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SAT500

(Sistema de Anestesia Takaoka)


2ª Edição

Lucas Francisco Caldas


Técnico Eletrônico
1

SAT 500
Introdução

Esta apostila é um complemento para a capacitação de técnicos em equipamentos


médicos de modo que possam efetuar operações, testes e manutenções no equipamento
SAT 500, fabricado pela K. Takaoka.
Esta apostila aborda o funcionamento do produto e alguns procedimentos de testes a fim
de que possa auxiliar na manutenção do produto.

Índice
Descrição Página

Conhecendo o SAT 500 03


Rotâmetro 04
Filtro SIVA 05
Vaporizador 06
Ventilador 07

Funcionamento 08
Rotâmetro 09
Esquema Pneumático da Mesa 11
Esquema Pneumático do Rotâmetro 12
Filtro SIVA 15
Módulo Eletrônico IHM 17
Esquema de Ligação Elétrica do Módulo Eletrônico 20
Esquema de Blocos 21
Esquema Elétrico da PCI Fonte(445010216) 22
Esquema Elétrico PCI Controle (445010217) 24
Módulo Pneumático 26
Esquema Elétrico PCI Contr. De Válvulas (445010218) 28
Bloco de Anestesia 31
Sensor Interno de Fluxo 32
Sensor de Pressão 32
Esquema Pneumático do Módulo Pneumático 33
Esquema de Ligação Elétrica 34

Testes Funcionais 37
Ajuste da corrente das Válvulas 40
Vazamentos 45
Calibração 48

SAT 500
Conhecendo o SAT500

Módulo
Eletrônico
Rotâmetro
(ventilador)

Filtro Siva Vaporizadores

Módulo
Pneumático

SAT 500
Rotâmetro

O rotâmetro tem como funções básicas o controle e a monitorização dos fluxos dos gases
que alimentam o equipamento. Após serem misturados nos Rotâmetros, estes gases são
enviados ao Vaporizador para receberem certa concentração de agente anestésico volátil.
Além de possuir os rotâmetros para medir o fluxo de cada gás da mistura, centraliza uma
série de outras funções de segurança para o paciente. O aparelho possui rotâmetros,
para os gases oxigênio (O2), óxido nitroso (N2O) e ar comprimido.

Características:
• Sistema Servomático de Pressão, que impede automaticamente a administração
de N2O ao paciente se houver uma queda na pressão de O2.
• Sistema Servomático de Fluxo, que limita o fluxo máximo de N2O fornecido pelo
aparelho, em função do fluxo regulado de O2, garantindo uma concentração
nominal mínima de 25% de O2 na mistura O2 / N2O.
• Válvulas reguladoras de pressão incorporadas para os gases O2, N2O e Ar.
• Tubulação interna com cores padronizadas para cada gás, prevenindo ligações
invertidas durante uma manutenção interna.
• Chave seletora que quando posicionado em FGF permite fluxo de gás fresco direto
para o filtro.

SAT 500
Filtro Valvular SIVA® 3400

Características:
• Fole passivo, permitindo ao operador a visualização direta do volume corrente pela
excursão do fole.
• Maior segurança em baixos fluxos (fluxo basal), uma vez que,a qualquer sinal de
falta de FGF devido ao consumo ou vazamentos no sistema, é rapidamente
identificado através da visualização do fole. Este fole funciona ainda como
reservatório de FGF.
• Melhor saturação do circuito, devido à inexistência de áreas de estagnação e
tempo de resposta reduzido, sendo que em poucos ciclos podem-se perceber as
variações desejadas pelo anestesista.
• Melhor aproveitamento do FGF, já que o SIVA® 3400 elimina somente o excesso,
resultando em uma economia de gases anestésicos.
• Canister transparente para permitir a visualização da cal sodada em seu interior,
com volume interno máximo de 1600 ml .
• Facilidade e rapidez na troca da cal sodada, devido ao sistema de fechamento do
canister por trava rápida.
• O canister e o fole são universais podendo ser usados para pacientes desde
neonatal, pediátrico e adulto.
• Válvula de controle de pressão (APL) com graduação. Esta válvula poderá ser
utilizada na modalidade manual controlada ou espontânea. A válvula APL possui

SAT 500
ajuste de posição totalmente fechada, impedindo escape de gases.
• Entrada do fluxo contínuo de gases frescos incorporada ao SIVA® 3400.
• Menor poluição do ambiente com anestésico.
• Filtro totalmente autoclavável (à 134°C)

Vaporizador

O vaporizador Delta Sigma instalado no Aparelho SAT 500 é fabricado pela empresa
PENLON.
Distribui concentrações precisas em várias condições de fluxo e temperatura.

• Possibilita o uso de dois vaporizadores calibrados, com sistema de segurança.

• Possui sistema de proteção para utilização independente de cada vaporizador.

• Mantém concentração com um fluxo mínimo de 300ml.

• Isento de calibração por 10 anos (aferição anual)

SAT 500
Ventilador

È um ventilador eletrônico para anestesia, com alguns recursos utilizados em terapia


intensiva.

• Paciente: Adulto, Infantil e Neonatal

• Volume: 10 a 1600ml

• Modalidades: VCV, PCV, SIM/V, SIMV/P e PSV

• Sensor de fluxo eletrônico de grande sensibilidade,

• Gráficos em tempo real com ajuste automático de escala.

• Disparo dos ciclos assistidos por pressão e/ou fluxo. O recurso de disparo por fluxo
(Sensib. F.) permite que pacientes neonatos também sejam capazes de disparar
ciclos do Ventilador

• Analizador de agentes anestésicos * ( utilizando sensor de gases Phasin)

• Indicador de Bateria Fraca.

SAT 500
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SAT 500
- Rotâmetro

O Rotâmetro é responsável por fornecer ao Filtro Valvular ou Baraka, os gases


anestésicos diluídos (FGF – Fluxo de Gases Frescos), responsável pelo chaveamento
dos diluentes AR e N2O e o controle de fluxo e pressão dos mesmos e de O2.

Para uma melhor compreensão do funcionamento do Rotâmetro é importante ter


conhecimento do caminho dos Gases antes de chegarem até as entradas do Rotâmetro.

• O2

Esquema de entrada de O2

SAT 500
A entrada de fluxo de O2 pode ser realizada através do Cilindro de emergência de O2
instalado no Yoke ou pela entrada rosqueavel de rede de O2.
As pressões do cilindro de emergência e da rede de O2 são medidas por 2 manômetros
com escala em Kpa, onde a pressão ideal para testes e manutenção é de 6 kpa á 9 kpa e
um fluxo constante mínimo de 120L/min.
O fluxo de O2 é distribuído entre o “módulo pneumático”, a saída auxiliar de O2 e o
Rotâmetro.

Rotâmetro Saída Auxiliar Módulo Pneumático

• AR e N2O

As entradas de Ar e N2O são muito simples, o AR passa pela entrada da rede e vai direto
ao Rotâmetro, é medido por um manômetro com escala em kpa.
A entrada de N2O pode ser feita pela rede ou pelo cilindro de emergência que também
possuem manômetros de pressão com escala em kpa e fluxo direto para Rotâmetro.

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SAT 500
• Esquema pneumático da mesa.

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SAT 500
• Esquema pneumático Rotâmetro
Alterna as saídas do “Gás do
Vaporizador” para o filtro ou
baraka.

“O2 direto” 202012165.


libera a passagem do fluxo
somente quando é
pressionado manualmente.

dd
O2 é regulado
para 30psi

Pressão de N2O é
regulada para 30psi e
é liberada somente a
presença de pressão
Fluxo de O2 vai para de O2
o servomático de
fluxo liberando o
N2O. mínimo de
25% O2.

Libera ou bloqueia
a passagem de
fluxo de N2O
através da chave
de seleção

Regula a pressão de
AR em 25 psi.

Bosster libera
passagem de fluxo
de AR somente se
não houver fluxo de
N2O.

12

SAT 500
Descrição do funcionamento:

1 –O2
1. Válvula reguladora (202011062) regula a pressão para 30psi.

Na parte de trás do
equipamento se encontra a
tomada para a verificação da
pressão da válvula
reguladora de O2 e o ponto
de ajuste da pressão.

1.1 Válvula reguladora distribui o fluxo para o rotâmetro de O2 junto com o


servomático de fluxo (202010121).

1.1.1 Quando a válvula do Rotâmetro é aberta o fluxo de O2


passa pelos rotâmetros de baixo e alto fluxo e vai para o
vaporizador.

1.2 Válvula reguladora distribui a pressão de O2 para a Válvula reguladora


com servomático de pressão (202012086) acionando a liberação de N2O.

1.3 Válvula reguladora distribui o fluxo para o botão de “O2 direto”


202012165.

2-AR
2.Válvula reguladora (202011062) regula a pressão de Ar para 25 psi.

2.1 Válvula reguladora libera o fluxo de AR para o Booster (202011780),


onde o fluxo de AR só é liberado caso não haja pressão de N2O no bosster.

2.2 Não havendo pressão de N2o no bosster, o fluxo de AR é liberado para o


rotâmetro de AR onde o mesmo o libera para o vaporizador.

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SAT 500
3-N2O
3-Válvula reguladora (servomático de pressão) (202012086) regula a pressão de
N2O para 30psi e só permite a passagem de fluxo caso haja pressão de O2.

3.1 Fluxo de N2O passa pela chave seletora se a posição estiver em N2O

3.1 Fluxo de N2O passa pelo bosster.

3.2 Fluxo de N2O passa pelo servomático de fluxo e é liberado em


proporção de 1:3 em relação ao fluxo de O2, ou seja, terá um mínimo de
25% de fluxo de O2.

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SAT 500
FILTRO SIVA

O Filtro Valvular Siva 3400 é responsável por:

• Realizar o sistema circular valvular com absorção de gás carbônico, onde este tipo
de sistema respiratório permite o reaproveitamento dos gases expirados pelo
paciente.
• Demonstrar o volume inspirado,
• Inserir o FGF junto ao gás inspiratório
• Efetuar o sistema de anti- poluição fazendo com que o gás expirado e não
utilizado e o FGF em excesso sejam encaminhados para o sistema de vácuo.
• Válvula de controle de pressão (APL).

Esquema pneumático

Coxexão
com o
Vácuo ventilador Campânula
Escape Propulsão

ATM Sobrepressão

Anti-asfixia FGF
ATM Célula
de
oxigênio
ATM Anti-asfixia Sensor de
%O 2
Válv. Insp. fluxo
P+ P-

Ventilação
solenóides
manual
no
ventilador
Sensor de
Válv. Exp. fluxo
P- P+

ATM
Canister
Ventilação Paciente
automática

ATM

APL

Balão
Balão
da
do
Ventilação
anti-poluição
Manual

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SAT 500
Descrição do Funcionamento:

1- Ventilação automática:
Pressão vinda do módulo pneumático provoca a força de Propulsão que pressiona
a fole para baixo fazendo com que o O2 armazenado no fole desça para o canister,
pois o difragma “AUTO” esta vedando restante do circuito.
Passando pelo canister o O2 se mistura ao FGF vindo do rotâmetro e vai direto até
o paciente.
Esse gás volta na expiração pelo ramo expiratório de volta ao fole, sendo que o
gás em excesso adicionado anteriormente pelo FGF, é eliminado pelo sistema
“excess free” para o sistema de vácuo.

2- Ventilação Manual:
O diafragma “MANUAL” é vedado deixando o sistema de propulsão e fole
inoperante.
Quando o balão manual é pressionado, a pressão é ajustada pela Válvula APL e
segue para o Canister. Passando pelo canister o O2 se mistura ao FGF vindo do
rotâmetro e vai direto até o paciente.
Esse gás volta na expiração pelo ramo expiratório enchendo novamente o balão
manual.

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SAT 500
Módulo Eletrônico IHM (Ventilador)
O Módulo eletrônico é responsável por todas a alimentação e comunicação do
equipamento assim como processamento de imagens, teclado, bateria, alarmes,
capnografia e FIO2.
Ele utiliza um comunicação típica serial (RS-232), para e comunicar com o módulo
pneumático e com o sensor de capnografia, eliminando a necessidade de haver um
módulo de capnografia a parte.

Composição:

- Fonte AC/DC MPS-45-15(433010053)


Responsável por alimentar o equipamento com a energia
da rede elétrica.

Características:
Input:110V-240V
Output: 15V
Power: 45W
Fabricante: Mean Well
Especificação:
http://www.meanwell.com/search/mps-45/default.htm

- PCI Fonte DC/DC (445010216)


Responsável pela alimentação de todo equipamento com
tensão DC/DC e carregamento da bateria.

Características:
Input: 15Vcc
Output: -12v / 5v / 12V / Vbat
Fabricante: MGS
Input Bat: 12V nominal , com corte em 10,5V
Sinalização de rede: 15V
Sinalização de nível de bateria

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SAT 500
-PCI Controle (445010217).
Responsável pelo processamento da comunicação com o módulo pneumático, alarmes,
software de interface gráfica, teclados, alimentação do display e processamento do FIO2
e CO2.

- PCI Controle do Display (445010208) (antiga).


Responsável pelo processamento das imagens do display.
Obs: Mesmo sendo uma placa de projeto tercerizado, possui software especifico da
Takaoka.
Fabricante: System Partner

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SAT 500
- PCI Controle do Display (445010208-01).
Mesma função da anterior. Ignora o usp de PCI Buffer e Pci adaptador do display

- PCI Buffer (445010222). (antiga)


Responsável por sincronizar a comunicação de dados entre a PCI Controladora do
ventilador e a Pci Controladora do Display.

- PCI Adaptador para Display (446010110). (antiga)


Responsável por transmitir os sinais da PCI Controle do display para o Display e adaptar
a conexão ao cabo flat do display.

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SAT 500
- PCI Power CO2 (445010207-03)

É basicamente um circuito de proteção de sinal, para evitar interferências e descargas


elétricas através do sensor de CO2/Anestesico

- Bateria 12V 2.2 mAh

Tipo: Chumbo- Ácida Selada


Regulada por Válvula
Tensão: 12Vdc
Corrente nominal: 2.2mAh
Carga da fonte:13,4Vdc

Esquema de ligação:

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SAT 500
Funcionamento:

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SAT 500
Alimentação: A tensão AC de entrada pela rede (127V/220V) passa pela Fonte
chaveada AC/DC (433010053) e é transformada para 15Vdc. O 15Vdc entra pela Fonte
DC/DC (445010216), que a transforma para vários outros valores de tensão:

-12Vdc – É uma tensão exclusiva para a PCI Controle do ventilado (445010217).

5 Vdc- Alimenta a PCI controle(445010217), módulo pneumático, Sensor e sensor de


capnografia.

12 Vdc- Alimenta a PCI controle (445010217), Módulo pneumático e micro-ventilador.

Vbat (+/- 13,4 Vdc )- Carrega a bateria.

15Vdc – Indicador de Rede.

Procedimento de Ventilação:
Ao inicializar, a PCI controle 445010217 processa todas as informações inseridas pelo
usuário e as envia via comunicação serial (RS232) para o módulo pneumático, dando os
comandos para que se inicie a ventilação. Assim que a ventilação é iniciada a Pci
Controle (445010217) recebe todas as informações em relação a ventilação, tais como
pressão, volume, frequência, resistência,gráficos, etc... A PCI Controle realiza o
processamento incluindo necessidade de emissão de alarmes, Fio2, Co2, processamento
de gráficos e envia o resultado das informações em formato de imagens na tela do
display, mas para isso as informações passam pela PCI Buffer (445010222) que
sincroniza todas as informações e as envia para a PCI Controle do Display (445010208),
que processa todas as informações e as envia em forma de imagem mostradas no
Display.

Procedimento de imagens: A Pci Controle do Display (445010208), é alimentada como


um a tensão DC de 12V recebe as informações vindas da PCI Buffer (445010222) e as
processa de modo que o display as exiba como imagem.

Fonte - Fonte DC/DC – Bateria


Converte a Converte a
rede de entrda tensão para -5v, Pci Buffer
Rede para 15Vdc 5v,12v e Vbat Pci Controle
do Display

Módulo Pci Controle


pneumático do Ventilador

Adaptador Display

Tensões continuas
Teclado

Comunicação Digital

Esquema de Blocos

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SAT 500
Esquemas elétricos do módulo eletrônico.
445010216 – Fonte DC/DC

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SAT 500
445010216 – Fonte DC/DC

24

SAT 500
445010217 – PCI Controle

25

SAT 500
445010217 – PCI Controle

26

SAT 500
PCI Power Co2 – (445010207-03)

27

SAT 500
Módulo Pneumático
O módulo pneumático realiza todo o controle de inspiração e expiração, leitura de pressões,
volumes, fluxos, teste funcionais, controle das válvulas, armazena dados do equipamento
como desempenho das válvulas, off-set e etc...
Este módulo se comunica constantemente com o Módulo eletrônico (IHM) enviando
informações sobre a ventilação e testes para serem exibidas na tela, e também recebendo
comandos indiretamente vindos do operador sobre modalidades e parâmetros que ele deve
ventilar.

Composição:
Válvula
Magnética
Traquéia
Sensor de
Bloco Fluxo
Expiratório

Micro
Ventilador

Válvula
reguladora

Pci Controle de
Válvulas
Bloco de anestesia

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SAT 500
-PCI Controle Válvulas (445010218) Antiga

Realiza todo o controle das Válvulas, alimentação de todos os componentes, leitura de todos
os sensores, armazena informações sobre o desempenhos e calibração de válvulas e
sensores e testes e comunicação via porta serial com o módulo eletrônico.
Possibilita a utilização da porta serial para comunicação com um PC, o que permite uma leitura
de todos os dados armazenados, ventilação, calibração e leitura dos sensores através do PC
via software (COMSAT).
Possui pontos de verificação de tensões para verificação dos sensores para manutenção.

Pontos de teste para os sensores.


Obs: Transdutor = 1,68Volts – 0 cmH2oO
S3 = 0,6 volts – 0L/min

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SAT 500
Esquema elétrico do módulo Pneumático
445010218 – Pci Controle de Válvulas

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SAT 500
445010218 – Pci Controle de Válvulas

31

SAT 500
445010218 – Pci Controle de Válvulas

32

SAT 500
-PCI Controle Válvulas (445010218 – 02) “PWM”

Pontos de teste para os sensores.


Obs: FL PAC INS = 1,68V PRES PAC = 1,68 V FL INT = 0,170 V
FL PAC EXP = 1,68V PRES INT = 1,68 V

Possui as mesmas funções da versão anterior.

Diferenças:
- Sem solenóides
A Pci não possui Válvulas solenóides, ao invés disso possui conectores com os sinais de
comandos de sonóides Avulsos.

- Drive de controle de válvulas feito por sistema PWM.


PWM é a abreviação de Pulse Width Modulation ou Modulação de Largura de Pulso.
Para que se entenda como funciona esta tecnologia no controle de potência, partimos de um
circuito imaginário formado por um interruptor de ação muito rápida e uma carga que deve ser
controlada, de acordo com a figura.

33

SAT 500
Quando o interruptor está aberto não há corrente na carga e a potência aplicada é nula.
No instante em que o interruptor é fechado, a carga recebe a tensão total da fonte e a potência
aplicada é máxima.
Como fazer para obter uma potência intermediária, digamos 50%, aplicada à carga?
Uma idéia é fazermos com que a chave seja aberta e fechada rapidamente de modo a ficar 50% do
tempo aberta e 50% fechada. Isso significa que, em média, teremos metade do tempo com corrente e
metade do tempo sem corrente, veja a figura

A potência média e, portanto, a própria tensão média aplicada à carga é neste caso 50% da tensão
de entrada.
Veja que o interruptor fechado pode definir uma largura de pulso pelo tempo em que ele fica nesta
condição, e um intervalo entre pulsos pelo tempo em que ele fica aberto. Os dois tempos juntos
definem o período e, portanto, uma frequência de controle.
A relação entre o tempo em que temos o pulso e a duração de um ciclo completo de operação do
interruptor nos define ainda o ciclo ativo, conforme é mostrado na figura baixo.

Variando-se a largura do pulso e também o intervalo de modo a termos ciclos ativos diferentes,
podemos controlar a potência média aplicada a uma carga. Assim, quando a largura do pulso varia de
zero até o máximo, a potência também varia na mesma proporção, conforme está indicado na figura 6.

34

SAT 500
Este princípio é usado justamente no controle PWM: modulamos (variamos) a largura do pulso de
modo a controlar o ciclo ativo do sinal aplicado a uma carga e, com isso, a potência aplicada a ela.

35

SAT 500
445010218-02 PCI Controle de Válvulas PWM)

36

SAT 500
445010218-02 PCI Controle de Válvulas (PWM)

37

SAT 500
445010218-02 PCI Controle de Válvulas (PWM)

38

SAT 500
- Bloco de anestesia – 203061833

O bloco de Anestesia é composto por um grupo de componentes que operam em conjunto.


Responsável pelo controle de fluxo de O2.

Esquema pneumático
1- Entrada de O2
2- Microswitch- identifica a pressão de O2
3- Válvula Reguladora – Regula a pressão
do circuito para 35psi.
4- Válvula Proporcional - Libera o fluxo de
O2 proporcionalmente ao valor da tensão
exercida sobre ela. Tensão varia de
0 volts (fechada) para 12volts (totalmente
aberta).
5- Saída de O2 da Válvula Proporcional
6- Válvula solenóide -(Não utilizado)
7- Saída (Não utilizada)
8- Saída (Não utilizada)
9- Saída (tomada 35psi)
10- Saída (Válvula reguladora 5psi)

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SAT 500
- Sensor Interno de Fluxo (436010029).
Realiza a leitura de todo fluxo de O2 emitido
pela válvula proporcional.

Características:
• Capacidade de leitura de fluxo: 200 l/min
• Tempo de resposta: 6 ms
• Alimentação :10 V
• Consumo: 60 mW
• Fabricante: Honeywell

Fluxo Tensão de saída


0 L/min 1.00 Vdc
25 L/min 2.99 Vdc
50 L/min 3.82 Vdc
75 L/min 4.30 Vdc
100 L/min 4.58 Vdc
150 L/min 4.86 Vdc
200 L/min 5.00 Vdc

-Sensor de pressão (transdutor).

Realiza leituras de pressões internas e pressões


nos sensores de fluxo externos, possibilita que o
equipamento calcule a quantidade de volume de
gases na via inspiratória e expiratória.
Realiza a leitura de acordo com a diferença de pressão
existente nos canais de leitura.

Características:
Tempo de resposta: 8ms
Alimentação: 4.75V – 5.25V
Consumo: 6mA
Tensão de saída para pressão 0(zero) : 2,5V
Leitura: 0 à 5 cm³H2O
Fabricante: Honeywell

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SAT 500
- Esquema de ligação pneumática do módulo

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SAT 500
- Esquema de ligação Elétrica do Módulo Pneumático.

42

SAT 500
Funcionamento:

Alimentação:
- O módulo eletrônico IHM envia as tensões DC 5v e 12v para a alimentação da PCI Controle
de Válvulas.

Procedimento de Ventilação
O módulo IHM também envia comandos para a PCI controle de válvulas via comunicação
serial.
Envia comandos sobre modalidade de ventilação e parâmetros a serem ventilados entre
outros.
Ao receber esses dados de ventilação, a Pci Controle de Válvulas inicia o processo de
ventilação mecânica conforme solicitado pelo Módulo IHM

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SAT 500
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SAT 500
Os testes Funcionais

Os testes funcionais são verificações iniciais dos requisitos mínimos para o funcionamento do
equipamento e também uma obtenção de informações necessárias para a ventilação e
informar o operador de alguma possível falha em seu sistema.

É de extrema importância que as instruções do Auto-Teste sejam seguidas a risca, para que
não haja erros na obtenção de informação que prejudique o funcionamento ou haja alguma
falsa informação de falha.

Comunicação: Verifica se a Comunicação serial entre os módulos IHM e Pneumático.


Caso ocorra “Falha”, verifique se os cabos de comunicação estão conectados ou se circuito de
comunicação das placas 445010217 e 445010218 estão funcionando.

Off Set: Verifica e guarda a informação da pressão que estão nos transdutores do pressão e o
fluxo que está nos Sensores de Fluxo. O ideal é que estejam todos em ”0”(Zero). Caso não
seja possível realizar a leitura ou os valores estiverem muito distantes de zero ele acusará
falha. È importante que nas linhas dos sensores de fluxo não haja nenhum tipo de obstrução
como líquidos ou sujeira que possam acumular pressão não circuito.
OBS: A mensagem de falha muitas vezes pode estar relacionada a não seguir as instruções
corretas para o auto-teste. Qualquer irregularidade na preparação para o auto teste pode
ocasionar no acumulo de pressão no sistema, fazendo com que a leitura de Off-SET esteja
incorreta, prejudicando o funcionamento do equipamento.

Rede de O2:
Verifica a pressão de O2 existente mo circuito através
do Micro Switch existente no Bloco de Anestesia.
A pressão mínima é de 2KG.

Micro
Switch

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SAT 500
Fluxo Interno (Fluxo Int.):
Verifica se a fluxo de O2 passando pelo Sensor de fluxo Interno. A Válvula proporcional é
aberta e o fluxo liberado e ao passar pelo Sensor de Fluxo Interno ele é lido e comparado
conforme ela vai se fechando.

Válvula Proporcional (V. Prop.): Verifica o funcionamento da válvula proporcional em sua


total abertura, lendo valor de fluxo máximo emitido, tempo e posição de abertura.
Em caso de Falha é necessário verificar o Fluxo emitido (mínimo de 80l/m),verificar também se
o circuito envia sinal para o acionamento das válvulas e se o “drive de corrente” (Tip Q2) da
placa 445010218 possui ganho suficiente para abrir totalmente a válvula no tempo correto.
Obs: Ao alterar o ganho de corrente da placa é necessária uma nova calibração de sistema de
fluxo do equipamento.
Obs: O Tip Q2 é um componente que pode variar o ganho de corrente conforme a sua
temperatura, porém sua temperatura chega ao nível Maximo rapidamente o que não interfere
significativamente no funcionamento do equipamento.

Leitura do Fluxo

46

SAT 500
Válvula Magnética V. Mag.: O teste da válvula Magnética serve para verificar o perfeito
funcionamento da Válvula e sistema de Bloco Expiratório.

Campânula

FGF
Célula de
oxigênio

%O2
Válv. Insp. Sensor de fluxo
P+ P-

Ventilação
Manual

Válv. Exp. Sensor de fluxo


P- P+
Canister

Paciente
Propulsão

A cor vermelha indica onde o sistema está senso pressurizado.

Durante o teste, a VALVULA PROPORCIONAL é aberta e a VALVULA MAGNÉTICA acionada.


A Válvula solenóide comutadora MANUAL também é acionada pressurizando o diafragma do
FILTRO com 5PSI, fazendo com que todo o volume de oxigênio fique “preso” entre a
Campânula do Filtro e o Bloco Expiratório.
A VALVULA PROPORCIONAL permanece aberta e um fluxo de 4l/m até que o sistema atinja
70 cm³H2O de pressão no circuito.
O software analisa o valor de DA (corrente ) necessário para que a válvula magnética segure a
pressão de 70cm³H2O em relação ao tempo necessário para isto.
O teste só será reprovado caso a pressão no circuito não atinja 70cm³H2O.
No caso do software COMSAT estas informações são armazenadas na Memória Flash do
Micro Controlador e podem se visualizadas com a ajuda de software especifico.
Lembrando que qualquer alteração na válvula Magnética ou em se drive de corrente se faz
necessária uma calibração completa do sistema de pressão do equipamento.
Exemplo: COMSAT

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SAT 500
Ajuste de corrente das Válvulas para 445010218-01
(Treinamento Técnico de Nível A)

Após a execução deste procedimento a seguir se faz necessária a realização do Serviço


de Calibração do equipamento, podendo esta ser realizada somente por técnicos que receberam
treinamento Técnico de Nível A.

Material necessário:

• Multímetro
• Fonte de Tensão variável
• Válvula Proporcional Norgren (utilizada no SAT500).
• Válvula Magnética Takaoka (utilizada no SAT500).
• Recomenda-se utilizar uma Ventoinha e um dissipador de calor.

Ajuste de Corrente da Válvula Proporcional

• Caso haja um resistor na posição R24, substituir por um trimpot de valor máximo de
1K ohms, caso já haja um trimpot, mantenha o mesmo.

• Alimentar a placa no conector CN5 com tensões de +5V e +12V normalmente.

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SAT 500
• Conectar um Multímetro em serie com o Pino 6 e com o fio “POSITIVO” da válvula
da Norgren, configurado para a medição de corrente.
• Conectar a Válvula Proporcional no conector CN7 no pino 7. (é recomendável que a
válvula proporcional esteja sendo ventilada por uma ventoinha e que esteja em
contato com um dissipador de calor durante o ajuste.

Montagem do circuito para ajuste

• Utilizando uma fonte variável, aplicar um tensão de 1,50v no ponto A (indicado na


figura acima. ( Verifique a tensão da fonte com um multímetro).
• Verifique a corrente demonstrada no multímetro e ajuste o Trimpot R24 diminuindo
sua resistência até que a corrente indicada no multimetro atinja um valor máximo e
constante de corrente. (é de extrema importância que não sature (zero ohms) a
resistência do Trimpot)
• Desligue a Fonte de tensão e aguarde o transistor esfriar por alguns minutos, logo
após repita os mesmos procedimentos.
• Faça novamente o mesmo procedimento com uma tensão de 1,40V e verifique se o
valor da corrente diminuiu, caso isso não ocorra, aumente a tensão para 1,50V e
aumente resistência do Trimpot sem que o valor de corrente abaixe.
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SAT 500
• Repita o procedimento com uma tensão de 0,90 e verifique se a corrente de
encontra acima de 0,60 mA. Caso o valor da corrente esteja abaixo de 60mA,
substitua o transistor Q2.
• Após ter sido ajustado a corrente pelo trimpot, trave o mesmo com lacre.

Ajuste de Corrente da Válvula Magnética.

• Caso haja um resistor na posição R43, substituir por um trimpot de valor máximo de
500 ohms, caso já haja um trimpot, mantenha o mesmo.

• Alimentar a placa no conector CN5 com tensões de +5V e +12V normalmente.

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SAT 500
• Conectar um Multímetro em serie com o Pino 9 do conector CN 7 e com o fio
“POSITIVO” da válvula da Norgren, configurado para a medição de corrente.
• Conectar a Válvula Magnética no conector CN7 no pino 10. (é recomendável que a
válvula magnética esteja sendo ventilada por uma ventoinha e que esteja em contato
com um dissipador de calor durante o ajuste.

• Utilizando uma fonte variável, aplicar um tensão de 2,0V no ponto B (indicado na


figura acima. ( Verifique a tensão da fonte com um multímetro).
• Verifique a corrente demonstrada no multímetro e ajuste o Trimpot R43 variando sua
resistência até que a corrente atinja 950 mA.
• Ajuste a Fonte de Tensão para 1.0 V e verifique se o valor de corrente é superior a
300 mA.
• Se o valor medido for menor que 300 mA, repita o procedimento com uma tensão de
2,0V e ajuste o Trimpot R43 diminuindo sua resistência até que a corrente indicada
no multimetro atinja um valor máximo e constante de corrente. (é de extrema
importância que não sature (zero ohms) a resistência do Trimpot)
• Ajustar novamente a Fonte de Tensão para 1.0 V e verificar se o valor de corrente é
superior a 300 mA. Caso não seja, troque o Transistor Q1.

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SAT 500
• Ajustar a Fonte de Tensão para 0,60V e verificar se o valor da corrente esta entre
21mA e 30mA. Caso esteja fora da faixa, ajustar o trimpot R45 e repetir todas as
operações.

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SAT 500
Testes de Vazamento

O teste de vazamento é opcional para o operador uma vez que um vazamento pode ou não
influenciar no funcionamento do equipamento.
Mas é recomendável que sempre seja feito o teste de vazamento a fim de identificar até
mesmo possíveis falhas na montagem de acessórios e evitar que a calibração do sensores de
Fluxo externos sejam prejudicadas.
O teste de vazamento é dividido em duas etapas:

Teste de vazamento Interno:


O teste de Vazamento Interno é muito parecido com o teste de Válvula Prop. pois ativa os
mesmos dispositivos com uma diferença, a pressão do circuito chega ao máximo de
40cm³H2O e o máximo de vazamento permitido é que a pressão chegue a 35cm³H2O durante
um tempo de 10s

Teste de Vazamento Externo:


Depois que a parte interna do Modulo Pneumático até a Campânula foram verificados e não há
nenhum vazamento então inicia-se o teste de vazamento externo.
A válvula solenóide Comutadora Automática também é acionada, pressurizando todo o filtro
até as traquéias e sensores de fluxo.O Circuito é pressurizado em 40cm³H2O podendo a
chegar em no máximo 25cm³H2O durante o tempo de 10s.

Campânula
Vácuo
Escape Propulsão

FGF

Sobrepressão

Anti-asfixia

B
Fluxo Pac Ins
Anti-asfixia Manual
Piloto
Vál. Inspiratória

B
Pressão Pac
APL Dreno Obstruido

Automática
Piloto

Canister
B Fluxo Pac Exp.

Válv. Expiratória

Dreno

Balão Anti-Poluição Balão da Manual

Área pressurizada em vermelho

Durante o teste de vazamento externo os sensores de Fluxo realizam a leitura da pressão


aplicada sobre os sensores e em caso de “FALHA” no teste, eles podem diagnosticar a causa
do vazamento.

Os sensores S1,S2e S4 realizam a leitura de pressão e fluxo que passam pelos sensores no
momento do teste. Caso algum dos sensores não perceba algum tipo de alterção em relação a
pressão ou fluxo, o equipamento pode dar dicas de possíveis falhas.

-Falha Sensor Exp.


-Falha Sensor Insp.

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(Treinamento Técnico de Nível A)

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SAT 500
Tipo de Calibração:

- Calibração dos Sensores de Fluxo Externos.


Adulto
Neonatal

- Calibração do Sensor de Fluxo Interno. (Treinamento Técnico de Nível A)

- Calibração das curvas de Fluxo e Pressão. (Treinamento Técnico de Nível A)

- Neonatal
Calibração da curva de Fluxo
Calibração da curva de Pressão INS
Calibração da curva de Pressão EXP

- Infantil
Calibração da curva de Fluxo
Calibração da curva de Pressão INS
Calibração da curva de Pressão EXP

-Adulto
Calibração da curva de Fluxo
Calibração da curva de Pressão INS
Calibração da curva de Pressão EXP

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Valores de referencia para calibração

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Calibração dos Sensores de Fluxo Externos

A calibração dos sensores Externos é necessária toda a vez que o Sensor (Adulto/Infantil) for
substituído ou que tenha sua propriedades físicas alteradas (Autoclave).
A calibração dos sensores externos faz com que o sistema se adapte aos Sensores de Fluxo
Externo, realizando assim uma leitura de Fluxo/Volume com maior precisão.

Requisitos mínimos para calibração:


- Sensor Adulto de Fluxo
Rede de Oxigênio com vazão de fluxo de no mínimo 120L/min.

- Sensor Neonatal de Fluxo.


Rede de Oxigênio com vazão de fluxo de no mínimo 60L/min.

Caso a rede de Oxigênio não possua a vazão de fluxo mínima necessária, a calibração não
será realizada e será dada a mensagem de : Falha em Alto Fluxo

Caso a rede de Oxigênio possua muita variação de fluxo mesmo em baixo fluxo ou algum tipo
de vazamento, a calibração não será realizada e será dada a mensagem de : Falha em Baixo
Fluxo.

Campânula
Vácuo
Escape Propulsão

FGF

Sobrepressão

Anti-asfixia

B
Fluxo Pac Ins
Anti-asfixia Manual
Saída de Fluxo
Piloto
Vál. Inspiratória

B
Pressão Pac
APL Dreno

Automática
Piloto

Canister
B Fluxo Pac Exp.

Válv. Expiratória

Dreno

Balão Anti-Poluição Balão da Manual

A cor Azul representa o caminho percorrido pelo Fluxo.


A cor Vermelho representa o sistema pressurizado.

O procedimento para realizar a calibração se encontra no Manual de Serviço - 204010420


- Calibração do Sensor de Fluxo Interno.
A calibração do Sensor de Fluxo Interno é na verdade uma calibração da Válvula Proporcional e do sensor de
Fluxo Interno. Essa calibração guarda as informações do quanto de corrente e tensão elétrica (DA) deve ser
aplicado para que a válvula atinja determinado fluxo.
Quando a calibração se inicia, o Analisador de Fluxo (Ver no Manual de Serviço- 204010420) realiza a
leitura de todo o fluxo emitido pela válvula proporcional e quando o Fluxo chega ao valor desejado o valor é
armazenado para que seja utilizado como referencia durante o funcionamento.

(Ver no Manual de Serviço- 204010420)

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