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Editora Vozes

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A Editora Vozes é uma editora brasileira,


conhecida também como Vozes de Petrópolis. Editora Vozes
Existe há mais de cem anos, sendo a mais antiga casa Tipo Editora
editorial do Brasil em funcionamento. Privilegia Fundação 5 de março de 1901
especialmente três grandes áreas: Cultura, Religião e
Catequese.[1] Fundador(es) Frei Inácio Hinte
Sede Petrópolis
Produtos Livros

Índice Antecessora(s) Tipografia da Escola Gratuita


São José
Origens Website oficial Editora Vozes (http://www.edit
oravozes.com.br/)
Expansão
Atualidade
Ver também
Referências
Ligações externas

Origens
Sua história começou com o entusiasmo e a visão de dois frades franciscanos que, ainda no final do
século passado empenharam-se no empreendimento de uma tipografia. Na oficina montada para
imprimir o jornal O Estado – o qual, na verdade, jamais chegou a ser publicado –, Frei Inácio Hinte
descobriu uma velha máquina impressora, da marca Alauzet. A pedido do frade, a máquina, sem
préstimo e em péssimo estado, foi cedida ao convento franciscano de Petrópolis, sendo tal pedido
aprovado e estimulado por seu superior, Frei Ciríaco Hielscher.

Frei Inácio, que na Alemanha fora aprendiz de tipógrafo, não tardou a mergulhar na tarefa de
restaurar a máquina, enquanto o Guardião instava às autoridades da Província que lhe concedessem
licença para utilizá-la, visando a impressão de livros para a Escola Gratuita São José, fundada em
1897, por aquela mesma ordem religiosa. Finalmente, a 5 de março de 1901, a licença foi concedida e
a oficina tipográfica, uma vez instalada nos porões do convento, passou a chamar-se Tipografia da
Escola Gratuita São José, sendo dirigida pelo mesmo Frei Inácio, que permaneceu à sua frente até
1947.

No 1º ano de funcionamento, imprimiu uma cartilha, “O primeiro livro de leitura”, que foi
seguidamente reimpresso. Depois passou a publicar livros de ficção, e obras sobre temas religiosos,
em especial quando, durante a Segunda Guerra Mundial, escassearam os livros importandos. Passou
a apresentar uma sólida linha de sociologia, em especial de comunicação, cibernética, jornalismo e
editoração.[2]

Expansão
A expansão da tipografia começou breve, uma vez que os compêndios escritos para alunos da Escola
São José começaram a ser encomendados por várias outras escolas católicas. Cabe ressaltar que esse
material didático teve papel fundamental no movimento de resistência da Igreja Católica contra o
avanço da filosofia positivista, então crescente.

A partir do êxito daquelas publicações, a tipografia começou a produzir outras obras destinadas ao
público católico, entre elas, ainda em 1907, a revista Vozes de Petrópolis, a qual, tendo chegado a
todos os estados do país, tornou-se mais conhecida do que a própria editora, terminado por causar a
mudança de seu nome em 1911.

A Vozes tem sido, desde seus primeiros tempos, o maior veículo de divulgação de cultura religiosa do
Brasil, fomentando os movimentos intelectuais católicos, donde surgiram figuras do porte de Tristão
de Athayde e Gustavo Corção, entre tantos outros. Muitos dos mais importantes livros escritos no
mundo sobre temas cristãos foram, como a Imitação de Cristo, traduzidos pela empresa franciscana.

Nos anos 70, durante o período de repressão, a editora destacou-se pela corajosa publicação de obras
em defesa da liberdade, como Tortura Nunca Mais e A Voz dos Vencidos, e também pela publicação
de livros fundamentais para o estudo acadêmico, sobretudo nas áreas de Teologia, Filosofia e
Psicologia.

Atualidade
Hoje, depois de a Editora Vozes espalhar filiais por Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, bem
como lojas por todo o país, está entre as cinco maiores do Brasil. Seu lucro é reinvestido na empresa e
é destinado a obras assistenciais. A editora produz 15 novos títulos a cada mês, além de reimprimir
outros 30 ou 40. Sobressaindo ainda por sua linha editorial segura e diversificada, a Vozes prova que,
ao contrário do que muitos insistem em dizer, o Brasil desfruta de um imenso potencial dentro da
indústria cultural.

Por causa de suas linhas de publicação pode ser definida como uma editora da educação. Tem dentre
seus autores Darcy Ribeiro, André Trocmé, Fernando Henrique Cardoso, Marta Suplicy, Leonardo
Boff, Arnaldo Niskier, Dom Paulo Evaristo Arns, Frei Beto, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Ester
Pilar Grossi, Márcia Peltier, Junito Brandão, Mário Curtis Giordani, Gustavo Gutiérrez, Alain
Touraine, Jean-Yves Leloup, Régis Debret e Michel Foucault, além de estar permanentemente
abrindo as portas para novos autores.

Ver também
História do livro no Brasil

Referências
1. FRANCISCANOS. «Editora Vozes: 110 anos» (http://www.franciscanos.org.br/?p=4648).
Consultado em 12 de janeiro de 2013
2. HALLEWELL, Laurence (1985). O livro no Brasil: sua história. São Paulo: EdUSP. [S.l.: s.n.] 85-
85008-24-5, Coleção Coroa Vermelha, Estudos Brasileiros, v. 6

Ligações externas
Site oficial (http://www.editoravozes.com.br/)

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