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A gente já entendeu o que CEDRIC J.

ROBINSON diz: ele desafiou a ideia marxista de


que o capitalismo era uma negação do
feudalismo. No grande atlântico negro (território,
Paul Gilroy), o capitalismo emergiu dentro da
ordem feudal e floresceu no solo da civilização
Ocidental já completamente infundido de
racialismo.
Ou seja, o capitalismo e o racismo não
romperam com a ordem antiga, mas evoluíram
para produzir um sistema mundial moderno
dependente da escravidão, violência,
imperialismo e genocídio.
A gente já entendeu isso. E Malcom Ferdinand
abre nossos olhos para uma outra perspectiva:
de que a história ambiental e a história colonial
não estão separadas.

A própria mídia ajuda


nesse pensamento.
Enchente histórica no
acre. O estado
enfrenta seu maior
desastre ambiental.
Rio Branco vive a 2ª
maior enchente
registrada de sua
história desde que a
medição começou a
ser feita, em 1971.
Seca histórica na
Amazônia. No Acre.
E os povos originários, ribeirinhos,
Ou seja, o povo não comunidades tradicionais (EU VENHO DE
branco, geralmente, está COMUNIDADE) com seus conhecimentos
fora das discussões tradicionais? A gente foi levado a vê-los como
ambientais ... da meros cuidadores da floresta, guardiões. Só
preocupação com o meio que na contemporaneidade seus saberes
ambiente. Por quê? estão se tornando saberes mais práticos
porque vem acontecendo uma politização que
ajuda a ir de encontro à grande guerra
ecológica instaurada que resulta no
fortalecimento do Antropoceno.
A questão ambiental não pode mais ser
tratada como uma questão sem sujeito, assim
como não mais é possível separar as questões
ambientais dos povos e populações
tradicionais ao passo que também não há mais
espaço para imaginar esses grupos
populacionais como sujeitos enquanto meros
guardiões da floresta.
Ao se considerar e ao se entender a
diversidade sociocultural, talvez possamos
adiar o Antropoceno “verdadeiramente global”,
onde “todos nós já estamos mortos, em função
da crise ambiental (TSING, 2019, p. 221).

O capitalismo
separa o homem
da natureza, faz
esse se ver como
sujeito e ela como
objeto passível de
exploração, de
valor, venda troca.
Algo para ser
dominado e
explorado.
Quando alinham a
preservação do meio
ambiente a uma igualdade
de gênero, de justiça social,
esquecem as questões
raciais e coloniais.
Ativistas que
jogaram sopa de
tomate em tela de
Van Gogh, em
Londres.
Quadro de Monet,
na Suécia.

O governo da Noruega fez duras críticas às


políticas ambientais do Temer. Com razão.
Mas esse mesmo governo é o maior
acionista da Hydro. Ela é alvo de denúncias
do Ministério Público Federal do Pará e de
quase 2 mil processos judiciais por
contaminação de rios e comunidades de
Barcarena.

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