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Digestivas
1
OBJETIVO
Conceito
Classificação
Fisiopatologia
Avaliação Nutricional
Terapia Nutricional
2
POLITRAUMA
3
EPIDEMIOLOGIA
Traumatismo
Grego ‘trauma’: lesão/ferida/dano
Ações violentas, físicas ou químicas (externas ao organismo)
Politraumatismo
5
Butcher et al. J Trauma Acute Care Surg. 2014 ;77(4).
ÍNDICES DE GRAVIDADE
Definição da Probabilidade
Fator decisivo
gravidade de sobrevida
7
Pereira GA, et al. Medicina, Ribeirão Preto. 1999; 32: 237-250
ÍNDICES DE GRAVIDADE
Pontuação varia de 0 a 8
Quanto maior o valor, melhor será o
prognóstico
8
CHAMPION HR. Trauma score. Crit Care Med 9:672–676,1981.
Escores do RTS para cada parâmetro Probabilidade de sobrevida para RTS
10
ÍNDICES DE GRAVIDADE
O ISS é calculado após a classificação dos índices mais graves de cada uma
das seis regiões, escolhendo-se os três valores das AIS mais altos em
segmentos corpóreos diferentes e realizando-se a soma dos quadrados
desses índices.
12
BAKER SP et al. J Trauma, 1974.
FISIOPATOLOGIA
Ressuscitação cardiocirculatória
15
Rogobete et al. Burns & Trauma . 2017; 5:8
RESPOSTA METABÓLICA
Manutenção da perfusão
tecidual
16
Rogobete et al. Burns & Trauma . 2017; 5:8
RESPOSTA METABÓLICA
2ª Fase
“flow phase”
Paciente Proporcional a
politraumatizado intensidade da lesão
Hipermetabolismo
Hipercatabolismo
17
Rogobete et al. Burns & Trauma . 2017; 5:8
RESPOSTA METABÓLICA
Aumento na concentração de hormônios catabólicos (estresse):
Glucagon
Depleção de glicogênio hepático e muscular
Cortisol
Glicogenólise - Glicose
Catecolaminas
HIPERGLICEMIA
Alterações no
metabolismo
(CHO, LIP, PTN)
Toledo D. Terapia Nutricional na UTI. 2015 18
Rogobete et al. Burns & Trauma . 2017; 5:8
RESPOSTA METABÓLICA
Aumento na concentração de hormônios catabólicos (estresse):
Glucagon
Catecolaminas
AG livre – Gliconeogênese – GLICOSE
Substrato energético para tecidos
Alterações no
metabolismo
(CHO, LIP, PTN)
Toledo D. Terapia Nutricional na UTI. 2015
19
Rogobete et al. Burns & Trauma . 2017; 5:8
RESPOSTA METABÓLICA
Aumento na concentração de hormônios catabólicos (estresse):
Glucagon
Proteólise
Cortisol
Aminoácidos – Gliconeogênese – GLICOSE
Catecolaminas Aminoácidos – síntese de proteína de fase
aguda
Alterações no
metabolismo
(CHO, LIP, PTN) 20 2005
Cuppari L. Nutrição Clinica no adulto. 2ªed.
RESPOSTA METABÓLICA
PROTEÓLISE
Perda de nitrogênio:
4 a 5 vezes maior que os valores basais
15 a 40g/Nitrogênio/dia Balanço
nitrogenado
negativo
22
Clark et al. Burns & Trauma (2017) 5:11
RESPOSTA METABÓLICA
• Imunossupressão
• Infecções graves
Exames laboratoriais?
24
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Definição de RN:
Além de fatores nutricionais
Fatores relacionados a gravidade da doença
Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II)
Sepsis-Related Organ Failure Assessment (SOFA)
Com IL-6
RISCO NUTRICIONAL (6 – 10
PONTOS): Associada a piores
desfechos clínicos (mortalidade,
ventilação)
Sem IL-6
RISCO NUTRICIONAL (5 – 9
PONTOS): Associada a piores
desfechos clínicos (mortalidade,
ventilação)
Heyland DK, et al.2011; Rosa M, et al. 2016 27
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
BIOIMPEDÂNCIA
EXAMES LABORATORIAIS
Relacionados à gravidade da
doença (diminuídas no trauma)
BALANÇO NITROGENADO
30
Toledo D. Terapia Nutricional na UTI. 2015
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
ESPEN
Modelo objetivo
Considera IMC, perda ponderal e o índice
de massa livre de gordura
Ambas as ferramentas possuem
limitações e carecem de resultados
relacionados à UTI.
ASPEN
Modelo subjetivo (dependente de
memória)
32
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
QUAL A VIA?
SUPORTE VASOPRESSOR
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019 37
McClave SA, et al. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: A.S.P.E.N. 2016.
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
TNP complementar
Sem estudos específicos em pacientes politraumatizados
Singer P, et al. Clinical Nutrition. 2019;38(1):48-79. McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011.
38
Castro MG, et al. Braspen Journal. 2018;33:2-36.
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
Tempo de início da NP
ASPEN
Pacientes previamente hígidos, sem evidências de DPC: após 7 dias da
admissão
Pacientes com DPC: assim que possível após estabilidade hemodinâmica
ESPEN
Pacientes desnutridos: em 3 a 7 dias
SENPE
favorável a recomendação da ESPEN
Singer P, et al. Clinical Nutrition. 2019;38(1):48-79. McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211. 39
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Singer P, et al. Clinical Nutrition. 2019;38(1):48-79. McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011. 40
Castro MG, et al. Braspen Journal. 2018;33:2-36.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
NECESSIDADE ENERGÉTICA
Fase de recuperação
Fase aguda
Singer P, et al. Clinical Nutrition. 2019;38(1):48-79.
McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211..
41
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
NECESSIDADE ENERGÉTICA
Padrão ouro
Aplicabilidade
Calorimetria Fórmula de Fácil
limita Indireta bolso aplicabilidade
deve exceder
40%
Singer P, et al. Clinical Nutrition. 2019;38(1):48-79. McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211.
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011. 42
Castro MG, et al. Braspen Journal. 2018;33:2-36.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
NECESSIDADE ENERGÉTICA
Diretrizes específicas para pacientes politraumatizados
SENPE
25 a 30 kcal/kg/dia de peso atual SBNPE
Obesos: < 20 kcal/kg/dia de peso atual Fase aguda: 20 a 25 kcal/kg/dia de
peso atual
Pacientes com lesão medular: Fase de recuperação: 25 a 30
Quadriplegia: 20 a 22 kcal/kg/dia de peso kcal/kg/dia de peso atual
atual
Paraplégicos: 23 a 24kca/kg/dia de peso ESPEN:
atual Estresse grave: 30 kcal/Kg/dia de peso ideal
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011. 43
Malpica AB, et al.Consensus SEMICYUC-SENPE: multiple trauma patient.2011
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
PROTEÍNAS
SBNPE:
Auxilia na cicatrização de feridas Trauma moderado: 1,2 a
Manutenção da função imunológica 1,5g/kg/dia
Minimiza a perda de massa magra Trauma grave: 1,5 a 2g/kg/dia
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional no trauma. 2011
44
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
CARBOIDRATO
• Energia para a cicatrização de feridas
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional no trauma. 2011 45
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
LIPÍDIO
• Necessidade de pequena quantidade para prevenir a deficiência de AG
essenciais
• Oferta inadequada:
– Prejudica a cicatrização da ferida Recomendação:
20 a 30% do VET
(constituinte da membranda celular)
Considerar lipídios não provenientes da dieta,
propofol (1,1kcal/ml)h
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional no trauma. 2011 46
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
QUAL FÓRMULA?
GLUTAMINA
Transporte de nitrogênio
entre as células e/ou órgãos Consumida pelo Diminuição dos
Combustível metabólico em tecido lesado níveis séricos
células de proliferação rápida
Prejuízo ao
Prejuízo a mucosa
Deficiência sistema
intestinal
imunológico
48
Singer P, et al. Clinical Nutrition. 2019;38(1):48-79.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Suplementação GLUTAMINA
Previne infecções
ESPEN:
0,2 a 0,3g/kg/dia nos primeiro 5 dias com NE
Se houver atraso no processo de cicatrização:
estende-se para 10 a 15 dias
49
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
ARGININA
Aa condicionalmente essencial
Arginina
Estimula GH
Hormônios anabólicos
Estimula insulina Estimulam a síntese proteica
Tempo de
internação
Complicações Integridade da
infecciosas mucosa intestinal
Mediadores pró-
mortalidade
inflamatórios
51
TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
Tipo de traumatismo
Considerado uma importante causa de morte e incapacidade em todo mundo
Objetivo: particularidades do TCE
52
EPIDEMIOLOGIA
10 milhões de vítimas/ano
53
Magalhães ALG, et al. Rev Bras Neurol. 53(2):15-22, 2017
CRÂNIO
54
DEFINIÇÃO
55
Magalhães ALG, et al. Rev Bras Neurol. 53(2):15-22, 2017
DEFINIÇÃO
LESÃO FOCAL
Fraturas
Geradas pelo mecanismo de impacto, causando uma descontinuidade dos ossos que
sofrem o impacto
Sua gravidade dependente da intensidade e do local do impacto
Contusão e Laceração
Gerada por uma condição de mudança abrupta de movimento mecanismo de
aceleração e desaceleração
Hemorragia intracraniana por trauma local direto
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação da pessoa com traumatismo cranioencefálico, 2015.
56
Magalhães ALG, et al. Rev Bras Neurol. 53(2):15-22, 2017
DEFINIÇÃO
LESÃO PRIMÁRIA
Ocorre no momento do trauma
Lesão mecânica direta e pode ser causada pelo mecanismo de impacto ou pela
aceleração e desaceleração do cérebro dentro do crânio
LESÃO SECUNDÁRIA
Definida como uma resposta fisiológica que inicia após o momento do acidente
Apresenta alterações sistêmicas e desordens dentro do crânio
Hipoxemia
Hipercapnia ou hipocapnia
Hipotensão arterial
Aumento da pressão intracraniana
Alterações de temperatura e do metabolismo
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de
atenção à reabilitação da pessoa com traumatismo cranioencefálico, 2015 60
MANEJO CLÍNICO
Avaliação inicial:
História clínica
Exame físico geral
Avaliação neurológica
Cuidados gerais:
Suporte ventilatório, sedação e analgesia
Suporte hemodinâmico Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de
atenção à reabilitação da pessoa com traumatismo cranioencefálico, 2015 61
ALGORITMO CONDUTAS
INICIAIS NO TCE
62
Gentile JKA, ET AL. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2011 jan-fev;9(1):74-82
GRAVIDADE DA LESÃO
63
Gentile JKA, ET AL. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2011 jan-fev;9(1):74-82
GRAVIDADE DA LESÃO
TCE LEVE (ECG 14 a 15)
Resposta Metabólica
Politrauma ≈ TCE
Hipermetabolismo
Hipercatabolismo
65
Toledo D. Terapia Nutricional na UTI. 2015
RESPOSTA METABÓLICA
TCE = HIPERMETABOLISMO
Fatores:
Varia entre 100% a 200% do GER
Uso de sedativos (diminui GER em 12% a 32%)
Temperatura corporal
Gravidade da lesão
67
TERAPIA NUTRICIONAL
Variação individual
Resposta metabólica
Heterogeneidade da gravidade do TCE
68
Toledo D. Terapia Nutricional na UTI. 2015
TERAPIA NUTRICIONAL
69
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011
Malpica AB, et al. Nutr Hosp. 2011;26(2):63-6.
McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211 70
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
Indivíduos que possam apresentar intolerância nos primeiros dias após a lesão
provavelmente ainda se beneficiarão de NE, mesmo que em baixa infusão (10‐20
mL/h)
A Fundação de Trauma Cerebral promove uma recomendação de nível II para que
os pacientes com TCE atinjam as necessidades nutricionais totais até o sétimo dia
após a lesão
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011
Malpica AB, et al. Nutr Hosp. 2011;26(2):63-6.
McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211 71
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. 2011
Malpica AB, et al. Nutr Hosp. 2011;26(2):63-6.
McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211 72
TERAPIA NUTRICIONAL
HIPERGLICEMIA
O estresse responde ao trauma, inclusive ao trauma craniano, gerando um estado
hipercatabólico levando à rápida quebra de proteína muscular causando um estado de
hiperglicemia
Acomete 40 a 60%
Complicação gástrica mais comum em patologias neurológicas
Clinicamente:
Presença de resíduo gástrico aumentado
Vômitos
Refluxo gastresofágico
Manejo clínico:
Uso de procinéticos
Elevação da cabeceira em 30º a 45º
Controle glicêmico
Posicionamento da sonda em posição pós-pilórica
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019 74
McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Particularidades do TCE
75
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
NECESSIDADE ENERGÉTICA
De maneira geral:
TCE com uso de relaxante muscular: 20 kcal/kg/dia de peso
atual
TCE com sedoanalgesia: 20 a 25 kcal/kg/dia de peso atual
TCE na fase de recuperação: 30kcal/kg/dia de peso atual
SBNPE
TCE grave (ECG < 8): 20 a 25kca/kg/dia de
peso atual
ASPEN:
1,5 a 2,5g/kgPA/dia
McClave SA, et al. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: A.S.P.E.N. 2016. 77
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
FÓRMULAS IMUNOMODULADORAS
ASPEN E ESPEN:
SOCIEDADE CANADENSE:
Não recomenda a o uso de fórmulas imunomoduladoras, sobretudo as que contem
glutamina
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
McClave SA, et al. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: A.S.P.E.N. 2016 78
Critical Care Nutrition. Canadian Clinical Practice Guidelines 2015. Summary of Revisions to the recommendations. 2015.
Meta-análise de ensaios clínicos randomizados, que analisou o efeito do suporte
nutricional para pacientes com lesão cerebral traumática, três estudos compararam os
efeitos de fórmulas imunomoduladoras (arginina, glutamina, probióticos e ácidos
graxos ω-3) em pacientes com TCE
79
Wang X, et al. Nutritional Support in Traumatic Brain Injury. PLOS ONE. 2013
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
PROPOFOL
Singer P, et al. ESPEN guideline on clinical nutrition in the intensive care unit.2019
McClave SA, et al. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. 2016;40(2):159–211 80
CONSIDERAÇÕES
81
FÍSTULAS DIGESTIVAS
82
DEFINIÇÃO
São comunicações anormais entre duas superfícies epiteliais, em geral, entre o trato
gastrointestinal (estômago, duodeno, intestino delgado e cólon) e a pele, com saída de
fluidos gastrointestinais por mais de 24 horas
83
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112.
TIPOS DE FÍSTULAS
DEISCÊNCIA DE ANASTOMOSE
85
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112.
ETIOLOGIA
FATORES DE RISCO
Desnutrição grave
Doenças inflamatórias intestinas (Doença de Crohn)
Imunossupressão
Radioterapia/Quimioterapia
Traumatismo
Uso prolongado de corticoides
86
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112.
EPIDEMIOLOGIA
Mortalidade
Tempo de Fístula
internação Morbidade
hospitalar digestiva
6% a 33% de mortalidade
Desequilíbrio
Maior custo
hidroeletrolítico
Sepse
Desnutrição
87
Ortiz LA, et al. Nutrition in Clinical Practice. 2017; 32(4):508–515
CLASSIFICAÇÃO
ANATÔMICO ETIOLÓGICO
FISIOLÓGICO
88
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112.
CLASSIFICAÇÃO
ANATÔMICAS
Local da fístula (múltiplos órgãos)
Descontinuidade total
Obstrução distal
Trajeto curto ou longo
Com defeitos na parede intestinal ( > 1 cm ou < 1 cm)
FISIOLÓGICAS
90
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112.
CLASSIFICAÇÃO
ETIOLÓGICO
91
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112.
RESPOSTA METABÓLICA
92
Ortiz LA, et al. Nutrition in Clinical Practice. 2017; 32(4):508–515
RESPOSTA METABÓLICA
CICATRIZAÇÃO
Mudanças físicas, químicas e fisiológicas
Fluxo
sanguíneo/O2
Estado de
hidratação
CICATRIZAÇÃO Infecção
Comorbidades
Medicamentos
por tempo
prolongado
94
Cano AM. Nutr Hosp. 2014;29(1):37-49
RESPOSTA METABÓLICA
ESTADO NUTRICIONAL
risco de infecções 95
Cano AM. Nutr Hosp. 2014;29(1):37-49
COMPLICAÇÕES
Principais aborgadens:
Drenagem adequada
Tratamento da infecção associada por meio de antibioticoterapia
Drenagem de abscessos intra-abdominais
Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos
Terapia nutricional adequada
Cuidados com a pele
97
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
FECHAMENTO ESPONTÂNEO DA FD
98
Cano AMR, et al. Nutr Hosp. 2014;29(1):37-49
MANEJO CLÍNICO
INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
POSITIVO NEGATIVO
100
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Avaliação Nutricional precoce e
individualizada
101
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
TERAPIA NUTRICIONAL
Estabilidade hemodinâmica
103
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
104
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
Monitoramento
105
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
TERAPIA NUTRICIONAL
QUAL A VIA?
Terapia Nutricional Parenteral
Indicações
FD com alto débito (> 500 ml/dia)
Obstrução intestinal
Intolerância da TNE
Drenagem da FD compromete o cuidado da ferida e da pele
106
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
TERAPIA NUTRICIONAL
Opções para tipo de TN especializada, de acordo com a localização anatômica da fistula
108
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Calorimetria indireta
Harris-Benedict
Fórmula de bolso
109
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
FELANPE/ASPEN
FELANPE/ASPEN 1,5 a 2,0g/kgPA/dia
25 a 30kcal/kgPA/dia 2,5g/KgPA/dia em paciente com fístula
enteroatmosférica e alto débito
SBNPE SBNPE
Pacientes sépticos: 20 a 25kcal/kgPA/dia Baixo débito: 1,2 a 1,5g/kgPA/dia
Pacientes estáveis: 30 a 35kcal/kgPA/dia Alto débito: 1,5 a 1,8g/KgPA/dia
Kumpf VJ, et al. ASPEN-FELANPE Clinical Guidelines: Nutrition Support of Adult Patients With Enterocutaneous Fistula. JPEN . 2017. 110
Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral. Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional nas Fístulas Digestivas. 2011
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
QUAL FÓRMULA?
111
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
FISTULOCLISE
TGI íntegro e com seguimento de pelo menos 75 cm e nas fistulas digestivas que não
tenham a probabilidade de fechar espontaneamente
FÓRMULAS IMUNOMODULADORAS
NUTRIENTES:
Arginina: está associada à prevenção e aceleração da cicatrização
Vit A: favorece síntese colágeno, acelerando cicatrização
Vit C: envolvida nas etapas de cicatrização, atua na função dos
macrófagos e neutrófilos na fase inflamatória
Vit E: atua na prevenção da oxidação dos fosfolipídios das membranas
celulares, agindo na integridade
Zinco: atua no processo de cicatrização
114
Ortiz LA, et al. Nutrition in Clinical Practice. 2017; 32(4):508–515
FÓRMULAS ESPECIALIZADAS
SOMATOSTATINA
• Octreotida, lanreotida
116
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112
RECOMENDAÇÕES
Necessidades nutricionais e tipo de terapia nutricional, de acordo com o débito da fistula
Terapia Nutricional Baixo débito (<500 ml/dia) Alto débito (>500 ml/dia)
Via Enteral Parenteral
Calorias (kcal/kg de peso Com sepse: 20 a 25 Com sepse: 20 a 25
atual/dia) Sem sepse: 25 a 30 Sem sepse: 30 a 35
Proteínas (g/Kg de peso 1,2 a 1,5 1,5 a 1,8
atual/dia)
Lipídeos (%) 20 a 30 20 a 30
Vitaminas RDA 2 vezes a RDA
Vitamina C: 2 vezes a RDA
Minerais Rotina 2 vezes a RDA
Controlar magnésio, potássio Zinco: 5 a 10 vezes a RDA
e fósforo 117
Kumpf VJ, et al. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2017;41(1):104-112 Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral; 2011.
MONITORAMENTO NUTRICIONAL
118
Cano AMR, et al. Nutr Hosp. 2014;29(1):37-49
REFERÊNCIAS
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Res Public Health. 2017;14(9):1045.
Baker SP, O'Neill B, Haddon W, Long WB. The injury severity score: a method for describing patients with multiple injuries and evaluating emergency care. J
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Obrigada !!!
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