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GENÉTICA 2016
Arlindo Ugulino Netto.
ENGENHARIA GENÉTICA
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO
A engenharia genética faz uso de ferramentas desenvolvidas para se chegar aos resultados que se quer obter.
As enzimas de restrição são exemplos desses instrumentos. Essas enzimas funcionam como uma “tesoura molecular”
que reconhece certas sequências de bases nitrogenadas do DNA e o corta em locais específicos. Geralmente, elas
obedecem uma nomenclatura: a enzima de restrição Eco R1 (a mais estudada hoje em dia) deu-se por A primeira
letra se dá de acordo com o gênero da qual ela foi estudada (E de Escherichia); duas primeiras letras da espécie do ser
(co de coli); uma letra para o local de onde foi isolado e a ordem de quando foi isolada (R porque foi do plasmídeo R e 1
porque foi a primeira a ser isolada).
Ex: Enzima de restrição colhida do Staphylococcus aureus Sau.
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Observa-se então que existirá apenas uma sequência que se hibridiza 100% com o a sequência que se quer
descobrir por serem exatamente complementares. Desse modo, é possível pescar esse gene em outra série de genes
em um meio qualquer. Para isso, misturam-se os elementos de fita simples para que se hibridizem e se individualize
devido a sua marca radioativa, de modo que os outros genes sejam excluídos do experimento.
TRANSCRIPTASE REVERSA
Técnica utilizada para produzir DNA a partir de RNA. Quando se quer obter um DNA a partir de uma simples fita
de RNA, faz-se uso da enzima trasncriptase reversa. Fazendo uso então de uma enzima alcalina, destrói-se a fita de
RNA que serviu como molde e, utilizando uma DNA polimerase, obtêm-se uma molécula de DNA de fita dupla. Isso é
importante para realizar PCR com vírus de RNA (como o HIV).
As manchas no Southern Blot ao lado mostram onde a sonda se hibridizou com a amostra. E conhecendo-se os
pontos onde a amostra de DNA foi clivada, é possível então dizer em quais trechos a sequência procurada está ou não
presente.
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OBS : Finger print é o registro do DNA na eletroforese. Como já foi visto, fragmentos de maior tamanho correm menos
(ficam mais perto do eletrodo negativo) e os menores correm mais (ficam mais perto do eletrodo positivo).
GENÉTICA MOLECULAR
STR
STR são sequencias de bases nitrogenadas repetidas em um
cromossomo, mas variam de tamanho em relação de um alelo a outro.
Essa técninca é baseada, então, em repetições de bases e o tamanho
do cromossomo.
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Ex:
D1: Filha do casal.
D2: filha apenas da mãe.
S1: filho do casal.
S2: provável filho adotivo do casal.
PCR-RFLP
Em 1980, foi relatada a existência dos
polimorfismos de comprimento de fragmento de
restrição, ou RFLP (do inglês restriction fragment
length polymorphisms), que são pequenas
variações na sequência de DNA detectadas por
enzimas de restrição. Estes RFLPs estão
dispersos por todo o genoma humano e de
acordo com os cortes de enzimas de restrição
específicas, pode-se chegar ao resultado se tem
um gene homozigoto normal, se é heterozigoto
ou se é homozigoto afetado de alguma doença.
Pode ser utilizada para determinar genes de
doenças como a anemia falciforme, doença de
Huntington, fibrose cística, etc.
Porém, essa enzima só corta em regiões que possuam a trinca normal (no caso, CTT) e em casos de mutações
(como a CAT), não é cortado. Com essa informação, no exemplo ao lado, a enzima de restrição cortou um fragmento de
gene normal em três pedaços: um com 175 pares de bases, outro com 201 pares e outro sendo um fragmento maior. Já
para o gene mutante, cortou-se apenas em dois fragmentos: um com 376 pares de base e outro maior. Se for feito o uso
da eletroforese com esses fragmentos, encontram-se as diferenças de tamanho entre eles.
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Ex:
A figura ao lado mostra o resultado em gel de um experimento onde
empregamos a técnica conhecida como PCR-RFLP para diagnosticar um
indivíduo como portador de uma enfermidade genética recessiva. MPM, n e μ
significam, respectivamente, marcador de peso molecular, alelo normal e alelo
mutante. As letras a, b e c representam os resultados obtidos, respectivamente,
para:
TRATAMENTOS GÊNICOS
Terapia gênica: técnica utilizada para a cura de doenças utilizando genes sadios. Acontece por meio de troca
de células de pessoas compatíveis ou até por meio de bactérias que lancem o gene sadio no DNA de células
doentes.
Vacinas gênicas: faz uso de fragmentos de seres causadores de doenças, fazendo com que a produção de
anticorpos pelo corpo seja mais eficiente, abundante e seguro.
Chips de DNA (micro arranjos): marcação do RNA de células cancerígenas diferentes por meio de fluorocromo
para determinar se ele está ativo e qual gene que se expressa para sua produção.
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OBS : É importante o mapeamento genético de algumas doenças para o próprio tratamento e prevenção dela. Como por
exemplo, linfoma difuso em células B, quando as mutações são nos genes lmo2, bcl6, fn1, a sobrevida é longa; nos
genes cnd2, scy a3, bcl2 a sobrevida é curta e 60% dos quimioterápicos não funcionam.