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Eletronica I
Eletronica I
{
+ + - -
- - - + + +
+ + - -
- - - + + +
+ + - -
- - - + + +
P N
- +
ID
Polarização
direta
Tensão de
ruptura
(breakdown)
VR Tensão de
VD
Polarização barreira de
reversa potencial
IR
Anodo Catodo
(A) (K)
P N
A K
N P N P N P
E C E C
B B
E C E C
B B
Espero que o aluno tenha, ao ler este material, o mesmo prazer que tive em
prepará-lo.
profdaniel2019@gmail.com
ORIENTAÇÕES AO ALUNO – ELETRÔNICA I
Objetivos
Fornecer aos alunos o conhecimento dos dispositivos eletrônicos básicos (diodos e transistores),
desde seus princípios de funcionamento até o dimensionamento para utilização em circuitos simples.
1- Será utilizada a apostila de Eletrônica I que está disponibilizada no site da faculdade. Ela contém toda
a teoria e os exercícios que serão vistos. A apostila também está disponível no D.A. de Engenharia,
onde poderá ser impressa e encadernada.
2- Também está sendo fornecida, apenas no site da Faculdade, uma apostila básica e um conjunto de
arquivos de simulação do aplicativo EWB – Electronics Workbench, um simulador de circuitos
eletrônicos, para auxiliar na compreensão dos conceitos de Eletricidade e Eletrônica.
3- Não é necessário entregar nenhum relatório de Laboratório. Os resultados obtidos nas experiências
devem auxiliar o aprendizado, confirmando os conceitos vistos na teoria. Muitos dos exercícios (da
apostila e das avaliações) podem ser mais facilmente compreendidos quando se tem uma visão prática
do assunto. Essa visão é obtida no Laboratório ou com o uso do EWB ou programas similares (e
superiores), como o Proteus, o PSpice e o Multisim.
4- A nota bimestral é função apenas da nota da avaliação teórica, que pode também conter questões
sobre as experiências de laboratório.
5- A verificação da presença dos alunos será feita sempre no final das aulas, e poderá ocorrer duas
vezes, antes e depois do intervalo.
6- É aconselhável que todos os alunos pesquisem provas anteriores do ENADE, bem como testes de
admissão em grandes empresas, que estão disponíveis na Internet. A resolução desses testes permite
ao aluno conhecer outras formas de questionamento diferente das vistas na faculdade. Diversas
dessas questões estão presentes nesta apostila.
7- É essencial que o material fornecido (apostilas de teoria e laboratório e simulações com o EWB)
seja ESTUDADO e COMPREENDIDO, para que seja obtido um aproveitamento adequado da
disciplina e consequente aprovação.
Plano de Ensino
Noções de física dos semicondutores – junções PN
Diodos semicondutores – princípios de funcionamento e características
Retificação de ½ onda e onda completa sem e com filtragem capacitiva
Diodo Zener – princípios de funcionamento e características
Diodos Emissores de Luz – LED- princípios de funcionamento e características
Transistores bipolares de junção – princípios de funcionamento e características
Circuitos básicos com transistores
Projeto de fontes de alimentação estabilizadas
Reguladores integrados de tensão – séries 78XX E LM317
Outros dispositivos optoeletrônicos
Laboratório
Características básicas dos diodos semicondutores
Retificação de ½ onda e onda completa sem e com filtragem capacitiva
Características básicas dos diodos Zener – fontes estabilizadas simples
Circuitos com transistores
Bibliografia
Boylestad, Nashelsky – Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos, 2009, Pearson
Halkias, Millman – Eletrônica vol. 1 e 2, 1981; Ed. Mc Graw Hill
Prof. José Daniel S. Bernardo Formas de Representação Numérica
FÍSICA
O comprimento de onda da luz vermelha é de cerca 0,000.000.740m a 0,000.000.625m
e sua frequência situa-se entre 405.000.000.000.000Hz e 480.000.000.000.000Hz. O compri-
mento de onda λ (lambda) é determinado dividindo-se a velocidade da luz (300.000.000m/s)
pela frequência da onda.
ASTRONOMIA
A distância entre a Terra e o Sol é de cerca de 150.000.000 de quilômetros. Já a dis-
tância do Sol até a estrela mais próxima, Proxima Centauri, é de cerca de
40.000.000.000.000Km.
As formas utilizadas para representação dos valores numéricos acima não estão erra-
das, mas não são empregadas em trabalhos técnicos e científicos. Além da dificuldade
de leitura, os cálculos envolvendo valores expressos nessas formas seriam muito trabalhosos.
Tente calcular a frequência da luz vermelha dividindo a velocidade da luz (300.000.000m/s)
pelo comprimento de onda (0,000.000.740m)!
40.000.000.000.000Km = 40x1012Km
300.000.000m/s = 300x106m/s
0,000.000.625m = 625x10-9m
405.000.000.000.000Hz = 405x1012Hz
40.000.000.000.000Km = 4,0x013Km
300.000.000m/s = 3,0x108m/s
0,000.000.625m = 6,25x10-7m
405.000.000.000.000Hz = 4,05x1014Hz
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MÉTODOS DE ARREDONDAMENTO
→
A SER CONSERVADO
9,4648x1012Km 9,46x1012Km
ALGARISMO SEGUINTE
MENOR QUE 5
→
A SER CONSERVADO
ÚLTIMO ALGARISMO A
→
SER CONSERVADO
1,235.001 1,24
ALGARISMO SEGUINTE
IGUAL A 5
→
CONSERVADO É IMPAR
2,335.000 2,34
ALGARISMO SEGUINTE
IGUAL A 5
4- Se o algarismo a ser conservado for par, seguido de um algarismo igual a cinco e pos-
teriormente de zeros, permanece o algarismo a ser conservado e eliminam-se os de-
mais.
ÚLTIMO ALGARISMO A SER
→
CONSERVADO É PAR
2,345.000 2,34
ALGARISMO SEGUINTE
IGUAL A 5
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34 23 51
+ −
7 11 13 ARREDONDAMENTO
DAS PARCELAS
+ +
23/11 2,09090909091 → 2,09
- -
51/13 3,92307692308 → 3,92
= = RESULTADO COM
ARREDONDAMENTO
3,02497502498 3,03 DAS PARCELAS
↓
RESULTADO COM
3,02 ARREDONDAMENTO
APENAS NO FINAL
ATENÇÃO
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1- Determinar a corrente que circula por um resistor de 3,3KΩ submetido a uma tensão de
10V.
𝑉 10𝑉
𝐼= = ⟹ 𝐼 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑. 𝟎𝟑𝟎 … 𝑨
𝑅 3,3 𝑥 103 Ω
Obviamente a sugestão de duas casas decimais após a vírgula não funciona neste ca-
so, pois o resultado seria zero.
É necessário, antes de tudo, converter a resposta para Notação de Engenharia:
1 1
𝑇= = = 9,28505 𝑥 10−9 𝑠 ⟹ 𝑻 = 𝟗, 𝟐𝟗𝒏𝒔
𝑓 107,7 𝑥 106 𝐻𝑧
4- Um resistor de 6,8KΩ dissipa uma potência de 18µW. Determinar a corrente que circu-
la por esse resistor
18 𝑥 10−6 𝑊
⟹ 𝐼= √ 3
= 0,000.051.449.6𝐴 = 51,45 𝑥 10−6 𝐴 ⟹ 𝑰 = 𝟓𝟏, 𝟒𝟓𝝁𝑨
6,8 𝑥 10 Ω
𝑑 5
150 x 106 Km 150 x 106 Km
𝑣 = ⟹ 3 x 10 Km/s = ⟹𝑡= ⟹ 𝒕 = 𝟓𝟎𝟎𝒔
𝑡 t 3 x 105 Km/s
A luz do Sol demora pouco mais de 8 minutos para chegar até nós.
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Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
ELETRÔNICA I
ÍNDICE
LABORATÓRIO
ELETRÔNICA I
1
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
Quando átomos individuais se unem formam-se diversos tipos de ligações entre eles. No
caso de materiais semicondutores, essas ligações são as covalentes, onde os quatro elétrons
da última camada de um átomo se unem, cada um deles, a elétrons da última camada de ou-
tros quatro átomos. Cada átomo ficaria, portanto com oito elétrons na última camada (quatro
seus e quatro “emprestados” dos átomos vizinhos), o que representa estabilidade para o ma-
terial. Na página anterior é mostrado esse arranjo para átomos de Silício, que é chamado de
rede cristalina. A estabilidade gerada (oito elétrons na última camada) faz com que esses ma-
teriais se tornem maus condutores.
A rede cristalina, da forma apresentada não constitui, a princípio, um material semicondu-
tor que possa ser utilizado. Apenas se esse material estiver na temperatura ambiente (25ºC)
ou acima dela, alguns dos elétrons das ligações covalentes podem adquirir energia suficiente
para quebrar essas ligações e se tornarem elétrons livres, que poderiam conduzir a corrente
elétrica. Esse é o motivo pelo qual a maioria dos dispositivos semicondutores não suporta
temperaturas elevadas e apresenta características térmicas inversas às dos metais: em um
metal, a resistência elétrica aumenta com o au-
-
mento da temperatura; em um semicondutor,
ocorre o contrário. Os metais possuem coeficien-
te de temperatura positivo (aumento da resistên- - Si -
Corrente de elétrons
do negativo para o positivo
(é a corrente real)
Corrente de lacunas
do positivo para o negativo
(equivale ao sentido da corrente convencional)
- - - - - - - - - - - - - - - - - -
+ - + - + -
Podemos então notar que existirão dois fluxos opostos de portadores de carga dentro de
um semicondutor: o de elétrons, do negativo da fonte (onde há excesso de elétrons) para o
positivo (onde há falta de elétrons) e o de lacunas, do positivo para o negativo da fonte.
2
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1.2- Dopagem
Como já foi dito, os cristais semicondutores puros (conhecidos como intrínsecos) não têm
aplicação na confecção de dispositivos eletrônicos.
É necessário criar, de forma controlada, portadores de carga nesses cristais. A maneira de
se conseguir isso é inserindo impurezas no cristal de forma a gerar ou lacunas ou elétrons. A
esse processo dá-se o nome de dopagem (do inglês dopping) e os materiais semicondutores
dopados resultantes são também conhecidos como extrínsecos.
Os cristais semicondutores produzidos atualmente já apresentam impurezas, visto ser ain-
da impossível obter materiais intrinsecamente puros. Essas imperfeições são da ordem de um
átomo de impureza para 109 átomos do semicondutor. A dopagem faz com que essa relação
aumente para algo como um átomo de impureza para 106 átomos do semicondutor.
Existem duas formas de dopar um cristal semicondutor: com impurezas doadoras, que
possuem cinco elétrons na camada de valência ou impurezas receptoras (ou aceitadoras),
que possuem três elétrons na última camada.
Quando uma impureza receptora como o Índio, o Alumínio (Al), o Gálio (Ga) ou o Boro (B),
todos com três elétrons, é utilizada na dopagem, um elétron ficará faltando na ligação cova-
lente, criando um portador de carga positiva (uma lacuna). Isso gera um semicondutor do tipo
P (de positivo). As lacunas são os portadores majoritários no material tipo P, e os elétrons
que eventualmente estejam livres no material, os minoritários.
Quando uma impureza doadora como o Fósforo (P), o Antimônio (Sb) ou o Arsênio (As),
todos com cinco elétrons, é utilizada na dopagem, um elétron irá sobrar na ligação covalente,
criando um portador de carga negativa. Isso gera um semicondutor do tipo N (de negativo).
Os elétrons são os portadores majoritários no material tipo N, e as lacunas que eventual-
mente estejam livres no material, os minoritários.
- -
- Si - - Si -
Ligações Ligações
Elétron livre
covalentes covalentes
- -
- - - - - -
-
- Si - Ga - - Si - - Si - - P - - Si -
- - - - - -
Lacuna - -
- Si - - Si -
- -
Semicondutor tipo P dopado com Gálio Semicondutor tipo N dopado com Fósforo
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1.3- Junções PN
Lacuna Elétron livre
Ao lado são mostradas as represen-
tações adotadas para os semiconduto- + + + - - -
res tipo P e N, com seus respectivos - - - + + +
portadores de carga, lacunas e elétrons. + + + - - -
Apenas os átomos das impurezas são - - - + + +
mostrados. No material tipo P, átomos + + + - - -
de impurezas que são neutros, mas que - - - + + +
se tornarão negativos se receberem elé-
trons livres em suas lacunas; no material Átomo da impureza aceitadora Átomo da impureza doadora
tipo N, átomos de impurezas que são Semicondutor tipo P Semicondutor tipo N
neutros, mas que se tornarão positivos
se perderem os elétrons livres.
Quando as duas regiões, P e N, são criadas em um mesmo bloco de cristal intrínseco, te-
mos a chamada junção PN, que constitui o dispositivo semicondutor mais simples, o diodo.
Na região da junção, os elétrons livres do material tipo N são atraídos pelas lacunas do
material tipo P, num processo chamado difusão de cargas.
Junção PN
+ + + - - -
- - - + + +
+ + + - - -
- - - + + +
+ + + - - -
- - - + + +
P N
Forma-se então, ao redor da junção, uma região ionizada denominada região ou camada
de depleção ou também barreira de potencial, cuja polaridade é oposta à do material respecti-
vo (negativo no material tipo P, que recebeu elétrons em suas lacunas; positivo no material
tipo N, que perdeu elétrons).
Barreira de potencial
{
+ + - -
- - - + + +
+ + - -
- - - + + +
+ + - -
- - - + + +
P N
- +
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O diodo semicondutor nada mais é, como já foi visto, que a união de um material semi-
condutor do tipo P com outro do tipo N, formando uma junção PN. Esse dispositivo, o diodo,
pode ser polarizado de duas maneiras, direta e reversa, mostradas a seguir.
{
material tipo P e o negativo ao material
tipo N. As lacunas do lado P são repeli- + + - -
das pelo positivo da fonte, enquanto - - - + + +
que os elétrons do lado N são repelidos + + - -
pelo negativo. Isso empurra lacunas e - - - + + +
elétrons (portadores majoritários) em + + - -
direção à região da junção e, desde - - - + + +
que a tensão aplicada seja superior à
tensão de barreira de potencial (para
vencer essa barreira existente na jun- P N
ção), lacunas e elétrons se recombinam - +
na junção, formando uma corrente elé-
trica. Nessa situação, a barreira de po- ID ID
tencial diminui. Em outras palavras, um
diodo semicondutor polarizado direta- VD
mente permite a passagem da corrente
elétrica (VD significa tensão direta, e ID corrente direta; em inglês, são utilizadas as notações
VF e IF, sendo o F de forward que significa direto em inglês).
5
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Um componente eletrônico linear, como um resistor, não necessita de uma curva caracte-
rística para representá-lo, já que a relação entre corrente e tensão nele será sempre constan-
te, ou seja, sua resistência possui um valor fixo. Já os semicondutores, por serem componen-
tes não lineares, apresentam variações em suas resistências internas em função da tensão
e/ou corrente de polarização, sendo necessário, para uma análise mais detalhada, que se
utilize uma curva que expresse suas características.
A curva característica básica para diodos semicondutores é apresentada abaixo. Na regi-
ão de polarização direta, o diodo começa a conduzir em valores próximos aos da ten-
são de barreira de potencial (para o Silício, cerca de 0,7V). Antes disso a corrente direta é
muito baixa.
Na polarização reversa, a corrente no diodo é extremamente baixa enquanto a tensão
sobre ele fica abaixo do limite de ruptura. Quando alcançamos essa tensão (de ruptura ou
breakdown) ocorre um fenômeno chamado avalanche (dos portadores de carga do se-
micondutor), a corrente aumenta bruscamente e a junção quase sempre é destruída
(existe uma tipo de diodo denominado Zener, que será estudado posteriormente, que trabalha
de forma controlada dentro da região de ruptura).
ID
Polarização
direta
Tensão de
ruptura
(breakdown)
VR Tensão de
VD
Polarização barreira de
reversa potencial
IR
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A família 1N400X (que vai do 1N4001 até o 1N4007) apresenta para cada um dos dis-
positivos uma tensão reversa máxima diferente (VRRM de 50V até 1000V), mas uma mesma
corrente direta máxima para todos (IF(AV) de 1A). Esses dois parâmetros são geralmente as-
sociados a sinais alternados senoidais da rede elétrica (VRRM é o valor de pico reverso repeti-
tivo e IF(AV) o valor médio da corrente através do diodo.
Alguns dos outros parâmetros do componente são definidos em certas condições opera-
cionais. O componente pode dissipar no máximo 3W (PD) e a tensão direta (VF) sobre ele será
de 1,1V, quando a corrente direta (IF) for de 1A (Forward Voltage @ 1.0A). A corrente reversa
(IR), como já foi visto, dependerá da temperatura. Nas tensões limites de cada modelo (Re-
verse Current @ Rated VR): para 25ºC será de 5µA e para 100ºC será de 50µA, mostrando a
influência da temperatura nos semicondutores.
Temos também, a capacitância da junção (todos os dispositivos elétricos apresentam,
além da resistência, capacitâncias que podem afetar seu funcionamento, principalmente
quando trabalham com sinais de freqüências elevadas). Para uma tensão reversa de 4V e
uma freqüência de sinal de 1MHz, a capacitância da junção (CT) será de 15pF (15.10-12F).
Obs. A Fairchild, fabricante cujas folhas de informação são mostradas, foi vendida, em
2016, para a ON Semiconductor. O material foi mantido por não existirem grandes diferenças
entre ele e o disponível atualmente no site do fabricante.
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Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
Quando um componente não apresenta uma característica linear, não é possível equaci-
oná-lo de uma forma simples como foi feito com os resistores. É necessário levar em conta
como ele varia para alterações de tensão, corrente, temperatura, etc. A curva do dispositivo
expressa essas variações (geralmente para a temperatura ambiente: 25º) e a forma de asso-
ciá-las ao circuito que se deseja projetar é através do traçado da reta de carga desse circuito.
Em seguida é apresentado um roteiro para o traçado e a utilização da reta de carga em
diodos.
Suponha a situação ao lado, onde é pedida a VD
tensão sobre o resistor do circuito (VRes). Como o dio-
do é um componente não linear, não sabemos qual o
valor de sua resistência interna. Apenas utilizando a 10V ID 50 VRes
curva característica do dispositivo, poderemos deter-
minar (com as aproximações criadas pelo traçado da
reta de carga no gráfico) os valores de VD e ID, para
em seguida obter o valor desejado (VRes).
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quiescente
VdQ=0,7V
Ponto
IdQ=0,18A
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Exercícios
Para os exercícios 1.2 até 1.7 considere a tensão VD dos diodos igual a 0,75V
I1 I2 I3
6V
I1 I2 I3
6V
D1 D2 D3
I1 I2 I3
9V
D6 D5 D4
Resp.: 75mA, 60mA, 45mA
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D1 D2 D3
I1 I2 I3
9V
D6 D5 D4
Resp.: 75mA, 60mA, 0mA
I2
12V D3
D1 B 0 1 2
t (s)
D2 C 10
0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
10 10
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1.9- Circuitos de lógica TTL trabalham com tensões de alimentação de 5V, com tolerância de
±5%. Precisando com urgência montar uma fonte para alimentar um circuito desse tipo,
e não tendo no momento nada além de uma fonte de 9V e de alguns diodos, um enge-
nheiro precisou improvisar um circuito que atendesse sua necessidade temporariamen-
te. As características da carga e a curva dos diodos disponíveis são mostrados abaixo.
Complete o circuito com a possível solução pensada pelo engenheiro, e verifique se a
tensão na carga TTL está realmente dentro dos parâmetros desse tipo de circuito.
CARGA VL = 5V±5%
9V VX TTL PL = 2,5W@5V
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Tensão direta (V)
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1.10- Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos – Boylestad & Nashelsky, 8ª Edição pág.
89
Resp.: 9,55V, 7V
ATENÇÂO: as tensões são em relação ao terra comum das fontes
1.11- Obtido da Lista de Exercícios Resolvidos sobre Diodos, da Disciplina de Eletrônica Ge-
ral I, do Prof. César M. Vargas Benítez da Universidade Federal Tecnológica do Paraná
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1.12- Dada a forma de onda (f. o.) do gerador G abaixo, determine as f. o. sobre os diodos e
resistores dos circuitos. Considerar VD = 0,7V para todos os casos.
VG (V)
5
0 1 2
t (s)
5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G A 0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
5 5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G B 0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
5 5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G C 0 1 2
t (s)
0 1 2
t (s)
5 5
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vd (V)
5 vRes (V) 5
G D 0 1 2
t (s)
0 1 2
t (s)
5 5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G E 0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
5 5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G F 0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
5 5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G G 0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
5 5
vd (V)
5 vRes (V) 5
G H 0 1 2 0 1 2
t (s) t (s)
5 5
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Os dois próximos exercícios devem ser feitos através do traçado da reta de carga,
utilizando o gráfico da próxima página.
1.14- Dado o circuito, e sabendo que rid é a resistência interna do diodo, que é variável e
depende da polarização do componente no circuito (rid é o quociente de VdQ por
IdQ, encontrados no gráfico):
complete a tabela (itens a até d) e analise os resultados obtidos;
explique qual a relação entre a corrente Id e a resistência rid de um diodo;
com base nas conclusões anteriores, adote valores para V e R no item e da tabela,
de forma a obter um valor de rid maior que os outros encontrados.
VRes
V R IdQ VdQ R.IdQ V-VdQ rid
Vd a 6 10
b 10 10
Id c 6 20
V R VRes
d 10 20
e
V A V V V
19
Curva característica do diodo - Polarização direta
1,0
Prof. José Daniel S. Bernardo
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,2
0,1
0,0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5 11 11,5 12
Tensão direta (V)
Eletrônica I
20
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1.16- Concurso Analista de Planej. e Desenv. Operac. Jr., Eng. Elétrica e Eletrônica, CPTM
2013
Resp.: A
Resp.:
No gabarito, (C);
a resposta (A)
me parece mais
correta (ver cur-
va do diodo)
Resp.: A
(mal formulada)
22
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Resp.: (A)
Resp.: (C)
1.21- Concurso Admissão ao Curso de Praças da Marinha, Eletrônica, Marinha do Brasil, 2014
Resp.: (D)
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1.22- Concurso Admissão ao Curso de Praças da Marinha, Eletrônica, Marinha do Brasil, 2014
Resp.: (C)
Resp.: 20mA
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Resp.: (D)
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As representações abaixo (valores de pico a pico, pico, eficaz e médio) servem tanto para
tensão quanto para corrente e potência elétricas. As fórmulas mostradas são APENAS para
sinais senoidais puros ou retificados.
SINAL SENOIDAL
+Vp 𝑉𝑝𝑝
𝑉𝑝 =
2p
Vef 2
Vpp
p
zero
0 𝑉𝑒𝑓 =
𝑉𝑝
-Vp
√2
𝑉𝑚 = 0
+Vp 𝑉𝑝
𝑉𝑒𝑓 =
Vef Vm √2
0 p 2p
zero
2𝑉𝑝
𝑉𝑚 =
π
SINAL SENOIDAL RETIFICADO
EM ½ ONDA
+Vp 𝑉𝑝
𝑉𝑒𝑓 =
Vef Vm 2
p 2p
zero
0 𝑉𝑝
𝑉𝑚 =
π
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Exemplo: A tensão de 220V da rede elétrica representa o valor eficaz do sinal senoidal da
rede. Seu valor de pico será:
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ENROLAMENTO
PRIMÁRIO COM CAMPO ELETROMAGNÉTICO
TENSÃO 6 ESPIRAS GERADO PELO PRIMÁRIO
Essa relação é representada por:
ALTERNADA 𝑉1 𝑁1
APLICADA AO
ENROLAMENTO =
PRIMÁRIO:
SECUNDÁRIO COM 𝑉2 𝑁2
3 ESPIRAS
12V onde:
V1 = tensão de entrada (primário)
V V2 = tensão de saída (secundário)
N1 = número de espiras do primário
TENSÃO ALTERNADA N2 = número de espiras do secundário
OBTIDA NO SECUNDÁRIO:
6V
TRANSFORMADOR ELEVADOR
ENROLAMENTO
A relação entre V2 e V1 (ou entre N2 SECUNDÁRIO COM
e N1) é denominada relação de trans- ENROLAMENTO 6 ESPIRAS
TENSÃO
formação (n). ALTERNADA PRIMÁRIO COM
3 ESPIRAS
É também representada pelas ex- APLICADA AO
PRIMÁRIO:
pressões N1:N2 (ou V1:V2). O transfor-
12V
mador acima, seria 6:3 (ou 12:6) ou
2:1. O ao lado, 3:6 (ou 12:24) ou 1:2.
V
A relação entre a tensão e o nú- TENSÃO ALTERNADA
mero de espiras de cada enrolamento OBTIDA NO SECUNDÁRIO:
Para os diagramas da página anterior, caso os secundários sejam ligados a cargas de 1Ω,
teremos:
Para o secundário de 6V Para o secundário de 24V
𝑉2 6𝑉 𝑉2 24𝑉
𝐼2 = = ⇒ 𝑰𝟐 = 𝟔𝑨 𝐼2 = = ⇒ 𝑰𝟐 = 𝟐𝟒𝑨
𝑅 1Ω 𝑅 1Ω
𝑃2 = 𝑉2 𝑥 𝐼2 = 6𝑉 𝑥 6𝐴 ⇒ 𝑷𝟐 = 𝟑𝟔𝑾 𝑃2 = 𝑉2 𝑥 𝐼2 = 24𝑉 𝑥 24𝐴 ⇒ 𝑷𝟐 = 𝟓𝟕𝟔𝑾
𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 𝟑𝟔𝑾 𝑷𝟏 = 𝑷𝟐 = 𝟓𝟕𝟔𝑾
𝑃1 36𝑊 𝑃1 576𝑊
𝐼1 = = ⇒ 𝑰𝟏 = 𝟑𝑨 𝐼1 = = ⇒ 𝑰𝟏 = 𝟒𝟖𝑨
𝑉1 12𝑉 𝑉1 12𝑉
CAMPO
As bobinas de um transformador são ge- ELETROMAGNÉTICO
GERADO PELO PRIMÁRIO
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A seguir podem ser vistos diversos tipos de transformadores. À esquerda, modelos mono-
fásicos utilizados em circuitos eletrônicos e à direita um modelo trifásico utilizado para distribui-
ção elétrica.
220V
12V
6W
100esp
𝑉2 12
𝐼2 = = ⇒ 𝐼2 = 2𝐴
𝑅 6
𝑉1 𝑁1 220 𝑁1
= ⇒ = ⇒ 𝑵𝟏 = 𝟏𝟖𝟑𝟑𝒆𝒔𝒑
𝑉2 𝑁2 12 100
𝑉1 𝐼2 220 2
= ⇒ = ⇒ 𝑰𝟏 = 𝟏𝟎𝟗, 𝟏𝒎𝑨
𝑉2 𝐼1 12 𝐼1
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Quando se deseja uma fonte de 12V, tensão contínua (Vdc ou Vcc), é necessário um transfor-
mador que abaixe a tensão da rede elétrica (geralmente 110V, 127V ou 220V) para um valor bem
menor, de forma a se obter a tensão (Vdc) desejada na saída da fonte.
Transformador
D Vsec
Idc
Id
Vpri Vsec RL Vdc 0 p 2p 3p 4p t
Vdc
Id
Vpri Vsec RL Vdc
0 p 2p 3p 4p t
Primário Secundário
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Existem duas formas de se obter uma retificação de onda completa, onde os dois semiciclos
do sinal alternado serão utilizados: com transformadores especiais, que possuem uma deriva-
ção do enrolamento denominada Center Tap (CT), ou com pontes de diodos.
Id1
Vsec1 RL Vdc 0 p 2p 3p 4p
t
Center Tap
Vpri CT
Vdc
Vsec2 Id
2
D2 0 p 2p 3p 4p
t
Se a tensão Vdc for medida por um voltímetro para si-
nais contínuos, será encontrado o valor médio do sinal pul-
sante:
2(𝑉𝑝 − 𝑉𝑑)
𝑉𝑑𝑐 = 𝑉𝑚 =
𝜋
As correntes na carga (Idc) e nos diodos (Id) serão:
𝑉𝑑𝑐 𝐼𝑑𝑐
𝐼𝑑𝑐 = 𝐼𝑚 = 𝐼𝑑 =
𝑅𝐿 2
A tensão reversa sobre o diodo será o dobro do valor de pico. Para entender por que, su-
ponhamos que o valor de pico das tensões do secundário seja de 10V. Quando D1 conduz, a
tensão de pico de Vsec1 (+10V) aparece no catodo de D2, que esta cortado (não conduzindo);
no anodo de D2 temos nesse instante o semiciclo negativo de Vsec2 (-10V). A tensão sobre D2
será a diferença de potencial entre seu anodo e catodo, ou seja: [(-10V) - (+10V)], que resulta
em -20V. Portanto:
𝑉𝑅 = 2𝑉𝑝
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Uma ponte de diodos é um arranjo que utiliza quatro destes dispositivos montados como
no diagrama abaixo. Para entender seu funcionamento é preciso lembrar que uma tensão (di-
ferença de potencial) é sempre medida em relação a um determinado ponto (referência).
Se a referência for o lado B (considerado como zero), durante o semiciclo vermelho o lado
A do enrolamento será positivo em relação ao lado B. Durante o semiciclo azul, o lado A será
negativo em relação ao lado B. Essa é a situação representada pela onda em traço contínuo
(lado A do transformador).
Mas, se a referência for o lado A (considerado como zero), para o semiciclo azul, o lado B
será positivo em relação ao lado A (situação representada na onda tracejada do lado B do
transformador). Isso não muda em nada a polaridade e a amplitude da onda, mas auxilia na
análise do circuito.
A Vsec
D2 D1 Idc
Vpri Vsec
D3 D4 0 p 2p 3p 4p
t
RL Vdc
B
2(𝑉𝑝 − 2𝑉𝑑)
𝑉𝑑𝑐 = 𝑉𝑚 =
𝜋
Analise o circuito e conclua porquê a tensão reversa sobre os diodos será a tensão de pico
do secundário:
𝑉𝑅 = 𝑉𝑝
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Vdc Vdc
0 p 2p 3p 4p
t 0 p 2p 3p 4p
t
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Quanto menor for o consumo de corrente da carga (ou seja, uma carga baixa, que
consome pouca energia, onde o resistor de carga RL tem valor ohmico alto), mais
lentamente o capacitor será descarregado e menor será o ripple. Cargas altas (o
que significa que o resistor RL terá valor ohmico baixo), consumirão correntes
elevadas descarregando mais rapidamente o capacitor e causando maior ripple.
Portanto:
Quanto maiores a capacitância e a resistência da carga R L, menor será o ripple.
Quanto menores a capacitância e a a resistência da carga RL, maior será o ripple.
Vp
Vp D1 Vp’
+
Vsec1 RL C
Center Tap
Vpri CT
Vsec2
Vp D2
ATENÇÃO: As fórmula mostradas neste item são exclusivamente para quando existe
um capacitor de filtro no circuito (item 2.5). Quando esse capacitor não está presente,
as fórmulas para determinação da tensão de saída da fonte são as apresentadas nos
itens 2.3, para ½ onda, e 2.4 para onda completa.
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Exemplo 1:
D1
𝑉1 𝑁1 220V 11
= ⟹ = ⟹ 𝑽𝟐 = 𝑽𝒔𝒆𝒄𝟏 = 𝑽𝒔𝒆𝒄𝟐 = 𝟖𝟎𝑽
𝑉2 𝑁2 𝑉2 4
cálculo da tensão de pico na entrada do retificador:
𝑉𝑝 = 𝑉𝑒𝑓 √2 = 80√2 ⟹ 𝑽𝒑 = 𝟏𝟏𝟑, 𝟏𝟒𝑽
Pelo critério adotado (VC ≥ Vdc.1,5 Vdc ≥166,1V), o valor de tensão de trabalho deveria
ser de 250V (obtido da tabela de capacitores comerciais da pág. 40). Neste caso, como o
valor inferior de tensão na tabela (160V) é muito próximo do calculado (166,1V) um capacitor
com tensão de trabalho de 160V também poderia ser utilizado (quanto maior a tensão de
trabalho de um capacitor, maior é seu tamanho físico).
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Exemplo 2:
Pode ser utilizado o diodo 1N5406 cujas características são: VRmáx = 600V e Idmáx = 3A
dimensionamento do capacitor:
𝑉𝐶 ≥ 𝑉𝑑𝑐 . 1,5 = 303,47.1,5 ⟹ 𝑽𝑪 ≥ 𝟒𝟓𝟓, 𝟐𝟏𝑽
Da tabela de capacitores da pág. 40, a maior tensão disponível é de 450V, que seria
aceitável para este projeto, por sem bem próxima do valor calculado (455V). Poderiam ser
ligados dois capacitores de 250V cada em série, para obter uma tensão de 500V no conjunto.
Neste caso, é preciso lembrar que a capacitância equivalente diminui em capacitores em
série: seriam necessários dois capacitores de 2200µF e 250V ligados em série para obter
um equivalente de 1100µF e 500V.
dimensionamento do resistor:
𝑉𝑑𝑐 303,47
𝑅= = ⟹ 𝑹 = 𝟐𝟎𝟐, 𝟑𝟏𝛀
𝐼𝑑𝑐 1,5
(𝑉𝑑𝑐 )2 (303,47)2
𝑃𝑅 ≥ 1,5 = 1,5. ⟹ 𝑷𝑹 ≥ 𝟒𝟓𝟓, 𝟐𝟏𝑾
𝑅 202,31
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DIODO 1N540X
FORMULÁRIO E TABELAS
Valores comerciais típicos de capacitância (em mF) e tensão de capacitores eletrolíticos
1,0 1,5 2,2 3,3 4,7 6,8 10 15 22 33 47 68
100 150 220 330 470 680 1000 1500 2200 3300 4700 6800 10000
10V 16V 25V 35V 50V 63V 100V 160V 250V 350V 450V
Diodos
4001 4002 4003 4004 4005 4006 4007
Id 1,0 A
VR 50 100 200 400 600 800 1000 V
1N5400 1N5401 1N5402 1N5404 1N5406 1N5407 1N5408
Id 3,0 A
VR 50 100 200 400 600 800 1000 V
filtragem
2,4𝐼𝑑𝑐 2,4. 103 𝑉𝑑𝑐 𝑉𝑟(𝑒𝑓) 2,4𝐼𝑑𝑐 2,4. 103
𝑉𝑟(𝑒𝑓) = = 𝑟= . 100% = . 100% = . 100%
𝐶 𝑅𝐿 𝐶 𝑉𝑑𝑐 𝐶𝑉𝑑𝑐 𝑅𝐿 𝐶
4,17𝐼𝑑𝑐 𝑉𝑝′
𝑉𝑑𝑐 = 𝑉𝑝′ − =
𝐶 4,17. 103
1+
𝑅𝐿 𝐶
(C em µF Idc em mA RL em Ω)
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Exercícios
2.1- Qual a tensão de saída de um transformador monofásico alimentado com 440V, sa-
bendo que o primário possui 150 espiras e o secundário 50?
Resp.: 146,7V
9V 1,8W
2.2- Dado o diagrama do transformador ao lado, determinar: 220V
a- a potência em cada enrolamento secundário; 611esp
b- a quantidade de espiras em cada enrolamento;
15V 7,5W
c- a corrente do primário caso o dispositivo seja ligado em 110V
110V (0-110) e também para a ligação em 220V (0-220).
15V 7,5W
Resp.: 45W, 30W, 30W; 611 esp, 50 esp, 83 esp, 83 esp; 0V
950mA, 477mA
2.3- Um transformador possui no primário uma bobina com 500 espiras e no secundário
duas bobinas, uma com 28 espiras e outra com 90 espiras. Sabendo que o transformador foi
alimentado com 220V, pede-se:
a- o diagrama do dispositivo;
b- as tensões das bobinas do secundário.
c- caso o transformador fosse alimentado com 110V, quais seriam as tensões do secundá-
rio.
Resp.: 12,3V, 39,6V; 6,15V, 19,8V
2.4- Na rede de distribuição elétrica residencial que podemos ver nas ruas de nossas cida-
des, os fios do alto do poste (alta tensão, 13,8KV em Santos) são finos e ligados ao primário do
transformador abaixador. No secundário desse transformador temos 110V, 127V ou 220V para
alimentação das residências. Os cabos do secundário são bem mais grossos do que os do
primário. Por quê?
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Vi Vi
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
VL1 VL4
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
VL2 VL5
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
VL3 VL6
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
2.6- Determine a tensão DC na carga e as características dos diodos, para retificação dire-
tamente da rede (sem transformador), de ½ onda e de onda completa, ambas sem filtro, para
as tensões de 110V, 220V e 440V. A carga para todas as fontes é de 100Ω. Considerar os
diodos ideais. Escolha os diodos mais adequados e desenhe o diagrama das fontes.
2.7- A corrente média na carga de um circuito retificador é de 198mA. Sabe-se que a carga
é de 100Ω, que o transformador está ligado em 220V e sua relação de transformação é de 10:1.
Os diodos são ideais. Desenhe a forma de onda na carga.
Resp.: onda completa
Vsec VL
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
Resp.: ½ onda; 8,9Vp e 8,2Vp; 2,61Vm e 4,1V; 26,1mAm e 41mA; 82mAp, sim, 60Hz
2.9- Para o circuito abaixo, considerando Vd = 0,7V, calcule as correntes média e eficaz na
carga e desenhe a forma de onda sobre ela.
1:2 D Idc
VL
10Ω RL Vdc
20V
60Hz 0 p 2p 3p 4p
t
Vsec1 Vsec2 VL
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t t
Resp.: onda completa com transf. CT; 124,45Vp; 79,2Vm e 88V; 0,792Am e 0,88A;
1,24Ap; sim para corrente e não para tensão; 120Hz
220V RL
60Hz
40:1
2.12- Para o circuito, considerando os diodos ideais, se o diodo D1 abrir, desenhe a forma
de onda e determine as tensões média e eficaz na carga.
D1
VL 20:1
RL
0 p 2p 3p 4p 127V
t 60Hz
20:1
44
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2.13- Projete uma fonte com retificador em ponte, para alimentar uma carga de 5Ω com 6V.
O ripple deve ser de 1%.
Resp.: Vsec(ef) = 5,3V; Id(diodo) ≥ 0,9A; VR(diodo) ≥ 11,25V; C = 48000µF; VC ≥ 9V; 4 X 1N4001
2.14- Uma fonte de onda completa com transformador de CT tem uma tensão de 4,65V nos
secundários. A carga consome 0,5A de corrente e o capacitor de filtro é de 2400µF. Determine
as características funcionais da fonte.
Resp.: Vdc = 5V; r = 10%; Id(diodo) ≥ 0,38A; VR(diodo) ≥ 19,7V; VC ≥ 7,5V; 2 X 1N4001
2.15- Projete uma fonte para 12V, carga de 10Ω e ripple de 2%, utilizando transformador
de CT.
Resp.: Vsec(ef) = 9,27V; Id(diodo) ≥ 0,9A; VRmáx ≥ 39,3V; C = 12000µF; VC ≥ 18V; 2 X 1N4001
2.16- Para o circuito abaixo, onde o fator de ripple desejado da tensão na carga é de 5%,
determine:
a) a tensão eficaz no secundário do transformador;
b) as características dos diodos (VRmáx e Idmáx) e os diodos mais adequados;
c) o valor do capacitor de filtro e sua tensão.
Vpri Vsec D2 D1
D3 D4
+
12Ω C 12V
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0 p 2p 3p 4p
t
Vsec1
D2 D1
Vpri V1
D3 D4
V1 RL1
Vsec2 0 p 2p 3p 4p
t
V2 RL2
V2
Dados:
- a tensão na carga deve ser de 24V com 2% de ripple na pior situação;
- a resistência da carga varia entre 12Ω e 100Ω.
Resp.: Vsec(ef) = 18V; C = 10000µF; VC ≥ 36V; Id(diodo) ≥ 1,5A; VRmáx ≥ 76,6V; 2 X 1N5401
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Resp.: V, F, F
Resp.: d)
47
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Resp.: (D)
Resp.: (E)
48
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Resp.: (E)
Resp.: (A)
A resposta do ponto B
será vista mais adiante
Resp.: (B)
Resp.: (E)
49
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
Resp.: (B)
50
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A resposta da questão 57
será vista mais adiante
Resp.: V, F, F, V, F, V
51
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Resp.: (E)
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2.30- Exame de Admissão, Estágio Oficiais Engenheiros Aeronáutica, Eng. Eletrônica, 2019
Resp.: d) (??)
2.31- Exame de Admissão, Estágio Oficiais Engenheiros Aeronáutica, Eng. Eletrônica, 2019
Resp.: c)
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A última etapa de uma fonte de alimentação é a que permite estabilizar a tensão, ou seja,
mantê-la constante em um valor desejado, independente (dentro de certos limites) de variações
de tensão de entrada e da resistência elétrica da carga (que implica na corrente de saída).
Vários fatores podem levar à variação da tensão fornecida por uma fonte do tipo estudado an-
teriormente:
caso a tensão da rede elétrica varie, a tensão retificada irá mudar de forma diretamente
proporcional: um aumento da tensão da rede elétrica provoca um aumento da tensão
contínua na saída da fonte e vice-versa;
caso o consumo de corrente pela carga varie, o ripple irá variar diretamente, e a tensão
contínua de forma inversa: um aumento na carga (que significa um aumento na corrente
drenada da fonte) provoca um aumento do ripple e uma diminuição na tensão contínua
da saída da fonte, e vice versa.
Por esses motivos, é necessária a utilização de um regulador de tensão na saída da fonte.
Embora hoje existam dispositivos integrados para esse fim (que serão vistos mais adiante), o
componente fundamental para estabilizar uma tensão ainda é o diodo Zener.
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A partir dessas equações, podemos analisar o comportamento do circuito para duas situa-
ções distintas: quando a tensão de entrada varia, com a carga constante e quando a carga varia
(corrente de saída muda), com a tensão de entrada constante. Essas análises podem ser vistas
nas tabelas abaixo.
Carga constante e tensão de entrada variável
Vi RL VS VZ IS IL IZ
↑ cte ↑ cte ↑ cte ↑
↓ cte ↓ cte ↓ cte ↓
𝑉𝑖𝑚á𝑥− 𝑉𝑍
𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑐𝑎𝑙𝑐) = (𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜 ) + 𝐼𝐿𝑚á𝑥 ).
𝑉𝑖𝑚í𝑛− 𝑉𝑍
𝑉𝑖𝑚í𝑛− 𝑉𝑍
𝑅𝑆𝑚á𝑥 =
𝐼𝐿𝑚á𝑥 + 𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜) (𝑉𝑖𝑚á𝑥− 𝑉𝑍 )2
𝑅𝑆𝑚í𝑛 ≤ 𝑅𝑆 ≤ 𝑅𝑆𝑚á𝑥 𝑃𝑅𝑠 ≥ 1,5.
𝑉𝑖𝑚á𝑥− 𝑉𝑍 𝑅𝑆
𝑅𝑆𝑚í𝑛 =
𝐼𝐿𝑚í𝑛 + 𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜)
O projeto deve objetivar manter a corrente do Zener entre dois valores limites, IZmín e
IZmáx, além de limitar a potência a valores inferiores a PZmáx.
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Exemplo 1
Determinar qual dos diodos da tabela da pág. 60 pode ser utilizado no circuito abaixo e
também o valor do resistor Rs. (Serão utilizadas as fórmulas de PROJETO).
RS IS
Dados:
Vi = 7V ±10% VS
IZ IL
VO= 5V
Vi VZ RL
RLmín = 100Ω VO
RLmáx = ∞ (circuito aberto)
Como a tensão desejada na carga é de 5V, a escolha deve recair entre o 1N751 e o
1N4733, ambos com tensão Zener de 5,1V e potências de 0,5W e 1W, respectivamente.
As tensões máxima e mínima de entrada são:
𝑉𝑖𝑚á𝑥 = 7.1,1 ⇒ 𝑽𝒊𝒎á𝒙 = 𝟕, 𝟕𝑽
𝑉𝑖𝑚í𝑛 = 7.0,9 ⇒ 𝑽𝒊𝒎í𝒏 = 𝟔, 𝟑𝑽
𝑰𝒁𝒎í𝒏 = 𝟐𝟎𝒎𝑨
o diodo 1N751 não serve, pois 𝑰𝒁𝒎á𝒙 (𝒄𝒂𝒍𝒄) > 𝑰𝒁𝒎á𝒙 (𝒅𝒊𝒐𝒅𝒐)
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Determinação de Rs
Com a máxima tensão de entrada e a carga em aberto, a corrente no Zener não deve
exceder IZmáx :
𝑉𝑖𝑚á𝑥− 𝑉𝑍 7,7 − 5,1
𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑐𝑖𝑟𝑐) = − 𝐼𝐿𝑚í𝑛 = − 0 ⇒ 𝑰𝒁𝒎á𝒙 (𝒄𝒊𝒓𝒄) = 𝟏𝟕𝟑𝒎𝑨
𝑅𝑆 15
Com a mínima tensão de entrada e a carga em seu maior consumo (50mA), a corrente no
Zener não deve ficar abaixo de IZmín :
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Exemplo 2
RS IS
Dados:
Vi = 15V ±10%
VO= 12V VS
IZ IL
Zener: 1N4742 Vi VZ RL VO
Rs= 82Ω
RLmín = 1KΩ
RLmáx = 6KΩ
Vimáx = 16,5V
Vi = 15V ±10%
Vimínx = 13,5V
do 1N4742:
Vz = 12V; Pz = 1W; Izmín = 8,3mA
𝑃𝑍𝑚á𝑥 1
𝐼𝑍𝑚á𝑥 = = ⇒ 𝑰𝒁𝒎á𝒙 = 𝟖𝟑, 𝟑𝒎𝑨
𝑉𝑧 12
𝑉𝑍 12
𝐼𝐿𝑚á𝑥 = = ⇒ 𝑰𝑳𝒎á𝒙 = 𝟏𝟐𝒎𝑨
𝑅𝐿𝑚í𝑛 1000
𝑉𝑍 12
𝐼𝐿𝑚í𝑛 = = ⇒ 𝑰𝑳𝒎í𝒏 = 𝟐𝒎𝑨
𝑅𝐿𝑚á𝑥 6000
𝑉𝑖𝑚á𝑥− 𝑉𝑍 16,5 − 12
𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑐𝑖𝑟𝑐) = 𝐼𝑆𝑚á𝑥 − 𝐼𝐿𝑚í𝑛 = − 𝐼𝐿𝑚í𝑛 = − 0,002 ⇒ 𝑰𝒁𝒎á𝒙 (𝒄𝒊𝒓𝒄) = 𝟓𝟑𝒎𝑨
𝑅𝑆 82
𝑉𝑖𝑚í𝑛− 𝑉𝑍 13,5 − 12
𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑐𝑖𝑟𝑐) = 𝐼𝑆𝑚í𝑛 − 𝐼𝐿𝑚á𝑥 = − 𝐼𝐿𝑚á𝑥 = − 0,012 ⇒ 𝑰𝒁𝒎í𝒏 (𝒄𝒊𝒓𝒄) = 𝟔, 𝟑𝒎𝑨
𝑅𝑆 82
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60
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10 12 15 18 22 27 33 39 47 56 68 82
Exemplos:
1800Ω
1Ω 12Ω 150Ω 22KΩ 270KΩ
(1K8Ω)
3,3MΩ
3,9Ω 47Ω 560Ω 6,8KΩ 82KΩ
(3M3Ω)
Potências disponíveis
1/16W 1/8W 1/4W 1/3W 1/2W 1W 2W
0,0625W 0,125W 0,250W 0,333W 0,5W
62,5mW 125mW 250mW 333mW 500mW
61
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62
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Exercícios
Resp.: (E)
Resp.: (B)
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Resp.: (C)
Resp.: (A)
64
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Resp.: a)
Resp.: (B) (não poderia ser a (C), pois, por definição, amplitude é o valor entre o pico e
o valor de equilíbrio (médio) do sinal)
65
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Resp.: (A)
66
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3.8- Um sensor que consome de 30 a 50mA, precisa ser alimentado com 3,3V a partir de uma
fonte de 5V que varia no máximo ±10%. Projetar o circuito com o diodo Zener mais ade-
quado.
Resp.: 1N746; RS = 15Ω; PRs = 1/2W
3.9- Caso o mesmo sensor do exercício 3.8 tivesse de ser alimentado a partir de uma fonte de
12V com variação de ±10%, o mesmo diodo poderia ser utilizado? Em caso contrário, pro-
jete o novo circuito.
Resp.: Sim; RS = 82Ω; PRs = 2W
3.10- Uma carga que consome de 40 a 60mA precisa ser alimentada com 6V a partir de uma
fonte de 9V que apresenta uma variação de ±15%. Foi utlizado um diodo Zener 1N4735 e
um resistor Rs = 27Ω. Verifique se o circuito funciona corretamente.
Resp.: Não funciona: 𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑐𝑖𝑟𝑐) < 𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜)
3.12- Retirado de uma lista do Curso Técnico de Autom. Industrial, IFMG, Betim
Resp.: a)
67
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3.13- Retirado de uma lista do Curso Técnico de Autom. Industrial, IFMG, Betim
Resp.: d)
Resp.: E
68
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O diodo emissor de luz ou LED (de Light Emitting Diode) é um dispositivo semicondutor
que funciona de forma semelhante aos diodos retificadores, com a diferença que estes libera-
ram energia em forma de calor quando polarizados diretamente, enquanto que os leds emitem
energia também em forma de luz. FÓTONS EMITIDOS
A emissão de luz ou eletrolumines- PELA RECOMBINAÇÃO
ELÉTRON-LACUNA
cência ocorre na recombinação entre
elétrons e lacunas na região da junção + + - -
PN. Os elétrons mudam para um nível - - - + + +
menor de energia nos átomos do cris- + + - -
tal, e liberam a energia perdida em - - - + + +
forma fótons. A luz produzida pode ser + + - -
em vários comprimentos de onda (me- - - - + + +
didos em nm – nanômetros - 10-9m),
visível (em várias cores), ou invisível
(IR- infra-vermelho ou UV- ultra- P N
violeta), e depende basicamente do - +
tipo de material semicondutor de que é
feito o led. Geralmente são utilizados ID
compostos do elemento químico Gálio,
como GaAsP, AlInGaP etc. VD
A tensão de barreira de potencial
neste tipo de diodo é maior do que a que foi vista nos dispositivos anteriores, apresentando,
dependendo do modelo, de 1,5V a pouco menos de 4,0V de tensão direta (VD ou VF). As cor-
rentes para obter luminescência (ID ou IF) são da ordem de dezenas de miliampéres e a
tensão reversa máxima (VR) que o dispositivo suporta, é quase sempre inferior a 10V.
Existem muitos tipos e modelos co-
LENTE
merciais, inclusive LEDs bicolores, com ANODO
três terminais, e os do tipo RGB (Red-
CRISTAL
Green-Blue), com quatro terminais e CONEXÃO
possibilidade de gerar praticamente SUPORTE
qualquer cor. CORPO EM PLÁSTICO
DE ALTO IMPACTO
A polarização de um led deve levar
em conta suas limitações (VD, ID e VR).
CHANFRO
Abaixo o aspecto construtivo básico de
um led e o seu símbolo, e nas páginas
CATODO
70 a 72, diversas informações com as TERMINAL NEGATIVO
características de alguns dos leds pro- ANODO CATODO
duzidos no Brasil pela empresa TERMINAL POSITIVO
CROMATEK (www.cromatek.com.br).
Outra característica importante dos leds é seu tempo de resposta, que costuma ser da ordem
de nanosegundos. Isso permite que eles sejam utilizados em frequências elevadas, por exemplo,
em foto acopladores, para transmissão de sinais via radiação luminosa. A vida útil de um led pode
chegar a cerca de cem mil horas.
69
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70
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CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
71
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Quando utilizados em tensão contínua, basta conectar um resistor em série com os leds,
de forma a limitar a corrente direta (IF) e a tensão direta (VF) a valores inferiores aos máximos
permitidos. Na prática, os leds conseguem fornecer uma luminosidade bastante razoável
com aproximadamente metade da corrente nominal. Por exemplo, um led com corrente
IF = 20mA (dado de manual para corrente direta máxima) emite luz suficiente para ser visto
com metade dessa corrente (IF = 10mA), em condições normais de iluminação em ambientes
internos (em ambientes externos, sob luz solar intensa, pode ser necessário polarizar o dispo-
sitivo com uma corrente próxima à máxima). Polarizar esses componentes dessa forma tem
várias vantagens, como:
consumir menos energia, útil principalmente em circuitos alimentados por baterias;
drenar menos corrente de portas de saída de outros dispositivos, como microcontrola-
dores;
diminuir o aquecimento dos resistores limitadores de corrente (o que representa perda
de energia).
R IF
V 𝑉 − 𝑉𝐹
VF 𝑅=
𝐼𝐹
R IF
𝑉𝑚(1⁄2 𝑜𝑛𝑑𝑎) − 𝑉𝐹
𝑅=
D VF 𝐼𝐹
V
Caso o sinal seja retificado em onda completa, deve-se utilizar o valor médio para esse ti-
po de onda.
75
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EXERCÍCIOS
Em todos os cálculos onde não houver outra indicação:
utilizar para os leds 50% do valor máximo de IF (o que permite boa visibilidade e baixo
consumo), e o valor típico de tensão VF;
para os resistores, utilizar os valores comerciais para resistência e potência.
PORTA LÓGICA
L311
TTL
4.2- Calcule os resistores para polarizar adequadamente os leds abaixo. No item b), faça o
cálculo para os dois leds acesos simultaneamente, e verifique, em seguida, o que aconte-
ce com quando apenas um dos leds é energizado. É uma boa solução usar apenas um
resistor?
a) b)
2 x L130 5V 2 x L411
R1
MICROCONTROLADOR PIC MICROCONTROLADOR PIC R
SAÍDAS PODEM ASSUMIR SAÍDAS PODEM ASSUMIR
VALORES 0V OU 5V R2 VALORES 0V OU 5V
E ATÉ 25mA E ATÉ 25mA
Resp.: a) 270Ω, 1/16W; b) 150Ω, 1/8W; Não: Iled = 20mA (brilho mais intenso com
apenas um led aceso)
4.3- Calcule os resistores para os arranjos de led abaixo, todos alimentados com 12V.
c)
a) R
L630 R1 R2
b)
L430 L611
L211
- No arranjo a), o que aconteceria se um dos leds abrisse?
- E se o mesmo acontecesse no arranjo b) ?
- Qual dos arranjos, a) ou b), apresenta maior eficiência energética?
Resp.: a) 470Ω, 1/8W; b) 220Ω, 1W; c) 220Ω, 1W
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a) R1 b)
R2
6,6V D1 6,6V
L330
L330
Vi Vi
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
VLed VLed
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
VR VR
0 p 2p 3p 4p 0 p 2p 3p 4p
t t
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4.6- Cada um dos segmentos de um display D202TK é conectado a uma saída digital de um
microcontrolador PIC, como mostrado no diagrama abaixo. Todos os resistores são de
270Ω. Determine a corrente total consumida pelo display, para cada um dos algarismos
(de 0 a 9) que ele pode indicar.
Resp.: (.) 10,37mA; (1) 20,74mA; (7) 31,11mA; (4) 41,48mA; (2), (3) e (5) 51,85mA;
(6) e (9) 62,22mA; (8) 72,59mA
4.7- Na tentativa de minimizar o lay-out de um circuito que utiliza o display D202TA (vermelho,
anodo comum, 0,39”), o projeto foi montado como mostra o diagrama a seguir. Foi calcu-
lado um valor intermediário para R de 68Ω (para metade dos leds acesos).
78
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4.8- Existem atualmente no mercado inúmeros modelo de lâmpadas led tubulares. A seguir
são mostrados dois deles, do mesmo fabricante (CTB), mas com conjuntos de leds dife-
rentes. As especificações mostradas são do primeiro modelo, mas provavelmente são as
mesmas para os dois. Analise-os e:
a. determine para o desta página, as características de cada led (todos são idênticos);
b. determine para o da próxima página, a tensão VCC e a corrente total IT;
c. calcule a potência dissipada pelos leds em cada um dos conjuntos, pelos valores totais
(VCC e IT) e também pelos valores típicos de cada led individual (Id e Vd);
d. verifique se a luminosidade declarada pelo fabricante da lâmpada é compatível com a
luminosidade individual de cada led (ver tabela da próxima página);
e. pesquise os termos técnicos apresentados e que não foram vistos em classe;
f. determine quais as desvantagens de cada uma das montagens.
VCC VCC
(12)
B
VCC
(12)
A C
VCC
(12)
D
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Os leds utilizados nos dois modelos são provavelmente do tipo 2835, cujas característi-
cas são mostradas abaixo, em tabela do fabricante Bridgelux, para o modelo com Temperatu-
ra de Cor de 6500K:
Nominal Typical
Typical Typical
Nominal Drive Forward Voltage (V) DC
Part Number CRI Power Efficacy
CCT (K) Current Flux
(W) (lm/W)
(mA) Min Typical Max (lm)
BXEN-65E-11L-3A-00-0-0 6500 80 60 2.7 3.0 3.3 22 0.2 124
Neste modelo de luminária, são utilizados quatro conjuntos como o mostrado abaixo, à
esquerda, ligados em série.
VCC
VALORES ESTIMADOS
Vd = 3,1V IT
Id = 60mA
VCC
(12)
B
(12)
C
(12)
D
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Resp.: 0º a 210º.
Resp.: (A)
Resp.: C
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Resp.: D
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O primeiro transistor funcional foi desenvolvido em 1947 pelos físicos americanos John
Bardeen, Walter Brattain e William Shockley, que posteriormente, em 1956, receberam o Prê-
mio Nobel de Física por esse feito. A revolução criada pelos transistores foi imensa. Pratica-
mente todos os equipamentos eletrônicos o utilizam. O dispositivo considerado o primeiro mi-
croprocessador, o Intel 4004, de 1971, tinha 2300 transistores. Um processador GC2 IPU, de
2018, da empresa Graphcore tem cerca de 23,6 bilhões de transistores. Os transistores utili-
zado em ambos são de tecnologia mais recente (do tipo MOS, que serão estudados em outra
disciplina) do que os transistores bipolares de junção, mas estes continuam sendo largamente
utilizados em circuitos eletrônicos, e seu estudo é indispensável.
Os dispositivos semicondutores vistos até agora (diodos retificadores, Zener e LED) são
constituídos de dois terminais. Os transistores possuem três terminais, e uma característica
extremamente importante: podem amplificar tensão, corrente e potência elétricas. O ter-
ceiro terminal é exatamente aquele que controla essa amplificação.
Este dispositivo é formado pela junção de três tipos de materiais semicondutores, dois
do tipo N e um do tipo P (transistores NPN) ou dois do tipo P e um do N (transistores PNP).
Cada um desses materiais é conectado a um dos terminais externos do dispositivo, que se
chamam EMISSOR (E), COLETOR (C) e BASE (B). A base é o terminal que controla o fluxo
de corrente entre o emissor e o coletor.
B B
E C E C
N P N P N P
E C E C
IE IC IE IC
B B
IB IB
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pelo potencial de coletor, formando a corrente de coletor (IC). A corrente de coletor (IC) é cons-
tituída de duas correntes: o excesso de portadores majoritários injetados pelo emissor na base
(ICmaj) e a corrente de fuga da junção base coletor que está polarizada reversamente, denomi-
nada ICO ou ICBO. A letra O significa aberto em inglês (open) e indica que a corrente ICBO é a
que circula na junção coletor-base (CB) quando o terceiro terminal (o emissor) está desconec-
tado (aberto) ). A corrente ICBO é normalmente muito pequena e, embora seja bastante afetada
pela temperatura, não será considerada no momento. Será admitida como corrente de coletor
IC será apenas a corrente de portadores majoritários.
Analisando os diagramas podemos determinar a equação das correntes no transistor
bipolar de junção e a relação entre elas:
𝑰𝑬 = 𝑰𝑪 + 𝑰𝑩 𝒆 𝑰𝑬 > 𝑰𝑪 > 𝑰𝑩
Apenas como exemplo, em um transistor típico para baixas correntes, IE e IC são
da ordem de miliampères, enquanto que IB é da ordem de microampères.
Os símbolos utilizados para representação de transistores bipolares são mostrados
abaixo. O terminal com a seta é o emissor, e a seta sempre indica o sentido convencional
(do positivo para o negativo) da corrente de emissor; a seta também aponta sempre para
o material tipo N.
N P N P N P
E C E C
B B
E C E C
B B
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Aplicando esses conceitos ao estudo das correntes nos transistores, podemos verificar
que:
- no transistor NPN a corrente de emissor é negativa e a de coletor positiva;
- no transistor PNP a corrente de emissor é positiva e a de coletor negativa.
IE IC IE IC
NPN PNP
Analise o sentido das correntes nos diagramas acima, e comprove a equação das cor-
rentes no transistor já vista:
𝑰𝑬 = 𝑰𝑪 + 𝑰𝑩
- + + -
VBE VCB VEB VBC
+ - - +
NPN PNP
É importante lembrar que tudo o que foi mostrado neste tópico, representa apenas uma
convenção para o estudo dos transistores através do modelo de quadripolo. Estes conceitos
serão utilizados futuramente.
85
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∆𝑉𝐵𝐸 0,1𝑉
𝑟𝑖 = = 𝒓𝒊 ≅ 𝟏Ω
∆𝐼𝐶 96𝑚𝐴
PNP VCC
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Além das limitações máximas (as que não podem ser excedidas) existem certas regiões
de trabalho dos transistores que devem ser conhecidas, e que serão vistas abaixo.
Pode-se fazer uma analogia entre um transistor e uma torneira: podemos controlar o
fluxo de água com a torneira e o fluxo de corrente com o transistor. O terminal que permite
o controle de corrente nos transistores bipolares de junção é a base. Quanto mais polarizada
ela estiver (quanto maior a corrente de base) maior será também a corrente de coletor. Da
mesma forma, quanto mais aberta estiver a torneira, mais água passará por ela. Isso pode ser
visto na analogia abaixo.
BASE
IB
EMISSOR
COLETOR
IE IC
Em uma torneira existem dois extremos para o controle do fluxo de água: com a torneira
fechada, nenhuma água passa; com a torneira totalmente aberta obtém-se o maior fluxo d’água
possível. Em um transistor ocorre o mesmo: sem polarização de base (I B=0) não haverá cor-
rente de coletor (na verdade haverá uma pequena corrente de portadores minoritários, I CEO ou
ICBO, que depende da temperatura, e é geralmente desprezível); com a máxima polarização de
base (IB alta) teremos uma alta corrente de coletor (limitada pela fonte de tensão e pelos resis-
tores externos). Esses dois extremos de polarização denominam-se regiões de corte (onde
não há corrente de coletor) e saturação (onde a corrente de coletor é máxima para um
determinado circuito).
Na região de corte, o transistor não conduz corrente de coletor para emissor; na região
de saturação, conduz a máxima corrente possível para uma determinada condição de polariza-
ção (valores de tensão da fonte e dos resistores do circuito). Essas duas regiões permitem ao
transistor trabalhar como um interruptor ou chave, com duas condições: ligado (na saturação)
e desligado (no corte).
Na torneira, a variação do fluxo de água ocorre em função da variação da resistência
que a torneira oferece à passagem da água. No transistor, a variação do fluxo de corrente
ocorre em função da variação da resistência que o transistor oferece à passagem da corrente.
Ou seja, a polarização de base afeta diretamente a resistência entre coletor e emissor. O próprio
nome transistor vem da junção dos termos em inglês TRANsfer e reSISTOR ou “resistor de
transferência”, indicando que é possível controlar a resistência interna do dispositivo (entre co-
letor e emissor) a partir de sua polarização.
Podemos então concluir que:
na região de corte (equivalente a uma chave aberta), a resistência entre coletor e
emissor será máxima (não há corrente de coletor) e a tensão entre coletor e emissor
também será máxima (VCE @ VCC);
na região de saturação (equivalente a uma chave fechada), a resistência entre coletor
e emissor será mínima (corrente de coletor alta) e a tensão entre coletor e emissor será
baixa (VCEsat, geralmente menos de 0,5V).
O conceito de amplificação não significa aqui aumentar a corrente. O que acontece é
que um pequeno valor de corrente na base controla um alto valor de corrente no coletor.
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O termo saturação indica que o dispositivo já chegou ao seu limite para a condição de
polarização existente. Em outras palavras, podemos aumentar IB até um ponto onde IC será
máxima e VCE mínima. Se continuarmos aumentando IB, não haverá efeito nenhum sobre IC e
VCE, pois o transistor já está saturado.
VCC VCC
IB = 0 IC = 0 IB = alta IC = alta
VCC VCEsat
IE = 0 IE = alta
CORTE SATURAÇÃO
Enquanto as regiões de corte e saturação são limites operacionais e não levam neces-
sariamente o transistor a uma condição de risco, a hipérbole de máxima dissipação é uma curva
traçada sobre o gráfico VCE X IC que define a região limite de trabalho, acima da qual a potência
máxima de coletor do dispositivo (PCmáx) será ultrapassada, com possível dano ao componente.
A potência dissipada pelo coletor de um transistor é determinada através do produto da tensão
entre coletor e emissor (VCE) pela corrente de coletor (IC):
𝑃𝐶 = 𝑉𝐶𝐸 𝑋 𝐼𝑐
A determinação dessa hipérbole é bem simples, bastando encontrar qual o valor de cor-
rente IC para cada um dos valores de VCE do gráfico, de forma a se obter a PCmáx. O BC548
usado como referência, tem uma PCmáx = 500mW (ver datasheet). Para VCE = 5V, teremos:
𝑃𝐶𝑚á𝑥 = 𝑉𝐶𝐸 𝑋 𝐼𝑐 0,5𝑊 = 5𝑉 𝑋 𝐼𝑐 𝐼𝑐 = 100𝑚𝐴
Ou seja, para uma tensão entre coletor e emissor de 5V, a corrente de coletor será de
100mA (ICmáx) para se obter a PCmáx.
Os valores de VCE abaixo de 5V resultarão em corrente superiores à ICmáx (100mA) do
transistor, e não serão utilizados para o traçado da hipérbole.
Repetindo o cálculo para todos os valores de VCE do gráfico (de 5V até 20V), teremos os
valores de corrente de coletor correspondentes:
VCE 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 V
IC 100 83 71 63 56 50 45 42 38 36 33 31 29 28 26 25 mA
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REGIÃO DE REGIÃO DE
SATURAÇÃO POTÊNCIA DE
COLETOR ACIMA
DA PERMITIDA
REGIÃO
LINEAR
HIPÉRBOLE DE
MÁXIMA
DISSIPAÇÃO REGIÃO
DE
CORTE
Compare este gráfico com a tabela da página anterior que foi repetida abaixo, e que
mostra as características elétricas das regiões de corte e saturação de um transistor.
CONDIÇÃO
IB IC IE VCE rCE EQUIVALENTE
DE CHAVE
CORTE 0 0 0 @VCC muito alta aberta
SATURAÇÃO alta alta alta VCEsat muito baixa fechada
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EXERCÍCIOS
5.1- Desenhe os diagramas (circuito com duas baterias e quadripolo) das três configurações
(base, coletor e emissor comuns), para transistores NPN, utilizando os diagramas para transis-
tores PNP das pág. 85 a 87.
Resp.: V
5.3- Concurso Analista de Planej. e Desenv. Operac. Jr, Eng. Elétrica e Eletrônica, CPTM, 2012
Resp.: A
Resp.: D
Resp.: E
Resp.: C
Resp.: D
99
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Resp.: C, D
Resp.: C
100
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5.7- Concurso Admissão ao Curso de Praças da Marinha, Eletrônica, Marinha do Brasil, 2014
Resp.: (B)
Resp.: d)
101
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Resp.: b)
Resp.: (E)
102
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Resp.: C
Resp.: (D)
103
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5.13- Utilizando as curvas de VCE X IC do BC548 mostradas abaixo, complete a tabela. Consi-
dere VBE=0,7V para todos os casos (de 1 a 9).
1 2 3 4 5 6 7 8 9
VCE 10 10 10 6 10 14 1 14 V
VCB V
IC 40 40 40 49 mA
rCE Ω
245 -
PC mW
104
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5.14- No exercício 5.13, utilizando a numeração das colunas (de 1 a 9) para identificar a res-
posta quando necessário, determine:
a- algum dos pontos excedeu os limites máximos de operação do transistor?
b- o que acontece com a resistência rCE na medida em que se polariza mais a base (colunas
1, 2 e 3)?
c- nas colunas 4, 5 e 6, analise o que permite que VCE varie enquanto IC e IB ficam pratica-
mente constantes
d- quais os valores de rCE no corte e na saturação?
e- onde houve variação significativa do valor de ?
f- o que aconteceu com o valor de VCB na saturação?
5.15- Quais as potências dissipadas por um transistor nas regiões de corte e saturação, consi-
derando ICcorte = 0 e VCEsat = 0 ? Existe alguma vantagem nisso?
5.17- Complete a tabela para o diagrama dado. Considere que o transistor estará na região de
corte quando VCE > 95% de VCC e na região de saturação quando VCE < 6% de VCC. Para outros
valores de VCE o transistor estará na região linear.
VCC
RB IB IC VCE VCB REGIÃO
a 10MΩ
RC
b 1MΩ RB
c 500KΩ
d 100KΩ
e 50KΩ
Vcc = 12V, Rc = 1KΩ,
VBE = 0,7V e β =100
5.18- O que aconteceria com a tensão e a polarização da junção Base-Coletor caso a tensão
VCEsat fosse a mínima possível (ver no datasheet) para um BC548?
Resp.: (D)
105
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P 1M 500K 0
RB
IB µA
IC mA
IE mA
VRC V
VCE V
VCB V
PC mW
PRC mW
5.21- Para o mesmo circuito do exercício 5.20, complete a tabela abaixo para as situações de
A a D.
A B C D
P
RB
IB 10 µA
IC 6 mA
VRC 8 V
VCE 7 V
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107
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108
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Neste capítulo serão vistos vários circuitos básicos utilizando transistores, analisados
seus funcionamentos e definidas as maneiras de projetá-los.
C C C
Form A Form B Form C
109
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Abaixo, desenho e foto de um relé reversível (NA/NF ou NO/NC) e suas partes compo-
nentes.
CONTATO
MOLA NF
CONTATO
COMUM
MANCAL NÚCLEO
CONTATO
NA
BOBINA
NF
NA
BOBINA
110
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111
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
112
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
Do manual, vamos utilizar o relé cujas características da bobina são: tensão 12V, resis-
tência de 400Ω e consumo de corrente de 30mA. Outras características importantes:
máxima tensão de bobina (Max. allowable voltage) de 130% da nominal (15,6V);
mínima tensão da bobina para acionamento (Pick-up voltage) de 75% da nominal (9V);
mínima tensão da bobina que mantém o relé acionado (Drop-out voltage) de 5% da
nominal (0,6V);
potência dissipada pela bobina (Nominal operating power) de 0,36W;
capacidade nominal dos contatos 5A, 250VAC;
capacidade máxima de corrente dos contatos 8A;
disponibilidade de contatos dos tipos NA, NF e NA/NF.
Usaremos um relé com contatos do tipo A, ou seja normalmente abertos (NA), identifi-
cado pelo código SH-S-1 12 D M.
113
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Nosso objetivo neste exemplo é ligar uma lâmpada de 220VCA/100W utilizando uma
saída digital padrão de um microcontrolador PIC. Esse tipo de saída pode fornecer, no máximo,
20mA, com tensões de 0V ou 5VCC (níveis TTL). O acionamento da lâmpada será feito pelo
relé, que suporta até 5A e 250VCA, sendo que a lâmpada consome 100W/220V ou cerca de
450mA. O relé aciona a lâmpada e possibilita a isolação elétrica (denominada, neste caso,
isolação galvânica) entre o circuito de baixa tensão (microcontrolador) e o de alta que é a rede
elétrica de 220V.
A bobina do relé, no entanto, consome 30mA, e não pode ser ligada diretamente à saída
do PIC, sendo necessária a utilização de um transistor (neste caso, na configuração emissor
comum) para amplificar a corrente dessa saída. O circuito ficará como o mostrado abaixo:
D1
220V
1N4148
PIC
16F628
Q1
RA0
BC548
RB
114
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Em seguida, é necessário determinar o valor do resistor RB. Estamos supondo que, como
na grande maioria das vezes, queremos acionar o relé quando a tensão de saída em RA0 for
de 5V. Logo, teremos:
O valor de VBE utilizado é normalmente de 0,7V. Para cálculos que necessitem maior
exatidão, existe uma curva específica VBE X IC no manual do transistor.
O valor comercial mais próximo (ver pág. 61) é de 22KΩ, que será o valor adotado. A
potência do resistor será:
𝑉𝑅𝐵 2 (4,3)2
𝑃𝑅𝐵 ≥ ≥ 𝑷𝑹𝑩 ≥ 𝟖𝟒𝟎𝝁𝑾
𝑅𝐵 22KΩ
Um resistor de 1/16W (62,5mW) atende plenamente.
O último passo é escolher um diodo para absorver o pulso reverso da bobina. O ideal é
que ele responda a frequências mais elevadas (o transiente é um pulso de curta duração), por
isso será utilizado o 1N4148, que suporta uma corrente direta de 300mA e uma tensão reversa
da ordem de 100V.
Quando a tensão de RA0 for zero volt, a corrente IB será também zero, o transistor estará
em corte e o relé desativado; quando RA0 for 5V, a corrente IB será:
Na realidade neste exemplo, onde a tensão da bobina do relé é a mesma da fonte (12V),
o transistor terá de trabalhar na saturação, de modo que a tensão VCE seja mínima (VCEsat). Na
saturação o do transistor diminui, portanto a corrente de coletor de 32,17mA calculada não é
correta, pois foi usado um valor de médio (arbitrário). Mesmo que se diminua mais ainda o
resistor de base, aumentando a corrente de base, a corrente de coletor não aumentará (este é
o efeito da saturação no transistor), e essa corrente será limitada pela resistência da bobina do
relé.
Para este tipo de circuito, onde a carga (a bobina do relé) tem uma ampla faixa permitida
de variação de tensão (de 9V a 15,6V), este cálculo simplificado pode ser utilizado. No entanto,
a maneira mais correta de fazer um projeto deste tipo é utilizando as curvas características do
transistor e traçando sobre elas a reta de carga do circuito, o que será visto no próximo tópico.
115
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O projeto do item anterior será refeito através da reta de carga do circuito. Será neces-
sária, agora, a curva característica VCE X IC do transistor.
O método será idêntico ao utilizado para o diodo, substituindo VD por VCE e ID por IC.
Método para o traçado da reta de carga
1º passo- Considerar o transistor um curto entre coletor e emissor (VCE = 0) e determinar a corrente no circuito;
marcar o valor encontrado no gráfico (IC = 30mA; VCE = 0).
𝑉𝐶𝐶 12𝑉
𝐼𝐶 = = ⟹ 𝐼𝐶 = 30𝑚𝐴
𝑅𝑟𝑒𝑙é 400Ω
2º passo – Considerar o transistor um circuito aberto entre coletor e emissor (IC = 0) e determinar a tensão
sobre ele; marcar o valor encontrado no gráfico (IC = 0; VCE = VCC = 12V).
𝑉𝐶𝐸 = 𝑉𝐶𝐶 = 12𝑉
3º passo- Unir os dois pontos por uma reta, que será a reta de carga do circuito.
4º passo- Como queremos que o transistor opere como chave, em corte e saturação, precisamos escolher
um ponto quiescente (ponto de operação) onde a tensão entre coletor e emissor seja a menor possível. A VCEsat
deste transistor pode variar entre 90mV e 600mV. Para um valor de IB = 400µA, teremos um VCEq de cerca de 0,4V
e uma ICQ de cerca de 29mA.
ICQ = 29mA
VCEQ = 0,4V
É importante destacar que o primeiro cálculo, onde RB = 22KΩ não estava errado, e o circuito
funcionaria sem apresentar problemas. É fácil perceber no gráfico que, se a corrente de base
fosse 195µA (valor encontrado no item anterior), pouca variação ocorreria em VCEQ e ICQ. O
método da reta de carga, no entanto, é mais confiável. Além disso, uma corrente de base maior
garante um valor de VCEsat menor e uma maior tensão entregue à carga. A máxima corrente de
base não é informada no datasheet deste transistor. No entanto, no item VCEsat aparece uma
condição de teste (Test Condition) onde IB = 5mA, de onde se deduz que esse valor de corrente
é permitido para o componente. Adotar, no caso deste projeto (onde o transistor deve funcionar
na saturação), uma corrente inferior a 5mA, algo como 1mA, também seria uma solução viável.
Um problema que ocorre com projetos utilizando transistores é a discrepância entre os valo-
res de de dispositivos de fabricantes diferentes e até mesmo entre lotes diversos do mesmo
fabricante. Para evitar surpresas, é conveniente medir o do transistor com auxílio de um mul-
tímetro (ver pág. 94) antes de efetuar os cálculos.
Quando for necessário que o valor de
um resistor seja exatamente o calculado,
deverão ser utilizados potenciômetros ou
trimpots. Estes últimos são de menor tama-
nho que os potenciômetros e aparecem ao
lado. Ambos são resistores variáveis, que
devem ser devidamente ajustados para ob-
ter o valor calculado.
Os valores ôhmicos de trimpots e poten-
ciômetros lineares não seguem a tabela de
resistores E12 fornecida no cap. 3. Pode-
se utilizar, como referência, os valores de:
100Ω, 200Ω, 500Ω, 1KΩ, 2KΩ, 5KΩ,
10KΩ, 20KΩ, 50KΩ, 100KΩ, 200KΩ,
500KΩ, 1MΩ, 2MΩ, 5MΩ, embora outros
possam também ser encontrados.
Lembrando: um potenciômetro ou trimpot de 1KΩ pode ter seu valor ajustado entre 0Ω e
1000Ω. O mesmo vale para todos os outros valores.
117
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
Ao lado temos um sinal PWM com duty cycle de 50%. Isso 50%
significa que a tensão média desse sinal será 50% de seu va- 12V
lor máximo: 50% de 12V = 6V. 6V
Os sinais abaixo têm, respectivamente, duty cycle de 25% 0 1 2 t (ms)
e 75%, e apresentam tensões médias de 3V e 9V.
25% 75%
12V 12V
9V
3V
0 1 2 t (ms) 0 1 2 t (ms)
Através do PWM é possível alterar a velocidade do motor, com o transistor de controle tra-
balhando nos estados de corte e saturação. Como no corte não há corrente e na saturação a
tensão VCE é baixa, a potência de coletor (PC=VCExIC) será sempre baixa, o que faz com que
esse tipo de circuito tenha alta eficiência (perda baixa).
O controle de potência através do método PWM é o normalmente utilizado em sistemas mi-
crocontrolados, onde é possível obter esse tipo de sinal de controle com relativa facilidade,
através de recursos próprios de cada microcontrolador.
118
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BC327 PNP General Purpose 45 50 5 0.8 100 630 1 100 0.7 500 50 TO-92
BC337 NPN General Purpose 45 50 5 0.8 100 630 1 100 0.7 500 50 TO-92
BC338 NPN General Purpose 25 30 5 0.8 100 630 1 100 0.7 500 50 TO-92
BC368 NPN General Purpose 20 25 5 2 85 375 1 500 0.5 1000 100 TO-92
BC369 PNP General Purpose 20 25 5 1.5 85 375 1 500 0.5 1000 100 TO-92
BC516 PNP Darlington 30 40 10 1 30000 - 2 20 1 100 0.1 TO-92
BC517 NPN Darlington 40 30 10 1.2 30000 - 2 20 1 100 10 TO-92
BC546 NPN General Purpose 65 80 6 0.1 110 800 5 2 0.6 100 5 TO-92
BC547 NPN General Purpose 45 50 6 0.1 110 800 5 2 0.6 100 5 TO-92
BC548 NPN General Purpose 30 30 5 0.1 110 800 5 2 0.6 100 5 TO-92
BC549 NPN General Purpose 30 30 5 0.1 110 800 5 2 0.6 100 5 TO-92
BC550 NPN General Purpose 45 50 5 0.1 110 800 5 2 0.6 100 5 TO-92
BC556 PNP General Purpose 65 80 5 0.1 110 800 5 2 0.65 100 5 TO-92
BC557 PNP General Purpose 45 50 5 0.1 110 800 5 2 0.65 100 5 TO-92
BC558 PNP General Purpose 30 30 5 0.1 110 800 5 2 0.65 100 5 TO-92
BC559 PNP General Purpose 30 30 5 0.1 110 800 5 2 0.65 100 5 TO-92
BC560 PNP General Purpose 45 50 5 0.1 110 800 5 2 0.65 100 5 TO-92
BC635 NPN General Purpose 45 45 5 1 40 250 2 150 0.5 500 50 TO-92
BC636 PNP General Purpose 45 45 5 1 40 250 2 150 0.5 500 50 TO-92
BC637 NPN General Purpose 60 60 5 1 40 160 2 150 0.5 500 50 TO-92
BC638 PNP General Purpose 60 60 5 1 40 160 2 150 0.5 500 50 TO-92
BC639 NPN General Purpose 80 100 5 1 40 160 2 150 0.5 500 50 TO-92
BC640 PNP General Purpose 80 100 5 1 40 160 2 150 0.5 500 50 TO-92
O símbolo @ significa “na condição de”. Na próxima página, os parâmetros tSTG (SToraGe time
(Tempo de Armazenamento) e tF (Fall time, Tempo de Descida) representam, respectivamente, o tempo
que um transistor permanece saturado depois de retirada a polarização de base e o tempo que demora
para a corrente de coletor de saturação cair para zero. Não confundir com tSTG com TSTG que representa
a Temperatura de Armazenamento (SToraGe Temperature)
119
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Power BJT
hFE VCE (sat)
Product VCBO VCEO VEBO IC PC tSTG tF
Configuration Function
Number (V) (V) (V) (A) (W) @ IC Typ. Max. (µs) (µs)
Min. Max.
(A) (V) (V)
TO-126
BD135 NPN General Purpose 45 45 5 1.5 12,5 40 250 0.15 - 0.5 - -
BD136 PNP General Purpose 45 45 5 1.5 12,5 40 250 0.15 - 0.5 - -
BD137 NPN General Purpose 60 60 5 1.5 12,5 40 250 0.15 - 0.5 - -
BD138 PNP General Purpose 60 60 5 1.5 12,5 40 250 0.15 - 0.5 - -
BD139 NPN General Purpose 80 80 5 1.5 12,5 40 250 0.15 - 0.5 - -
BD140 PNP General Purpose 80 80 5 1.5 12,5 40 250 0.15 - 0.5 - -
BD159 NPN General Purpose 375 350 5 0.5 20 30 240 0.05 - - - -
BD675A NPN Darlington 45 45 5 4 40 750 - 2 - 2.8 - -
BD676A PNP Darlington 45 45 5 4 40 750 - 2 - 2.8 - -
BD677A NPN Darlington 60 60 5 4 40 750 - 2 - 2.8 - -
BD678A PNP Darlington 60 60 5 4 40 750 - 2 - 2.8 - -
BD679A NPN Darlington 80 80 5 4 40 750 - 2 - 2.8 - -
BD680A PNP Darlington 80 80 5 4 40 750 - 2 - 2.8 - -
BD681A NPN Darlington 100 100 5 4 40 750 - 1.5 - 2.5 - -
BD682A PNP Darlington 100 100 5 4 40 750 - 1.5 - 2.5 - -
TO-220
TIP29 NPN General Purpose 40 40 5 1 30 15 75 1 - 0.7 - -
TIP29A NPN General Purpose 60 60 5 1 30 15 75 1 - 0.7 - -
TIP29C NPN General Purpose 100 100 5 1 30 15 75 1 - 0.7 - -
TIP30A PNP General Purpose 60 60 5 1 30 15 75 1 - 0.7 - -
TIP30C PNP General Purpose 100 100 5 1 30 15 75 1 - 0.7 - -
TIP31 NPN General Purpose 40 40 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP31A NPN General Purpose 60 60 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP31B NPN General Purpose 80 80 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP31C NPN General Purpose 100 100 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP32 PNP General Purpose 40 40 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP32A PNP General Purpose 60 60 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP32B PNP General Purpose 80 80 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP32C PNP General Purpose 100 100 5 3 40 10 50 3 - 1.2 - -
TIP41A NPN General Purpose 60 60 5 6 65 15 75 3 - 1.5 - -
TIP41B NPN General Purpose 80 80 5 6 65 15 75 3 - 1.5 - -
TIP41C NPN General Purpose 100 100 5 6 65 15 75 3 - 1.5 - -
TIP100 NPN Darlington 60 60 5 8 80 1000 20000 3 - 2 - -
TIP102 NPN Darlington 100 100 5 8 80 1000 20000 3 - 2 - -
TIP105 PNP Darlington 60 60 5 8 80 1000 20000 3 - 2 - -
TIP106 PNP Darlington 80 80 5 8 80 1000 20000 3 - 2 - -
TIP107 PNP Darlington 100 100 5 8 80 1000 20000 3 - 2 - -
TIP110 NPN Darlington 60 60 5 2 50 500 - 2 - 2.5 - -
TIP111 NPN Darlington 80 80 5 2 50 500 - 2 - 2.5 - -
TIP112 NPN Darlington 100 100 5 2 50 500 - 2 - 2.5 - -
KSC5026M NPN Switching 1100 800 7 1.5 20 10 40 0.1 2 3 0.3
120
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121
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122
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EXERCÍCIOS
Resp.: (B)
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Resp.: (B)
124
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Resp.: a)
Resp.: e) As respostas d) e e) são iguais. Os cálculos indicam que o valor correto seria
por volta de 5,6V
125
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+10,5V
RC
L130
+5V
A
B
TP R
127
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6.10 - Retirados de uma lista do Curso Técnico de Autom. Industrial, IFMG, Betim
Resp.: c), a)
128
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6.11 - Retirados de uma lista do Curso Técnico de Autom. Industrial, IFMG, Betim
Resp.: d), b)
6.12- Retirados de uma lista do Curso Técnico de Autom. Industrial, IFMG, Betim
129
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5V
Vi B A B A
+5V
0 1 2 3 4 t
VO
5V
RC
Vi
+5V VO 0 1 2 3 4 t
A
B
Q1
RB
6.15- Deseja-se acionar, simultaneamente, dois relés do tipo SH-S-1 6 D através de uma fonte
de 12VCC, utilizando apenas um transistor, que deve trabalhar nas regiões de corte/saturação,
com IBadot de 2,5mA. Pede-se:
a- descrever detalhadamente as características do relé que interessam ao projeto;
b- projetar o circuito (cálculo dos componentes e diagrama).
Obs.: A ligação proposta neste exercício e no seguinte, embora correta, não é usual.
Resp.: b- RB = 4,7KΩ
6.16- Refazer o exercício anterior para um par de relés SH-S-1 24 D B ligados a uma fonte de
24V CC.
Resp.: b- RB = 10KΩ
130
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RC V1
0 1 2 3 4
Vi t
+5V Q2
RB 12V
A
B
Q1 V2
RB 5V
0 1 2 3 4 t
6.18 - Este exercício é uma introdução aos amplificadores de pequenos sinais, que trabalham
com sinais variáveis (neste caso, senoidais). O transistor tem β=100; RC=1KΩ, RB=5KΩ, VG é
um gerador senoidal simétrico de 200mVpp. Determinar:
a- VOA para a chave na posição A;
b- VOB para a chave na posição B e desenhar sua forma de onda, indicando seus valores
de tensão de pico;
c- o ganho de tensão (para o sinal alternado) do transistor;
d- a relação de fase entre os sinais de entrada e saída.
+12V
Vi
1,1V
RC 1,0V
Vi 0,9V
VO
p 2p 3p 4p t
Q1
VG RB 0
B A
VOB
1V
0 p 2p 3p 4p t
GRÁFICOS SEM PROPORÇÃO
131
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6.19 - Concurso para Analista, Eng. Eletrônica, Casa da Moeda do Brasil, 2012
Vi
1,1V
1,0V
0,9V
Resp.: (C)
6.21 - O circuito abaixo foi simulado através do Multisim. São mostrados alguns valores de
tensão/corrente para as duas condições da chave de entrada (0V à esquerda e 5V à direita).
Pede-se:
a- analise os diagramas quanto à polarização dos transistores através das duas posições
da chave e explique seu funcionamento para acender os leds;
b- determine a tensão entre base e emissor para os dois transistores quando os mesmos
estiverem na saturação;
c- determine a tensão de saturação entre coletor e emissor para os dois transistores;
d- determine o β para os dois transistores quando os mesmos estiverem na saturação;
e- determine as resistências dinâmicas rce para os dois transistores quando os mesmos
estiverem na saturação;
f- repita o cálculo anterior para a situação de corte;
g- determine as tensões sobre os leds quando os mesmos estiverem acesos.
Resp.: (Q1, Q2) 0,77V,0,765V; 0,19V, 0,231V; 152, 150; 13,9Ω, 17,11Ω; 12,13GΩ, 426,9MΩ;
1,8V, 1,8V
6.22 – Baseado no exercício anterior, como poderia ser o circuito do exemplo da pág. 114 caso
quiséssemos acionar o relé quando a tensão de saída do PIC fosse 0V e desligá-lo quando
fosse 5V? Seria possível também substituir o relé utilizado no exemplo por outro?
Resp.: utilizar um relé com contato NF; utilizar dois transistores como no ex. 6.17; utilizar
um transistor PNP (alterando a tensão da bobina do relé para 5V);
(VER SIMULAÇÕES DO MULTISIM NA PRÓXIMA PÁGINA)
133
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VCC
VCC 12V
12V R3
R1 400Ω
1000Ω V: 12.0 V
I: 1.71 nA
V: 108 mV
I: 11.9 mA R4 Q2
BC547BG
S1 R2 Q1 10000Ω
O resistor R3 representa um
BC547BG
V1 10000Ω
relé com bobina para 12V, mo-
5V delo SHS 1 12 (ver pág. 111),
com Rbob=400Ω.
Key = Space
VCC
VCC 12V
12V R3
R1 400Ω
1000Ω V: 182 mV
I: 29.5 mA
V: 11.0 V
I: 1.02 mA R4 Q2
BC547BG
S1 R2 Q1 10000Ω
BC547BG
V1 10000Ω
5V
Key = Space
R1
70Ω
V: 400 pV
I: 5.71 pA Probe2 O resistor R1 representa um
Q1 relé com bobina para 5V, mo-
S1 R2 delo SHS 1 05 (ver pág. 111),
V1 5000Ω
com Rbob=70Ω.
5V BC556AP
V2 R1
Key = Space
5V 70Ω
V: 4.80 V
I: 68.6 mA Probe2
Q1
S1 R2
V1 5000Ω
5V BC556AP
V2
Key = Space
5V
134
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9V
0 1 2 t (ms)
b- Determine a eficiência do circuito de controle PWM (o segundo circuito da pág. 118), supondo
a resistência ôhmica do motor constante e igual à 240Ω e considerando V CEsat=0,3V.
c- Determine a eficiência de um circuito de controle linear (não PWM, o primeiro circuito da pág.
118) com um transistor polarizado de tal forma a aplicar a tensão para obter a rotação solici-
tada de maneira constante, a partir de uma fonte VCC=9V.
d- Compare os dois métodos quanto à eficiência de cada um deles.
135
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6.25 – Concurso Técnico Projetos, Construção e Montagem Jr., Eletrônica, Petrobrás, 2012
Resp.: (C)
136
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𝐼𝐶1 = 𝛽1 𝐼𝐵1
𝐼𝐸1 = 𝐼𝐶1 + 𝐼𝐵1 } 𝐼𝐸1 = 𝛽1 𝐼𝐵1 + 𝐼𝐵1 ⟹ 𝑰𝑬𝟏 = 𝑰𝑩𝟏 (𝜷𝟏 + 𝟏)
}
como 𝐼𝐵 = 𝐼𝐵1
𝐼𝐵1 (𝛽1 + 𝛽1 𝛽2 + 𝛽2 )
𝐼𝐶 𝛽𝐷 = ⇒ 𝜷𝑫 = 𝜷𝟏 𝜷𝟐 + 𝜷𝟏 + 𝜷𝟐
e 𝛽𝐷 = 𝐼𝐵1
𝐼𝐵
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140
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ZENER DE 7V
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EXERCÍCIOS
Resp.: E
C
6.27- Supondo que os transistores, Q1 e Q2 do par Darlington
da figura possuam, respectivamente, valores de iguais a 100 e IC
IC1
50, determine:
a- todas as correntes para IB = 100µA; IB
IC2
b- o valor do D associando IC e IB ; B Q1
c- o valor do D associando 1 e 2 (fórmula simplificada). IB1
Q2
d- a diferença porcentual entre os valores de D encontrados IE1
e o motivo dessa diferença. IB2 IE2
6.28- Deseja-se acionar um contator (dispositivo semelhante aos relés já estudados, mas
geralmente utilizado para acionar cargas com correntes mais altas). A bobina do contator é
para 48V, com resistência de 60, mas a fonte disponível é de 80V. O sinal de acionamento
para o contator, de 24V, é fornecido por um CLP (Controlador Lógico Programável), do qual
deve ser drenado o menor valor possível de corrente. A partir das informações deste capítulo,
projete um circuito que atenda a necessidade descrita acima, desenhando também seu dia-
grama.
Resp.: BD681; RB = 113K
145
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6.29- O diagrama abaixo mostra a conexão de um motor de passo com quatro bobinas a
um microcontrolador utilizando um array ULN2003A. Através da folha de informações do ar-
ray, desenhe a conexão de P2 à bobina /B mostrando os transistores que existem dentro do
ULN2003. 12V
U2
9
COM
1 16
2 1B 1C 15
MICRO MOTOR DE PASSO
3 2B 2C 14
CONTROLADOR
P1 4 3B 3C 13 B 1
5 4B 4C 12 2
P2 5B 5C
P3 6 11 3
7 6B 6C 10
P4 7B 7C /B
5V ou 12V GND /A A
8 4 5 6
ULN2003A
SOLUÇÃO
12V
9 2
/B
5C
5B
P2 3
12
5
GND
8
6.30- Para o circuito ao lado, determine: VB, VC, VE, VCE, IB, IC, IE. 16V
1K
6,5M VC
VB β=5000
RB VBE =1,5V
VE
500
146
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Resp.: 360µA
6.32- Obtido da lista de exercícios do Prof. Sérgio Francisco Pichorim, da Universidade Fe-
deral Tecnológica do Paraná.
147
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148
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No lugar dos interruptores, podem ser utilizados transistores, montados em uma confi-
guração denominada Ponte H (em Eletricidade e Eletrônica, as “pontes” são dispositivos com
quatro componentes: Ponte de Wheatstone, ponte de diodos etc.).
Na Ponte H, dois dos transistores são do tipo PNP (Q1 e Q2) e os outros dois são NPN
(Q3 e Q4).
Q1 Q2
+ + -
M
-
Q4 Q3
Para polarizar os transistores PNP do circuito, é necessário aplicar em suas bases uma
tensão negativa em relação ao potencial do emissor (junção base-emissor polarizada direta-
mente). Como os emissores estão ligados ao positivo da fonte, ligando as bases ao terra, es-
ses transistores já estarão polarizados para conduzir.
Os transistores NPN da Ponte precisam de tensão positiva nas bases em relação aos
emissores, que estão ligados ao terra.
149
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- Q1 Q2 Q1 Q2
+ + - + +
M
- -
M
- -
Q4 Q3 Q4 Q3
+ +
Alguns veículos possuem o
recurso de inclinar o espelho do
lado do passageiro para baixo, as-
sim que a marcha-à-ré é acionada
–mecanismo conhecido como “tilt
down”–, mostrado ao lado, que au-
xilia na baliza e ajuda a evitar que
as rodas raspem no meio-fio. Para
isso é necessário que a movimen-
tação do espelho seja automática,
e o acionamento dos motores pode
ser feito com uma ponte H como o
mostrado acima.
TILT-DOWN
Normalmente é usado um microcontrolador para baixar o espelho quando a marcha-à-
ré é acionada, e trazê-lo de volta à posição inicial quando a alavanca do câmbio volta para
ponto morto.
Existe uma outra possibilidade de utilização da ponte H no acionamento de motores.
Quando uma grande carga mecânica é movimentada por um motor, seu momento de inércia
pode fazer com que o eixo de acionamento continue girando, mesmo após se desligar a ali-
mentação elétrica. Motores de corrente contínua podem ser freados colocando-se em curto
seus terminais. O efeito de frenagem ocorre porque esse tipo de motor funciona como gerador
(esses dispositivos possuem um imã permanente como estator) quando seu rotor é girado
externamente (por exemplo, por uma carga ligada a seu eixo que tenha um momento de inér-
cia elevado). Como se sabe, um gerador que tenha seus terminais em curto é freado. O circui-
to de ponte H presta-se também a essa finalidade: se os transistores Q1 e Q2 forem aciona-
dos simultaneamente, o motor será colocado em curto, fazendo com que sofra uma frenagem.
O mesmo vale para o acionamento dos transistores Q3 e Q4. É importante observar que os
transistores Q1 e Q4 ou Q2 e Q3 não podem ser acionados simultaneamente, pois colocariam
a fonte de alimentação em curto. Isso danificaria os transistores.
- Q1 Q2
- Q1 Q2
+ - + + -
+ M
M
- -
Q4 Q3 Q4 Q3
+ +
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151
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
Figura11
2
Figura 2
Figura 3 3 4
Figura 4
Figura 5
5
152
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
A figura 1 da página anterior mostra o módulo, onde se pode ver, a esquerda, a ponte
H com transistores BC328/338, no centro o motor e a direita o galvanômetro de zero central.
Esse módulo foi desenvolvido para operar com tensões de alimentação de 5V e sinais de aci-
onamento (DIR e PWM) de lógica TTL (0V ou 5V).
A figura 3 mostra os sinais que chegam ao módulo: alimentação (5V e GND), sentido
de rotação (DIR) e velocidade (PWM). A técnica PWM (Pulse Width Modulation, ver pág. 118)
permite controlar a tensão sobre a carga (neste caso, a velocidade do motor) através da lar-
gura dos pulsos aplicados a essa carga (quanto maior a largura dos pulsos, maior será a ten-
são média aplicada, maior a velocidade do motor). Aqui assumiremos que o sinal PWM será
simplesmente 0V ou 5V. O sinal DIR é invertido através do transistor Q8, gerando o sinal \DIR
(ou DIR “barrado”). Temos agora, portanto, dois sinais de direção no circuito (DIR e \DIR),
invertidos entre si.
Na figura 2 é possível ver, em um diagrama simplificado, quais sinais acionam os tran-
sitores da ponte (que aparecem como chaves): DIR para SW2 e SW4 (ou Q4 e Q6) e \DIR
para SW1 e SW3 (ou Q3 e Q7).
A figura 4 mostra a conexão do motor e do galvanômetro aos pontos A e B da ponte H.
ST1 e um strape, uma conexão que pode ser desligada caso se deseje. TP1 (Test Point) é um
ponto de teste para conexão, por exemplo, de um osciloscópio.
Finalmente, a figura 5 mostra o circuito completo dessa ponte H. Esta versão ficou um
pouco mais complexa que a apresentada anteriormente, pois era necessário controlar o senti-
do de rotação do motor com um único sinal (DIR), através da inversão de seu estado lógico:
DIR=0V (\DIR) sentido anti-horário; DIR=5V sentido horário. A maioria das pontes utilizadas
em demonstrações teóricas utiliza quatro sinais de acionamento, um para cada base. Nos
exercícios 6.34 e 6.35 a seguir, é mostrado outra possibilidade de circuito.
Como já foi dito, assumiremos que o sinal PWM será 0V ou 5V. Quando PWM=5V, Q1
estará cortado, não permitindo a passagem de corrente para alimentar o motor; com
PWM=0V, Q1 estará saturado, permitindo a passagem da corrente. Neste caso, Q1 funciona
simplesmente como uma chave liga-desliga.
Quando o sinal DIR (que vem do microcontrolador e determina o sentido de rotação do
motor) é zero, o sinal \DIR é de 5V; inversamente, quando DIR=5V, \DIR=0V.
Com DIR=0V, os transistores Q5 e Q6, aos quais esse sinal é aplicado estão cortados.
Observe que Q5 cortado não permite a polarização de Q4, que também fica cortado. Já o si-
nal \DIR=5V aplicado a Q2 e Q7 faz com que ambos conduzam (saturação), sendo que Q2
polariza Q3, levando-o também à saturação. Conclui-se, portanto, que para DIR=0V (e
\DIR=5V), os transistores Q3 e Q7 estão conduzindo, e o ponto A recebe tensão positiva (5V)
enquanto que o ponto B é conectado ao terra (0V). Isso leva o motor a girar no sentido horá-
rio, o ponteiro do galvanômetro a defletir para a direita e o led D5 (verde) a acender.
Os diodos D1 a D4 absorvem o pulso reverso das bobinas do motor, protegendo os
transistores e o circuito do microcontrolador, da mesma forma que foi vista no acionamento de
relés (para este circuito, como ocorre inversão da polaridade sobre o motor, não será possível
ligar um único diodo em paralelo com ele). Os leds D5 e D6 acendem para indicar o sentido
de rotação.
Todos os resistores de base são de 1K, o que faz com que as correntes de base se-
jam de:
5𝑉 − 𝑉𝐵𝐸 5𝑉 − 0,7
𝐼𝐵 = = ⇒ 𝑰𝑩 = 𝟒, 𝟑𝒎𝑨
𝑅𝐵 1000
Esse valor relativamente alto de IB garante que os transistores irão, como desejado
neste caso, para a saturação, onde as tensões VCE são mínimas, o que permitirá que a tensão
sobre o motor seja a mais próxima possível de 5V.
153
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EXERCÍCIOS
6.33- Faça a análise do circuito para o sinal DIR = 5V, de forma semelhante à que foi feita na
página 153.
6.34- São mostradas abaixo duas telas de simulação com o Multisim para uma ponte H. Na
de cima, o led verde está aceso, enquanto que na de baixo é o led vermelho. Junto às setas
verdes no circuito, aparecem informações relativas às correntes e tensões nesses pontos.
Determine:
a- com a chave S1 em VCC e a S2 ligada ao terra, quais transistores estão conduzindo;
b- com a chave S1 ligada ao terra e a S2 em VCC, quais transistores estão conduzindo;
c- a corrente de base dos transistores que estiverem conduzindo;
d- a corrente de base dos transistores que não estiverem conduzindo;
e- a tensão VCE dos transistores que estiverem conduzindo;
f- a tensão VCE dos transistores que não estiverem conduzindo;
g- desenhe, em cada um dos circuitos, o caminho da corrente que acende os leds;
h- qual a tensão sobre a carga (resistor R5 e leds) em cada uma das posições das cha-
ves;
i- qual a corrente na carga (resistor R5 e leds) em cada uma das posições das chaves;
j- em que posições deveriam estar as chaves caso a carga, ao invés de leds, fosse um
motor que precisa ser freado;
154
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+ -
5V
A
0 5 10 15 20 t (s)
5V
B
0 5 10 15 20 t (s)
5V
MOTOR
0 5 10 15 20 t (s)
-5V
5V
A
0 5 10 15 20 t (s)
5V
B
0 5 10 15 20 t (s)
5V
MOTOR
0 5 10 15 20 t (s)
-5V
155
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Existem duas formas básicas de obter uma fonte de tensão linear estabilizada: através
do circuito clássico, utilizando um diodo Zener e um transistor ou através dos reguladores in-
tegrados, das famílias 78XX ou LM317, entre outros. Atualmente, é muito mais prático, rápido,
econômico e seguro, utilizar os reguladores integrados, mas o projeto básico (Zener e transis-
tor) ainda é uma ótima forma do aluno se iniciar em projetos de Eletrônica.
Outra maneira, mais complexa, são as fontes chaveadas (que não são do tipo denomi-
nado “linear”) que não fazem parte do escopo desta disciplina.
A utilização do diodo Zener para construir fontes de tensão estabilizada, tem utilidade
limitada a cargas com pouco consumo de corrente. Mas, associando as características de
estabilização de tensão do Zener com as dos transistores, podemos construir fontes que for-
neçam correntes consideráveis. O circuito mais utilizado é o regulador série, assim denomi-
nado porque o elemento regulador (ou de controle) de tensão (transistor) fica em série com a
carga e recebe uma referência de tensão do diodo Zener, como mostrado no diagrama de
blocos abaixo. O objetivo do circuito é manter a tensão de saída VO constante, independen-
VCE temente de variações de tensão de entrada (Vi) ou de resis-
ELEMENTO DE IL tência da carga (RL), o que é conseguido através da varia-
CONTROLE ção da resistência coletor-emissor do transistor (rCE).
(TRANSISTOR)
No diagrama a esquerda, 𝑉𝑂 = 𝑉𝑖 − 𝑉𝐶𝐸 . Consideran-
do que a corrente na carga é constante (RL fixo), caso a
+
Vi ELEMENTO DE RL VO tensão de entrada aumente, a resistência interna do transis-
- REFERÊNCIA
(ZENER) tor também aumentará, fazendo com que VCE aumente,
compensando a variação na entrada; o inverso ocorre caso
a tensão de entrada diminua.
Considerando agora que a tensão de entrada (V i) é
constante e a resistência da carga (RL) diminua (ou seja, a corrente na carga, IL, aumente), a
resistência interna do transistor também
diminui, mantendo VCE constante. O inverso VCE I
Ii IC E IL
ocorrerá caso a resistência da carga au-
mente.
O circuito básico de um regulador sé- VCB VBE
rie com transistor é mostrado a direita.
VRS IS
IB VO
Analisando inicialmente as correntes Vi RS RL
do circuito, podemos observar que a corren- VL
te de entrada (Ii) se divide nas correntes IC e VZ IZ
IS, e esta, por sua vez, se divide em IB e IZ.
A corrente de saída, IL, é a própria corrente
de emissor do transistor. Portanto:
𝐼𝑖 = 𝐼𝐶 + 𝐼𝑆 𝐼𝑆 = 𝐼𝐵 + 𝐼𝑍 𝐼𝐿 = 𝐼𝐸
Quanto às tensões, a soma de VRS e VZ resulta em Vi; VCE será igual a VCB mais VBE e
VO ou VL será VZ menos VBE (e também Vi menos VCE).
𝑉𝑖 = 𝑉𝑅𝑆 + 𝑉𝑍 𝑉𝐶𝐸 = 𝑉𝐶𝐵 + 𝑉𝐵𝐸 𝑉𝑂 = 𝑉𝐿 = 𝑉𝑍 − 𝑉𝐵𝐸 = 𝑉𝑖 − 𝑉𝐶𝐸
A tensão de saída da fonte estabilizada com regulador série será, portanto, menor do
que a tensão do diodo Zener de referência (𝑉𝑂 = 𝑉𝐿 = 𝑉𝑍 − 𝑉𝐵𝐸 ).
Novas análises, agora para variações de tensão de entrada e de corrente na carga po-
dem ser feitas, para o circuito acima.
157
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Sendo VZ constante, caso Vi diminua, VRS e IS também diminuirão. Como VRS é igual a
VCB, esta também será menor. Finalmente, como VCE é a soma de VCB e VBE (esta última con-
siderada constante e igual a 0,7V), VCE será menor, compensando a diminuição da entrada.
Atribuindo valores como exemplo, faremos Vi = 16V, caindo para 15V e VZ = 12,5V. Pa-
ra 16V na entrada, VO será 11,8V (VZ – VBE) e VCE será 4,2V (Vi – VL), enquanto que VCB, que
é igual a VRS, será 3,5V (VCB = VRS = Vi – VZ). Quando Vi cai para 15V (queda de 1V na entra-
da) VZ permanece constante, mas VRS e VCB caem na mesma proporção, ou seja de 3,5V pa-
ra 2,5V. Sendo VCE a soma de VCB (2,5V) e de VBE (0,7V), seu novo valor será 3,2V, e a ten-
são de saída VO (Vi – VCE ou 15V – 3,2V) permanecerá constante em 11,8V. Recomendamos
que o aluno reescreva a seguir a análise feita acima, agora para a tensão de entrada aumen-
tando para 17V.
Supondo agora Vi constante em 16V mas IL (IE) aumentando (RL diminuindo), o valor de
VRS permanecerá constante, pois VZ não varia. Dessa forma, VCB também permanecerá cons-
tante, assim como VCE, mantendo a tensão de saída fixa. Convém observar que, na realidade,
as correntes de coletor e de base aumentarão (reflexo do aumento da corrente na carga, que
é a mesma que a de emissor) e a resistência coletor-emissor diminuirá. Portanto, quando IL
aumenta em função de uma diminuição de RL, a resistência coletor-emissor tem de diminuir,
para que a tensão VCE permaneça constante. Novamente, recomendamos que o aluno rees-
creva a seguir a análise feita acima, agora para a resistência da carga (RL) aumentando.
158
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O projeto de uma fonte deste tipo é uma ótima oportunidade para aplicar os conheci-
mentos adquiridos até agora. Para desenvolvê-lo precisamos definir as condições de trabalho
do circuito e suas equações, levando em conta as limitações dos componentes envolvidos: do
transistor, PCmáx, ICmáx e VCEO , e do Zener, IZmín, IZmáx e PZmáx.
Escolha do transistor
𝑉𝑖𝑚í𝑛 − 𝑉𝑍 𝑉𝑖𝑚á𝑥 − 𝑉𝑍
𝑅𝑆𝑚á𝑥 = 𝑒 𝑅𝑆𝑚í𝑛 =
𝐼𝐵𝑚á𝑥 + 𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜) 𝐼𝐵𝑚í𝑛 + 𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜)
(𝑉𝑖𝑚á𝑥 − 𝑉𝑍 )2
𝑅𝑆𝑚í𝑛 ≤ 𝑅𝑆 ≤ 𝑅𝑆𝑚á𝑥 e 𝑃𝑅𝑠 ≥ 1,5
𝑅𝑆
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Projetar uma fonte com regulador série para fornecer 5V a uma carga que consome, no
máximo, 1A e que pode ser desligada da fonte. A tensão de entrada é de 10V, com possibili-
dade de variar 10% para mais ou para menos.
Do transistor:
𝑉𝐶𝐸𝑂 ≥ 1,5𝑉𝑖𝑚á𝑥 ≥ 1,5 𝑋 11𝑉 ⇒ 𝑽𝑪𝑬𝑶 ≥ 𝟏𝟔, 𝟓𝑽
𝐼𝐶 ≥ 1,5𝐼𝐿𝑚á𝑥 ≥ 1,5 𝑋 1,0 ⇒ 𝑰𝑪 ≥ 𝟏, 𝟓𝑨
𝑃𝐶 ≥ 1,5(𝑉𝑖𝑚á𝑥 − 𝑉𝑜 )𝐼𝐿𝑚á𝑥 ≥ 1,5(11 − 5) 𝑋 1,0 ⇒ 𝑷𝑪 ≥ 𝟗𝑾
Transistor escolhido: BD135, NPN, ICmáx = 1,5A, VCEO = 45V, PCmáx = 12,5W, mín = 40
𝛽 40
𝐼𝐶𝑚á𝑥 = 𝐼𝐿𝑚á𝑥 = 1,0 ⇒ 𝑰𝑪𝒎á𝒙 = 𝟗𝟕𝟔𝒎𝑨
𝛽+1 40 + 1
𝐼𝐶𝑚á𝑥 0,976
𝐼𝐵𝑚á𝑥 = = ⇒ 𝑰𝑩𝒎á𝒙 = 𝟐𝟒, 𝟒𝒎𝑨
𝛽 40
𝐼𝐶𝑚í𝑛 0
𝐼𝐵𝑚í𝑛 = = ⇒ 𝑰𝑩𝒎í𝒏 = 𝟎
𝛽 40
Do diodo Zener:
Como 𝑉𝑂 = 𝑉𝑧 − 𝑉𝐵𝐸 , 𝑉𝑍 = 𝑉𝑂 + 𝑉𝐵𝐸 = 5,0 + 0,7 ⇒ 𝑽𝒁 = 𝟓, 𝟕𝑽
Da tabela fornecida no cap. 3, temos duas opções: 1N752 e 1N4734, ambos de 5,6V.
Testaremos primeiro o de menor potência, o 1N752, com PZmáx = 0,5W, IZmín = 20mA e
𝑃𝑍𝑚á𝑥 0,5
𝐼𝑍𝑚á𝑥 = = ⇒ 𝑰𝒁𝒎á𝒙 = 𝟖𝟗, 𝟑𝒎𝑨
𝑉𝑍 5,6
É interessante observar que a tensão correta para o Zener, de forma a se obter 5V na
saída da fonte, teria de ser 5,7V, mas esse valor não existe nas opções dadas. Os diodos es-
colhidos farão com que a tensão de saída seja, na realidade, um pouco menor: 4,9V.
𝑉𝑖𝑚á𝑥− 𝑉𝑍 11 − 5,6
𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑐𝑎𝑙𝑐) = (𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜) + 𝐼𝐵𝑚á𝑥 ). = (20𝑚𝐴 + 24,4𝑚𝐴).
𝑉𝑖𝑚í𝑛− 𝑉𝑍 9 − 5,6
𝑰𝒁𝒎á𝒙 (𝒄𝒂𝒍𝒄) = 𝟕𝟎, 𝟓𝟏𝒎𝑨 (< 𝐼𝒁𝒎á𝒙 (𝒅𝒊𝒐𝒅𝒐) )
𝑉𝑖𝑚í𝑛 − 𝑉𝑍 9 − 5,6
𝑅𝑆𝑚á𝑥 = = ⇒ 𝑅𝑆𝑚á𝑥 = 76,6Ω
𝐼𝐵𝑚á𝑥 + 𝐼𝑍𝑚í𝑛 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜) 24,4𝑚𝐴 + 20𝑚𝐴
𝑉𝑖𝑚á𝑥 − 𝑉𝑍 11 − 5,6
𝑅𝑆𝑚í𝑛 = = ⇒ 𝑅𝑆𝑚í𝑛 = 60,5Ω
𝐼𝐵𝑚í𝑛 + 𝐼𝑍𝑚á𝑥 (𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜) 0 + 89,3𝑚𝐴
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BD135
68
1W
Vi VO
RL
VL
9V~11V ~5V
1N752
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Um dos problemas que podem danificar uma fonte deste tipo é um curto-circuito ou mesmo
uma corrente muito acima da nominal na saída. Isso levaria a uma corrente excessiva no emissor,
que quase certamente danificaria o transistor e talvez os diodos retificadores da etapa anterior.
Existe uma forma simples de evitar esse problema, que é mostrada no circuito abaixo.
A corrente da carga IL
Ii VCE IE VRSH
IL passa por RSH (o termo SH
Q1 vem de shunt ou desvio em
RSH inglês). Caso a tensão VRSH,
VRS VBE1Q2 que é a mesma que VBE3, atin-
Vi RS Q3 VO ja 0,6V ou mais, o transistor Q 3
RL
VL será levado à condução, o que
significa que sua resistência
VZ coletor-emissor diminuirá, co-
meçando a circular corrente de
coletor para emissor nesse
transistor. Isso fará com que apareça também uma corrente na base em Q2 (IB2=IC3), polarizando
Q2 que terá sua resistência coletor-emissor também diminuída. O efeito final será uma diminuição
da tensão coletor-emissor de Q2, diminuindo VBE1 e despolarizando Q 1. Em consequência disso, a
resistência coletor-emissor de Q1 aumentará, limitando as correntes de emissor e de coletor desse
transistor a um valor máximo (pré-estabelecido) e protegendo o circuito.
O valor de RSH é calculado a partir da corrente máxima que se deseja para a fonte e da
tensão base-emissor para que o transistor Q 3 comece a conduzir. No projeto do exemplo dado,
limitaremos a corrente a 1,4A, inferior a ICmáx , e definiremos V BE3 sendo igual a 0,6V. RSH será
portanto:
𝑉𝐵𝐸3 0,6
𝑅𝑆𝐻 = = ⇒ 𝑅𝑆𝐻 = 0,43Ω
𝐼𝑚á𝑥 1,4
(𝑉𝐵𝐸3 )2 (0,6)2
𝑃𝑅𝑠ℎ ≥ 1,5 ≥ 1,5 ⇒ 𝑃𝑅𝑠ℎ ≥ 1,26𝑊
𝑅𝑆𝐻 0,43
Esse tipo de proteção é muito usada mas apresenta um inconveniente, a potência dissipa-
da no resistor de shunt, que será bem maior caso a corrente de saída da fonte seja mais alta, o
que implicará no uso de um resistor de potência elevada. Existem outras maneiras de projetar o
circuito (por exemplo, utilizando amplificadores operacionais) que permitem que os resistores de
shunt dissipem menos potência.
162
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Existe uma forma mais simples e prática de montar fontes reguladas, que utiliza os cha-
mados reguladores integrados. A família mais popular de reguladores é a 78XX para tensão
positiva e a 79XX para tensão negativa. O LM317, é outro regulador integrado bastante utili-
zado. As características básicas desses dispositivos e exemplos de sua utilização podem ser
vistos a seguir.
É importante lembrar que os reguladores integrados não suprem todas as necessidades
de fontes reguladas. É fundamental conhecer os princípios de funcionamento das fontes do
item anterior (diodo Zener e transistor como regulador série) para compreender e utilizar cor-
retamente os reguladores integrados.
Como pode ser visto nesta página e na seguinte, as séries 78XX e 79XX possuem ape-
nas três terminais: entrada (INPUT), saída (OUTPUT) e referência (COMMON, geralmente
ligado ao ponto comum do circuito ou ao terra). O terminal central do encapsulamento TO-220
mostrado é ligado à carcaça metálica do dispositivo, que é utilizada para fixação mecânica e
dissipação de calor.
163
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OS VALORES DE PD SÃO APROXIMADOS, PARA TEMPERATURA AMBIENTE DE 25ºC E DISSIPADOR DE CALOR INSTALADO
ATENÇÃO: ALGUNS DOS DADOS DESTA TABELA DIFEREM DOS APRESENTADOS NAS FOLHAS DE
INFORMAÇÃO DAS PÁGINAS ANTERIORES. O MOTIVO É QUE ESTA TABELA FOI COMPILADA A PAR-
TIR DE INFORMAÇÕES DE VÁRIOS OUTROS FABRICANTES, E QUE AS ESPECIFICAÇÕES PODEM
SER LIGEIRAMENTE DIFERENTES DE UM PARA OUTRO. EM UM PROJETO, DEVEM SER UTILIZADAS
AS ESPECIFICAÇÕES DO FABRICANTE DO COMPONENTE A SER USADO.
165
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Para o projeto com estes dispositivos, basta respeitar os valores mínimos e máximos de
tensão de entrada (Vimín e Vimáx), a corrente máxima (IO) que eles podem fornecer para a carga
em sua saída e a potência máxima admissível sobre eles (PD), que depende da temperatura,
e não deve ser ultrapassada sob risco de dano ou mau funcionamento do componente. As
fórmulas que serão utilizadas, são:
𝑉𝑖𝑚í𝑛 ≤ 𝑉𝑖 ≤ 𝑉𝑖𝑚á𝑥 𝐼𝑂 ≥ 1,5𝐼𝐿 𝑃𝐷 ≥ 1,5(𝑉𝑖 − 𝑉𝑂 )𝐼𝐿
PD
onde Vi é a tensão de en-
trada a ser estabilizada; VO a IO
tensão de saída do regulador,
igual à tensão na carga VL; IL 78xx
IN OUT IL
a corrente na saída (carga); e Vi
1,5 o Fator de Segurança de VO
50% a mais em relação ao CARGA VL
valor real do circuito.
No diagrama ao lado,
obtido no datasheet do
LM78XX da antiga Fairchild,
é mostrada uma opção para
obter uma tensão estabili-
zada com maior corrente de
saída, normalmente mais
econômica do que o uso de
um modelo 78HXX. O tran-
sistor Q1 (BD536) suporta
até 8 amperes de corrente
de coletor.
É necessário também verificar se as tensões mínima e máxima de entrada, que são res-
pectivamente de 14V e 35V para o 7812, estão sendo respeitadas. Como a fonte do circuito
varia entre 15V e 17V, está dentro da faixa do dispositivo.
167
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7.2.2- O LM317
O LM317 é também um regulador de tensão positiva com três terminais, Entrada (Input, Vi),
Saída (Output, Vo) e Ajuste (Adjust, VADJ), cuja folha de informações é vista nas páginas se-
guintes. Ao contrário da série 78XX, existe apenas um componente, que pode ter sua tensão
de saída ajustada para o valor desejado em função da malha externa dos resistores R 1 e R2.
Podem ser obtidas tensões estabilizadas entre 1,2V e 37V, com correntes de até 1,5A. De
forma semelhante à série 78XX, possui proteções internas contra temperatura e curto-circuito
na saída. A máxima tensão diferencial entre entrada e saída
do dispositivo (Vi - Vo) é de 40V e a mínima de 3V. Não é
informado nem utilizado o valor de potência PD que o dispo-
sitivo pode dissipar, apenas é dito que ela é “limitada inter-
LM317
namente”. Existe também uma condição, para manter a re- Input
Vi Vo
Output
gulação, de uma corrente mínima na carga (ILmín) entre VADJ
3,5mA e 12mA, que deve ser respeitada (utilizaremos 12mA
240 R1
nos cálculos). Por fim, convém frisar que a corrente de 1,5A Ci Co
informada como máxima (e que pode chegar até cerca de
0,1mF 1mF
2,2A), é para tensões diferenciais (Vi - Vo) abaixo de 15V;
R2
para valores maiores de tensão diferencial, a corrente má-
xima de saída cai para 0,3A. Todas essas informações es-
tão nas várias seções do manual mostradas a seguir. Re-
sumindo: o dispositivo se autoprotege em caso de excessos
de corrente ou potência.
Acima são mostrados a pinagem e o diagrama de ligação básica, e abaixo a fórmula que
permite calcular o valor de R2, o qual também pode ser um potenciômetro ou trimpot, o que
possibilita construir uma fonte de tensão ajustável. O valor de R1 recomendado pelo fabricante
é de 240Ω; utilizaremos o valor comercial da série E12 de 270Ω. Como a corrente IADJ é muito
baixa (cerca de 50µA), pode-se considerá-la como sendo zero na maioria das aplicações. Pa-
ra regular tensão negativa existe o LM137, com características semelhantes.
𝑅2
𝑉𝑜 = 1,25 (1 + ) + 𝐼𝐴𝐷𝐽 𝑅2
𝑅1
𝑉𝑖 − 𝑉𝑂 = 9𝑉 − 3,3𝑉 ⟹ 𝑽𝒊 − 𝑽𝑶 = 𝟓, 𝟕𝑽
3V Vi - Vo 40V; 12mA IL 1,5A dentro das limitações do componente
𝑅2 𝑅2
𝑉𝑜 = 1,25 (1 + ) + 𝐼𝐴𝐷𝐽 𝑅2 ⟹ 3,3 = 1,25 (1 + ) + 0𝑅2 ⟹ 𝑹𝟐 = 𝟒𝟒𝟐, 𝟖𝛀
𝑅1 270
Observe que o valor de tensão de entrada NÃO interfere no cálculo, embora devam ser
respeitadas as limitações mínima (3V) e máxima (40V) de tensão diferencial (Vi - Vo) sobre
o componente.
É necessário que o valor do resistor R2 seja o mais próximo possível do calculado, logo
é necessário utilizar um trimpot de 1KΩ (ver pág. 117), devidamente ajustado, para obtê-lo.
168
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169
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170
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Os módulos que compõe uma fonte de alimentação CA/CC linear podem ser vistos no
diagrama abaixo.
+
Carga
Rede
elétrica Transformador Retificador Filtro Regulador
VM MR
D2 D1
IN OUT
Vpri1 Vsec1 7805
D3 D4
+
C1 RL1 Vdc
VM 1
PT AZ MR
110V
AM VD
AM AZ
220V D5 ~ D8
IN OUT
Vpri2 Vsec2 7812
+
C2 RL2 Vdc2
PT VD
171
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2,4𝐼𝑑𝑐 2,4.500
𝑉𝑟(𝑒𝑓) = = ⟹ 𝑉𝑟(𝑒𝑓) = 0,55𝑉
𝐶 2200
4,17𝐼𝑑𝑐 4,17.500
𝑉𝑑𝑐 = 𝑉𝑝 − = 11 − ⟹ 𝑉𝑑𝑐 = 10𝑉
𝐶 2200
𝑉𝑟(𝑒𝑓) 0,55
𝑟= . 100% = . 100% ⟹ 𝑟 = 5,5%
𝑉𝑑𝑐 10
Especificação do capacitor:
𝑉𝐶 ≥ 𝑉𝑑𝑐 . 1,5 ≥ 10.1,5 ⟹ 𝑉𝐶 ≥ 15𝑉
172
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EXERCÍCIOS
7.1- Para o exemplo das páginas 160/161, faça a verificação das limitações do Zener.
Resp.: IZmáx(circ) = 79,4mA; IZmín = 25,6mA
7.2- Projete e desenhe um regulador série à transistor para uma fonte com as seguintes ca-
racterísticas: Vi = 16V ±10%, VO = 12V, IL varia de 0 a 2A.
Resp.: BD675A; 1N4743; RS = 60
Ii IC VCE IE IL
7.3- No circuito ao lado, sabe-se que Vi = 30V,
Vo = 24V, Rs = 100Ω, RL = 48Ω, e β = 50. A partir
das informações dadas, determine todos os valo- VCB VBE
res de tensão e de corrente, demonstrando atra- VRS IS
IB VO
vés de fórmulas todos os resultados. Vi RS RL
VL
NÃO É NECESSÁRIO QUE A TENSÃO Vz IZ
VZ
SEJA A DE UM ZENER COMERCIAL
173
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Resp.: (D)
Resp.: (A)
174
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Resp.: C, B, E, B
175
Prof. José Daniel S. Bernardo Eletrônica I
7.7- Deseja-se alimentar um CD Player para autos a partir de uma fonte de 18V ±10%. O
consumo do equipamento vai de 100mA (rádio com volume mínimo) até 4A (Player com vo-
lume máximo sem distorção). Determine o regulador da série 78XX mais adequado para está
aplicação e compare os valores de PD, IO, Vimáx e Vimin do regulador com os determinados para
o circuito.
Resp.: 78H12; PD 46,8W; IO 6A (o fator de segurança de corrente cai para 1,25 nes-
te caso)
7.8- Analise as duas montagens levando em conta a dissipação de potência sobre os regula-
dores. As cargas ligadas às fontes (5V e 12V) consomem 300mA de cada uma delas. NÃO É
NECESSÁRIO UTILIZAR O FATOR DE SEGURANÇA PARA EFETUAR AS COMPARA-
ÇÕES NESTA QUESTÃO E NA SEGUINTE.
7812 12V
7812 12V
A
18V
±10%
B 7805 5V
7805 5V
18V
±10%
7.9- Utilizando-se os dois modelos de ligação do exercício anterior, a partir de uma fonte que
fornece 17V ±15% deseja-se alimentar com 5V um circuito com microcontrolador que conso-
me no máximo 80mA e com 12V outro circuito com consumo máximo de 500mA. Foram utili-
zados os reguladores 7812 e 78L05. Determine se as caracteristicas dos reguladores foram
respeitadas para correntes e potências.
7.10- Projete e desenhe o diagrama de uma fonte ajustável de 3V a 12V (o valor superior po-
de ser pouco maior que 12V) através de um potenciômetro, para cargas que consumam até
1A, utilizando um LM317, a partir de uma fonte de 15V. O valor de R1 deve ser de 270Ω e IADJ
é zero.
Obs.: Os valores ôhmicos de trimpots e potenciômetros lineares não seguem a tabela
de resistores E12 fornecida no cap. 4. Pode-se utilizar, como referência, os valores de: 100Ω,
200Ω, 500Ω, 1KΩ, 2KΩ, 5KΩ, 10KΩ, 20KΩ, 50KΩ, 100KΩ, 200KΩ, 500KΩ, 1MΩ, 2MΩ, 5MΩ,
embora outros valores possam também ser encontrados.
Resp.: R2A = 390Ω e R2B = 2KΩ ; R2A e R2B são ligados em série: R2 = R2A + R2B
R2A é um resistor fixo e R 2B um potenciômetro;
Quando R2B está em seu valor mínimo (0Ω) : R2 = R2A + R2B = 390Ω + 0 R2 = 390Ω (VO = 3,06V)
Quando R2B está em seu valor máximo (2KΩ) : R2 = R2A + R2B = 390Ω + 2KΩ R2 = 2390Ω (VO = 12,31V)
176
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0,1mF 1mF
R2B R2C
7.12- Em um pátio externo de containers foi necessário alimentar com 5V, a partir de uma fon-
te de 24V, uma carga que consome 250mA. O sistema fica fechado em uma caixa para prote-
ção contra o tempo. A temperatura externa chega, por vezes, a 40ºC, mas na caixa não há
espaço para um dissipador de calor nem possibilidade de instalar um sistema de ventilação
forçada. Foi utilizado inicialmente um regulador 7805 que acabou apresentando problemas
(tensão de saída igual a zero) após algumas semanas. Analise a situação e:
a- desenhe o diagrama e verifique se as características do 7805 foram excedidas;
b- discuta o motivo do dano no componente;
c- com base nos conceitos anteriormente apresentados, proponha uma solução para o
problema, desenhando uma configuração mais adequada;
d- verifique se, com a nova configuração, a causa do problema foi minimizada.
177
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Dispositivos optoeletrônicos são todos aqueles que, de alguma forma, utilizam radiação
luminosa em seu funcionamento. Inúmeros componentes se enquadram nessa categoria,
desde os antigos fotoresistores até os mais recentes OPTODIACS, passando pelos LED (já
vistos), fotodiodos, fototransistores, foto acopladores e chaves ópticas. As células fotovoltaicas,
que produzem energia elétrica a partir da luz e são cada vez mais utilizadas como fonte de
energia alternativa, também estão entre esses componentes.
De modo geral, dispositivos optoeletrônicos podem emitir radiação luminosa, detectar
radiação luminosa ou ambas as coisas. Por radiação luminosa, entende-se todo o espectro
eletromagnético da luz, visível e invisível, ou seja, desde o infravermelho até o ultravioleta,
como mostrado no diagrama espectral abaixo.
Neste tipo de dispositivo, o comprimento de onda da radiação emitida (ou faixa de sen-
sibilidade do dispositivo para a recebida) deve ser levado em conta. Estamos falando do espec-
tro com comprimentos de onda menores que 400nm (nm = nanômetros, ou 10-9m) para o ultra-
violeta (ultraviolet ou UV) até valores superiores a 700nm para o infravermelho (infrared ou IR).
Além da cor, a intensidade luminosa também é importante. Existem três unidades de
medida utilizadas para medir a intensidade de luz visível (entre 400nm e 700nm aproximada-
mente): lumens, candelas e lux.
Fluxo luminoso (F), Lumen (lm) é quantidade total de energia luminosa emitida por um
objeto, em todas as direções.
Intensidade luminosa (I), Candela (cd) é a quantidade de energia luminosa emitida por
um objeto, em uma única direção.
Iluminância (E), Lux (lx) é a quantidade de energia luminosa incidente sobre uma super-
fície de 1m2. Um lux equivale a um lúmen por metro quadrado: 1lx = 1lm/m 2.
Nos exercícios 8.6 e 8.7, no final deste capítulo, foram utilizadas medidas de energia
luminosa genéricas: mW/cm 2 e mW.
Apenas para efeito de comparação, a tabela abaixo mostra a relação entre a iluminância,
em lux, e diversas situações cotidianas.
Iluminância (lux) Superfícies iluminadas por
0,1.10-3 Noite sem lua, céu nublado
2.10-3 Noite sem lua (luz das estrelas)
50.10 a 360.10-3
-3 Lua cheia, sem nuvens
3,4 Imediatamente após o por do sol
50 Sala de casa residencial
100 Dia muito nublado
320 a 500 Iluminação de local de trabalho
1.103 Dia nublado
10.103 a 25.103 Luz do sol indireta
32.103 a 100.103 Luz do sol direta
179
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Uma informação que, embora óbvia, deve ser dada, é que todos os dispositivos optoele-
trônicos devem ser transparentes à radiação a que se destinam. Isso quer dizer que o material
de que são feitos deve poder ser visto através de seu encapsulamento quando se trata de
dispositivos que trabalhem na faixa de luz visível. Dispositivos infravermelhos ou ultravioletas
podem ter encapsulamentos coloridos, mas que permitem a passagem da radiação luminosa
emitida ou recebida por eles.
Existem dispositivos sensíveis à luz que funcionam de acordo com diversos princípios,
mas, atualmente, os constituídos por semicondutores são os mais utilizados. Eles se baseiam
no fato da luz ser composta de partículas denominadas fótons. Quando esses fótons atingem
a superfície do semicondutor, transferem energia aos elétrons deste, fazendo com que algumas
ligações covalentes sejam rompidas, o que aumenta a quantidade de elétrons e lacunas no
material e, por conseguinte, diminuem sua resistividade. Os dispositivos optoeletrônicos de
modo geral, obedecem a esse princípio: o aumento da luz incidente diminui a resistência elétrica
do dispositivo.
8.1 – Fotoresistores
180
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8.2 – Fotodiodos
181
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Este dispositivo é descrito acima como um fotodiodo PIN, o que significa que existe uma
camada de material semicondutor intrínseco I (sem dopagem) entre as regiões P e N do com-
ponente. Existe também outro tipo de fotodiodo denominado de avalanche, mais sensível e com
resposta mais rápida. Esses dispositivos têm uma resposta linear para uma determinada faixa
de comprimentos de onda, sendo, por isso, bastante usados em fotômetros, que são dispositi-
vos que medem a intensidade luminosa.
Outra informação é o pico de sensibilidade situado em 880nm, ou seja, a maior sensibi-
lidade do componente é na faixa do infravermelho. Essa é a faixa do espectro utilizada pelos
controles remotos (que possuem um LED infravermelho) de equipamentos residenciais, como
TVs. O ângulo de recepção é de cerca de 40º, o que explica porque, às vezes, os controles
remotos não funcionam se não estivermos bem em frente ao equipamento.
Na próxima página, são mostradas outras informações desse dispositivo, como a má-
xima tensão reversa (VBR=50V – BR=Breakdown avalanche, ruptura da junção); a faixa de sen-
sibilidade ao comprimento de onda (de 400nm até 1100nm, o que representa toda a faixa de
luz visível mais o infravermelho); a tensão direta (VF=1,3V); corrente reversa no escuro
(ID=10nA, onde o D significa Dark = Escuro); corrente reversa no claro (IL, de 15A a 25A,
onde L significa Light = Luz) e as velocidades de comutação (condução e não condução) repre-
sentadas pelos tempos de subida (Rise Time) e de descida (Fall Time), da ordem de 5ns, o que
significa que o componente pode trabalhar com velocidades relativamente altas de variação de
luminosidade.
No controle remoto de equipamentos residenciais, a emissão lu-
minosa é feita por um LED infravermelho, não visível ao olho humano,
mas que é percebido pelo equipamento a ser controlado (que possui um
fotodiodo ou um fototransistor). Uma forma de saber se o controle está
funcionando é apontá-lo para uma câmera de celular, cujo sensor con-
segue perceber a luminosidade IR e mostrá-la na tela. Outra é através
do circuito ao lado. O fotodiodo está ligado entre coletor e base do tran-
sistor, e polarizado reversamente. Quando é atingido por energia lumi-
nosa, sua resistência diminui, o que permite que circule corrente de base.
Essa corrente é amplificada e faz com que o LED ligado ao emissor
acenda. Resumindo: cada vez que ocorre um pulso luminoso gerado pelo
controle remoto, o LED acende. Na prática, ele ficará piscando.
Como a resistência de um fotodiodo é relativamente alta, mesmo
quando submetido a energia luminosa não foi utilizado um resistor de
base em série com o fotodiodo.
Dada sua sensibilidade a todo o espectro luminoso visível, é comum que os fotodiodos
sejam protegidos por um filtro óptico nos equipamentos receptores, para evitar interferência da
luz ambiente.
182
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183
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8.3 – Fototransistores
Vo Vo
Vo Vo
A B C D
185
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186
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CIRCUITO CIRCUITO
A B
100m
CIRCUITO CIRCUITO
A B
Caso sejam utilizados optoacopladores (circuito de baixo) os pontos comuns das fontes
serão isolados (haverá um “terra” ou negativo independente para cada fonte do circuito, verme-
lho e azul). Isso evita que, um distúrbio elétrico que atinja os cabos de comunicação se propa-
gue para dentro dos equipamentos A e B, ficando restrito aos cabos em verde no desenho.
187
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Existem diversos tipos desses dispositivos. A seguir serão mostrados alguns deles.
188
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O MCT6 é um optoacoplador duplo, enquanto que a família 4N3X tem saída Darlington.
189
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O H11AA1 tem dois LED invertidos na entrada, o que permite a ele trabalhar com pulsos
alternados.
190
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191
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192
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EXERCÍCIOS
8.1- Para o circuito testador de controles remotos da pág. 182, qual a diferença entre ligar o
LED e seu resistor limitador ao emissor (como está no circuito) ou ao coletor? Desenhe a mu-
dança e comente.
8.3- Nas simulações das pág. 186 e 187 foram utilizados dois osciloscópios em cada em cada
um dos circuitos. Os osciloscópios têm dois canais de entrada, e apenas um foi utilizado em
cada um deles. Por que a montagem foi feita dessa forma?
8.4- Um LED IR é alimentado com o sinal Vi mostrado abaixo (ele emite radiação quando a
tensão é positiva). Desenhe as formas de onda de sa-
ída Vo (ondas quadradas) dos dois circuitos mostra-
dos.
Vi
Vo
Vo
t (s)
Vo
A B
A
t (s)
Vo
t (s)
193
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Resp.: B
194
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195
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196
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197
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198
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Resp.: C
199
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Resp.: A
200
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201
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Resp.: A
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203
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9- Consolidando o Conhecimento
O diagrama da próxima página reúne componentes e circuitos vistos nos capítulos anteriores.
O desenvolvimento de técnicas de análise deste tipo de diagrama é muito importante na área técnica.
Uma forma de fazer isso é separar um circuito complexo como este em partes menores, estudar o
comportamento individual de cada uma delas e depois no conjunto. Desenhar um diagrama de blocos
também ajuda bastante.
À esquerda e abaixo do diagrama aparecem guias para se poder localizar facilmente qualquer
parte do circuito. Nas coordenadas B3 e B4, por exemplo, é mostrada uma ponte retificadora. Localize
os outros módulos do circuito indicando suas coordenadas e função, como no exemplo abaixo. Escre-
va o máximo que puder sobre a função de cada módulo. Tente também analisar o funcionamento do
circuito através do modelo no Multisim.
Atualmente, com a ajuda de reguladores integrados como o LM317 (vários projetos podem ser
encontrados na Internet), é possível construir fontes semelhantes de forma bem mais simples.
COORDENADAS FUNÇÃO
205
12V
9V
A 7,5V
6V
4,5V
3V C1
D2 D1
TIP31 R13
5V
VM D3 D4 Q2
+ 0,56W OUT
Prof. José Daniel S. Bernardo
.1mF
Q3
C3
330W R3
3V
270W R4
4,5V
D 6V
7,5V 470W
270W R5
9V
12V
270W R6
1 2 3 4 5 6 7
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207
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208
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EXERCÍCIOS
9.1 – As portas lógicas TTL (Transistor Transistor Logic ou Lógica Transistor Transistor) uti-
lizam, como o próprio nome diz, transistores para implementar funções lógicas. Pesquise o
diagrama interno (que contém, além de transistores, diodos e resistores) das portas 7400,
7404 e 7406 e analise o funcionamento de cada uma delas, tanto a nível de lógica digital
quanto de componentes discretos (transistores). Os manuais da Texas Instruments contém
esses diagramas internos.
209
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210
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Laboratório de Eletrônica I
V1 V2 V1 V2
VD VR
D D
ID IR
Vi Vi
VLp1 VLp1
POLARIZAÇÃO Lp1 POLARIZAÇÃO Lp1
DIRETA REVERSA
REVERSA
V V A V
11- Meça a resistência da lâmpada com o ohmímetro (DESCONECTE-A DO CIRCUITO
ANTES!) e em seguida calcule seu valor através das medições de tensão e corrente
(VLp1 e ID) efetuadas. Anote os valores obtidos na tabela.
MÉTODO RLp1
OHMÍMETRO
V1 V2
VRL
RL
Vi ID VD
POLARIZAÇÃO
DIRETA
0,5 2,0
0,6 3,0
0,7 4,0
0,8 5,0
0,9 6,0
V V V mA V V V mA
2
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b- Polarização reversa
V1 V2
VRL
RL
Vi IR VR
POLARIZAÇÃO
REVERSA
4,0 20,0
8,0 24,0
12,0 28,0
V V V mA V V V mA
A V
3
Curva característica do diodo
0,5
Prof. José Daniel S. Bernardo
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
-28 -26 -24 -22 -20 -18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Corrente (A)
-0,01
-0,02
-0,03
-0,04
-0,05
Tensão (V)
Eletrônica I
4
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4- A partir de que tensão começaria a aparecer corrente reversa significativa através des-
se diodo? O que aconteceria se essa tensão fosse alcançada?
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5
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6
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Laboratório de Eletrônica I
Experiência 2 - Retificação e filtragem
Parte 1 – Retificação de meia onda
Id (=I) +
220V RL C V3
PONTOS DE TERRA DO
OSCILOSCÓPIO E DO CIRCUITO
220
V V V V V mA
µF
(Vp) (Vef) (Vp) (Vméd) (Vméd) (Iméd)
C RL V1 V2
V1 V2
220
0 p 2p 3p 4p
t
0 p 2p 3p 4p
t
µF
8
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220
100
1K
V V V V V V mA
µF
(Vp (Vef) (Vp) (Vméd) (Vpp) (Vméd) (Iméd)
C RL V1 V2
V2
220
0 p 2p 3p 4p
t
V1
100
0 p 2p 3p 4p
t
V2
1K
0 p 2p 3p 4p
t
µF
9
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220
1000
1K
V V V V mA
µF
(Vp) (Vméd) (Vpp) (Vméd) (Iméd)
CANAL 2 (CH2)
* Vpico entre zero e o pico do sinal (não é o do display do osciloscópio)
** Vpp indicado no display do osciloscópio
C RL V2
V2
220
0 p 2p 3p 4p
t
1000
V2
1K
0 p 2p 3p 4p
t
µF
10
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V1 V2 O RESISTOR
ESQUENTA!
I
Id
D2 D1
220V - +
+ RL C V3
D3 D4
TERRA DO CIRCUITO
23- Meça com o multímetro ajustado para 20VCC a tensão no ponto V3 e anote na tabela.
24- Compare os resultados obtidos com o multímetro e com o osciloscópio.
25- Calcule a corrente I, dividindo Vo (valor médio medido pelo multímetro) por RL e Id (que
para retificação de onda completa será a metade de I) e anote-as na tabela.
26- Desligue o Canal 2 do osciloscópio do ponto V1, INCLUSIVE A GARRA DE TER-
RA.
27- Desligue o transformador.
28- Nas págs. 13 e 14 utilize os resistores de 220 e de 1K e os capacitores de 100µF e
1000µF, de acordo com as tabelas, e repita os passos de 16 a 27.
29- NÃO ESQUEÇA DE SEMPRE DESLIGAR O TRANSFORMADOR E AS PONTAS DE
PROVA DO OSCILOSCÓPIO ANTES DE EFETUAR ALTERAÇÕES NO CIRCUITO!
Retificação de onda completa em ponte sem filtro
OSCILOSCÓPIO MULTIM. CALC.
PASSO 20 23 24 26
VO VO Id
C RL Vi Vi VO I
(VCC) (VCC) (I/2)
220
V V V V V mA mA
µF
(Vp) (Vef) (Vp) (Vméd) (Vméd) (Iméd) (Iméd)
C RL V1 V2
V1 V2
220
0 p 2p 3p 4p
t
0 p 2p 3p 4p
t
µF
12
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220
100
1K
V V V V V V mA mA
µF
(Vp (Vef) (Vp) (Vméd) (Vpp) (Vméd) (Iméd) (Iméd)
C RL V1 V2
V1 V2
220
0 p 2p 3p 4p
t
0 p 2p 3p 4p
t
100
V1 V2
1K
0 p 2p 3p 4p
t
0 p 2p 3p 4p
t
µF
13
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220
1000
1K
V V V V mA mA
µF
(Vp) (Vméd) (Vpp) (Vméd) (Iméd) (Iméd)
CANAL 2 (CH2)
C RL V2
V2
220
0 p 2p 3p 4p
t
1000
V2
1K
0 p 2p 3p 4p
t
µF
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4- O que acontece com a tensão V o (Vméd) à medida que o ripple vai diminuindo?
5- É possível, através das medições efetuadas, observar a queda de tensão no(s) dio-
do(s)?
7- Calcule os valores teóricos através das fórmulas dadas no capítulo 2 e compare-os aos
resultados obtidos.
Outros comentários
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a- Polarização direta
V1 V2
RS
Vi ID Z VD
0,5 2,0
0,6 3,0
0,7 4,0
0,8 5,0
0,9 6,0
V V V mA V V V mA
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b- Polarização reversa
V1 V2
RS
Vi IZ Z VZ
4,0 12,5
8,0 13,0
10,0 14,0
11,0 15,0
V V V mA V V V mA
V W mA mA
18
Curva característica do diodo Zener 1N4742
0,5
Prof. José Daniel S. Bernardo
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
-14 -13 -12 -11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
Corrente (A)
-0,01
-0,02
-0,03
-0,04
-0,05
Tensão (V)
Eletrônica I
19
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V1 V2
RS
IS
Vi IZ Z IL RL VO
13,5
68 1000 14,0
14,5
15,0
V V V mA mA mA Ω
20
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V1 V2
RS
IS
Vi IZ Z IL
RL VO
MEDIDO CALCULADOS
Vi RL Vo VS IS IL IZ rz
1000
13,5 4700
10000
10000
15,0 4700
1000
V V V mA mA mA Ω
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3- Para a fonte estabilizada com tensão de entrada variável e carga constante da pág. 20,
analise e comente as variações das correntes I L, IS, IZ e também da resistência interna
do Zener, rz.
4- Repita a mesma análise do item anterior para a fonte estabilizada com tensão de entra-
da constante e carga variável da pág. 21.
Outros comentários
22