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do século XIX. Sua mãe, Dona Glória, era uma mulher viúva e devota, que tinha como grande
desejo que seu filho se tornasse padre. Desde cedo, Bentinho foi educado com essa
expectativa em mente.
Durante sua infância, Bentinho fez amizade com um garoto órfão chamado José Dias, que se
tornou uma espécie de conselheiro e figura paterna para ele. Bentinho também conheceu uma
vizinha chamada Capitolina, apelidada de Capitu, por quem ele se encantou imediatamente. Os
dois se tornaram amigos inseparáveis.
Apesar das resistências iniciais, Bentinho finalmente decide abandonar a ideia de se tornar
padre e se casa com Capitu. Os dois vivem uma vida aparentemente feliz e têm um filho,
Ezequiel. Bentinho se forma em Direito e começa a trabalhar como advogado, enquanto Capitu
se dedica à maternidade e à administração do lar.
No entanto, à medida que o tempo passa, sutilmente surgem dúvidas na mente de Bentinho
em relação à fidelidade de Capitu. Ele começa a notar semelhanças físicas entre seu filho
Ezequiel e o amigo de infância Escobar, levantando suspeitas de uma possível traição.
O ciúme e a desconfiança começam a consumir a mente de Bentinho. Ele interpreta cada gesto
ou palavra de Capitu como uma evidência de sua traição. Mesmo que Capitu tente explicar e
negar qualquer envolvimento com Escobar, Bentinho está convencido de sua culpa.
A história atinge seu clímax quando Escobar, o amigo de Bentinho, morre inesperadamente.
Nesse momento, Bentinho se vê confrontado com a angústia e o peso de suas suspeitas. Ele se
vê dividido entre sua memória de Capitu e o que acredita ter sido sua traição.
No entanto, o livro termina sem oferecer uma resposta definitiva. A verdade sobre a suposta
traição de Capitu permanece ambígua. Machado de Assis deixa espaço para que o leitor
interprete a história de acordo com suas próprias percepções e crenças.
apresenta um protagonista atormentado pelas suas próprias inseguranças e pela incerteza dos
relacionamentos. Através dessa narrativa envolvente, o livro levanta questões sobre a verdade,
a confiança e a subjetividade da experiência humana.
Bento Santiago, conhecido como Bentinho, nasceu em uma família abastada do Rio de Janeiro
no século XIX. Desde cedo, ele demonstrou ser uma criança introspectiva e observadora.
Cresceu próximo à igreja do bairro do Engenho Novo, onde sua mãe viúva, Dona Glória, residia.
Bentinho tinha um amigo inseparável, José Dias, um homem mais velho que o auxiliava nas
questões do dia a dia. A convivência com José Dias, no entanto, também o influenciou a
considerar a vida religiosa. Dona Glória, preocupada com o futuro do filho, fez um voto de que
Bentinho se tornasse padre.
No entanto, essa ideia começou a ser questionada quando Bentinho conheceu sua vizinha,
Capitu. Com olhos hipnotizantes e personalidade cativante, Capitu logo chamou a atenção do
jovem protagonista. Os dois se tornaram amigos inseparáveis e, ao longo do tempo, esse
sentimento evoluiu para um amor profundo.
O ápice da desconfiança ocorreu com a morte prematura de Escobar. Bentinho viu isso como
uma confirmação de sua traição e passou a nutrir um ressentimento ainda maior. O amor que
um dia uniu Bentinho e Capitu se transformou em um sentimento de desilusão e traição.
No entanto, a verdade sobre a suposta traição de Capitu nunca é revelada de forma definitiva.
O livro termina com Bentinho isolado e solitário, vivendo em sua amargura e remorso. Ele
reflete sobre os enganos do amor, a natureza da traição e a complexidade da alma humana.