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Carga Térmica - ABRAVA
Carga Térmica - ABRAVA
Patrocínio:
Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Carga Térmica
Condicionamento de Ar
1
Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Introdução
O calculo rigoroso da carga térmica é de vital importância para o projeto de
condicionamento de ar.
(1)
A carga térmica é definida como o calor sensível e latente a ser fornecido ou extraído
do ar por unidade de tempo, para manter as condições desejadas no recinto a ser
climatizado.
A capacidade do equipamento se determina com as exigências instantâneas de máxima
carga real ou efetiva. Geralmente é impossível medir com exatidão as cargas reais
máximas de um recinto, o que se faz é uma estimativa dessas cargas, existem diversos
métodos de calculo, todos eles baseados em diversas tabelas e gráficos. Como existem
diversos métodos para fazer isto, com precisão muito próxima, usaremos os métodos
aplicados pela TRANE, sendo este aprovados pela ASHRAE (American Society of
Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers) e apoiados por tabelas da ABNT
(1) Calor extraído, conhecido como “carga térmica de verão”, aonde nosso curso será
enfatizado. O calor fornecido é conhecido como “carga térmica de inverno”.
Sistema de Unidades
Procuramos utilizar durante este curso as unidades oficialmente definidas no Sistema
Internacional (SI) contudo como o mercado esta ainda esta acostumado a trabalhar no
antigo sistema vigente no Brasil, ou seja o Sistema Métrico (SM) e no ultrapassado
Sistema Britânico (SB), estas unidades de medidas poderão aparecer durante os cálculos
da carga térmica.
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Definição de TR (2)
A definição de TR refere-se ao calor necessário para que uma tonelada (no sistema
britânico) de gelo, que esteja a temperatura de 0 0C, seja derretido e transformado
totalmente em água a 0 0C, em um período de 24 horas.
Para que 1 kg de gelo 0°C passe para o estado liquido a 0°C é necessário
fornecer 80 Kcal/Kg (Fator de calor latente = energia térmica) eqüivale a 144
BTU/Lb
Sistema métrico 1 tonelada = 1000Kg.
Sistema britânico = 2000Lb (tonelada curta)
QL = m x L
Onde:
QL = calor latente;
m = massa;
L = fator de calor latente.
QL = m x L
QL = _Q = 288.000 BTU
Tempo 24 horas
QL = 12000BTU/h = 1TR.
(2) Apesar de ser ainda muito utilizado, no Brasil e nos Estados Unidos, este antigo sistema
britânico de unidades de carga térmica em BTU/hora ou TR, é considerado como
ultrapassado na maioria dos países desenvolvidos do mundo onde são utilizados sistemas
mais modernos como KW, KJ/seg., KJ/hora ou Kcal/hora.
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Estudo do local
Para uma estimativa realista da carga térmica de condicionamento de ar, um
estudo mecânico e arquitetônico do local devem ser considerados nos seguintes
aspectos:
1°. Orientação do edifício: Observar a situação do local a ser condicionado com relação
a:
Pontos cardeais, necessários para o estudo da incidência solar e vento sobre o
ambiente a ser condicionado.
Vizinhos, se existe alguma construção que cause sombra.
Superfícies geradoras de reflexo sobre o ambiente a ser condicionado, tais como a
água (lagos, rios), estacionamentos, prédio vizinho com vidros reflexivos etc..
2°. Destino do local: Determina para que fim se destina o local, por exemplo; biblioteca,
sala de aula, teatro, escritório, banco e etc.. Está informação fornecera dados e subsídios
para que saibamos dados tais como:
Temperatura do ambiente a ser condicionado, dissipação de calor pelas pessoas.
4°. Teto: Verificar se existe espaço (altura) entre o piso e o forro para instalar os dutos de
maneira que o pé direito não fique muito baixo.
5°. Colunas e vigas: Verificar se existem vigas, colunas e luminárias que poderão
interferir no projeto da distribuição da rede de dutos e difusores.
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Observar também se o piso esta sobre o solo, porão ou área ocupada (determinando se
existe ou não condicionamento de ar).
9°. Portas: Tipos (Giratórias, Guilhotina, Basculante). Dimensões, cor, tipo de material
(madeira, vidro, plástico, etc.) e quantidade, como também, se elas permanecerão
fechadas ou abertas, e se o ambiente externo a ela tem condicionamento de ar.
10°. Condições externas (vizinhos): Conforme já foi mencionado no item n°1 e n°7.
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Equipamentos e serviços
5) Ponto de água: É necessário que exista dentro da casa de máquina ponto de água
potável para manutenção do equipamento
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Carga Térmica Interna é denominada a carga térmica que tem seus valores devido à
carga de calor gerada no próprio local a ser condicionado.
Podemos citar como carga térmica interna:
1) Pessoas
2) Iluminação;
3) Utensílios e equipamentos;
4) Maquinas elétricas;
5) Motores elétricos;
6) Tubos e dispositivos de água quente;
7) Outras fontes de calor.
(1) O ar externo para renovação, tende a aumentar a capacidade do equipamento que será
utilizado para vencer a carga térmica do local, e o mesmo será levado em consideração no
momento da escolha deste equipamento, e não durante o calculo da carga térmica do local.
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CALCULO
Todo o material que compõe uma determinada superfície possui uma “Resistência
Térmica” RT a passagem de calor, em situações que ocorrem efeitos combinados de
transmissão de calor por condução e convecção, é interessante ter uma noção de
“Resistência Térmica Total” de um sistema.
Seria muito pouco prático, se, cada vez que se fizesse uma alteração da temperatura em
uma superfície onde está havendo Transmissão de Calor (Q) , fosse necessário recalcular
todas as resistências térmicas.
Define-se então um termo o qual aplicado a uma equação simplificada nos fornecerá a
nova quantidade de calor transferida, desde que, evidentemente, não ocorram variações
que alterem as características do material e espessura que compõe a superfície ou seja
não altere sua Condutibilidade Térmica ou os Coeficientes de Transmissão de Calor.
Esse termo denomina-se “Coeficiente Global de Transmissão de Calor”, cujo símbolo é
“U”
Quando utilizamos o “Coeficiente de Transmissão de Calor” (U) a equação da
Transmissão de Calor (Q) para qualquer tipo de parede, ou superfície será a seguinte:
Q U . A.(T )
Onde:
Q = Transmissão de calor
U = Coeficiente Global de Transmissão de Calor
A = Área de troca de calor
T = Diferença de Temperatura entre os fluídos
Unidades do “Coeficiente Global de Transmissão de Calor – U”
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1.1. Coeficiente Global de Transmissão de Calor (U), para uma “Superfície Plana
Simples”
Q
•
T1 T2
Onde:
T1 = temperatura do lado 1 [ºC]; [ºF]; [ºC]
T2 = temperatura do lado 2 [ºC]; [ºF]; [ºC]
e = Espessura das paredes [m]; [ft]; [m]
K BTU W
K = Condutividade térmica da parede ; ;
h.m, º C h. ft .º F m.º C
Kcal BTU W
h1 = coeficiente de película do lado 1 2
; 2
; 2
h.m .º C h. f .º F m .º C
Kcal BTU W
h2 = coeficiente de película do lado 2 2
; 2
; 2
h.m .º C h. f .º F m .º C
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A.Tt
Q
1 e 1
h1 K h2
Onde:
1 e 1
= RT Resistências Térmicas por Unidade de Área.
h1 K h2
1 1
U= ou seja U=
RT 1 e 1
h1 K h2
Q U . A.(T )
Onde:
Como no caso anterior, onde foi deduzida a equação da Transmissão de calor por
condução, por uma parede simples, vamos utilizar o mesmo raciocínio, para paredes
planas superpostas, ou em série, como pode ser observado na figura abaixo:
Fluído 1
Fluído 2
Película 1 Parede 1 Parede 2 Parede 3
k1 k2 k3 Película
Película 2 2
h1
h2
Q
T1 T2
e1 e2 e3
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Onde:
K BTU W
K1; K2; K3 = Condutividade térmica das paredes ; ;
h.m, º C h. ft .º F m.º C
Kcal BTU W
h1 e h2 = Coeficiente de película dos lados 1 e 2 2
; 2
; 2
h.m .º C h. f .º F m .º C
Kcal BTU
Q = transmissão de calor ; ;[W ]
h h
A.(T )
Q ou Q U . A.(T )
1 e1 e e 1
2 3
h1 K1 K 2 K 3 h2
Onde:
1 e1 e2 e 1
3 = RT Resistências Térmicas por Unidade de Área
h1 K1 K 2 K3 h2
Sendo:
(U) O Coeficiente Global de Transmissão de Calor, para fluídos separados por superfícies planas
superpostas (paredes em série)
1 Kcal BTU W
U= e suas unidades 2
; 2
; 2
1 e1 e e 1 h.m .º C h. f .º F m .º C
2 3
h1 K1 K 2 K3 h2
.
Onde:
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Enchimento de
Madeira KM Espessura da Divisória eD = 5,5 cm
Espessura do Eucatex eE = 5,0 mm
Eucatex KE Espessura do Cavaco eM = 2,25 cm (1)
eD
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1 Kcal
U Udiv 1,0467
1 0,005 0,0225 1 0,005 1 h.m 2 .º C
19,5 0,034 0,075 5,36 0,034 8,1
Telha Fibrocimento KF
hE eF
Camada de Ar CAR
Paredes
hI
eI
Onde:
Coeficiente de Película (h) – Nota acima
Espessura da Telha eF = 6,0 mm Interno hI = 8,1 Kcal / h.m2.0C
(Telha de Fibrocimento) Externo hE = 19,50 Kcal / h.m2.0C
Espessura do Isolante eI = 2,5 cm
(Forro de Lã de Vidro)
(2)
AI / AF = 0,9
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1
U
1 elv 1 et 1
0,9 x
hi Klv Catico Kt he
1
U
1 0,025 1 0,006 1
0,9 x
8,1 0,034 5,36 0,35 19,5
Kcal
UForro = 0,9034
h..m 2 .o C
1.3.3. Coeficiente global de transmissão de calor U – Piso
O piso é constituído de piso de madeira (tacos), sobre uma laje de concreto, conforme
desenho abaixo;
eT
eT
hI Taco Madeira KM
Argamassa K A
Concreto KC
eC
Argamassa K A
hE
Onde: eA
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1
U
1 etaco ea ec ea 1
hi Ktaco Ka Kc Ka he
1
U
1 0,01 0,02 0,13 0,02 1
8,1 0,14 0,62 1,22 0,62 19,5
Kcal
Upiso 2,3967
hm 2 º C
Porta KV
Espessura da Porta eP = 10 mm
(Vidro Comum)
eP
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1
Uporta
1 e. porta 1
he Kporta hi
1
Uporta
1 0,01 1
19,5 0,68 8,1
Kcal
Uporta 5,2786
hm 2 º C
hE hI
eV
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1
Uvidro
1 evidro 1
he Kvidro hi
1
uvidro
1 0,003 1
19,5 0,68 8,1
Kcal
Uvidro 5,5819
hm 2 º C
Tijolo de Barro KT
Espessura da Argamassa eA = 2,0 cm
Argamassa (Argamassa de Cimento)
KA Espessura do Tijolo eT = 18,0 cm
(Tijolo de Barro Comum)
1
U
1 e1 et e1 1
hi Ka Kt K1 hi
1
U
1 0,02 0,16 0,02 1
19,5 0,62 0,62 0,62 8,1
Kcal
Uparede(int ernas) 2,0108
h.m 2 .o C
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eT eA
1
Upc
1 e1 et e1 1
hp K1 Kt K1 hi
1
Upc
1 0,02 0,36 0,02 1
19,5 0,62 0,62 0,62 8,1
Kcal
Upc 1,2197
hm 2 º C
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É a quantidade de calor que é transmitido através das superfícies, devido a uma diferença
de temperatura, pode ser calculado conforme a equação abaixo.
Qc = A . U. (T)
Onde:
Qc = transmissão de calor por condução Kcal/h ou W
A = área da superfície m 2; m2
U = coeficiente global de transmissão de calor Kcal/h . m 2 . °C ou W/ m2 . °C
T = diferença de temperatura (Text – Tsala) °C ou K.
Qc Total 3.057,70
(1) As temperaturas externas de diversas cidades (capitais) brasileiras são tabeladas segundo
a norma NBR 16401, conforme tabela abaixo, onde para este projeto, para cidade de São
Paulo, adotou-se uma temperatura media de verão T BS = Text = 32 0C.
(2) A temperatura interna é uma condição de projeto para conforto, que em nosso caso foi
estabelecida como TInt = Tsala = 24 0C 1 0C.
(3) A temperatura do corredor será (Text. -30C) = 29 0C, este 30C é o diferencial de tempertura
devido ao corredor ser um ambiente externo, porém coberto.
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Temperaturas Externas
Fonte: NBR 16401 segundo recomendação do ASHRAE Fundamentals Handbook 2005 – Capitulo 28
Qc = 3.057,70 Kcal/h.
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(1) Esta tabela da TRANE AIR CONDITIONING foi elaborada e adaptada para ser usada a 30 0
de latitude sul.
Qi = Ai . U . Teq
Onde:
Qi = Calor ganho por insolação Kcal/h; W.
Ai = Área da superfície que recebe insolação m2; m2·
U = Coeficiente global de transmissão de calor Kcal/ h x m2 x °C; W/ m2 x °C.
Teq = Temperatura Equivalente (2) ou Gradiente de Temperatura °C; °C
Tabela 9.7 , 9.8 e 9.9 : Insolação em diversos horários, para Superfícies Opacas,
paredes e telhado, em função da orientação geográfica e cor
da superfície.
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TABELA BASICA
SUPERFICIE PAREDE VIDROS TELHADO
DIREÇÃO DAS FACES O O (-)
TOTAIS / Kcal/h
A [ m2 ] 13,2 23,7 52,48
U [ kcal / h m2 ºC] 1,22 5,58 0,90
A . U [kcal / h / ºC] 16,10 132,29 47,41
HORAS SOLARES ∆T ∆T
Q Q ∆T Q
0,00 0,00 0,00
9 80,60
0,00 0,00
9,40
10 445,66
0,00 0,00 445,66
15,00
11 711,16
0,00 0,00 711,16
20,00
12 948,21
0,00 0,00 948,21
10,00 22,10
13 2.370,68
0,00 1.322,91 1.047,77
29,40 23,50
14 5.003,50
0,00 3.889,36 1.114,15
15 6.781,36
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Qi = 7.507,61 Kcal/h.
4.1. Introdução
É o calor fornecido ao ambiente a ser climatizado pelas lâmpadas de iluminação artificial.
Podemos estabelecer que a potência elétrica da lâmpada será a mesma do calor
fornecido ao ambiente a ser climatizado (1)
.
(1) Na realidade nem toda potência elétrica da lâmpada é transformada em calor, pois uma parte
desta energia é transformada em luminosidade e o restante em calor.
A equação que utilizamos para determinar o calor fornecido por iluminação por lâmpadas
incandescentes será:
QL= N . W (W)
Onde:
QL= calor de iluminação Kcal/h; W.
N= n° de lâmpadas.
W= potência da lâmpada W.
0,86= fator de conversão W x 0,86=Kcal/h
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Onde:
0,86= fator de conversão w x 0,86=Kcal/h
1,25= porcentagem (25%) de calor liberado pelo reator. Esta porcentagem pode ser
desprezada se o reator for eletrónico.
QL= A . W (W)
2
m
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5.1. Introdução
QES = PS (W)
QES = PS . 0,86 (Kcal/h)
Onde:
Nota: Nos anexos Tabela 13A e 13B os valores para o calor liverado por micro
computadores e impressoras são menores, mas nos presentes cálculos eles estão
super dimensionados.
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Quando não temos a informação do n° de pessoas que ocupará o local, sendo assim
devemos nos informar com o responsável da obra, caso este não possua a informação ,
deveremos consultar o “Código de Obras do Município”, e para prédios de locais de
trabalho consultar as normas do “Ministério do Trabalho” que fornece o n° de ocupantes
por metro quadrado, em função da finalidade de uso do mesmo. Como referência, mas
não em substituição aos Código oficiais, podemos também, utilizar a Tabela 1 NBR
(1)
16401-1. , que fornece o valor em metros quadrados que cada pessoa deve ocupar em
um determinado local, pessoas / 100 m2 .
(1) A Tabela 9 é apenas referencial, jamais deve ser usada como valor definitivo, devemos
sempre dar preferência para o Código de Obras do Município ou as NBR do ministério do
Trabalho.
A Previsão do número de pessoas (NP) em função da área do local pode ser encontrado o
da seguinte maneira:
NP = A . FOC / 100
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Onde:
NP = Previsão do número de pessoas
A = Área do local (m2)
FOC = Fator de ocupação do local (tabela 1).
Por exemplo, caso não soubéssemos o número de alunos que ocuparão a sala de aula
n028,
NP = A . FOC / 100
NP = 19 pessoas
Este valor não esta tão próximo do que foi utilizado no projeto da sala 28, onde a
quantidade real é de 36 pessoas.
7.1. Introdução
O ar externo ao ser introduzido no ambiente climatizado pelas frestas de portas e janelas,
aberturas de portas tendem a aumentar o Calor Sensível QIAS e Calor Latente QIAL no
ambiente.
Este ar tem sua vazão dependente do tamanho da abertura e da velocidade do vento,
como esse calculo pode tornar-se muito complexo a NBR 16401 recomenda a utilização
das tabelas Tabela 07 e Tabela 08 dos anexos.
Tabela 07: Determina valores médios para a infiltração de ar, em m3 / h.pessoa, no
momento em que uma pessoa passa por uma porta, tipo Giratória ou Vai-e-
Vem. Esta tabela também fornece parâmetros para a infiltração de ar
externo no ambiente quando uma determinada porta esta constantemente
aberta.
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Nota: O calculo da carga térmica poderia ter sido finalizado neste momento com a escolha de um
aparelho condicionador de ar que tivesse uma capacidade maior ou igual a 15.574,06
Kcal/h, contudo é necessario que se realize uma renovação de ar no ambiente, colocando
no interior do mesmo uma quantia de ar externo para higienização, este processo
acarretará em um aumento do valor da carga térmica, o qual sera calculado no capitulo a
seguir.
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Capacidade do Equipamento
Notas de aula do prof. Valter GERNER
Introdução
Calculada a carga térmica do local que se deseja climatizar, o próximo passo para a
escolha de um equipamento condicionador de ar, de uso comercial, adequado, para isto
será necessário calcular:
Vazão de Ar de Insuflação
Capacidade Térmica do Equipamento
VAZÃO DE AR DE INSUFLAÇÃO
(1) Estamos utilizando aqui a palavra Insuflação, ao contrario da palavra normalmente usada
que não existe na língua portuguesa Insuflamento.
(2) A Linha de Razão que estamos nos referindo é referente ao local, contudo a Linha de
Razão, também, pode ser Total, e representa o balanceamento térmico da instalação,
incluído todas as cargas de calor sensível e latente que procedem do ar exterior de
renovação.
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
uma reta que passa pelos pontos das condições da sala (S) e do ar insuflado (I), ou seja,
representa o caminho energético do ar insuflado que esta sendo difundido na sala.
O fator de calor sensível do local (fcs), é representado na carta psicrométrica por uma
reta, e a sua inclinação determina um número de graus de temperatura de bolbo seco
(TBS), por um número de gramas de conteúdo de umidade. A inclinação desta linha, indica
então, a relação entre as trocas de calor latente e sensível que ocorrem na sala, e a
determinação deste valor é vital para a seleção de estados econômicos da insuflação de
ar que será feita na sala.
Para se manter a sala com uma determinada temperatura (TBS) e umidade relativa (UR)
fixadas em projeto o ar insuflado devera estar sempre localizado sobre a linha do fator de
calor sensível do local (fcs), se isto não ocorrer, ou uma temperatura errada ou uma
umidade errada será mantida na sala.
A equação Fator de Calor Sensível (fcs) é:
1 Calor Sensível Q TS
fcs = = =
m Calor Total Q TT
Após ter calculado o fator de calor sensível (fcs) ele pode ser localizado na “Escala do
Fator de Calor Sensível” (ao lado da escala do teor de umidade).A partir desse valor
deve ser traçado uma reta, denominada “Linha de Fator de Calor Sensível” (conforme
linha tracejada na figura abaixo) que passe pelo “Ponto de Referência” o qual é
localizado na maioria das cartas psicrométricas a uma TBS = 24 0C e UR = 50 % ,
conforme pode ser verificado na carta psicrométrica da Tabela 18 , Tabela 20 e 21.
Esta reta que representa o fator de calor sensível do local (fcs) é transferida,
paralelamente, utilizando-se régua e esquadro, passando pelo ponto S que representa os
estados da sala de TBSS e URS, conforme linha cheia na figura abaixo.
50%
Linha de Fator de Calor Sensível
URS
Ponto de Referência
Paralelas
Linha de Fator de Calor
Sensível, passando pelo
ponto da sala S
fcs
S
I
24 0C
1.2. Multiplicador (m)
TBS
TBSS 35
Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
O multiplicador (m) é um adimensional que representa a razão entre o Calor Total (QTT )
e o Calor Sensível (QTS) da carga térmica de um ambiente, ou seja o multiplicador é o
inverso do Fator de Calor Sensível é o inverso do multiplicador.
Seu significado indica ,quanto do calor sensível esta contido na carga térmica total, ou
seja pode ser usada para determinar as condições do ar insuflado necessario para manter
uma temperatura e umidade em um dado local..
O multiplicador é representado na carta psicrométrica por uma reta que passa pelos
pontos das condições da sala (S) e do ar insuflado (I), ou seja, representa o caminho
energético do ar insuflado que esta sendo difundido na sala. A equação do multiplicador
é:
Calor Total QTT
m= QTS =
=
Calor Sensível QTS
Escala do Multiplicador
m
URS
m
Paralelas
S
I
TBSS
Após o multiplicador ser calculado ele pode ser localizado na forma de uma reta na
“Escala do Multiplicador”, que se encontra na carta psicrométrica (no caso da carta
psicrométrica que estamos utilizando, para São Paulo-SP, será a Tabela 19), e
transferido, na forma de uma paralela, utilizando-se régua e esquadro, para dentro da
carta psicrométrica, passando pelo ponto S que representa os estados de TBSS e URS,
conforme figura acima.
.1.3. Calculo do multiplicador (m) (3)
O multiplicador (m) da sala 28, será:
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
(3) Em projeto utilizamos somente uma das razoes da sala ou o Fator de Calor Sensível (fcs)
ou multiplicador (m), o mais importante é que a carta psicrometrica seja referente a altura
do local que esta nosso projeto de condicionamento de ar da sala 28, que se encontra na
cidade de S.Paulo –SP.
2. Temperatura de Insuflação T I
A temperatura de insuflação (TI), é determinada na carta psicrométrica, passando a reta
do multiplicador ou do fator de calor sensível pelo ponto que representa as condições da
sala (S) e o ar insuflado (I). A Temperatura de Insuflação (TI) será determinada no ponto
quando esta reta cortar a linha de Umidade Relativa de 90 %, que será o ponto de
insuflação (I).
UR = 90%
m = 1,15
m=1.1 URS
5
S m
37
TI TBSS
Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Conclusão: Para que tenhamos uma temperatura ambiente de 24°C com UR 55%, para
as condições de calor sensível e latente calculada, é necessário que o ar
seja insuflado na sala com Ti = _______°C e UR 90%.
QTS = mI x CAR x T
Onde:
QTS = Carga Térmica Sensível (Kcal/h)
mI = Vazão de Ar de Insuflação (Kg/h)
CAR = Calor especifico médio do ar (0,24 Kcal / Kg °C) ; (1,0 KJ / Kg °C)
T = TBSS - TI = difusão (0C)
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QTS = mI x CAR x T
_____________ Kcal/h = mI x ________ Kcal / Kg °C x (_____ - _____) 0C
mI = 7.043,50 kg / h
VI = mI x AR
Onde:
VI = Vazão de Ar volumétrica de Insuflação (m 3l / h)
mI = Vazão de Ar em massa de Insuflação (Kg/h)
AR = Volume Especifico do ar de Insuflação (m 3 / Kg ) (1)
VI = mI x AR
VI = ___________ kg / h x _______ m3 / Kg
VI = 6.409,58 m3 / h
39
Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Nos cálculos acima foi determinado a Vazão de Ar de Insuflação (mI) e a sua respectiva
temperatura de Insuflação (TI) para manter o local a ser climatizado nas condições de
projeto desejadas (TBSS e URS) retirando-se a carga térmica da mesma. Estes valores de
vazão e temperatura de insuflação serão fornecidos pelo equipamento condicionador de
ar, contudo deseja-se também determinar qual será a capacidade deste equipamento.
Não pode-se definir que a capacidade térmica do condicionador de ar seja a que foi
calculada como Carga Térmica Total (QTT ) do local, pois será necessário ainda em um
ambiente a ser condicionado que se coloque uma quantidade externa de ar com a
finalidade de higienização, a qual chamaremos de Ar de Renovação , este acréscimo de
ar, que tem a mesma temperatura do ar externo (TBSE), aumentara a quantidade de calor
a ser removido pelo equipamento de condicionador de ar daquela calculada na Carga
Térmica.
Vef = P. Fp + A . FA
Onde:
Vef = Vazão de ar externo para renovação L / s
P= Número de pessoas no local
FP = Fator de ar exterior por pessoa L / s . pessoa
A= Área útil do local ocupada
FP = Fator de ar exterior pela área útil ocupada L / s . m²
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Vef = P. Fp + A . FA
Vef = _______. ______ + ______ . ______
(x 3,6 para passar de L/s para m³/h)
Vef = 967,62 m3/ h
VI = VREN + VRET
Ou seja
VRET = VI - VREN
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Difusor
TBSI
mRET
mI
URI = 90 % T
TBSS
TBSS URS URS
mI
Sala
mRET
mI
Evaporador
mI mREN
mMIS
(Mistura) TBSE URE
Condicionador de AR
42
Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Os valores podem ser colocados na carta psicrométrica conforme figura abaixo, aonde
pode ser observada a Linha da Mistura, que é traçada por uma reta ligando o estado do
ar da sala (TBSS e URS) representando o ar de retorno, e o ar externo (TBSE e URE),
representado o ar de renovação.
Pode ser observado que sobre a Linhas de Mistura esta o ponto conhecido como Ponto
de Mistura (M), que representa o estado do ar de mistura dentro da carta psicrométrica.
TBSMIS = 25,2 0C
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
QT = mI . ( hI – hMIS )
Onde:
QT = Calor Total a ser retirado do ar polo condicionador de ar (Kcal/h)
mI = Vazão de ar de insuflação = mMIS = Vazão de ar de mistura (kg / h)
hI = Entalpia do ar de insuflação (kcal/kg) (Carta Psicrométrica)
hMIS = Entalpia do ar de mistura (kcal/kg) (Ponto de mistura na Carta Psicrométrica)
O calor total retirado do ar que passa pelo condicionador de ar, ou seja a Capacidade
Térmica do Equipamento (QT), pode ser representado na carta psicrométrica, por uma
linha reta que sai do ponto que representa o ar de mistura (M), com sua respectiva
temperatura (TBSMIS), ate o ponto que representa o estado do ar de insuflação com sua
respectivas temperaturas e umidade relativa (TI e URI = 90 %), esta reta pode ser
observado no desenho da carta psicrométrica abaixo;
Ponto de Insuflação S
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
QT = mI . ( hI – hMIS )
QT = ___________ kg / h . ( _____ – _____ ) kcal/kg
QT = 22.539,20 kcal / h
A capacidade do equipamento (1) condicionador para ser utilizado na sala 28, de nosso
projeto demonstrativo, deve ter as seguintes características
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Carga Térmica em Condicionamento de Ar Marcelo S. Jordão
Tabelas
Tabela 1 - Gradiente de temperatura em função das variáveis relativa a própria
temperatura
Valores de t para Superfícies Opacas
Cores: Preto, Cinza-Escuro
Direção da Face
Hora SE E NE N NO O SO Telhado
8 3.3 3.9
9 14.5 19.5 8.3 5
10 19.5 8.3 16.1
11 14.7 22.1 15.6 25.5
12 6.7 15 13.4 0.5 32.7
13 6.1 7.8 2.8 36.8
14 1.1 3.3 1.1 38.2
15 2.8 7.8 6.1 36.8
16 0.5 13.8 15 32.7
17 15.6 22.1 13.4 25.5
18 14.5 24.5 19.5 16.1
19 8.3 19.5 14.5 5
20 3.9 3.3
Tabela 12
Condutibilidade Térmica : Materiais de Construção:
Materiais W Kcal Kcal x mm BTU BTU x pol.
m x ºc h x m x ºc h x m2 x ºc h x ft x ºF h x ft2 x ºF
Painéis para construção:
Placa de Asbestos Cimento 0,574 0,495 495 0,331 3,972
Materiais Isolantes:
Placas de Manta:
Fibras de lã mineral (rocha, escória ou vidro) 0,038 0,03344 33,44 0,021 0,252
Feltro
Fibra de Madeira 0,035 0,031 30,96 0,020 0,24
Materiais em Placas:
Placa de Gesso Agregado de Areia 0,22 0,1892 189,2 0,127 1,524
Vermiculite
Placa de Cimento Agregado de Areia 0,718 0,619 619 0,414 4,968
Gesso:
Gesso 0,48 0,41 410 0,277 3,324
Metálicas
Concreto:
Concreto Geral 1,42 1,22 1220 0,820 9,84
Tijolos:
Tijolo de Barro:
Tijolo de Argila 1 furo (10 cm de 0,52 0,4472 447,2 0,300 3,6
espessura)
Tijolo de Argila 3 furos (30 cm de 0,69 0,5934 593,4 0,398 4,776
espessura)
Tijolo comum 0,72 0,62 619 0,416 4,992
Com 2 furos retangulares (20 cm de espessura) 1,1 0,946 946 0,635 7,62
Com 2 furos preenchidos (20 cm de espessura) 0,6 0,516 516 0,346 4,152
Agregado com cinzas 3 furos (20 cm de 0,67 0,576 576 0,387 4,644
espessura)
Tijolo Cerâmico (Bloco Baiano):
Com 06 furos (10 cm de espessura) 1,392 1,2 1200 0,804 9,648
Telhas:
Telhado Fibrocimento 0,406 0,35 350 0,2346 2,8152
Telha oca de Barro, Elemento de Fundo 0,509 0,439 439 0,294 3,528
Madeiras:
Madeira Dura em Geral 0,16 0,14 140 0,0924 1,1088
JANELA/VIDRO:
Vidro Comum 0,78 0,68 680 0,4507 5,4084
MATERIAL DE ACABAMENTO
CIVIL:
Mármore 2,80 2,41 2410 1,6181 19,41744
METAIS:
Alumínio 208 179 179000 120,203 1442,436