐⇒
x2 = 0.
x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 = 0M2 (R) =⇒ x1 = x2 = x3 = 0.
9
Calculemos que a condição x1 · v1 + x2 · v2 + x3 · v3 = 0M2 (R) é equivalente a:
1 0 0 1 0 0 0 0
x1 · v1 + x2 · v2 = 0R2 ⇐⇒ x1 · + x2 · + x3 · =
1 1 0 0 1 0 0 0
x1 0 0 x2 0 0 0 0
⇐⇒ + + =
x1 x1 0 0 x3 0 0 0
x1 x2 0 0
⇐⇒ =
x1 + x3 x1 0 0
x1
=0 x1
=0
⇐⇒ x2 = 0 ⇐⇒ x2 =0
x1 + x3 = 0. x3 = 0.
Correção do Exercício 5:
• se xn+1 ∈ Cob{x1 , . . . , xn } então a coleção {x1 , . . . , xn , xn+1 } não fica linearmente indepen-
dente. De fato, neste caso, xn é da forma xn+1 = λ1 x1 + · · · + λn xn , onde λ1 , . . . λn ∈ R
são escalares. Segue que x1 , . . . , xn , xn+1 não são linearmente independentes pois satisfazem
a seguinte relação:
λ1 x1 + · · · + λn xn + λn+1 xn+1 = 0V ,
onde λn+1 = −1. Note que a relação acima não é trivial pois λn+1 = −1 6= 0.
• se xn+1 ∈
/ Cob{x1 , · · · , xn } então a coleção {x1 , · · · , xn , xn+1 } fica linearmente independente.
De fato, sejam escalares λ1 , . . . , λn ∈ R tais que λ1 x1 + · · · + λn xn + λn+1 xn+1 = 0V . Então
necessariamente λn+1 = 0, pois caso contrario teríamos:
λ1 λn
xn+1 = x1 + · · · + xn ⇒ xn+1 ∈ Cob{x1 , . . . , xn },
λn+1 λn+1
λ1 x1 + · · · + λn xn = 0V ,
10
b) Se eliminarmos um vetor, por exemplo x1 , a coleção {x2 , · · · , xn } fica linearmente independente.
De fato sejam escalares λ2 , . . . , λn ∈ R tais que λ2 x2 + · · · + λn xn = 0V . Em particular, temos:
λ1 x1 + · · · + λn xn = 0V ,
Resolvendo o sistema obtemos por exemplo que (λ1 , λ2 , λ3 ) = (1, −1, 1) é solução não trivial. Portanto
y1 , y2 , y3 satisfazem a seguinte relação não trivial:
y1 − y2 + y3 = 0,
Correção do Exercício 8:
11
a) Os vetores 1, x2 e x2 − 1 em P3 não são linearmente independentes pois satisfazem a seguinte
relação não trivial:
1 − x2 + (x2 − 1) = 0.
Resolvendo o sistema obtemos por exemplo que (λ1 , λ2 , λ3 ) = (1, −1, 1) é solução não trivial.
Portanto y1 , y2 , y3 satisfazem a seguinte relação não trivial:
y1 − y2 + y3 = 0,
O sistema tendo conjunto solução S = {(0, 0)}, conclua-se que x + 2 e x2 − 1 são linearmente indepen-
dentes.
Correção do Exercício 9:
a) O wronskiano vale W (cos πx, sin πx) = π, logo não se anula identicamente em [−1, 1], portanto
cos πx, sin πx são linearmente independentes.
b) O wronskiano vale W (x, ex , e2x ) = 2(x−1)e3x , logo não se anula identicamente em [−1, 1], portanto
x, ex e e2x são linearmente independentes.
−8x 3
c) O wronskiano vale W (x2 , ln(1 + x2 ), 1 + x2 ) = (1+x 2 )2 , logo não se anula identicamente em [0, 1],
2 2 2
portanto x , ln(1 + x ) e 1 + x são linearmente independentes.
12
d) Neste caso, o wronskiano vale W (x3 , |x3 |) = 0, ele se anula identicamente em [−1, 1] e não podemos
determinar se x3 , |x3 | são linearmente independentes ou não.
Voltando à definição, sejam λ1 , λ2 ∈ R escalares tais que λ1 x3 +λ2 |x3 | = 0, avaliando em x ∈ [−1, 0)
e x ∈ (0, −1], obtemos:
(
λ1 − λ2 = 0,
λ1 + λ2 = 0.
logo λ1 = λ2 = 0, agora pode-se concluir que x3 e |x3 | são linearmente independentes em [−1, 1].
Observação. Note que x3 e |x3 | são linearmente dependentes em C[0, 1] e em C[−1, 0] !
Correção do Exercício 10: Seja {v1 , . . . , vk } um conjunto de vetores em V tais que vk = 0V . Então
v1 , . . . , vk satisfazem a relação não trivial:
λ1 v1 + · · · + λn vn = 0V ,
λ1 v1 + · · · + λn vn = 0V ,
A = a1 · · · an
13
Correção do Exercício 13: Notemos X, Y ∈ M3 (R) as matrizes 3 × 3 dadas por:
X = x 1 x 2 x 3 Y = y1 y2 y3 .
A · X = Y.
Podemos fazer qualquer um dos dois raciocinos que seguem para provar que y1 , y3 , y3 são linearmente
independentes:
A·X = Y
⇒ det(A) · det(X) = det Y ⇒ det(Y ) 6= 0.
| {z } | {z }
6=0 6=0
• usando algebra matricial: sejam λ1 , λ2 , λ3 escalares tais que λ1 y1 +λ2 y2 +λ3 = 0R3 e notemos
L a matriz linha L = (λ1 , λ2 , λ3 ) ∈ M(R)1,3 . Então temos:
λ1 y1 + λ2 y2 + λ3 y3 = 0R3 ⇐⇒ Y · L = 0R3 .
Y · L = 0R3 ⇐⇒ A · X · L = 0R3
−1
⇐⇒ A · A · X · L = A−1 · 0R3
⇐⇒ X · L = 0R3
−1 −1
⇐⇒ X ·X · L = X −1 · 0R3
⇐⇒ L = 0R3 .
Referências
[1] Steven J. Leon, Álgebra Linear com aplicações, 8a edição, LTC 2011.
14