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PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO

MUDANÇA DE DECÚBITO, COMO REALIZAR E UTILIZAR COXINS, USO CORRETO DO RELÓGIO.


REALIZADO POR: ENF. JOANA RAQUEL E TEC. ENF. MARIA RAIMUNDA
OBJETIVO

 Padronização das condutas intra-hospitalar;


 Identificar precocemente sinais de lesão;
 Proteger a pele, reduzir umidade, aliviar pressão;
 Identificar sinais de: ressecamento, calor, endurecimento, eritema, rachaduras,
fragilidade;
 Realizar reposicionamento, reduzir fricção e cisalhamento;
 Utilizar coxins na movimentação do paciente mantendo-o bem posicionado.
 O QUE E UMA LESÃO POR PESSÃO?
 São danos localizados na pele e/ou tecidos subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea,
resultante de pressão isolada ou combinada, com forças de cisalhamento e/ou fricção.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS
 Incidência:
03% a 14% - Hospitais gerais;
15% a 25% - Serviços de pacientes crônicos;
07% a 12% - Atendimento domiciliário;
A LPP em 50% dos pacientes acamados ou cadeirantes normalmente são ocasionadas nas seguintes
regiões:
Região isquiática (24%),
Sacrococcígea (23%),
Trocantérica (15%),
Calcânea (8%),
Maléolos laterais (7%),
Cotovelos (3%),
Região occipital e escapular correspondem a 1% (ROCHA et al., 2006)
 Problema de saúde pública, evitável em 95% das ocasiões;
 Acarreta em impactos negativos sobre a qualidade de vida dos indivíduos, podendo levar à
morte

Referência: Portal Reabvita


CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS

Judicialização

Aumento da mortalidade

Aumento das horas trabalhadas

Aumentos dos custos e insumos

Risco de complicações adicionais

Prolongamento do tempo de internação

Referência: EBSERH – UFTM, 2016; NPUAP, 2016;


FATORES DE RISCO PARA O
DESENVOLVIMENTO DE LESÃO POR
PRESSÃO
Fatores Externos Fatores Internos
Pressão contínua Idade
Cisalhamento Doenças crônicas degenerativas
Fricção Condições nutricionais
Umidade Drogas sistêmicas
Mobilidade reduzida ou ausente
Temperatura
Tabagismo
PRINCIPAIS REGIÕES DE FRICÇÃO E PRESSÃO

Referência: EBSERH, 2016

Referência: EBSERH – UFTM, 2016; NPUAP, 2016;


LESÕES ADQUIRIDAS
IDENTIFICAÇÃO DE RISCO: ESCALA DE BRADEN
 Percepção sensorial: Capacidade de reagir significativamente à pressão relacionada ao
desconforto

 Umidade: nível ao qual a pele é exposta à umidade

 Atividade: grau de atividade física

 Fricção e cisalhamento: capacidade de manter a pele livre do contato com o


leito durante seu posicionamento ou movimentação

Referência: EBSERH – UFTM, 2016; NPUAP, 2016;


SCORE DE RISCO

Referência: EBSERH – UFTM, 2016; NPUAP, 2016;


CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Avaliação de Risco

Muito Alto Até 9 pontos

Alto 10 a 12 pontos

Moderado 13 a 14 pontos

Baixo 15 a 18 pontos

Sem Risco Mais de 19 pontos


Como prevenir?
Higienização e Hidratação da pele
Manter a pele limpa e seca. Utilizar água morna e um produto de limpeza com pH
equilibrado;
Hidratar a pele seca e áreas ressecadas;
Durante a hidratação da pele, não massagear áreas de proeminências ósseas ou áreas
hiperemiadas. A aplicação de hidratante deve ser realizada com movimentos suaves e
circulares;
Não massagear a pele com risco de LP, pois pode provocar lesão tecidual e/ou reação
inflamatória.
Medidas preventivas para fricção e cisalhamento
Nunca arrastar o paciente sobre o leito.
Levantar o paciente;
Usar lençol para mover pacientes acamados durante transferência e mudança de
decúbito.
Elevar a cabeceira da cama até no máximo 30 graus e evitar pressão direta nos
trocânteres quando em posição lateral;
Sempre inspecionar o leito e verificar se foram esquecidos objetos sob o paciente;
Considerar a aplicação de curativos para prevenção de LP nos locais de
proeminências ósseas (por exemplo, calcâneo ou sacro) frequentemente submetidas à
fricção e cisalhamento.
Reposicionamento
Estabelecer planos de reposicionamento que constem a frequência e a duração da
alternância dos posicionamentos; (Relógio)
Reposicionar todos os indivíduos que estejam em risco de desenvolver ou que já
tenham desenvolvido LP, a menos que contraindicado; (Treinamento para pacientes
críticos)
Não posicionar o paciente diretamente sobre sondas, drenos e sobre proeminências
ósseas com hiperemia não reativa;
O rubor indica que a pele ainda não se recuperou da carga anterior e exige um
intervalo maior entre cargas repetidas;
Nenhuma superfície de apoio permite o alívio total da pressão.
Avaliação Nutricional
Avaliar o estado nutricional de cada individuo em risco de desenvolver ou com uma
lesão por pressão;
Reavaliar o paciente a cada alteração significativa da condição clínica;
Nutricionista e/ou médico avaliam a necessidade de incluir suplementos nutricionais,
com alto teor proteico, além da dieta habitual, a indivíduos em risco nutricional e de
lesão por pressão.
PRÁTICA
Como realizar coxins?
PRÁTICA
Como devo utilizar coxins?

Fonte: http://www.hemorio.rj.gov.br/html/pdf/protocolo_ulcera.pdf
PRÁTICA
Como utilizar o relógio para mudança de decúbito?
PRÁTICA
Posicionamento do relógio para mudança de decúbito no leito.
REFERÊNCIAS

• - BRASIL. RESOLUÇÃO COFEN Nº 427/2012 Normatiza os procedimentos da enfermagem


no emprego de contenção mecânica de pacientes, Brasília, DF. Disponível em:
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-n-4272012_9146.html.

• Fundamentos de Enfermagem. Potter, 2005.

• - SECRETARIA ESTADUAL DE SAUDE/SAS- Gerência de Enfermagem. Manual de


procedimentos de enfermagem. Brasília-DF, 2013.

• Protocolo de Prevenção de Ulcera por Pressão. Albert Einstein, junho de 2010.

• Protocolo de Prevenção e Tratamento de Feridas. Prefeitura São Paulo, 2010.

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