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Respiração Celular e Fermentação

 Características
anaeróbia, já a fermentação é um processo
anaeróbio.
- O objetivo da respiração celular e da
 Classificação das Células
fermentação é a síntese de moléculas de ATP.

 Trifosfato de Adenosina
a) Aeróbias Estritas: Só realizam o processo
aeróbio. Na ausência de oxigênio, morrem.
- ATP b) Anaeróbias Estritas ou Obrigatórias: Só realizam
- Fonte imediata de energia o processo anaeróbio. A presença de O2 pode até
- Fosforilação: matá-las.
a) Em nível de Substrato (Glicólise e Ciclo de Krebs) c) Anaeróbias Facultativas: São capazes de
b) Oxidativa (Cadeia Respiratória) realizar processo aeróbio e anaeróbio.
c) Fotofosforilação (Fase clara da fotossíntese)

1. ATP sendo quebrado, por meio de uma Hidrólise  Respiração Aeróbia


para liberar energia e ficar na forma de ADP - C6H1206 + 6O2 6CO2 + 6H2O + Energia
devido a perda de um fosfato. - Normalmente, a respiração aeróbia é feita a
2. Fosforilação (Adição do Fosfato) do ADP para partir da glicose.
formar a molécula do ATP, que será a moeda - Há, normalmente, uma troca de gases entre o
energética para todas as reações internas e organismo e o meio ambiente.
externas realizadas pelo nosso corpo. - Quanto à energia liberada pela reação, parte dela
é perdida para o meio sob a forma de calor, e
OBS: Os compostos orgânicos utilizados no parte é utilizada na fosforilação de moléculas de
processo de obtenção de energia estão ADP para a fabricação de ATP.
representados principalmente pelos CARBOIDRATOS, - Rendimento alto, maior produção de ATP.
notadamente a glicose. No entanto, na carência - A respiração aeróbia feita a partir da glicose
de Carboidratos, as células passam a utilizar pode ser subdividida em três etapas básicas:
LIPÍDIOS e, na falta destes, chegam a lançar mão Glicólise; Ciclo de Krebs; Cadeia Respiratória.
das PROTEÍNAS para obtenção de energia.
1. Glicólise
OBS: O 02 pode participar ou não como um dos - Oxidação parcial da Glicose
reagentes dessas reações que visam à obtenção - Fase Anaeróbica
de energia. Quando o oxigênio participa, diz-se que - Essa ocorre no hialoplasma das células e
o processo é aeróbio (aeróbico); quando não há consiste numa sequência de reações que tem
participação do O2, o processo é dito anaeróbio como finalidade “quebrar” ou decompor a molécula
(anaeróbico). A respiração pode ser aeróbia ou de glicose (que possui 6 carbonos) em duas
moléculas menores (cada uma com 3 carbonos)
de uma substância denominada de ácido pirúvico 2. Ciclo de Krebs
(Piruvato). - Fase Aeróbica
- As reações da Glicólise consomem 2 ARP; - Essa etapa ocorre na Matriz Mitocondrial
Formam 2 NADH2; Liberam energia para a síntese - Ao chegar na Matriz Mitocondrial, o radical Acetil
de 4 ATP e formam 2 moléculas de Ácido Pirúvico. desliga-se da Coenzima A e reage com o Ácido
Oxalacético, (Produto já existente no Ciclo de
OBS: O NAD ou NAD+ (Forma oxidada) possui a Krebs) um composto que tem 4 carbonos na
função de transportar hidrogênios. Ao receber os molécula, formando o Ácido Cítrico (6 carbonos).
hidrogênios vira o NADH2 (Forma Reduzida). Os Assim, o Ácido Cítrico é o primeiro composto
NADH2 formados na Glicólise irão para a Cadeia formado nessa etapa e, por isso, o Ciclo de Krebs
Respiratória. é conhecido também por Ciclo do Ácido Cítrico.
- Em cada volta do ciclo, ocorrem os seguintes
OBS: A fosforilação é em nível de Substrato (É fenômenos: O Ácido Cítrico é degradado
quando a própria matéria orgânica que é sucessivamente até reconstituir o Ácido
“quebrada”, doa fosfato para realizar a Oxalacético. Nesse percurso ocorre a liberação de
Fosforilação do ADP). 2CO2, que será eliminado para o meio extracelular
e depois para o meio ambiente; ocorre a
OBS: O saldo da Glicólise até aqui são 2 ATP; formação de 1 ATP e Liberação de 4 H2.
2NADH2 e 2 Ácidos Pirúvicos. - Destes, 3H2 São capturados por moléculas de
NAD, formando 3 NADH2, e o outro H2 liga-se a
OBS: A Glicólise é um processo comum à uma molécula de FAD, formando um FADH2. O FAD,
respiração Aeróbia e à Fermentação. O que define assim como o NAD e o FADH2, formados no Ciclo
qual dessas prosseguirá é o destino dado aos de Krebs também irão para a Cadeia Respiratória.
Ácidos Pirúvicos. Sendo esses transformados em
Acetil-CoA (Respiração Aeróbica), caso fosse o - OBS: A Coenzima A serve para tornar o Acetil
Lactato ou o Acetaldeido (Fermentação Lática ou mais reativo, a fim de que ele interaja com o
pode ser a Alcoólica). Ácido Oxalacético para formar o Ácido Cítrico.
- Se o Ácido pirúvico continuar no Hialoplasma
(Fermentação), se for para a mitocôndria - OBS: Resumidamente, o Ciclo de Krebs a cada
(Respiração Aeróbica). volta produz o Ácido Cítrico (Pela junção do Acetil
com o Ácido Oxalacético); 2CO2; 3NADH2; 1FADH2;
- Como estamos falando de Respiração Aeróbica, 1ATP e volta a produzir o Ácido Oxalacético, para
após a Glicólise, cada molécula de Ácido Pirúvico dar continuidade ao ciclo.
sofre descarboxilação (Saída de CO2 devido à
ação das enzimas descarboxilases) e - OBS: O ATP do ciclo, na verdade é um GTP
desidrogenação (Saída de H2) transformando-se (Guanina Trifosfato), mas como possui
no radical Acetil que possui apenas dois Carbonos. basicamente a mesma energia, é chamado de ATP.
- As moléculas de CO2 liberadas dessas reações
são eliminadas para o meio extracelular e, - OBS: A fosforilação no Ciclo de Krebs, também
posteriormente, liberadas no meio ambiente. Os H2 é em nível de substrato.
liberados são capturados por moléculas de NAD,
formando NADH2, que, por sua vez, irão para a - OBS No ciclo de Krebs, todos os produtos
Cadeira Respiratória. Cada Molécula de Ácido sintetizados, serão multiplicados por 2, visto que
Acético liga-se à Coenzima A, formando um antes existiam 2 Acetil-CoA.
composto conhecido por Acetil-CoA, que irá para o
Ciclo de Krebs. (A formação do Acetil é Aeróbica).
3. Cadeia Respiratória energia é dissipada sob a forma de calor e parte
- Nas Células Eucariotas é realizada na Membrana é utilizada para Bombear Prótons (H MAIS) da
Interna da Mitocondria (Cristas Mitocondriais). Matriz Mitocondrial para o espaço existente entre
- A Cadeia Respiratória tem início a partir dos as membranas mitocondriais (Intermembrana).
NADH2 e dos FADH2 produzidos nas etapas Portanto, a medida que os elétrons passa pela
anteriores da Respiração Celular. Durante a Cadeia Cadeia Transportadora, os Prótons são bombeados
Respiratória, ocorre síntese de Água; Transporte para o espaço intermembrana. O acúmulo de íons
de Elétrons através de uma cadeia de substancias H MAIS nesse espaço cria um gradiente de
(Cadeia Transportadora de Elétrons) e, Bomba de concentração de Prótons; Concentração Alta de H
Prótons (H MAIS) com consequente síntese de MAIS no espaço intermembrana e Concentração
ATP. Baixa de H MAIS na Matriz Mitocondrial. Devido a
carga positiva nos Prótons (H MAIS), estabelece-
- Cadeia Transportadora de Elétrons; É um se, também, uma diferença na carga elétrica; a
conjunto de reações de oxirredução que envolve matriz mitocondrial torna-se mais negativa que o
a participação de quatro complexos proteicos (I, II, espaço intermembrana. Juntos, o gradiente de
III, IV) e de duas moléculas conectoras móveis; concentração de prótons e a diferença de carga
UBIQUINONA (Coenzima Q) e o Citocromo C. constituem uma fonte de energia potencial
denominada Força Motora de Prótons. Essa força
- Bomba de Prótons; É um mecanismo de aciona o retosno de Prótons para a Matriz
transporte ativo que transfere íons H MAIS da Mitocondrial através de um canal específico de
Matriz Mitocondrial para o Espaço intermembrana prótons formado por um complexo proteico
(Espaço existente entre a membrana externa e a denominado ATP Sintase (ATP-SINTETASE). Ao
interna da mitocondria). passar por esse Complexo proteixo, ocorre
liberação de energia, que é, então, utilizada para
- OBS; A ilustração da página a seguir mostra a fosforilar o ADP, ou seja, acrescentar um fosfato
forma simplificada dos principais fenomenos da ao ADP, transformando-o em ATP. O complexo
Cadeia Respiratória. ATP SINTETASE ‘Extrai’ energia química dos íons H
MAIS para sintetizar ATP. Essa fosforilação é
- A Cadeia Respiratória inicia com a oxidação dos conhecida por Fosforilação Oxidativa.
NADH2 (NADH2 NAD MAIS 2H MAIS MAIS 2e) E A
DOS fadh2 (FADH2 FAD MAIS 2H MAIS MAIS 2e) a - OBS; Na Respiração Celular, a todo momento
qual libera elétrons e prótons. Os elétrons ocorrem reações de Oxidação e de Redução.
provenientes da oxidação dos NADH2 são recebidos
pelo Complexo I no começo da Cadeia Respiratória, - OBS; O objetivo da Respiração Celular é a
enquanto aqueles provenientes dos FADH2 são produção de ATP. Cálculos antigos apontavam um
recebidos pelo Complexo II. Desses receptores (I e saldo energético de 38 ATPs por molécula de
II), os elétrons são transferidos para a UBIQUINONA, Glicose. Hoje em dia são considerados 32 ATPs por
de onde são repassados para o Complexo III e daí molécula de Glicose.
para o Citocromo C. Do Citocromo C, eles são ₹ Saldo Energético da Respiracão
enviados para o Complexo IV, que, então, os Aeróbica/Glicose;
entrega ao O2, que se combina com íons H MAIS, - Glicólise; Produção de 4 ATPs e Gasto de 2 =
formando Água (H2O). O O2, portanto, é o Saldo de 2 ATPs.
Receptor Final dos elétrons na Cadeia - Ciclo de Krebs; Produção de 1 ATP por ciclo =
Transportadora. Nesse processo de transferencia Saldo de 2 ATPs.
de elétrons dos NADH2 e dos FADH2 até o O2, há, - Cadeia Respiratóra; Produz 28 ATPs = Saldo 28
gradativamente, liberação de energia. Parte dessa - Resultado Total = 32 ATPs por Glicose.
- Quanto mais intensa é a atividade metabólica, - OBS; Na respiração anaeróbia, parte do ciclo de
mais intensamente se faz a respiração celular e, krebs não é funcional e também há um menor
consequentemente, maior será o Consumo de O2. número de moléculas transportadoras de elétrons.
Com isso, há um rendimento energético menor do
- A taxa metabólica varia na razão inversa ao que a respiração aeróbia.
tamanho ou a massa corporal.
 Fermentação
- EX; Um rato possui uma taxa metabólica maior
do que a de um elefante.
- Também é um processo anaeróbico, feito a
- Bactérias não tem mitocondrias, mas poderão partir de compostos organicos, em especial a
fazer respiração aeróbica. Glicose.
- Na fermentação biológica, entretanto, não há
- NADP é na fotossíntese, e NAD na Respiração. Cadeia Respiratória e os Aceptores Finais dos íons
hidrogenio não são substancias inorganicas, mas
- O O2 é o Aceptor final da Respiração Aeróbia, e compostos organicos resultante da propria reação.
o Nitrato o da Respiração Anaeróbia.
₹ Fermentacão Alcoólica
- A Respiração produz muito CO2; A fermentação - Tem o Álcool Etílico como produto organico final.
Alcoólica pouco CO2, e a lática não libera nenhum. - Nessa fermentação, a glicose sofre glicólise,
originando duas moléculas de Ácido Pirúvico.
- Ao respirar, o O2 será notado primeiramente, na Durante essa, ocorre saída de hidrogenios
formação de água no final da respiração. (Desidrogenação), que são captados por moléculas
de NAD. Cada Ácido Pirúvico sofre liberação de CO2
- Na respiração o Rendimento Energético é alto, e (Descarboxilação), originando moléculas de Aldeído
nas Fermentações é baixo. Logo, quem gastará Acético eliminado no meio Extracelular e o Aldeído
mais combustível (Glicose) para produzir a mesma Acético recebe os Hidrogenios do NADH2. Ao
quantidade de ATP, é quem tem o menor receber, o Aldeído Acético se converte em Álcool
rendimento. Etílico, que também será eliminado no meio
Extracelular.
 Respiração Anaeróbia
- Essa é realizada por seres vivos que conseguem IMAGEM
sobreviver na total ausencia de O2.
- Nesses seres, ao realizarem a Respiração ₹ Fermentacão Lática
Anaeróbia, a energia também é obtida pela - Tem como produto final o Ácido Láctico
oxidação de moléculas organicas, principalmente a - Não há produção de CO2.
Glicose. Por meio dessas oxidações ocorre a
liberação de elétrons e íons de hidrogenio. Como IMAGEM
nas Células Anaeróbias não existe O2, esse deixa
de ser o Aceptor Final, e Compostos Inorganicos - OBS; Nessa fermentação, o aceptor final de H
como; Nitratos, Sulfatos ou Carbonatos assumem MAIS é o próprio Ácido Pirúvico.
esse papel, antes realizado pelo O2. - Coalhadas, iorgutes e queihos são produzidos por
essa fermentação. O acúmulo de Ácido Láctico no
EX; 10H MAIS MAIS 10e MAIS 2HNO3 N2 MAIS 6H20 leite torna-o azedo.
- Em nossos músculos esqueléticos, em situações
de intensa atividade, pode não haver uma
disponibilidade adequada de O2 para promover a
respiração aeróbia. Nesse caso, as células
musculares passam a realizar a fermentação
láctica. Entretanto, o acúmulo de ácido láctico
nessas células provoca fadiga muscular, com dor
intensa, o que pode causar a paralisação da
atividade muscular.
- Tanto na fermentação láctica quanto na
alcoólica o saldo energético é de 2ATP por Glicose.

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