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Nome: Matheus Menezes dos Santos Inscrição: 12011GEO027

Resenha “Nas cinzas da Floresta Rondônia”


No início da década de 80, se começa a abertura de uma estrada até o coração da floresta
Amazônica, tendo como foco principal tornar suas terras primitivas em terras cultivadas. A
partir disso, a estrada de “penetração 429” ficou muito conhecida não só por lavradores
brasileiros, mas também acabou acarretando uma controvérsia internacional. Com uma grande
estimulação da migração feito pelo governo, tentando amenizar os conflitos sociais que
assolavam o restante do Brasil, muitas coisas começaram a entrar em colapso no chamado
“Colonização da Amazônia”. Com o início do desmatamento, houve-se uma grande perda de
matéria viva jamais vista na história do Brasil, junto com grandes culturas de indígenas
(levando a conflitos entre colonos), caminhões retidos por conta de alagamentos (levando ao
apodrecimento dos produtos), colonos abandonando seus lotes (fornecidos 40 hectares pelo
Incra) e pouco solo fértil para o cultivo. Mesmo com o investimento precoce (antes de absorver
adequadamente a migração) de 1 bilhão de dólares feito pelo Banco Mundial, para a
pavimentação da “famosa estrada”, o programa chamado “POLONOROESTE” havia sido um
fracasso. Nesse ínterim, nosso combativo ecologista e um pouco tempo depois Secretário do
Meio Ambiente, José Lutzemberger acaba entrando em cena, travando um importante luta
contra a colonização da Amazônia e de instalações de megaprojetos, tentando pôr fim a tal
“reforma agrária” posta aos governantes da época. Lutzemberger mostrou nitidamente o porquê
a colonização seria um fracasso, como a derrubada da floresta rica, produtiva e irreversível
(comparando-a a lavoura que produzia pouco), solo doente e esgotado, luta contra pragas e
vegetação nativa (extremamente forte), perda da cultura indígena, especulação de terras
abandonadas e a estupidez da criação de gado (produção extremamente baixa de carne). José
ficou conhecido até internacionalmente, levando o caso do desmatamento da floresta
Amazônica para o Congresso Americano em Washington, onde obteve ajuda de ONGs
ambientalistas e conseguiu a suspensão temporária dos empréstimos do Banco Mundial ao
programa “POLONOROESTE”, mais tarde foram cortados mais de 20% das contribuições dos
EUA aos bancos (“como um tiro de aviso”), onde logo depois o presidente do Banco Mundial
admitiu os erros do banco. Lutzemberger ainda não tinha parado de lutar, o problema das
queimadas ainda persistia, com isso Alberto Setzer, pesquisador em Engenharia Ambiental
acabou sendo encarregado de dar fim a isso, esperançoso de que na utilização de satélites para
a localização das queimadas, os fazendeiros seriam punidos o mais rápido possível e
severamente cobrados com multas altíssimas. Logo mais tarde a cidade de Ouro Preto cresceu,
tornando-se um centro industrial, e a principal estrada “br 429” se tornou a principal rodovia
em direção a Bolívia, mas é especulado que mais de 60% das terras desmatas, tinham se tornado
pasto ou mato sem serventia, retornado à condição de floresta primaria. Graças a Lutzemberger
a luta pela conservação da floresta Amazônica ainda persiste até os dias de hoje.

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