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A C r i m i n a li d a d e U r b a n a V io le n ta n o B r a s il:

U m R e c o r t e T e m á t ic o *

S é rg io A d o r n o

Introdução expressa, no interior das agências de controle


N os últim os 15 anos, a ab o rd ag em cien­ social, tan to conflitos q u a n to acom odações c
tífica da crim inalidade no Brasil extrapolou o negociações.
âm bito restrito de sua form ulação jurídica — A despeito dos diferentes en fo q u es teó ­
de que se n u triu p o r longo período — , deslo­ ricos, é possível classificar os estudos brasilei­
cando o eixo de atenção: em lugar de situá- ros cm q u a tro categorias: (a) os que cuidam
la, descrevê-la e explicá-la ten d o p o r diretriz do m ovim ento da criminalidade; (b) os que
exclusivam ente o sa b er jurídico e a legislação descrevem e problem atizam o senso com um
penal, a ab o rd ag em sociológica lato senso a resp eito d o perfil social dos au to res de deli­
vem buscando refletir so b re as possíveis co­ tos; (c) aqueles q u e exam inam a organização
nexões en tre o rccrudescim cnto da violência social d o crim e sob a perspectiva d o delin­
criminal, o m odelo d e desenvolvim ento eco- q ü e n te ; e (d ) os estudos q u e analisam políti­
nômico-social vigente nesta sociedade agrá- cas públicas p enais.1
rio-industrial, o estilo de exercício do p o d er O M o v im e n to da Crim inalida de
de E stado e a sobrevivência de políticas de
O s estudos q u e se preocupam com o
segurança e d e justiça p enal h e rd a d a s d o re ­
m ovim ento da crim inalidade urbana têm por
gime auto ritário . N esse particular, prolifera­ o bjeto a análise das tendências e característi­
ram em cu rto espaço d e te m p o e stu d o s so ­ cas das práticas delituosas. T rata-se cie saber,
ciológicos, políticos, antropológicos e históri­ no curso de um lapso de tem po d eterm in a­
cos. C ada qual reco rta n d o a seu m o d o di­ do, quais ocorrências policiais m anifestaram
mensões peculiares d a violência criminal. crescim ento o u retração, com parativam ente
E m b o ra essa literatu ra especializada a um período anterior, c de identificar pos­
possa ser exam inada sob d iferen tes ângulos, síveis causas ou fatores explicativos. D o p o n ­
optei por privilegiar o e n fo q u e q u e explora to de vista sociológico, os estudos existentes
as relações e n tre controle social do crime, p ro cu ram verificar se há correspondência
violência e p oder, perspectiva q u e problem a- e n tre a percepção coletiva do au m en to da
tiza a organização social d o crim e entendida crim inalidade — indicada so b retu d o pelas
e n q u an to p ro d u to de um a teia com plexa de pesquisas de opinião pública e pelo estudo
relações sociais q u e vincula os delinqüentes co o rd en ad o por Z a lu a r (1989a) — e a ocor­
aos agentes institucionais posicionados de rência de crim es.2 M esm o considerando o
m odo diverso na divisão de trab alh o e n tre com prom etim ento das fontes de inform ação,
aparelhos encarreg ad o s de preservar a o r­ é possível identificar algum as tendências da
dem pública. A análise dessa com plexa teia crim inalidade u rb an a nas grandes cidades
de relações, q u e tem sido o b je to privilegiado brasileiras. Os estudos de Paixão (1983),
de investigação, perm ite colocar em d e sta ­ C oelho (1978a c 1988a), C aldeira (1989) e
que o reticulado de p o d er e cu ltu ra que A do rn o (1991a), por exemplo, confirm am a

BIB, R io de Janeiro, n. 35, 1.° sem estre 1993, pp. 3-24 3


tendência ao a u m e n to da ch am a d a crim inali­ distribuição de crimes e contravenções, p ro ­
d ad e violenta e organizada3 nas três m aiores m ovendo m aior ou m en o r incidência de d e ­
m etrópoles brasileiras (B elo H orizonte, R io term inadas form as de com portam ento delin-
de Janeiro e São P au lo ), indicado pelo eleva­ qüencial, com o homicídios, ro ubos e e stu ­
do crescim ento d as taxas de roubo, hom icí­ pros. E n tre esses fatores conjunturais con­
dios e tráfico d e drogas. vém destacar a possível influência da crise
O e stu d o de C aldeira (1989) so b re a cri­ econôm ica sobre o ingresso de novos recru ­
m inalidade na cidade d e S ão P aulo no p erío ­ tas a o grupo delinqüente, atestada nos trab a­
do 1981-87 revelou q u e , n o início da década, lhos de Feiguin (1985) e de Pezzin (1986),
a participação dos crim es violentos n o total bem com o as direções tom adas pela política
da m assa de ôrimes registrados oscilava em de segurança. E m um estudo a propósito da
torno de 20% , chegando a 30% ao final do reincidência criminal no E stado de São P a u ­
período. E m term o s desagregados, o ro u b o e lo, A breu e Bordini (1985) verificaram q u e a
as lesões corporais dolosas são as m odalida­ porcentagem mais elevada de condenados
des de crim e d e m aio r peso n o con ju n to de pela Justiça criminal é en contrada e n tre a u ­
crim es violentos. A p artir d e 1983, os roubos tores de roubo, latrocínio, furto e tráfico de
passam a rep resen tar q u ase a m etad e d o to- drogas, sendo baixa para os a u to res de lesão
taí dessas ocorrências, co m p o rta m e n to q u e corporal e homicídio, observação que sugere as
influencia larg am en te as variações da crim i­ inclinações preferenciais das autoridades judi­
nalidade violenta. O s hom icídios e tentativas ciárias na distribuição de cominações penais.4
d e homicídio tam b ém acu saram taxas eleva­ P o r fim, parece significativo relevar que
das de crescim ento e n tre 1982 e 1983 (48% a percepção coletiva do au m en to inusitado e
no m unicípio d e São P au lo ), não revelando incontrolável da criminalidade u rbana vio­
taxas negativas d e variação p ercen tu al por lenta (C aldeira, 1991; Cardoso, 1987; G on-
cem mil habitantes. Esses dad o s tendem a zalez, 1984; V elho, 1980) necessita ser m au-
ser mais su rp ree n d e n te s se considerados zada, pois q u e esse fenôm eno p o d e crescer
apenas os homicídios, excluídas as tentativas. em term os absolutos, porém em ritm o infe­
N esse caso, a taxa eleva-se p ara 53,8% . rior ao da população. A o fazer essa co r­
As ocorrências relativas a tráfico e uso relação, Paixão (1983) constatou que, en tre
de drogas na região m etro p o litan a a p o n ta ­ 1932 e 1978, as taxas m édias de crim es em
ram co m p o rtam en to irregular, crescen d o ao Beio H orizonte decresceram substancial­
longo do p eríodo 1981-85, ten d en d o a decli­ m en te cm relação ao n úm ero total de crimes
n ar en tre 1986 e 1987, e elevando-se nova­ e a cada categoria em particular. N o caso da
m ente em 1988. É bem provável q u e essas cidade de São Paulo, essa relação acusa re ­
oscilações trad u zam an tes o c o m p o rtam en to sultados surpreendentes. N os intervalos de
dos órgãos policiais na repressão a essa m o ­ 1982-83 e 1983-84, os índices de crim inalida­
dalidade d e delito d o q u e alterações no m o ­ d e por cem mil habitantes acusam cresci­
vim ento d o tráfico ou no c o m p o rtam en to m ento. Nos períodos subseqüentes, eles ten­
dos usuários. Finalm ente, convém ressaltar o dem a declinar sistem aticam ente. M esm o as­
acentuado crescim ento das contravenções sim, para o ano de 1987, esse índice é da o r­
por p orte irregular d e arm a, n o ta d a m e n te no dem de 747 ocorrências de crim es violentos
período 1981-85, c o m p o rtam en to q u e se es­ p o r cem mil habitantes, superior ao índice de
tabiliza nos anos seguintes. P ara o R io d e J a ­ 1981 (685,6) (C aldeira, 1989).
neiro, C oelho (1988a) observou ainda a cres­ D esse m odo, percebe-se que o a u m en to
cente contribuição d e crianças e adolescentes relativo das taxas de crim inalidade urbana
p ara o a u m en to das taxas de ro u b o , incluin­ violenta pode não e star necessariam ente as­
do o latrocínio. sociado ao increm ento de novos cidadãos
F, provável q u e alguns “ ruídos” de fato ­ q ue enveredam pela delinqüência, m as ao
res conjunturais afetem a irregularidade da a u m en to d o n ú m ero daqueles q u e se espe-

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cializam e co n stro em carreiras delinqüen- tados desse e stu d o são coincidentes com os
ciais, co nstatação q u e revela a o pção p refe ­ alcançados tam bém por A d o rn o e Bordini
rencial das agências de contenção e rep res­ (1989) e T h o m p so n (1983 e 1987).
são ao crim e pelos indivíduos já estigm atiza­ Q u an to ã carreira delinqüencial, os d a ­
dos com o d elin q ü en tes — os m ais p o b res e dos disponíveis revelam que os delinqüentes
negros, por exem plo (C halhoub, 1986; F au s­ se inclinam preferencialm ente a co m eter cri­
to, 1984; O liveira, 1985; Oliven, 1982; P i­ m es contra o patrim ônio, o q u e p arece suge­
nheiro, 1991a; V elho, 1987; V iana, 1987; rir a im portância que seus a u to re s e/ou o
Z aluar, 1986) — , disso resu ltan d o pressões aparelho policial atribuem a essa m odalidade
no sentido da elevação dos coeficientes de de prática delituosa (A breu e B ordini, 1985).
reincidência crim inal, q u e se supõem eleva­ R evelam igualm ente q u e à m aio r p a rte dos
dos (A breu e o u tro s, 1984a). c ondenados pela Justiça criminal, pelo m e ­
nos no E stado de São P aulo, foi im putada
O Perfil S o c ia l d o s D e linqü e nte s
penas médias. Essa observação problem atiza
Q uem são, afinal, os a u to re s de delitos? a im agem , tam bém difundida n o senso co­
A essa indagação se d edicaram algum as in­ m um e estim ulada pela im prensa e pela m í­
vestigações (C oelho, 1980; Paixão, 1983; dia eletrônica (B arros, 1980; Bcnevides,
A breu e B ordini, 1985; B ran t e o u tro s, 1986; 1983), de terríveis delinqüentes, ex trem a­
A dorno e B ordini, 1989).5 Tais estu d o s indi­ m en te violentos, condenados a penas
cam que os d elinqüentes são p referencial­ elevadíssimas, com o se este fosse o perfil
m ente recru tad o s e n tre g rupos de tra b a ­ biográfico-penal de população encarcerada.
lhadores u rb an o s d e baixa ren d a, o q u e signi­ P o r conseguinte, tudo leva a crer q u e o p ro ­
fica que seu perfil social n ão difere do perfil blem a essencial consiste em explicar p o r que
social da população pobre. A crença de que motivos alguns indivíduos p rocedentes de
os delinqüentes possuem u m a n atu reza anti- um m esm o segm ento populacional optam
hum ana, perversa e pervertida, resu ltad o de pela delinqüência, e n q u an to o u tro s optam
sua suposta inferioridade racial, étnica, social por construir um a trajetória dc tra b a ­
e cultural, não se su sten ta em q u alq u e r das lhadores e cidadãos “norm ais”, q u estão que
pesquisas realizadas. O bservando presos com porta am bigüidades essenciais, com o o
recolhidos ao sistem a penitenciário d o E sta ­ dem o n stra F oucault.6
do de São P au lo , B ran t e o u tro s (1986) con­
cluíram q u e a im agem dos delin q ü en tes co­ A O rg a n iz a ç ã o So cia l da D elinqü ência
mo indivíduos an alfabetos, d e pouca in stru ­ N ão se firm ou ainda um a tradição de
ção ou habitu ad o s a o desem prego crônico estu d o s sobre as peculiaridades da organiza­
não resiste à análise. D e fato, os a u to res d e ­ ção delinqüente — seus m odos de ser, seu
tectaram e n tre estes u m a m édia abaixo de estilo de vida, o relacionam ento com os o u ­
3% de analfabetism o, d ad o q u e desm istifica tros e com a sociedade mais am pla. Q uem
a im agem, co rre n te no senso com um , d e que mais se dedicou a este tem a é a antropóloga
“d elinqüente não tem instrução”. D o m esm o A lba Z alu ar. A b o rd an d o a identidade d o d e ­
m odo, observou-se q u e 55% dos c o n d en a­ linqüente a partir da oposição “bandido” ver­
dos estavam em pregados no m o m en to da sus “trab alh ad o r”, Z alu ar (1985a) observou
prisão. D os 4 5 % d esem pregados, 37% h a ­ q u e o caleidoscópio de representações valo-
viam perdido o em p reg o há seis m eses ou rativas e depreciativas do trabalho to rn a a m ­
m enos. O estu d o conclui q u e “as prisões es­ bas as identidades m uito fluidas e ao m esm o
tão ab arro ta d as p o r presos q u e em sua tem p o pro fu n d am en te diferenciadas. E m
m aior p arte tiveram história ocupacional d e ­ trabalhos posteriores, dedicados ã análise do
finida, nos p ad rõ es d o e strato ocupacional a crim e e da crim inalidade nas classes p o pula­
que pertencem , ten d o m an tid o em pregos re­ res do R io de Jan eiro (Z alu ar, 1986; 1987a;
gulares nos diversos se to res da vida eco n ô ­ 1987b; 1989a; 1989b; 1989c; 1990a; 1990b;
mica” (B ran t e o u tro s, 1986, p. 98). O s resul­ 1990c; 1991a; 1991b; 1991c; 1992; 1993a;

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1993b e 1993c), a a u to ra co n stato u , en tre res so b re esta instituição ainda são m uito n e ­
outras coisas: a existência d e vários tipos de gativas. A polícia é vista geralm ente com o
criminosos e de organizações crim inosas, as instituição q u e hum ilha e reprim e os trab a­
quais estão cada vez m ais próxim as de um lhadores pobres e se envolve com a delin­
m odelo em presarial; a presença dc m ulheres qüência (ver tam bém B retas, 1988 e 1992;
na delinqüência e a e n tra d a recen te de jo ­ D onnici, 1984; Fernandes, 1989; L em gruber,
vens no tráfico d e drogas, e a valorização, 1987; Lim a, 1989 e 1990; M inguardi, 1992 e
por esses jovens, da posse dc arm a , d o con­ M ott, 1987).
trole da “ boca d e fu m o ”, do dinheiro no bol­
P o líticas P ú b lic a s Penais
so, d o uso d e ro u p as bonitas, da disposição
para m a la r e dos sím bolos de poder, riqueza E n tre os estudiosos brasileiros generali­
e prestígio. Seus e stu d o s ab o rd am tam b ém a za-se a tese de q u e não é possível co m p reen ­
guerra “ilegal” nos bairros p o p u lares das d e r o m ovim ento da crim inalidade u rbana
ignorando o funcionam ento das agências de
grandes cidades e n tre a polícia e os bandi­
controle e repressão ao crime. A não obser­
dos, identificados com os pobres; os proces­
vância, pelos agentes encarregados de m an­
sos pelos quais a q u ad rilh a organizada se
te r a ordem pública, dos princípios consagra­
constitui em p o d e r central nas favelas; o m o ­
dos na lei destinados à proteção dos direitos
do com o os indivíduos ingressam no m undo
civis é freq ü entem en te invocada, sobretudo
d o crime, assum indo u m a id entidade delin­
pelas organizações de defesa dos direitos h u ­
q ü en te qu e, no limite, p o d e im plicar o a b a n ­
m anos, com o a responsável pela situação de
dono progressivo e/ou ab so lu to d o m undo
ten são p erm an en te a q u e se vê relegado o
do trabalho.
sistem a de justiça criminal (A dorno, 1992c;
Z alu ar discute ain d a as m udanças que
A m éricas W atch C om m ittee, 1987 e 1989;
se vêm o p eran d o na su b cu ltu ra criminosa,
Caldeira, 1991; H erkenhoff, 1987; Pinheiro c
q u e transita d o culto da “m alan d rag em ”7ao
Braun, 1987). U m dos alvos privilegiados de
culto da violência; da ojeriza a o trab alh o à
estudo e reflexão tem sido o aparelho policial.
valorização d o negócio rendoso; das relações E stu d an d o a organização policial em
de lealdade e so lidariedade às relações de um a grande m etrópole brasileira — sua es­
força d eco rren tes da difusão da arm a de fo­ tru tu ra form al e os usos que os policiais fa­
go e do poderio econôm ico. Segundo ela, es­ zem de suas práticas institucionais — , Paixão
ses resultados indicam a necessidade d e se ( 1982a) ressalta o caráter precário dos m eca­
problem atizar os esq u em as teóricos q u e sus­ nismos form ais de inspeção, a generalização
tentam um a dicotom ia e n tre “o rd em na so ­ de um m odelo patrim onial de organização e
ciedade” e “d eso rd em da favela” , já q u e a a fragilidade das linhas de articulação e n tre a
crim inalidade ad q u ire h o je a feição de crime e stru tu ra form al e as atividades práticas. N o
organizado n o tráfico de drogas e n o jo g o do q u e concerne a estas últim as, o a u to r consta­
bicho, bem com o as teo rias d a “m arginalida­ ta q u e elas são orientadas por algum as te o ­
d e ” que supõem q u e os p o b res se situ am às rias acerca da “n atu reza” dos delinqüentes c
m argens da lei e da o rd em , u m a vez q u e en­ pelo estoque de conhecim entos empíricos
tre os pobres há tam b ém concepções q u e di­ disponíveis na organização. T rata-se de um a
ferenciam o m oral do im oral, o legal d o ile­ “ lógica-em -uso” nos m eios policiais q u e con­
gal. N ão há irreconciliáveis distinções e n tre o siste em um conjunto de categorizações dos
Código Penal e o código q u e reg e a vida das possíveis delinqüentes e das m odalidades de
favelas. F inalm ente, ela cham a a aten ç ão p a ­ ação delinqüencial, de m étodos destinados a
ra a necessidade de se problem atizar a im a­ colocar em destaq u e evidências, q u e impli­
gem idílica q u e fazem d e si as instituições cam o estabelecim ento de um a red e de in­
encarregadas do controle da o rd em pública. form antes p ara operacionalizar a investiga­
P articularm ente n o caso da polícia, observa- ção policial. O resultado desse confronto e n ­
se que as im agens e rep resen taçõ es p o p u la­ tre a organização formal e a cultura organi­

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zacional é a desqualificação d o im pério da pesquisa q u e teve p o r o b jeto em pírico as
lei, u m a vez q u e esta é fre q ü e n te m e n te con­ práticas jurídicas de ju lg am en to de crim es
siderada pelo agente policial an tes um o b stá­ co ntra a vida, m atéria dos tribunais de júri,8
culo do q u e u m a g arantia efetiva d e controle verificou-se q u e o desfecho processual é re ­
social. A u to -rep resen tad o s com o purificado­ sultado de um a operação com plexa p ara a
res da sociedade, os agentes policiais con tri­ qual concorrem fu ndam entos objetivos e
buem para rotinizar os m étodos ilegais d e in­ subjetivos. P o r um lado, não se pode ignorar
vestigação, apelan d o n ão ra ra m e n te a to r tu ­ os fundam entos de ord em institucional e b u ­
ras ou m esm o a execuções sum árias (A m éri­ rocrática, as características de organização e
cas W atch C om m ittce, 1987 e 1993; Pi­ funcionam ento do tribunal do júri, os d e te r­
nheiro e o u tro s, 1991) e estim ulando a crimi- m inantes legais e processuais consagrados
nalização de seg m en tos populacionais pouco nos códigos e estatutos, o jogo de papéis en­
preparados para asseg u rar seus direitos civis tre os diferentes m anipuladores técnicos9 e
contra o arbítrio da organização. E ste asp ec­ protagonistas, d em arcados por suas posições
to vem sen d o tem atizad o so b re tu d o nos es­ de acusadores ou defensores, de vítim as oi
tudos de P aulo Sérgio Pinheiro (Pinheiro, agressores. O u tra, todavia, é a leitura q u e so
1979; 1981; 1982; 1983 e 1984; Pinheiro e pode o b te r q u a n d o estão cm jogo m ó v e i.
Sader, 1985; e Pinheiro e o utros, 1991). subjetivos. N esse âm bito, parece que se julga
T ensões e n tre essas esferas de organiza­ coisa bem diversa d o q u e o crim e praticado.
ção podem ser observadas igualm ente no C uida-se do m undo dos hom ens, de seus
âm bito d o ap arelh o judiciário. D e u m lado, o com portam entos, desejos, m odos de ser, vir­
dom ínio ab strato e idealizado da lei, inscrito tu d es e fraquezas, qualidades e vícios. Nessa
nos códigos, ensinado nos livros e nas a c a d e ­ leitura, descortina-se o universo da cultura.
mias, e proclam ado so len em en te nos trib u ­ O que está no centro do cenário é m enos a
nais. D e o u tro , a aplicação cotidiana d o s p re ­ proteção da p ropriedade ou da vida; o que
ceitos legais, q u e se to rn am o b je to de d isp u ­ divide os m anipuladores técnicos e p rotago­
ta e negociação e n tre d iferentes a to re s que, nistas é a proteção dos m odelos jurídicos de
en redados nas teias da m oralidade, in terp re­ relações e n tre hom ens e m ulheres, adultos e
tam tais preceitos seg u n d o interesses p a rti­ crianças, brancos e negros, trabalhadores e
culares e conform e as necessidades de fun­ não-trabalhadores, m odelos contra os quais
cionam ento da organização. D este confronto resistem os protagonistas e a realidade dos
decorrem algum as im plicações. Prim eiro, fatos (A dorno, 1991e).10
um a ten são p e rm a n e n te e n tre a idéia das Mas, é no âm bito das prisões q u e os
pessoas concebidas com o entidades m orais e im passes en fren tad o s pelas políticas públicas
a realidade das hierarquias de riqueza e p o ­ penais parecem adquirir acento privilegiado.
der. Segundo, um a ten são e n tre lei, seg u ran ­ E m pesquisa q u e teve por objeto as políticas
ça e ordem . T erceiro, e com o decorrência públicas penais im plem entadas pelo governo
das implicações anteriores, um a visão d o sis­ do E stad o de São P aulo no período 1950-85,
tem a de justiça crim inal com o frouxam ente A d orno e Fischer (1987a e 1987b), após exa­
articulado, caren te de eficácia e incapaz de m inarem o discurso político e descreverem
realizar as finalidades p ara os qu ais foi criado as práticas de gerenciam ento da m assa car­
e existe (Paixão, 1988). cerária, m ostraram que a tônica dom inante
E m b o ra o acervo de estu d o s so b re a das políticas públicas penais tem sido a de
Justiça criminal na sociedade brasileira seja prom over a segregação e o isolam ento dos
exíguo, nos últim os anos alguns de nossos sentenciados, m ediante um program a delibe­
antropólogos, historiadores e sociólogos vêm ra d o de au m en to progressivo da oferta de
se dedicando à pesquisa de práticas judiciá­ novas vagas no sistem a penitenciário. Seus
rias (C orrea, 1983; F au sto , 1984; C halhoub, efeitos podem ser elencados: am pliação da
1986; Esteves, 1986; H erkenhoff, 1987). Em red e de coerção; superpopulação carcerária;

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administração in operante; enrijecim ento da b o ra r com os agentes da ordem . P o r o u tro
disciplina sem lograr o controle da escalada lado, n ão podem se afastar do território d e ­
da violência e da sucessão d e rebeliões nos linqüente. D evem atualizar o rep ertó rio d e ­
últimos anos; tim idez das m edidas de alcance linqüente, am pliar o raio de ação e de co n ta­
técnico, incom patíveis com o program a de tos, tornar-se cada vez mais audaciosos.
expansão física; im possibilidade de se alcan­ C riam -se assim os vínculos e n tre as agências
çar um a política c o o rd en ad o ra d a execução de repressão a o crim e e esse segm ento jo ­
penal; falta de explicitação d e objetivos, o vem da população urbana. O resultado não
que se m anifesta na ausência d e um p ro g ra­ p o d e ser senão a reprodução de um mesm o
m a articulado, integrado e sistem ático de in­ destino, en cerrad o em si próprio com o um a
tervenção; co nfrontos e n tre g ru p o s q u e dis­ so rte de história circular: a delinqüência e a
putam influência so b re o p o d er institucional, violência (A dorno, 1991c; Alvim e Vallada-
cujo efeito é refo rçar a ideologia da o rd em e res, 1988; A rruda, 1983; Bierrenbach e o u ­
da segurança, da vigilância e da disciplina. tros, 1987; C ebrap, 1972; G uirado, 1980 e
E ste conjunto de p roblem as conflui p ara o 1986; F erreira, 1979; F undap, 1991b; Q u ei­
m esm o ponto: a reconhecida incapacidade e roz, 1984; Silva e outros, 1988; V iolante,
incom petência d o p o d e r público p ara g e ren ­ 1983 e 1984).
ciar amplas m assas carcerárias, tese tam bém C o n c lu s õ e s
subjacente ao e stu d o p atrocinado pela F u n ­
C om o sublinha Paixão (1988), o nexo
dação João Pinheiro (1984) e cujos resu lta­
e n tre políticas públicas de segurança e ju sti­
dos foram parcialm en te publicados em P ai­
ça e a institucionalização da dem ocracia re­
xão (1987) e C oelho (1987a).11 (V e r ta m ­
p o u sa na legalidade e n q u an to fundam ento
bém C am argo, 1984; C atão e Sussekind,
d a ordem social. O problem a básico reside
1979; F undap, 1991a; G óes, 1991; L em gru-
n a "articulação en tre dem ocracia, burocra­
ber, 1983; M arq u es Jr., 1991; Paixão, 1984;
cias públicas de controle social e as form as
Pinto, 1990; R am alh o , 1983; R ocha, 1984; legais das quais resultam tan to a criminaliza-
Souza, s.d. e 1980b; V incentin, 1992). ção de classes de com p o rtam en to q u an to a
R esultados n ão m u ito d iferentes podem garantia das liberdades civis e a limitação
ser en contrados q u a n d o o foco dos estudos efetiva d o arbítrio d o poder político e de suas
se dirige para as instituições d e am p aro , p ro ­ agências” (Paixão, 1988, p. 179). Trata-se,
teção e tu tela dos jovens q u e enveredam p e ­ p o r conseguinte, de diluir a tensão p erm a­
la delinqüência, instituições caracterizadas n e n te en tre lei e ordem , e n tre legalidade e
por u m a ex trem a am bigüidade: a o m esm o m oralidade, de q u e é particularm ente trib u ­
tem po em q u e devem se a p resen tar com o tária a sociedade brasileira. Essa tarefa polí­
um a verdadeira cidade o n d e rein a a ord em e tica reclam a p o rtan to um a nova racionalida­
a harm onia, su p õ em m u ro s altos e to d o um de jurídica capaz de consolidar um a efetiva
rígido sistem a de segurança q u e im peça fu ­ justiça social.
gas e rebeliões. C aracterizam -se, tais com o O s estudos brasileiros, a despeito de
as prisões, pela o p ressão dos registros, das seus diferentes enfoques teóricos e tem áti­
classificações institucionais, da vigilância cer­ cos, têm avançado nesse sentido, so b retu d o
rada, d o d esp o jam en to d e valores culturais p o r se distanciarem , m ais recentem ente, do
concretos. N o interior dessa am bigüidade “clássico” d eb ate e n tre soluções q u e apelam
institucional, crianças e adolescentes reali­ p ara a justiça distributiva e o u tras q u e reco r­
zam sub jetiv am en te a sua: u m m isto d e d e ­ rem à justiça retributiva.12 Eles têm sugerido
cência e m alandragem . P o r u m lado, devem q u e a contenção dem ocrática da crim inalida­
se resig n ar d ian te da violência institucional, de u rbana n ão se resu m e à dim inuição das
oferecen d o sinais diários d e su a “ re cu p e ra­ desigualdades sociais ou ao m ero enrijeci­
ção”, c o m o ac o m p a n h ar a s rotinas diárias, m en to das m edidas dissuasórias. C abe redi­
realizar tra b alh o pro d u tiv o, ir à escola, cola­ recio n ar o olhar p ara a im portância cr^scen-

8
te, nas sociedades dem ocráticas, d o pluralis- fundam ental atrib u íd o à liberdade cede lu-
m o jurídico e da n o rm a às expensas d o siste- g ar ao valor atribuído à vida. É p ara essa
m a judicial c en trad o na lei. E sse enten d i- m udança de horizonte q u e parecem ap o n tar
m ento su p õ e a institucionalização de u m no- os estu d o s cujo balanço este peq u en o ensaio
vo regim e jurídico q u e introduza o u tro s se p ropôs a fazer,
princípios de avaliação e julgam ento, voltado
para a atribuição de responsabilidade a um
coletivo — a sociedade — , o q u e prom ove
um deslocam ento considerável na racionali- (Recebido para publicação
dade subjacen te ao d ireito d e punir: o valor em ju n h o de 1993)

Notas
* O riginalm ente publicado em Ph. R o b e rt (org), L es politiques de prévention de la délin-
quance a Vaune d.e la recherche, Paris, L ’H arm attan , 1991, pp. 29-41. Na p resente versão,
atualizou-se o anexo bibliográfico com base em “ N úcleo de E studos da Violência. C em
anos d e violência (polícia, justiça e prisões no Brasil: 1889-1989)”, Dossiê N E V , n. 5,
1992 (n o prelo).
1. E m b o ra se possa dizer q u e as preocupações com o crescim ento da crim inalidade urbana
d atem d o século passado, o interesse científico p o r esta q u estão aflorou no início da d é ­
cada d e 1970. C e rta m e n te , a vigência do au toritarism o político, responsável pela exacer­
bação d o s conflitos em diferentes áreas da vida social, contribuiu para d espertar a a te n ­
ção dos cientistas sociais p ara tal problem a. N este balanço dos estudos brasileiros, privile­
gio a pro d u ção d e con h ecim en to realizada nos centros de investigação e universidades
nos últim os 25 anos. Privilegio tam b ém um reco rte disciplinar específico: os estudos re ­
alizados n o cam po das ciências sociais, da história e da psicologia social.
2. C om o se sabe, a fonte q u e subsidia esses estudos são estatísticas oficiais de criminalidade que
com portam não poucos problemas, entre os quais a suspeição de elevadas “cifras negras”, a
intervenção de critérios burocráticos de avaliação de desem penho administrativo, as “nego­
ciações” paralelas en tre vitimas, agressores e autoridades, a im plem entação de políticas d eter­
minadas de segurança pública. V er, a propósito, Paixão (1983) e Coelho (1987b).
3. C om põem a cham ada crim inalidade u rb an a violenta ocorrências de crim es contra o pa­
trim ônio (ro u b o s e latrocínios); co ntra a vida (homicídios dolosos); co ntra a saúde públi­
ca (tráfico e uso de drogas); co ntra os costum es (estupros), além das contravenções pe­
nais (p o rte ilegal de arm as). Incluem -se nessa categoria ta n to as tentativas q u an to os ato s
consum ados. O legislador brasileiro diferenciou crim es de contravenções penais. C atego­
rizou com o crim es os co m p o rtam en to s considerados mais graves, reservando-lhes penas
de reclusão q u e atingem a té o m áxim o de trinta anos. São consideradas contravenções
penais co m p o rtam en to s m enos graves, para as quais se aplicam penas de m ulta e de d e ­
tenção d e cu rta d uração.
4. V er tam bém A dorno e Fischer (1987a) que, analisando as políticas penitenciárias formuladas
e im plem entadas pelo governo d o Estado de São Paulo no período 1950-85, dem onstram
que as orientações imprimidas â polícia judiciária e à polícia de repressão influenciaram deci­
sivamente o com portam ento dos tribunais judiciários e o movimento das prisões.
5. Essas pesquisas, via d e regra, são realizadas com base em dados secundários, extraídos
de fontes oficiais, sejam estatísticas ou fichas cadastrais — no q u e encontram as m esm as
limitações an te rio rm e n te ap o n tad as. U m a exceção é a pesquisa realizada pelo C entro
Brasileiro de A nálise e P lanejam ento — C E B R A P (B rant e outros, 1986), que colheu in-

9
form ações d ire ta m e n te dos co n d en ad o s recolhidos nos estabelecim entos que com põem
o sistem a penitenciário do E stado de São Paulo.
6. Cf. M. F oucault, M icrofísica d o poder, R io de Janeiro, G raal, 1979, pp. 129-43.
7. O “clássico” m alan d ro , em cidades co m o o R io de Janeiro, e ra caracterizado a té há p o u ­
co tem po co m o o delin q ü en te habilidoso, inteligente, que agia de m odo autônom o,
apoiando-se exclusivam ente em qualidades pessoais, sem reco rrer necessária e gratu ita­
m en te à violência.
8. N o Brasil, os crim es contra a vida, capitulados nos artigos 121 a 128 d o Código Penal,
constituem m atéria de com petência dos tribunais de júri. E n tre esses crimes incluem-se
os hom icídios dolosos, sejam tentativas ou atos consum ados.
9. C onsideram -se m anipuladores técnicos os agentes encarregados da ap u ração da resp o n ­
sabilidade penal: investigadores, escrivães, delegados, advogados de defesa, prom otores,
juizes e técnicos q u e a tu a m nas d iferentes fases do processo penal, seja com o peritos, as­
sistentes da defesa o u acusação, profissionais incum bidos de im plem entar diretrizes o p e ­
racionais, psicólogos, assistentes sociais ou lerepeutas. C onsideram -se protagonistas os
agressores, as vítim as e as testem unhas.
10. R ecen tem en te, u m a coletânea organizada p o r F aria (1989) traz im portante reflexão so ­
bre o P o d er Judiciário em su as m últiplas dim ensões: dinâm ica política, organização b u ro ­
crática, com prom issos ideológicos, form ação dos m agistrados. R eunindo contribuições
de d iferentes au to res, a coletânea exam ina três grandes tem as: a crise d o m odelo liberal
de direito e d e E stad o , as contradições do m odelo liberal de adm inistração da justiça e a
dem ocratização d o Judiciário.
11. Análise do efeito das políticas penais sob a ótica dos delinqüentes encontra-se em R am a-
Iho (1983) e A d o rn o e B ordini (1991).
12. Para um en ten d im en to desse deb ate, v er C oelho (1988a). U m a interpretação diferente
do d eb ate so b re as m edidas de contenção da violência urbana pode ser en contrada em
Z alu ar (1989a).

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