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15/01/2018

Mecânica dos Fluidos: Prof. Édler Lins de Albuquerque

Mecânica dos Fluidos


Aula 2 – Sistemas de Unidades,
Definições e Propriedades
Fundamentais ao Escoamento de
Fluidos

Prof. Édler Lins de Albuquerque

Fluido: Comprovação experimental


Experimento:
Esta experiência revela a ação de forças que arrastam o fluido
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no sentido do movimento de uma placa.

O fluido pode ser considerado como composto de lâminas


paralelas à placa, cada uma deslizando sobre as vizinhas, sendo
arrastada pela mais veloz e arrastando a mais lenta. Isto
também vale para fluidos gasosos.
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Definição – Tensão
Tipos de forças:
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- Forças de Campo (body forces)


- Forças Superficiais (Surface forces).

Forças de campo: forças que agem sem um contato


físico. Exemplos: gravidade, forças eletrostáticas etc.

Forças superficiais: forças que necessitam de um


contato físico para a transmissão da ação. Exemplos:
forças devido à pressão, força de atrito etc.

Definição – Tensão
Forças Superficiais (Surface forces).
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Tensões: constituem forças superficiais por unidade


de área. São tensores, sendo definidos por: módulo,
direção e orientação com respeito a um plano.

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Definição:
-Tensão de Cisalhamento (ij)
- Tensão Normal (ii)
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A força aplicada numa superfície


(F) pode ser decomposta em
componentes normal (Fn) e
tangencial (Ft).
As forças tangenciais (forças de
cisalhamento, cisalhantes)
arrastam o fluido no sentido do
movimento.
As forças normais pressionam a
superfície do fluido numa direção
perpendicular ao sentido do
movimento. 5

Definição – Tensão Normal


Tensão normal é a força normal exercida por unidade
de área onde ela é aplicada.
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Fn dFn
 ii  Lim 
AA A dA

Dimensão: ML-1T-2 Unidades: N m-2; kgf cm-2 etc.

Em geral, quando forças viscosas são desprezíveis


ou o fluido está em repouso:
σii  p (pressão) 6

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Definição – Tensão de Cisalhamento


Tensão de cisalhamento (cisalhante) é a razão entre a
força tangencial e a área onde ela é aplicada.
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Ft dFt Dimensão: ML-1T-2


ij  Lim 
AA A dA Unidades: N m-2; kgf cm-2 etc.

Fluidos – Definição
Definição Científica: Fluidos são substâncias que se
deformam continuamente (se movem) quando
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submetidas a um esforço cisalhante (tensão de


cisalhamento), não importando quanto pequena seja
esta.

São fluidos: água, ar, óleo diesel etc.


São sólidos: diamante, uma barra de aço etc.
Podem ser fluidos: pastas, parafina, molho de tomate etc. 8

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Condição de Não Escorregamento


Um fluido em contato direto com um sólido em
repouso “gruda na superfície do mesmo”, sendo a
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velocidade do fluido nula quando em contato com


esta superfície. (Ver vídeo Munson et al., V1_2).

Fluidos como um Continuum


Os fluidos estudados neste curso
são considerados como
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distribuídos continuamente pela


região de interesse. Em outras
palavras, os fluidos são tratados
como um meio contínuo
(Continuum).
Em engenharia, preocupa-se
com o comportamento
macroscópio (bulk behavior) de um
fluido. As propriedades dos fluidos
podem ser adotadas e aplicadas
uniformemente em todos os pontos
da região de interesse em qualquer
instante de tempo.
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Fluidos como um Continuum


Exemplo:
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Com a proposição de meio contínuo, a massa específica


(r = m/V) pode ser definida em todos os pontos do
fluido, variando de ponto a ponto e de instante a
instante. Logo, r é uma função contínua da posição e do
tempo: r = r(x, y, z, t).

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Fluidos como um Continuum


Nem sempre a proposição de continuum pode ser
aceita. Por exemplo, considerando o número pequeno
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de moléculas em um certo volume de gás em repouso.


Se o volume for tomado pequeno bastante, o n. de
moléculas por unidade de volume seria dependente do
tempo para um volume microscópico, mesmo sendo o
volume macroscópico constante.
As propriedades macroscópicas de um Continuum
variam continuamente de ponto para ponto em um
fluido.
Fn dFn Ft dFt
ii  Lim  ij  Lim 
A A A dA AA A dA
 m  m
ρ  Lim  r
  vol'      12

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Propriedades físicas dos fluidos


e variáveis de processo
• Propriedades físicas que distinguem analiticamente os
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fluidos e são mais empregadas no estudo do


escoamento de fluidos.
– Massa específica (r) - Tensão superficial ()
– Peso específico () - Compressibilidade (k)
– Densidade (d) - Pressão de vapor (Pvap)
– Volume específico (s) - Viscosidade ( ou )

• Para entender o comportamento dos fluidos e a


transferência de momento, estuda-se campos de
pressão, temperatura, tensões, velocidade, massa
específica e suas variações sofridas em função de
campos das variáveis de processo (T e p). 13

Variáveis de processo
• Pressão: Define-se pressão como a razão entre a
componente normal de uma força e a área em que ela
atua. Para corpos em repouso, na ausência de forças
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cisalhantes: (     ) dFn
p xx yy zz

3 dA
F

Dimensão: M L-1 T-2


Unidades de pressão: Pa (N m-2), kPa (103 Pa), kgf cm-2, lbf
in2 (psi), m H2O, mm Hg (Torr), atm, bar. 14

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Pressão

Pressão dinâmica: a força dF


Pressão estática: a força dF
sobre a superfície dS é devida
sobre a superfície dS, é devida
à velocidade da massa líquida.
ao peso da coluna líquida de
altura h.

A pressão total é devida ao peso da coluna e à velocidade do líquido.

Pressão em Gases
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Gases Ideais
p Vol = n R T
p1 Vol1/T1 = p2 Vol2/T2

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Pressão em Fluidos Estáticos

Pressão
hidrostática
phid = r g H
pabs = patm + r g H
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Variáveis de processo
• Medição da Pressão:
pabsoluta = pefetiva + preferência = pmanométrica + patmosférica
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Propriedades Físicas dos Fluidos m


ρ
• Variação da massa específica com a temperatura. Vol
– Normalmente, aumentando-se a temperatura, o volume
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do fluido aumenta por conta da dilatação.


Substância T r (kg m-3)
(K)
Água 273 999,6

Água 300 996,4

Vapor d´água 380 0,5863

Vapor d´água 800 0,2579

Ar atmosférico 300 1,1614

Ar atmosférico 800 0,4354

Etanol líquido 351 757

Etanol vapor 351 1,44

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Dilatação anômala da água

volume Expressões aproximadas


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específico (POTTER , 2009):


(cm3/g)
(T  4) 2
r H O  1000 
2
180
(T  4) 2
H O  9800 
2
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0 4
temperatura (°C)

Entre 0 e 4°C, a água quando aquecida diminui seu volume.


Em 4°C a água assume seu menor volume específico e,
portanto, sua maior massa específica.
Bismuto, Ferro e Antimônio também se contraem na fusão. 20

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Variação da massa específica com a pressão

• Líquidos: são praticamente


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incompressíveis, só sofrem
variações significativas a altas
pressões;

• Gases: são compressíveis.


Efeitos significativos de p em r
são observados.

Lei dos gases ideais


m
pVol  nRT 
RT
M
m pM
r  21
Vol RT

Propriedades Físicas dos Fluidos


• Módulo de Elasticidade Volumétrico ou Coeficiente de
Compressibilidade (k)
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A propriedade empregada para caracterizar a compressibilidade


de fluidos chama-se: Módulo de Elasticidade Volumétrico ou
Coeficiente de Compressibilidade (k).

   
p  p   p   p 
k              r 
   T  r  r  T
   
   T  r  T
Sendo:
- k é o módulo de elasticidade volumétrico; - p é a pressão;
- v é o volume específico; - r é a massa específica.
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Dimensão: M L-1 T-2. Unidades: Pa, kPa, psi, atm, bar, torr etc.

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Propriedades Físicas dos Fluidos


O Módulo de Elasticidade Volumétrico ou Coeficiente de
Compressibilidade (k) representa a razão entre a variação de
pressão p necessária para provocar uma variação relativa da massa
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específica r/r quando a T permanece constante.


   
 p   p 
k    
  r 
 
A 1 atm e 15,6oC,   T  r 
 T
kH2O = 2100MPa  21000 atm e kar = 1 atm.
Quanto maior o valor de k, menos compressível é o fluido!!
Regra Prática (POTTER, 2009):
“Os gases podem ser considerados incompressíveis quando as variações
na massa específica são em geral menores que 3%.”
Para o ar, a regra acima equivale a fenômenos envolvendo velocidades
menores que 100 m/s: escoamento do ar em torno de automóveis,
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escoamento dentro e em volta de prédios etc.

Propriedades Físicas dos Fluidos


• Compressibilidade Isotérmica (a)
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Propriedade também empregada para caracterizar a


compressibilidade de fluidos. É o inverso do Coeficiente de
Compressibilidade (k).

1 1    1  r 
a  
k  
 p  T r  p  T
Quanto maior o valor de a, mais compressível é o fluido!!
Sendo:
- a é a compressibilidade isotérmica; - p é a pressão;
- v é o volume específico; - r é a massa específica.
Dimensão: M-1 L T2. Unidades: Pa-1, kPa-1, psi-1, atm-1, bar-1, torr-1
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etc.

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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Coeficiente de Expansão volumétrica(b)
Representa a variação da massa específica do fluido com a
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temperatura sob pressão constante.

1    1  r 
b    
  T 
p r  T  p
Quanto maior o valor de b, maior a variação na massa
específica (volume específico) em função de variações
na temperatura a pressão constante!!
Sendo:
- b é o coef. de expansão volumétrico; - p é a pressão;
- v é o volume específico; - r é a massa específica.
Dimensão: T-1. Unidades: Kelvin-1; Ranquine-1. 25

Propriedades Físicas dos Fluidos


Efeitos combinados da Temperatura e da Pressão na
massa específica ou no volume específico do fluido
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     
d     dT    dp  bdT  adP
 T  p  p  T
 r
  bT  aP
 r

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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Pressão de vapor (pvap)
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Corresponde à pressão em que


a fase líquida está em equilíbrio
com a fase gasosa (vapor).

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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Pressão de vapor (pvap)
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Corresponde à pressão em que a fase líquida está em


equilíbrio com a fase gasosa (vapor).

Pressão x Volume específico

Compressão isotérmica
- ab: compressão do vapor; - bc: mudança de fase (p = pvap);
- cd: compressão do líquido. 28

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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Pressão de vapor (pvap): dependência da pressão e da
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temperatura.
• Equação de Antoine: Log10 (Pvap) = A – B/(T + C)

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= s

Propriedades Físicas dos Fluidos


• Pressão de vapor (pvap)
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De um modo geral, a
transição do estado líquido
ao estado gasoso por
ebulição ocorre quando a
pressão de vapor do
líquido atinge a pressão
absoluta local.

A ebulição é o ponto no
qual pvap = patm.
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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Pressão de vapor (pvap) e a cavitação clássica
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Durante o escoamento de líquidos, há posibilidade de que


haja locais onde pvap  pabs. Assim, haverá o aparecimento
de bolhas (vaporização), levando ao fenômeno conhecido
como cavitação.

Quando a mistura atinge uma nova região onde pabs >


pvap, haverá o colapso das bolhas, retornando à fase
líquida.

O colapso das bolhas implicará na existência de um


vazio, proporcionando o aparecimento de ondas de
choque e jatos, os quais danificam os materiais.
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Cavitação
A figura abaixo ilustra a implosão de uma bolha e a
formação de um microjato de líquido próximo a uma
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superfície sólida. Se o colapso da bolha ocorre de


forma simétrica, afastada da superfície sólida, a
superfície será erodida pelo impacto de ondas de
choque da implosão das bolhas.

Ver vídeo! 32

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Cavitação

➢ É a erosão dos componentes de um sistema hidráulico


(rotores, tubulação de sucção), causados pelo colapso de
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pequenas bolhas de vapor do fluido, formadas nas zonas de


baixa pressão contra a superfície destes componentes.

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Pressão de vapor – Cavitação


De um modo geral, ocorre cavitação quando a
pressão durante um escoamento cai abaixo da
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pressão de vapor de um componente.

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Cavitação

Além de provocar corrosão, desgaste, remoção de


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partículas e destruição de pedaços dos rotores e tubos


de aspiração junto a entrada da bomba, cavitação se
apresenta, produzindo : Queda de Rendimento;
Marcha irregular, trepidação e vibração; Ruídos.

Erosão em uma hélice 35

Número de Cavitação
White (2011) propõe um número adimensional (Ca)
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que, abaixo de um determinado valor crítico haverá


cavitação durante o escoamento.

Pressão de vapor da água 36

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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Viscosidade absoluta ou dinâmica ()
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Representa uma espécie de “resistência do fluido ao


movimento, ou seja, é a resistência que todo fluido
oferece ao escoamento.
Por exemplo, o mel apresenta uma resistência maior à
deformação (ao escoamento) que a água, dizemos,
então, que ele é mais viscoso que a água.

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Entendendo a viscosidade
Experimento:
A ação de forças tangenciais (forças de cisalhamento) arrastam
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o fluido no sentido do movimento da placa.

No fluido, a lâmina de líquido vizinha à placa adere a esta e


acompanha a mesma em seu movimento. A lâmina seguinte
desliza sobre a primeira, apresentando velocidade menor que a
da placa. Quanto mais distante da placa estiver a lâmina líquida,
menor é sua velocidade. 38

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Entendendo a viscosidade
Forças tangenciais (forças de cisalhamento) arrastam o fluido
no sentido do movimento.
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O perfil de velocidade obtido é função da “transferência de


momento” provocado pela força viscosa na direção do
movimento cisalhante.

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Lei de Newton da Viscosidade


Entendendo a viscosidade...
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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Viscosidade absoluta ou dinâmica ()
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Pode ser encarada como a resistência do fluido ao


escoamento, ou seja, é a resistência que todo fluido
oferece ao movimento relativo de suas partes.
Funciona como uma espécie de “atrito interno” (atrito
viscoso), descrevendo a dificuldade a "fluidez" da
substância.
Dimensão: ML-1 T-1.
Principais unidades de medida:
- Pa s, poise, centipoise (cP).
- (1cP) = 10-3 Pa s = 1mPa s.
(Ver vídeo Munson et al., V1_1 e V1_3). 41

Propriedades Físicas dos Fluidos


• Viscosidade cinemática ou Difusividade de Momentum ()
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É a razão entre a viscosidade absoluta e a massa


específica.


r
Dimensão: L2 T-1.
Principais unidades de medida:
- m2 s-1, ft2 s-1, centistokes (cSt) = 10-2 cm2 s-1.

μ (cP)
 (cSt) 
d 42

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Propriedades Físicas dos Fluidos


• Viscosidade cinemática ()
Unidades especiais empregadas na indústria:
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SSU (Segundo Saybolt Universal): Corresponde ao tempo, em


segundos, que um fluido leva para escoar 60 cm3, em condições
controladas de temperatura, através de um orifício padrão. Para
viscosidades elevadas ( > 250 SSU), emprega-se ainda o SSF
(Segundo Saybolt Furol), difere de SSU por empregar um
orifício padrão com maior diâmetro.

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Fluidos Newtonianos
Fluidos Newtonianos Incompressíveis
du
yx   obedecem à Lei de Newton da
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Viscosidade. Válida para fluidos com


dy Massa Molar menor que 5000 dalton (BIRD
et al., 2004).
yx - é a tensão cisalhante;
 - é a viscosidade dinâmica;
du/dy - é a taxa de deformação ou taxa de cisalhamento.

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Variação da viscosidade dinâmica de


fluidos newtonianos com T e p
• Para gases:
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– Aumento na temperatura, aumenta a viscosidade


dinâmica;
– A pressão somente influencia a partir de 1000 kPa, onde
aumentos na pressão causam aumentos na viscosidade
dinâmica.

Exemplo: a viscosidade do N2 a 25ºC dobra seu valor quando


a pressão varia de 100 kPa para 50000 kPa.

• Para líquidos:
– Aumento na temperatura, diminui a viscosidade
dinâmica;
– A pressão geralmente não exerce efeito, porém grandes
aumentos já foram comprovados a pressões muito altas.
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H2O (10000 atm) = 2  H2O (1 atm).

Variação da viscosidade com a temperatura


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Fonte: Bird et al. (2004). 46

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Variação da viscosidade dinâmica com a


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Fonte: Bird et al. (2004). 47

Variação da viscosidade dinâmica com a temperatura


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Fonte: Bird et al. (2004).

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Variação da
viscosidade
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dinâmica com a
temperatura
Equação de Andrade
(aproximação para viscosidade
de líquidos em função da
temperatura):
 = A exp(B/T)

Equação de Sutherland
(aproximação para viscosidade
de gases em função da
temperatura):
 = b T3/2/(S + T) 49

Cinemática dos Fluidos


• Tipos de Escoamento (mov. das partículas)
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– Lento ou Regime de Stokes: Movimento do fluido é


extremamente lento.
– Laminar
• Movimento do fluido é caracterizado por linhas de
correntes suaves, mostrando-se altamente ordenado.
– Turbulento
• Movimento do fluido é variável/randômico, caracterizado
por flutuações de velocidade e pelo movimento altamente
desordenado.

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Escoamento quanto à movimentação


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das camadas do fluido

Fonte: Mecânica dos Fluidos – Sylvio Reynaldo Bistafa


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Regimes de
escoamento
Movimentação de
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fluidos

Perfis de velocidade
dos fluidos:

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Movimentação de fluidos
Perfis laminares de velocidade dos fluidos em escoamento:
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(a) Um rio (b) dentro de um tubo

Mudanças de
regime de
escoamento

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Regimes Laminar e Turbulento


• Número de Reynolds: razão entre forças inerciais e
forças viscosas que agem no fluido em escoamento.
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• De um modo geral:
ρ v2 L
Re  
2 v
ρ v L v L Forças inerciais
Re   
  Forças viscosas
Re – Número de Reynolds
r - Massa específica do fluido
v – velocidade média do fluido em escoamento
L – Comprimento característico do escoamento
 - Viscosidade absoluta do fluido
 - Viscosidade cinemática do fluido
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Regimes Laminar e Turbulento


• Número de Reynolds: razão entre forças inerciais e
forças viscosas que agem no fluido em escoamento.
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• De um modo geral:
ρ vL vL Forças inerciais
Re   
  Forças viscosas

• Quando Re << 1, as forças devido ao atrito viscoso são


muito maiores que as forças inerciais e o escoamento é
dominado por efeitos oriundos da viscosidade do material.

• Quando Re >> 1, as forças inerciais são muito maiores que


as forças devido ao atrito viscoso, e o escoamento é
dominado pelos efeitos inerciais, independentes da
viscosidade do material.
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Regimes Laminar e Turbulento


• Para escoamentos em tubos com seção reta circular:
ρvD vD
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Re  
  D
Re – Número de Reynolds
r - Massa específica do fluido
v – velocidade média do fluido em escoamento
D – Diâmetro interno do tubo
 - Viscosidade absoluta do fluido
 - Viscosidade cinemática do fluido

Critério para o regime de escoamento em tubos cilíndricos:


Recrítico  2000 ou 2300  escoamento laminar (v baixa e/ou  alta)
Re  4000  escoamento turbulento (v alta e/ou  baixa)

O que ocorre se 2300 < Re < 4000 ???? Zona de transição!!!! 56

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Transições entre os regimes Laminar e Turbulento


Fonte: Mecânica dos Fluidos – Sylvio Reynaldo Bistafa
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Efeito da viscosidade do fluido no escoamento


externo ao redor de um cilindro
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Fluxo em volta de um cilindro. Fonte: Bird et al. 2002. 58

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Regimes Laminar e Turbulento


• Número de Reynolds: razão entre forças inerciais e
forças viscosas que agem no fluido em escoamento.
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• De um modo geral:
ρ vL vL Forças inerciais
Re   
  Forças viscosas

• Quando Re << 1, as forças devido ao atrito viscoso são


muito maiores que as forças inerciais e o escoamento é
dominado por efeitos oriundos da viscosidade do material.

• Quando Re >> 1, as forças inerciais são muito maiores que


as forças devido ao atrito viscoso, e o escoamento é
dominado pelos efeitos inerciais, independentes da
viscosidade do material.
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Regimes Laminar e Turbulento


• Número de Reynolds: razão entre forças inerciais e
forças viscosas que agem no fluido em escoamento.
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• De um modo geral:
ρ vL vL Forças inerciais
Re   
  Forças viscosas
Quando Re < Recrítico: o escoamento é laminar e as forças
viscosas são suficientes para evitar as instabilidades que
poderiam gerar a desordem turbulenta.

Quando Re > Recrítico: o escoamento é turbulento e as


forças viscosas não conseguem eliminar as
instabilidades, que crescem até gerar a desordem global,
em um escoamento dominado pelas forças inerciais.
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15/01/2018

Reologia
Ramo da mecânica que estuda as deformações e o
fluxo da matéria (escoamento), especialmente o
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comportamento dos materiais ante seus limites de


resistência à deformação, sejam sólidos ou fluidos.

Conhecer as propriedades reológicas dos fluidos é


importante para:
▪ o projeto e para o cálculo de equipamentos (bombas
e tubulações, agitadores, trocadores de calor,
extrusoras, etc);
▪ o controle de qualidade de produtos, tanto nas
etapas intermediárias como no produto final;
▪ a avaliação do shelf-life do produto.

Classificação Reológica dos Fluidos

Newtonianos
Mecânica dos Fluidos: Prof. Édler Lins de Albuquerque

Pseudo-plásticos
Independentes
do tempo Bingham
Herschel-Bulkley

Fluidos
Tixotrópicos
Dependentes
do tempo
Reopécticos

Viscoelásticos
Outros

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Fluidos newtonianos

A viscosidade é independente da taxa de


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deformação a que o fluido está submetido. Um


fluido newtoniano mostra um único valor de
viscosidade a uma dada temperatura. Exemplos:
óleos vegetais, água, soluções açucaradas.

= μ.e
Onde:  = tensão de cisalhamento (Pa)
μ = viscosidade dinâmica - newtoniana (Pa.s)
e = taxa de deformação (s-1 )

63

Lei de Newton da Viscosidade


Durante escoamentos nos quais as camadas dos fluidos se deslocam
em fatias (Escoamento Laminar), a tensão de cisalhamento aplicada é
proporcional à taxa de deformação produzida. A constante de
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proporcionalidade é a viscosidade dinâmica do fluido, que pode ser


entendida como um “atrito interno viscoso”.
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Lei de Newton da viscosidade: Caso


unidimensional
Em escoamentos laminares e incompressíveis, a tensão de cisalhamento
aplicada é proporcional à taxa de deformação produzida. A constante de
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proporcionalidade é a viscosidade dinâmica do fluido, que pode ser


entendida como um “atrito interno viscoso”. É a relação mais simples
entre fluxo de quantidade de movimento e taxa de deformação.

du
Matematicamente,  yx    e  
dy
yx- é a tensão cisalhante;
u – velocidade tangencial na direção x;
 - é a viscosidade absoluta ou dinâmica;
e = du/dy é a taxa de deformação, ou ainda, taxa de cisalhamento
sofrida pelo fluido durante o escoamento, neste caso, unidirecional.

65

Entendendo a viscosidade
Lei de Newton da viscosidade (unidimensional):

du d(ru)
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 yx    e    onde u  v x .
dy dy

66
Fonte: Bird et al. (2004).

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Tensor Tensão Viscosa

yx- é a tensão (força por unidade de área)


cisalhante na direção do eixo x e atuante numa
área perpendicular à direção y, exercida pelo
fluido com y maior sobre o fluido com y menor. 67

Interpretação a Lei de
Viscosidade de Newton
du  d(ru) d (ru)
 yx      
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dy r dy dy
d(ru) área quantidadede movimento
[ ]  [ ]  [ ][ ] [ ]
dy tempo volume  comprimento
Quantidade de Movimento
[ ] 
área  tempo
[ ]  Fluxo de Quantidade de Movimento(Momentum)
Interpretações:
- A viscosidade indica a “dificuldade de deformação do material” ou a
“dificuldade de transmitir momentum”;
- O gradiente de velocidade pode ser considerada a força-motriz para a
transferência de momento;
- A tensão pode ser entendida como um fluxo de momentum com
velocidade na direção x, mas que se propaga na direção de decréscimo
68
de y.

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Entendendo a viscosidade
Lei de Newton da viscosidade (unidimensional):
du d(ru)
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 yx    e   
dy dy
Duas interpretações para yx:
Interpretação 1: “Força cisalhante por unidade de área na
direção x e atuante numa área perpendicular à direção y,
exercida pelo fluido com y maior sobre o fluido com y
menor”.

Interpretação 2: “Fluxo (escoamento por unidade de área)


de quantidade de movimento (momentum) de direção x
propagado na direção do decréscimo (negativa) de y”.
69

Fluidos Newtonianos
Fluidos Newtonianos Incompressíveis
du
yx   obedecem à Lei de Newton da
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Viscosidade. Válida para fluidos com


dy Massa Molar menor que 5000 dalton (BIRD
et al., 2004).
yx - é a tensão cisalhante;
 - é a viscosidade dinâmica;
du/dy - é a taxa de deformação ou taxa de cisalhamento.

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Classificação Reológica dos Fluidos

Newtonianos
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Pseudo-plásticos
Independentes
do tempo Bingham
Herschel-Bulkley

Fluidos
Tixotrópicos
Dependentes
do tempo
Reopécticos

Viscoelásticos
Outros

Fluidos não-newtonianos
Muitos fluidos de interesse industrial mostram uma relação
mais complicada entre a taxa de deformação e a tensão
de cisalhamento. Não se pode falar em termos de
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viscosidade, porque esta propriedade passaria a variar


com a taxa de deformação. Todavia, as vezes se usa o
termo viscosidade aparente (h).
n n 1
 du   du   du   du 
   0  k      0  k         0  h   
 dy   dy   dy   dy 
Os fluidos não-newtonianos se classificam de acordo a suas
propriedades físicas, que podem:

1. Ser independentes do tempo de cisalhamento


2. Ser dependentes do tempo de cisalhamento
3. Exibir características de sólido
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Fenômenos ocorridos no deslocamento do fluido

a. Orientação de partículas:
típico em polpas de frutas e vegetais.
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b. Estiramento:
soluções macromoleculares, com
grande quantidade de espessantes:
caldas, produtos com substituição de
gordura.
c. Deformação de gotas:
emulsões, onde existe uma fase
dispersa em uma fase contínua:
maionese, molho de saladas,
chantilly, etc.
d. Destruição de agregados:
na homogeneização de produtos. 73

Variação da viscosidade com a agitação


Fluidos não-Newtonianos: Equação mais Geral
n n 1
 du   du   du   du 
   0  k      0  k         0  h   
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 dy   dy   dy   dy 

n – índice de comportamento do escoamento;


k – índice de consistência e h - viscosidade aparente.

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Fluidos não-newtonianos e independentes do tempo


Comportamento reológico dos principais tipos de fluidos.
0
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 yx = µ (du /dy)
 yx: Tensão de cisalhamento

n=1
n<1
Equação mais geral
n=1  = o + k . en
n<1

n>1

e: Taxa de deformação 75

Fluidos Herschel-Bulkley:
Esses fluidos apresentam o comportamento do tipo lei da
potência com tensão de cisalhamento inicial. É o modelo
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mais geral.

 = o + k en

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Comportamento reológico independente do


tempo
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a) Fluidos que não necessitam de tensão de


cisalhamento inicial (o ) para escoar:
O modelo mais comum é aquele descrito pela lei da
potência ou equação de Ostwald de Waele:
.
 = k.en
k = índice de consistência (Pa.sn )
n = índice de comportamento do fluido

Podem ser classificados em pseudoplásticos e


dilatantes de acordo com o valor de n.
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Variação da viscosidade com a agitação


Comportamento reológico independente do tempo
Fluidos não-Newtonianos: Ver video Munson et al. V1_4.
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n n 1
 du   du   du   du 
  k     k        h   
 dy   dy   dy   dy 

n – índice de comportamento do escoamento;


k – índice de consistência e h - viscosidade aparente.

- Dilatantes (n > 1): suspensões


de amido e areia;
- Pseudoplásticos (n < 1):
soluções poliméricas, polpa de
papel em água.

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Pseudoplásticos:
Nesse caso, o valor de n < 1.
A viscosidade aparente decresce
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com a taxa de deformação. A


maior parte dos fluidos não-
newtonianos apresentam este
comportamento.

Dilatantes:
O valor de n é maior que 1.
Encontrado em suspensões
concentradas de amido. Como a
viscosidade aparente cresce com
a taxa de deformação usam-se
bombas com deslocamento lento.
79

Fluidos que necessitam de uma tensão


inicial (o ) para escoar:
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Plásticos de Bingham:
É o mais simples desta categoria.
Mostram relação linear entre tensão de cisalhamento e
taxa de deformação, após vencer a tensão de
cisalhamento inicial (o ).

 = o + μp e Para  > o

Onde μp = viscosidade plástica (Pa.s)


Web Site: http://www.rpi.edu/dept/chem-eng/Biotech-Environ/RHEOS/rheos2.htm
80

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Fluidos não-newtonianos e dependentes


do tempo
Estes fluidos podem ser classificados em
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duas categorias:

Fluidos tixotrópicos (afinantes) - Tixotropia:


Fluidos que possuem uma estrutura que é quebrada em
função do tempo e da taxa de deformação.

Fluidos reopécticos (espessantes) - Reopexia:


Inclui poucos materiais que são capazes de desenvolver ou
rearranjar uma estrutura enquanto são submetidos a uma
tensão de cisalhamento.

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Fluidos não-newtonianos e dependentes


do tempo
A estrutura do fluido muda em função do tempo.
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Este comportamento pode ser descrito pelo


modelo de Tiu-Borger:  = 0 - (0 - e ) exp (- kt ).

t1 Tixotrópico
(Afinante)
t2

 t2
Reopéctico
t1 (espessante)

t2>t1
e

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Fluidos não-newtonianos e dependentes


do tempo
A estrutura muda em função do tempo. Este
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comportamento pode ser descrito pelo modelo de


Tiu-Borger:  = 0 - (0 - e ) exp ( - kt ).

Variação da
viscosidade
aparente com a
agitação

Alguns exemplos:
- Tixotrópicos: muitas tintas, colas, sabões;
- Reopécticos: suspensões de betonita e argila, sóis. 83

Fluidos viscoelásticos

Muitos fluidos mostram comportamento de sólido


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(elasticidade) e de líquido (plasticidade). A determinação do


comportamento viscoelástico exige equipamentos caros que
se usam nos laboratórios de desenvolvimento de produtos.

Os problemas que podem se apresentar são:

- Inchamento do fluido:
Um grande problema em extrusão e em enchedeiras.

- Escoamento de Weissemberg:
Ocorre na agitação de fluidos altamente viscoelásticos como
a massa de pão e biscoito. A altas taxas de deformação e as
tensões normais superam as tangenciais, invertendo o fluxo.
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Propriedades reológicas: dependência de


temperatura e pressão
A viscosidade depende da temperatura. Essa correlação é
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representada por uma equação do tipo Arrhenius:

ln µ = A – Ea/RT
Onde:
A = parâmetro de ajuste
Ea = energia de ativação para a viscosidade (J / kg.mol K)
R = constante universal dos gases (1,987 cal / g.mol K)
T = temperatura absoluta (K)

Em fluidos que seguem a lei da potência, o índice de


consistência segue a Lei de Arrhenius, porém o valor de n é
praticamente constante com a temperatura, portanto:

ln k = ln k0 – Ea/RT
85

Propriedades reológicas: dependência de


temperatura e pressão
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Em alguns processamentos, os fluidos podem ser


submetidos a altas pressões, como é o caso da
extrusão. Nesse caso, a viscosidade relaciona-se à
pressão de acordo com a seguinte expressão:

µ = µ0 . eaP
Onde:
µ0 = viscosidade a uma pressão de referência;
P = pressão;
a = parâmetro de ajuste.
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Critérios para determinar escoamento laminar em


fluidos não-newtonianos
Em escoamentos de fluidos newtonianos em tubos, o
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número de Reynolds crítico é aproxim. 2300. A partir desse


valor, este escoamento deixa de ser laminar e passa a ser
turbulento.

Re = Dvr < 2300 = laminar


μ
Com fluidos que seguem a lei da potência há regime
laminar quando:
 D n v 2  n r   4n 
n

Re LP   n 1  
 8 k   3n  1 
2100(4n  2)(5n  3)
Re LP    Re LP crítico
3(1  3n) 2 87
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FIM!!!!

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