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O Teatro do Oprimido é um método estético sistematizado por Augusto Boal, o qual reúne exercícios, jogos e técnicas com
objetivo de democratizar o teatro, permitindo assim, ampliar a possibilidade de expressão de oprimidas e oprimidos.
Boal (2011) utiliza uma árvore como símbolo para apresentar o método do teatro do oprimido, uma árvore que é símbolo
de transformação (objetivo dessa estética teatral) e que também é símbolo de multiplicação (estratégia pela qual se dará a
transformação). Nas raízes dessa árvore estariam a ética e a solidariedade, enquanto no tronco os exercícios e jogos que
fundamentam as demais técnicas do teatro do oprimido.
Os jogos são responsáveis pela desmecanização do corpo e mente, o que estimula aos participantes uma maior forma de
expressão e criatividade. Além dos jogos no tronco dessa árvore encontra-se o “Teatro Imagem” e o “Teatro fórum”, que ramificam
no “teatro jornal”, “ações diretas”, “teatro legislativo”, “teatro invisível” e “ arco-íris do desejo”.
dispensa o uso de palavras e através do
Teatro Imagem corpo, fisionomia, objetos, cores se traduz
os problemas e sentimentos em imagens.
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Curinga – “Especialista e pesquisador de teatro do oprimido; facilitador do método; um artista com função pedagógica que atua como mestre de
cerimônia nas sessões de teatro- fórum, coordenando o diálogo entre palco e plateia, estimulando a participação e orientando a análise das interações
feitas pelos spect-atores.” (SANTOS, Bárbara)
Espelho simples: um será o sujeito e o outro a imagem
refletida no espelho. Cada sujeito começa uma série de
movimentos em câmera lenta a serem reproduzidos pela
imagem.
Neste jogo, uma pessoa ficará sem par e ela será a líder. A líder então irá falar as duplas partes do
corpo para que as duplas se toquem com elas (por exemplo, mão com cotovelo, nariz com ombro,
Ninguém com
etc), as instruções são cumulativas até que a líder perceba estar impossível obedecer as próximas
Ninguém
instruções, e então, seguirá com o comando : “ ninguém com ninguém”, as duplas, então irão se
misturar. Alguém irá novamente ficar sem dupla, e então, será a líder da partida
- Sequências do espelho.
Espelho simples: duas filas de participantes, uma de frente para outra, uma será o sujeito e a outra a imagem
refletida no espelho. Cada sujeito começa uma série de movimentos em câmera lenta a serem reproduzidos pela
imagem.
Sujeito e imagem trocam de papéis: inversão dos papeis de sujeito e imagem, deve ser feito sem quebra de
continuidade e com precisão.
Ambos são sujeito e imagem: a partir daí os dois participantes poderão originar movimentos que desejam e
reproduzir os originados pelo companheiro. Liberdade e solidariedade são indispensáveis para que se faça o
exercício sem opressão.