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*oque e Darwinismo social

* Tese do Branqueamento

*Favelas brasileiras

Darwinismo é o nome dado à teoria evolucionista baseada nas ideias de Charles Darwin. É um
dos principais mecanismos da sua teoria, de uma maneira bastante simples, podemos dizer
que é a seleção natural, um processo em que os organismos mais aptos são selecionados é
sobrevivem no meio.

Darwinismo social é um nome moderno dado a várias teorias das sociedades. Trata-se de uma
tentativa de se aplicar o Darwinismo na sociedade humana.

O Darwinismo Social prega uma ideia de hierarquia entre as sociedades. Desse modo, seria
possível falar que determinada sociedade é superior a outra. Oque se assemelha a uma ideia
eugenista de uma criação ou determinação de uma raça superior humana com melhores
características, já que esse conceito motivou as ideias de racismo, imperialismo
fascismo, nazismo e na luta entre grupos e etnias nacionais

Alguns escravos encontraram trabalhos temporários e mesmo recebendo pagamentos ínfimos,


conseguiram “apropriar-se de uma parte do produto de seu trabalho, a qual lhe permitirá
arcar com as despesas de sua própria manutenção”. É a partir da obtenção dessas baixas
remunerações que o escravo consegue um lugar para morar, em bairros afastados do centro,
ou seja nas periferias.

Com o notório desenvolvimento das cidades brasileiras, os espaços da cidade passaram a


possuir cor e classe social.

Durante o período pós- escravidão, nas principais cidades do Brasil, como Rio de Janeiro e
Fortaleza, as saídas encontradas pelos descendentes de escravos e pelas pessoas de baixa
renda foi a moradia em favelas, levantamentos de autoconstruções e a ocupação de espaços
tidos como cortiços que, segundo Valladares (1998) eram “considerado [...] como o lócus da
pobreza, espaço onde residiam trabalhadores e se concentravam, em grande número vadios e
malandros, a chamada ‘classe perigosa’”. Esse discurso trazido por Valladares é fruto da classe
burguesa dominante.

*Essas teorias ficaram conhecidas por considerar que as raças eram fenômenos finais,
essenciais, trazendo o pensamento, imaginação, de que a humanidade fosse uma Pirâmide
Social, que no topo estaria Homens Brancos europeus e na base os Africanos e os Índios.

Essas eram também teorias que acreditava que a humanidade não teria partido de um só
berço, uma só origem, como propunha Darwin. Acreditavam que as raças eram tão distintas
que elas teriam surgido em vários lugares do mundo.

Para os teóricos como: Arthur de Gobineau – França, Nina Rodrigues - Brasil


Pior que as raças puras, era a mistura (mestiçagem) que levava à Degeneração.

Essa Degeneração poderia ser apreendida a partir de estigmas.

- Estigmas Sociais: as culpas de caráter individual, estigmas tribais de raças, nações e religião.

- Estigmas Biológicos: deformidades físicas, testa alongada, nariz de rapina e cor amorenada.

Teorias da diferença que se opunham no contexto de finais do sec.XIX e começo do sec.XX as


teorias do liberalismo que pressupõe que a igualdade era geral e para todos.

Impactos Dessas Teorias:

Cesare Lombroso - Italiano

Desenvolveu a "ciência" Antropologia Criminal: prender o criminoso a partir de estigmas antes


mesmo que ele quisesse ou concebesse o tal do crime.

Esses modelos gerariam igualmente uma espécie de política social considerada EUGÊNIA

Eugênia positiva: reproduzir características de interesse e aumentar sua frequência na


população. (uma desgraça, levando em consideração a espécie humana)

Eugênia negativa: adotada pelos EUA, se baseia em escolher quem pode e quem não pode
reproduzir. (absurdo sem tamanho)

João Batista de Lacerda - Brasil

Representante brasileiro para participar do Congresso Universal das Raças que se realizou em
Londres em 1911. Ele escreveu uma tese, "Tese do Branqueamento. Acreditavam que a raça
negra iria avançar culturalmente e geneticamente, ou até mesmo desaparecer totalmente,
dentro de várias gerações de miscigenação entre brancos e negros."

Incluindo na sua tese uma pintura de um pintor de origem espanhola, Modesto Brocos, que
tem uma tela cujo nome é "A Redenção de Cam"

Do lado esquerdo, uma avó muito negra que ergue as mãos como se tivesse ocorrendo uma
espécie de milagre.

Do lado direito, a figura de um homem branco, provavelmente português, por causa das suas
roupas. O homem branco dá as costa para a sua casa, enquanto que a avó negra dá as costa
para uma palmeira, como se existisse uma batalha entre a civilização e a barbárie.

Por outro lado o homem branco pisa num chão pavimentado e a avó negra esta descalça e pisa
num chão de terra.

Ao centro, vemos uma mãe com seus traços, de alguma maneira, mais branquiados, que tem
seu dedo indicador apontado para a frente como se tivesse mirando no futuro, e no seu colo,
há um bebê branco de olhos azuis e cabelos quase lisos, que segura uma laranja ao invés da
maçã de Eva, referente a ideia de que ele estaria nos trópicos.

O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem
caráter, dos sem ética... O que me preucupa é o silêncio dos bons
Percebemos que, o processo de escravidão existente no Brasil foi tão fortificado e incorporado
pela própria população que, mesmo com a criação de algumas leis que buscavam,
aparentemente, o fim da escravidão, esse modo de produção não foi facilmente superado. Por
não ter sido ultrapassado, apesar da libertação dos escravos, os mesmos continuaram sem
acesso a oportunidades que tornassem possível uma mudança e uma melhoria de fato, em
suas vidas, uma vez que, como já dito, a abolição da escravatura no Brasil, foi inacabada. Em
virtude dessa abolição incompleta não ter conseguido romper com as heranças escravocratas,
a população negra no país, se viu obrigada a continuar morando em espaços multifamiliares,
onde não havia qualidade de água e luz e, portanto, as condições de higiene eram ínfimas,
como os cortiços, em décadas passadas, e barracos de madeira atualmente. Os milhares de
negros e negras ex-escravizados que moravam no país, foram obrigados a ocuparem espaços
impróprios para moradia, pois não possuíam abrigo, como encostas de morros e margens de
rios e lagoas, dando início assim as favelas e comunidades desprotegidas pelo Poder Público.
Vemos, nos dias atuais que, consoante a Síntese de indicadores sociais (SIS) (2013), a
população negra representa 75,6% da população mais pobre brasileira e consequentemente,
não possui o acesso à moradia de qualidade, o que faz com que esse segmento populacional
continue ocupando esses espaços.

Considerações finais

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