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Não é um tema muito conhecido e falado entre a maioria das pessoa comuns e
possui algumas particularidades. Vamos então discorrer um pouco sobre
alguns pontos desse mecanismo jurídico.
Sobre a posse
Art. 1.196 CC; “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”.
Assim, não se é exigido a intenção de ser dono ou poder físico sobre a coisa,
para então reconhecer a posse. A posse pode ser ainda dividida ente direta e
indireta. Na direta, existe real integração(físico) do bem, por exemplo, o
morador de um imóvel, o proprietário. Já na indireta, a pessoa não tem
integração com o bem e pode existir outra pessoa tendo, como por exemplo
ocorre em uma locação. Para exemplificar melhor, supomos que A alugou seu
apartamento para B. Assim, A tem a posse indireta, B a posse direta e a
propriedade do bem continua sendo de A.
Como já foi dito acima, sua natureza desta ação é petitória. Pois é uma ação
que visa a conferir posse, dar proteção ao direito de posse, e não a proteger
posse que já existe (fato jurídico da posse).
Em uma situação que você ainda não tem a posse ou faz tempo que não a
tem, uma das opções de ação, é a possessória indireta, neste caso, a ação de
imissão de posse. Imissão tem o sentido de ‘’autorização’’, sendo assim,
realizar esta ação significa que será feito um pedido ao juiz para entrar na
posse que ainda não se teve.
O caso mais comum em que vemos o uso desta ação, é quando ocorrem
compras de imóveis em leilão por exemplo, mas quando a pessoa chega no
imóvel, se depara com alguém morando nele e esta pessoa se nega a deixar o
imóvel. Mas também pode ocorrer esse fato em comprar entre particulares.
Se faz válido também citar o artigo 78, § 3º da ADCT (Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias) Que são regras que estabelecem a harmonia da
transição do regime constitucional anterior (1969) para o novo regime (1988).
Artigo 78, § 3º; O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para
dois anos, nos casos de precatórios judiciais originários de
desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que
comprovadamente único à época da imissão na posse.
Existem alguns requisitos para realizar a ação de imissão de posse, como por
exemplo, individualização precisa, prova de a pessoa possui domínio sobre a
propriedade e somente não está usufruindo do mesmo por resistência em sair
da pessoa que está no imóvel, prova da utilização injusta e da perda de
legitimidade do antigo proprietário. Se o proprietário tiver provas de posse
injusta por parte de quem está ocupando seu imóvel, que é quando ocorre a
posse por exemplo por violência física, moral ou de forma clandestina, aumenta
então a possibilidade de conseguir medidas durante o processo como uma
tutela antecipada.
Conclusão
Referências
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10655278/artigo-1196-da-lei-n-10406-de-
10-de-janeiro-de-2002
https://migalhas.uol.com.br/depeso/277565/a-posse-no-direito-brasileiro
https://joseagostinhoneto.jusbrasil.com.br/artigos/247469407/a-evolucao-do-
conceito-de-posse-atraves-das-teorias-de-savigny-ihering-e-
saleilles#:~:text=Ihering%20entendia%20que%20a%20posse,outro%20exercia
%20os%20direitos%20de
https://direito.legal/direito-privado/o-que-e-imissao-na-posse/#:~:text=Imiss
%C3%A3o%20na%20posse%20%C3%A9%20ato,entre%20particulares%2C
%20mediante%20acordo%20extrajudicial.
https://www.conjur.com.br/2019-abr-28/imissao-posse-ajuizada-antes-registro-
cartorio
http://www.marcoaurelioviana.com.br/artigos/direito-das-coisas/direito-civil-
processo-civil-artigo-acao-de-imissao-na-posse-jus-possidendi-e-jus-
possessionis/
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/conadc/1988/constituicao.adct-1988-5-
outubro-1988-322234-publicacaooriginal-1-pl.html