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Racismo climático e

ambiental.
Palestrante: Vitória Balland
O QUE É O RACISMO
CLIMÁTICO/AMBIENTAL?

O racismo climático/ambiental, é um termo novo que aborda a


intersecção entre injustiça racial e injustiça ambiental, em que grupos
que foram historicamente explorados e que menos contribuíram para
o colapso climático, são os mais expostos as alterações do clima. O
termo foi abordado, inclusive, na Conferência das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em 2021, na Escócia.
A ORIGEM DO TERMO

O termo foi usado pela primeira vez por Benjamin Chavis, ativista
do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, em 1982.
Chavis gritou “isso é racismo ambiental” ao ser preso em um
protesto contra um aterro químico. Mas, o conceito foi explorado em
um livro chamado “Confrontando o racismo ambiental: vozes do
movimento de base”, que foi escrito pelo autor negro estadunidense,
Robert D. Bullard, conhecido por cunhar o termo justiça ambiental.
AMÉRICA LATINA

Na América Latina, o termo racismo ambiental se difundiu com


mais força, a partir dos anos 2000. A desigualdade social e a
discriminação étnica é marcante nos países latino-americanos, e
assim, a injustiça ambiental surgiu no cenário internacional, que é tão
marcado pela exploração de recursos naturais e de força de trabalho.
BRASIL

No Brasil, áreas de população majoritariamente negra, como as


comunidades, são mais sujeitas a efeitos da poluição hídrica, do
despejo de lixo e dos eventos climáticos extremos, como inundações,
que podem causar deslizamentos. O que torna possível fazer uma
ponte simples, conceitualmente falando, sobre o racismo ambiental e
a herança escravocrata do Brasil. Afinal, o que foram feitos dos
escravizados pós “abolição”?
FAVELAS
As primeiras favelas brasileiras surgiram no século XIX, após a
abolição da escravatura, de forma que os escravos foram segregados
da população branca, os quais permaneceram em zonas de risco,
próximos aos morros, córregos, etc. Hoje em dia, 67% dos
moradores da favela são negros, segundo o estudo “Economia das
favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”.
DESAFIOS DAS PERIFERIAS
Quem mora na periferia, já se viu alguma vez na vida preocupado
com a chuva que irá chegar. “Será que o valão vai transbordar?”;
“vamos nos juntar para levantar os móveis para a chuva não
estragar”. Ou então, já passou por algum bairro em que o esgoto não
é encanado e cai diretamente no córrego, em frente à casa de várias
pessoas. Ou então, ocorre um deslizamento de terra e as famílias (se
sobreviverem), ficam desoladas e sem um teto para morar.
•A população preta/parda, é a
que mais sofre com a falta de
serviços básicos do dia a dia.
POVOS TRADICIONAIS

Os povos tradicionais (quilombolas, indígenas, negros, ribeirinhas,


pescadores, etc) são extremamente afetados pelo racismo ambiental,
com a exploração ambiental e mineral, pela instalação de
empreendimentos em seus territórios, ou pela exposição a resíduos
tóxicos e perigosos.
•A luta do povo indígena pela
demarcação de seu território, e
consequentemente a sua proteção.
•O governo do presidente Jair
Bolsonaro paralisou a demarcação de
terras.
O QUE FAZER PARA TENTAR REVERTER A
SITUAÇÃO?

O movimento pela justiça ambiental desafia a injustiça e o


tratamento desigual de pessoas de cor, trabalhando para aumentar a
conscientização. Lutar contra o racismo ambiental significa fazer o
que é justo e moralmente certo. Como movimento, temos a
obrigação de agir para desmontar as estruturas que sujeitam as
pessoas de cor desproporcionalmente aos riscos para a saúde
ambiental.
Referências Bibliográficas
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Racismo_ambiental

• https://br.noticias.yahoo.com/governo-bolsonaro-paralisou-processos-de-demar
cacao-de-terras-indigenas-132322926.html

• https://yoair.com/pt/blog/environmental-racism-and-its-impact-on-communities
/#:~:text=Principalmente%2C%20lutar%20contra%20o%20racismo%20ambiental
%20significa%20fazer,cor%20desproporcionalmente%20aos%20riscos%20para%
20a%20sa%C3%BAde%20ambiental
.

• https://wylinka.org.br/deep-wylinka/racismo-climatico/

• https://laut.org.br/revoar/racismo-climatico/

 
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