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DOM CASMURRO

Bentinho escuta uma conversa entre José Dias e dona Glória: ela pretende
mandá-lo ao seminário no cumprimento de uma promessa feita pouco antes de
seu nascimento. A mãe, que já havia perdido um filho, prometera que, se o
segundo filho nascesse “varão”, ela faria dele padre. Na conversa, dona Glória
soubera da amizade estreita entre o menino e a filha de Pádua, Capitolina.

: Bentinho fica furioso com José Dias, que o denunciara, e expõe a situação a
Capitu. A menina ouve tudo com atenção e começa a arquitetar uma maneira
de Bentinho escapar do seminário, mas todos os seus planos fracassam. O
garoto segue para o seminário, mas, antes de partir, sela, com um beijo em
Capitu, a promessa de que se casaria com ela.

: No seminário, Bentinho conhece Ezequiel de Souza Escobar, que se torna


seu melhor amigo. Em uma visita a sua família, Bentinho leva Escobar e Capitu
o conhece.

Enquanto Bentinho estuda para se tornar padre, Capitu estreita relações com
dona Glória, que passa a ver com bons olhos a relação do filho com a garota.
Dona Glória ainda não sabe, contudo, como resolver o problema da promessa
e pensa em consultar o papa. Escobar é quem encontra a solução: a mãe, em
desespero, prometera a Deus um sacerdote que não precisava,
necessariamente, ser Bentinho. Por isso, no lugar dele, um escravo é enviado
ao seminário e ordena-se padre.

Bentinho vai estudar direito no Largo de São Francisco, em São Paulo. Quando
conclui os estudos, torna-se o doutor Bento de Albuquerque Santiago. Ocorre
então o casamento tão esperado entre Bento e Capitu. Escobar, por seu lado,
casara-se com Sancha, uma antiga amiga de colégio de Capitu. Capitu e
Bentinho formam um “duo afinadíssimo”.

Essa felicidade, entretanto, começa a ser ameaçada com a demora do casal


em ter um filho. Escobar e Sancha não encontram a mesma dificuldade: têm
uma bela menina, a quem colocam o nome de Capitolina.

: Bentinho vai estudar direito no Largo de São Francisco, em São Paulo.


Quando conclui os estudos, torna-se o doutor Bento de Albuquerque Santiago.
Ocorre então o casamento tão esperado entre Bento e Capitu. Escobar, por
seu lado, casara-se com Sancha, uma antiga amiga de colégio de Capitu.
Capitu e Bentinho formam um “duo afinadíssimo”.
Essa felicidade, entretanto, começa a ser ameaçada com a demora do casal
em ter um filho. Escobar e Sancha não encontram a mesma dificuldade: têm
uma bela menina, a quem colocam o nome de Capitolina.

Depois de alguns anos, Capitu finalmente tem um filho, e o casal pode retribuir
a homenagem que Escobar e Sancha lhe haviam prestado: o filho é batizado
com o nome de Ezequiel.

Os casais passam a conviver intensamente. Bento vê uma semelhança terrível


entre o pequeno Ezequiel e seu amigo Escobar, que, numa de suas aventuras
na praia – o personagem era excelente nadador -, morre afogado.

Bento enxerga no filho a figura do amigo falecido e fica convencido de que fora
traído pela mulher. Resolve suicidar-se bebendo uma xícara de café
envenenado. Quando Ezequiel entra em seu escritório, decide matar a criança,
mas desiste no último momento. Diz ao garoto, então, que não é seu pai.
Capitu escuta tudo e lamenta-se pelo ciúme de Bentinho, que, segundo ela,
fora despertado pela casualidade da semelhança.

: Após inúmeras discussões, o casal decide separar-se. Arruma-se uma viagem


para a Europa com o intuito de encobrir a nova situação, que levantaria muita
polêmica. O protagonista retorna sozinho ao Brasil e se torna, pouco a pouco, o
amargo Dom Casmurro. Capitu morre no exterior e Ezequiel tenta reatar
relações com ele, mas a semelhança extrema com Escobar faz com que Bento
Santiago o rejeite novamente. O destino de Ezequiel é infeliz: ele morre de
febre tifóide durante uma pesquisa arqueológica em Jerusalém.

Triste e nostálgico, o narrador constrói uma casa que imita sua casa de
infância, na rua de Matacavalos. O próprio livro é também uma tentativa de
recuperar o sentido de sua vida. No fim, o narrador parece menosprezar um
pouco a própria criação. Convence-se de que o melhor a fazer agora é
escrever outra obra sobre “a história dos subúrbios”.

LUIZA PIRES VERSINO

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