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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228

Volume 10 - Número 2 - 2º Semestre 2010

Etnobotânica e plantas medicinais: estratégias de conservação


Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira1

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo principal levantar técnicas e métodos de conservação
inseridos em uma perspectiva etnobotânica ligados à conservação de plantas medicinais
desenvolvidas em diferentes regiões do globo. Esta proposta foi embasada na visão de participação
das comunidades locais como ponto fundamental para a conservação e uso sustentável dos recursos
em cada região. Nos trabalhos pesquisados foram indicados esforços para a conservação ex situ por
meio de pesquisas biotecnológicas, e principalmente, para a conservação in situ como a
implementação de áreas para conservação e cultivo de plantas medicinais, e a implantação de
sistemas agroflorestais, além de estudos sobre espécies prioritárias para conservação local.

Palavras-chave: Etnobotânica, Plantas Medicinais, Prioridades de Conservação.

Ethnobotany and medicinal plants: conservation strategies

ABSTRACT

This present research aimed at seeking for techniques and methods in an ethnobotany perspective
related to conservation of medicinal plants developed in different regions. These proposals were
based on the vision of the participation of local communities as the fundamental point for
conservation and sustainable use of resources in each region. Among the papers researched were
indicated efforts to the ex situ conservation through biotechnologic research, and especially, for the
in situ conservation with the implementation of areas for the conservation and cultivation of
medicinal plants and the implementation of agroforestry systems, beyond studies about the priority
species for the local conservation.

Keywords: Ethnobotany, Medicinal Plants, Conservation Priorities.

1 INTRODUÇÃO Segundo a Organização Mundial de


Saúde (WHO) cerca de 3,5 bilhões de pessoas
Com o visível retorno do uso de de países em desenvolvimento confiam e fazem
fitoterápicos em todo o mundo nos últimos uso no tratamento à base de plantas medicinais.
anos, muitos problemas ligados à conservação E em todo o mundo, aproximadamente 85% das
de plantas medicinais tornaram-se pontos pessoas são praticantes de sistemas tradicionais
importantes de discussão. Esses vão desde a de cura a base de plantas e cerca de 25% dos
falta de políticas públicas voltadas ao medicamentos farmacêuticos são derivados
atendimento básico de saúde, até o grande valor químicos de vegetais (Rai et al., 2000).
de mercado que este empreendimento pode A lista vermelha da IUCN (União
lucrar, cerca de US$ 70 bilhões ao ano (Gera et Internacional para a Conservação da Natureza)
al., 2003; Azevedo e Silva, 2006). registrou que 91% das espécies vegetais estão
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ameaçadas de extinção (Ramamurthy, 1998), profissionais e instituições de todo o Brasil que
embora as estimativas ligadas a plantas estipularam as espécies medicinais e aromáticas
medicinais variem amplamente (Hamilton, prioritárias para a conservação nos principais
2004). Entretanto, a conservação desses biomas brasileiros seguindo os critérios de
fitorecursos ainda é vista como uma pequena pressão antrópica, freqüência e mercado-
parcela de toda a biodiversidade, mesmo sendo demanda. Dentre as espécies indicadas na
estes oriundos de ambientes florestais onde a reunião treze encontram-se no bioma Amazônia
presente pressão extrativista exercida sobre (Vieira et al., 2002) (Tabela 1).
estas populações pode ocasionar no Não obstante, o conhecimento das
desaparecimento de muitas espécies raras ou até comunidades locais sobre plantas medicinais
mesmo desconhecidas (Jha, 1995; Gera et tem nos últimos anos, proporcionado um grande
al.,2003). interesse no meio científico, sobretudo na área
O Brasil, onde se estima haver a maior farmacêutica. Pesquisadores em todo o mundo
biodiversidade existente no mundo e uma ampla evidenciam a grande procura por estes vegetais,
variedade de ambiente naturais, apresenta um não só por sua importância medicinal, mas
crescente aumento na destruição de seus também pelo potencial madeireiro que algumas
biomas, dentre os quais pode-se destacar os espécies apresentam (Cunningham, 1993;
avanços das atividaes agrícolas, a extração Lykke, 2000; Albuquerque, 2001; Dalle e
madeireira e o crescimento desordenado nas Potvin, 2004).
cidades. Portanto, o presente trabalho teve por
Neste contexto, a partir de uma objetivo realizar um levantamento de estudos
importante iniciativa da EMBRAPA e do etnobotânicos que buscassem estratégias de
IBAMA, foi realizada a 1ª Reunião Técnica conservação para plantas medicinais sob
Sobre Recursos Genéticos de Plantas diferentes perspectivas.
Medicinais e Aromáticas, a qual reuniu

Tabela 1 – Espécies prioritárias para conservação no Bioma Amazônia (Vieira et al., 2002).

Espécie Vernáculo Família


Aniba rosaeodora Duke Pau-rosa Lauraceae
Carapa guianensis Aublet Andiroba Meliaceae
Copaifera spp. Copaíba Leg. Caesalpinoideae
[Dipteryx odorata (Aublet) Willd.] Cumaru Leg. Papilionoideae
[Himatanthus sucuuba (Spruce ex Muell-Arg.) R. E. Sucuba Apocynaceae
Woodson]
Hymenaea spp. Jatobá Leg. Caesalpinoideae
Pilocarpus jaborandi Holmes & Jaborandi Rutaceae
Pilocarpus microphyllus Stapf.
[Psychotria ipecacuanha (Brot.) Standl.] Ipecacuanha Rubiaceae
Ptychopetalum olacoides Benth. Muirapuama Olacaceae
Quassia amara L. Quassia Simaroubaceae
Tabebuia spp. Ipê Bignoniaceae
[Uncaria tomentosa (Willd. ex Roemer & Schultes) Unha-de-gato Rubiaceae
DC.]

2 ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO como cultivo in vitro e a micropropagação, bem


como a conservação in situ como a
Muitas são as propostas para a implementação de áreas para conservação e
conservação de plantas medicinais nos mais cultivo de plantas medicinais, além da
variados lugares do mundo, envolvendo implantação de sistemas agroflorestais
esforços de conservação ex situ com bancos de (Cunningham, 1993; Cunningham e Mbenkum,
germoplasma e esforços biotecnológicos tais
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1993; Rai et al., 2000; Kala, 2000; Brito, 2003; Uma das principais propostas para a
Kala et al., 2004; Hamilton, 2004). eficiência da conservação é o envolvimento
Os sistemas agroflorestais compreendem direto da comunidade, não unicamente pelo seu
o cultivo de plantas lenhosas associados ao conhecimento local que representa um forte elo
cultivo de monoculturas e criação de animais nos debates a respeito da utilização dos recursos
numa determinada área (Fernandes & Nair, naturais, mas pelas técnicas de plantio, manejo e
1996). Neste contexto, destacamos os “quintais proteção das espécies de seu meio, e também
agroflorestais”, considerados uma das formas pela herança cultural de cada comunidade
mais antigas de uso da terra, que compreendem construída ao longo de muitos anos (Martin,
as áreas localizadas ao redor de casas ou 1994; Ramamurthy, 1998; Van Staden, 1999;
pequenas propriedades representando uma zona Lykke, 2000; Diegues, 2000; Rai et al., 2000;
de manejo e uso do solo, além de promover a Maikhuri et al., 2003; Hamilton, 2004).
complementação alimentar das famílias Nesse sentido, a etnobotânica tem se
(Albuquerque, 2005; Florentino et al., 2007). destacado fornecendo subsídios para a análise
Dentre as estratégias de conservação da sustentabilidade de recursos naturais (Martin,
mais importantes figuram os treinamentos 1994; Albuquerque, 2004), onde estudos devem
regulares de proteção, conservação e manejo ser realizados numa perspectiva voltada à
entre os coletores das comunidades locais, conservação e uso sustentável da biodiversidade
construção de viveiros que visem coletas (Albuquerque, 2004), contribuindo para
sustentáveis, e proteção de áreas altamente pesquisas interdisciplinares, priorizando as
exploradas (Rai et al., 2000; Shinwari e Gilani, espécies e o saber local.
2003). Hamilton (2004) ressalta o Nos últimos anos, os estudos
estabelecimento de sistemas para inventário e etnobiológicos iniciaram a defesa da inclusão do
monitoramento de plantas medicinais e a saber local na construção e na participação de
necessidade de informações sobre o comércio, projetos de manejo dos recursos naturais, que
bem como o desenvolvimento de práticas de uma vez integrados a conservacionistas foram
coletas sustentáveis com estímulo para o capazes de encontrar os caminhos para a
desenvolvimento de microempresas por integridade de áreas protegidas.
comunidades rurais e indígenas.
Shinwari e Gilani (2003) reforçam a
necessidade de melhor cooperação entre várias 3 PRIORIDADES DE CONSERVAÇÃO
agências florestais e farmacêuticas, pois existe
uma falta de coordenação entre as comunidades Conforme enfatizado anteriormente o
locais e o grupo de comércio dos recursos envolvimento e o respeito pelo conhecimento de
naturais. Por outro lado, esta falta de comunidades locais neste tipo de pesquisa
coordenação é justificada por Kala et al. (2004) aumentaram, uma vez que a percepção local
uma vez que não há clareza no comércio de passou a ser reconhecida como um importante
plantas medicinais, sequer em relação à componente para ações de conservação (Martin,
freqüência de uso e coleta. 1994; Lykke, 2000; Maikhuri et al., 2003; Dalle
Estudos etnobotânicos ressaltaram ainda e Potvin, 2004; Hamilton, 2004). Isso é
algumas medidas para proporcionar um maior justificado pela necessidade de analisar as
rendimento para comunidades locais, no particularidades de cada região (Silva e
desenvolvimento de políticas e programas, Albuquerque, 2005), pois geralmente as
como a criação de cooperativas, comunidades locais têm seu conhecimento
aperfeiçoamento e análise de sistema de embasado em estratégias de manejo focalizadas
mercado, bem como uma avaliação da nas espécies consideradas mais importantes, o
sustentabilidade para cultivo e conservação de que pode ser fundamental no uso sustentável e
plantas medicinais e direitos de propriedade conservação da vegetação (Lykke, 2000).
intelectual (Brito, 2003; El-Hilaly et al., 2003; O estabelecimento de prioridades de
Maikhuri et al., 2003; Badola e Pal, 2003; conservação por meio de índices que utilizam a
Hamilton, 2004). união de competências ecológicas e o
conhecimento de comunidades locais foi
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sugerido por diferentes pesquisadores (Dhar et calculadas a importância relativa pré-
al., 2000; Dzerefos e Witkowski, 2001). Esses Colombiana e a contemporânea, cuja média
estudos são em sua maioria encontrados resultou na importância relativa total. Ao final,
principalmente em países do Oriente, como a 21 espécies apresentaram aumento no PH e no
Índia (Dhar et al., 2000; Kala, 2000; Rai et al., BS entre o uso pré-colombiano e
2000; Badola e Pal, 2003; Kala et al., 2004), contemporâneo, diferenças estas que poderiam
havendo registros em países dos continentes ser atribuídas a escassez e a fragmentação de
africano e americano. (Cunningham, 1993; documentação histórica das plantas medicinais
Janni e Bastien, 2000). Embora, diferentes do pré-Colombiano. O estudo em si ressalta a
abordagens sejam contempladas, os autores importância da pesquisa etnobotânica para
buscam sempre priorizar as espécies de plantas encontrar plantas de importância cultural que no
medicinais, envolvendo seus aspectos geral são desprezadas pelos programas globais
biológicos, e o conhecimento e uso por parte de conservação.
dos informantes. Dzerefos e Witkowski (2001)
Em uma pesquisa desenvolvida na região investigaram o potencial de coleta sustentável
do Himalaia Indiano por Dhar et al. (2000), a de plantas medicinais na reserva natural de Abe
abordagem metodológica baseava-se no Bailey, na África do Sul. Os autores realizaram
estabelecimento de prioridades no contexto de entrevistas com 33 informantes tradicionais
dois diferentes grupos de pessoas envolvidas: (i) residentes próximos a reserva, pelas quais
o grupo dos usuários (indústrias farmacêuticas), coletaram dados em relação ao uso das espécies
cujo principal interesse é a disponibilidade e locais, às partes usadas e as técnicas de coletas.
acessibilidade do recurso, (ii) os biólogos (que Realizaram também um levantamento das
inclui também conservacionistas e plantas existentes na área, calculando os
planejadores), cujo interesse é voltado para parâmetros de freqüência, densidade e
propor prioridades de conservação, com atenção abundância. E por meio de um sistema de
focada em aspectos como raridade, endemismo classificação de plantas medicinais, unindo os
e ameaças de extinção. As espécies foram dados sócio-qualitativos e ecológico-
levantadas por meio de publicações e rótulos de quantitativos, organizaram as plantas medicinais
produtos terapêuticos, sendo agrupadas quanto em três categorias quanto a prioridade de
ao hábito (árvores, arbustos e ervas) e em conservação: categoria 1 – sensíveis (não devem
classes “naturalistas” (nativa/ não nativa, ser coletados); categoria 2 – potencial para
selvagem/cultivada). Após análise dos dados, os coleta, e categoria 3 – resistentes ao impacto de
autores concluíram que 175 espécies de 79 coleta. Das 70 espécies indicadas pelos
famílias botânicas da região do Himalaia informantes como medicinais, 31 delas se
Indiano são de utilização industrial, sendo que adequaram à categoria 1, não devendo ser
50,9% são ervas, 31,4% são árvores e 17,7% coletadas na reserva, 34 espécies foram
são arbustos. consideradas com potencial para ensaios de
Em 2000, Janni e Bastien estabeleceram coleta e assim podendo determinar cotas
prioridades de conservação da farmacopéia dos sustentáveis, e apenas cinco espécies se
herboristas bolivianos Kallawaya, tendo por adequaram a categoria 3, capazes de resistir ao
objetivo manter o conhecimento, a diversidade alto impacto de coleta.
biológica e as práticas médicas da comunidade. Pesquisa realizada por Badola e Pal
Ao todo 28 plantas medicinais foram (2003) nos Himalaias Himachal objetivou
compiladas de estudos anteriores. Em seguida destacar a informação disponível das espécies
calcularam os valores de importância relativa vegetais medicinais ameaçadas, raras, sensíveis
baseada na proposta de Bennett e Prance (2000), e em perigo com base em levantamento em
que consideram o número de propriedades diferentes publicações científicas. Ao total
farmacológicas (PH) e o número de sistemas foram levantadas 133 plantas medicinais
corporais (BS), associados a uma espécie. Os pertencentes a 59 famílias botânicas; destas,
escores da importância relativa para cada 34% são espécies endêmicas. Do total de
espécie refletiram diferenças quanto a espécies, 22% são exclusivamente de uso
versatilidade. Para cada espécie foram comercial e 28% são de uso tradicional e os
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outros 50% são de espécies usadas tanto abundantes na região podendo ser coletadas sem
tradicionalmente como comercialmente, causar grandes impactos.
indicando desta forma uma alta pressão sobre as
mesmas. A parte mais utilizada foi a raiz (60%),
seguida por toda a planta (16%), 4 CONCLUSÕES
casca/madeira/resina (19%), o que indica uma
forte ameaça quanto à coleta. Tendo em vista todos os estudos
Kala et al. (2004), por sua vez, mencionados e a inegável necessidade de
objetivaram estabelecer prioridades para consolidar práticas de conservação de plantas
conservação de espécies locais preparando um medicinais por meio da integração
inventário das principais plantas medicinais. Por conhecimento científico e o saber local
meio de dados secundários, documentaram as ressaltamos a necessidade de mais estudos
principais espécies vegetais pelo seu uso em etnobiológicos que venham a ser desenvolvidos
várias terapias e compilaram uma lista de numa perspectiva interdisciplinar capaz de obter
prioridades de plantas medicinais baseadas nos consistentes informações particulares de cada
aspectos identificados. Para reunir dados sobre a região, por meio do conhecimento tradicional
disponibilidade e uso de espécies medicinais, como uso e conservação do solo, estrutura da
pesquisas de campo foram realizadas em várias vegetação, disponibilidade de recursos, sistemas
localidades da área de Uttaranchal, Índia, no que agrícolas sustentáveis, taxas de extrativismo, e
resultou em 50 entrevistas nas 15 localidades informações de mercado tanto da sobre-
onde foram realizadas com base em exploração quanto do comércio ilegal dos
questionários semi-estruturados. Ao final, 300 produtos para que assim, estudos desta natureza
espécies com fins medicinais foram citadas para passem a contemplar melhores práticas de
a cura e tratamento de 114 doenças, divididas manejo, conservação e uso sustentável.
em 12 classes. Mais da metade (65%) das Vale ressaltar que o sucesso da pesquisa
espécies medicinais são ervas, seguidas pelos etnobiológica não está apenas no grande número
arbustos (19%) e das árvores (16%), destacando de informações obtidas por meio de entrevistas,
as partes subterrâneas das plantas como as mais mas principalmente pelo respeito mútuo
usadas. A lista de prioridades resultou em 17 estabelecido entre o informante e o pesquisador.
espécies medicinais (todas herbáceas), das quais
as cinco primeiras foram consideradas
criticamente em perigo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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da população local, a pesquisa ainda contou
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