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DOS ALIMENTOS
E
BROMATOLOGIA
Profª Esp. Adriana Hernandes Martins
Material cedido por:
Profa: Dra. Daniela Miotto Bernardi
SOBRE A DISCIPLINA
Ementa: Objetivos:
Estudo químico das substâncias que compõem Tornar o aluno apto a reconhecer os grupos de
os alimentos: água, proteínas, enzimas, lipídeos, alimentos, sua composição química e valor
carboidratos, minerais, vitaminas e pigmentos nutritivo, bem como à identificar os
naturais; bem como dos aditivos alimentares componentes químicos dos alimentos. Realizar
adicionados em produtos alimentícios. análises de composição de alimentos.
Apresentação de tabelas de composição dos
alimentos. Conhecimento e aplicação dos
principais métodos utilizados em análises de
alimentos. Determinação da composição
centesimal dos alimentos (umidade, cinzas,
proteína, lipídeos, carboidrato e fibras).
Inovações em análises de alimentos.
TEMAS ABORDADOS
1º Bimestre:
2º Bimestre
PLANO A –
Os alunos serão divididos em grupos e deverão desenvolver um Projeto Multidisciplinar orientado pelos professores.
2º Período –Análise Físico Química e Microbiológica de Produtos Inovadores – Disciplinas de Composição dos Alimentos e Bromatologia e
Microbiologia Geral e de Alimentos- Professoras responsáveis: Kelen Barantela e Adriana Martins
4º Período – Elaboração da embalagem de Produtos .Disciplina de Educação nutricional e Marketing . Professora responsável: Sabrine
Zambiazzi
6º Período – Elaboração dos produtos para análises do 2º período, participação de reuniões com o 4º período para elaboração da
embalagem e apresentação no Summit (05/11/2021) . Disciplina de TCC projeto. Professora responsável: Thais Mariotto
Serão formadas 07 equipes mistas com alunos do 2º,4º e 6º períodos do curso. Os trabalhos deverão ser apresentados no evento
institucional Summit (05/11/2021), e concorrerão à prêmios institucionais.
Os produtos inovadores que serão utilizados foram desenvolvidos na disciplina de Tecnologia de Alimentos em no 1º semestre de 2021.
8º Período – Participação de atividades propostas no ônibus da saúde, postagens no Instagran e Organização Semana Acadêmica.
A participação dos alunos no projeto implicará em 20% da frequência em todas as disciplinas.
PLANO B -
Para os alunos que não participarem da atividade proposta acima, para cumprir a carga horária do projeto integrador DEVERÃO FAZER UMA
Resenha de um capítulo do livro “Tópicos emergentes em Nutrição”/ Dra. Daniela Miotto Bernardi [et.al].- Cascavel PR: FAG, 2021”.
Disponível na página do curso E uma Análise crítica de um artigo publicado na “Revista Fag Journal of Health/ Centro Universitário FAG /
Campus Cascavel Paraná no ano de 2021.
SILVA, C.O.; TASSI, E. M. M.; PASCOAL, G. B.
Ciência dos alimentos - Princípios de
bromatologia. Rio de Janeiro: Editora
Rúbio, 2016.
DAMODARAN, S. Química de alimentos de
REFERÊNCIAS
• BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 3 Ed. São Paulo: Livraria Varela,
2003.
• BOBBIO, P. A.; BOBBIO, F. O. Química do processamento de alimentos. 3 Ed., São Paulo: Livraria
Varela, 2001.
• KOBLITZ, M. G. B. Bioquímica dos alimentos: teoria e aplicações práticas. Rio de Janeiro: Guanabara,
2008.
• KOBLITZ, M. G. B. Matérias-primas alimentícias: composição e controle de qualidade. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
• SALINAS, R. S. D. Alimentos e nutrição: introdução à bromatologia. 3 Ed., Porto Alegre: Artmed,
2002.
INTRODUÇÃO À COMPOSIÇÃO
DOS ALIMENTOS
Bromatologia,
Alimentos e nutrientes,
Indústria de alimentos
BROMATOLOGIA
BROMATOLOGIA
Análise da
composição
dos alimentos
Qual a importância do estudo da bromatologia para o NUTRICIONISTA?
Componentes dos Alimentos:
Composição
• Microrganismos
• Enzimas;
Reações metabólicas naturais, de
• Reações químicas não
deterioração ou processamento enzimática;
• Ação física;
• Ação de insetos e roedores
• Pode-se considerar que, a partir do século XVII, é que se fundamentou o que viria a ser o estudo
sistemático em relação à composição de alimentos.
• O século XIX apresentou inúmeros avanços, com o esclarecimento sobre a produção de energia a partir dos
alimentos, a identificação de vários nutrientes e seu papel fisiológico.
• século XIX: Começaram a surgir, também, as primeiras tabelas com dados de composição, finalizando o
século com a publicação do The Chemical Composition of American Food Material do United States
Departamento de Agricultura (USDA) de Atwater e Wood, em 1896.
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DOS ALIMENTOS
• Em 1984 foi criada a rede INFOODS (International Network of Food Data Systems), ligada à
Universidade das Nações Unidas (UNU) e Food and Agriculture Administration (FAO), que propôs
diretrizes e criou ferramentas que implicaram em grande avanço nas tabelas de composição.
• No Brasil – Tabelas:
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DOS ALIMENTOS
TABELAS DE COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS
• Tabela UNICAMP – TACO:
http://www.nepa.unicamp.br/taco/contar/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.pdf?arquivo=taco_4_versao_ampliada_e_revisada.p
df
• Tabela IBGE:
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50002.pdf
• Tabela USP:
http://www.intranet.fcf.usp.br/tabela/index.asp
Amostragem:
• Representação de amostras,
• Incerteza de medidas,
• Envio e preparo de amostras
para análises;
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DOS ALIMENTOS
Independente do método...
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DO ALIMENTO
Umidade
Glicídios
(Metabolizável)
Carboidrato
Composição Cinzas
total
FIBRAS
(NÃO Metabolizável) Centesimal
(100 g de
alimento)
Lipídios Proteína
COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DO ALIMENTO:
ALGUNS ALIMENTOS
(g/100g)
ALIMENTOS Água Prot. Lipíd. Cinza Carb.
Farinha trigo 12,0 10,5 1,9 1,7 73,9
Milho integral 12,5 8,1 4,6 1,2 73,6
Mandioca 6,2 4,3 0,5 2,0 87,0
Batata fresca 78,0 2,0 0,1 1,0 18,9
Carne bovina 60,0 18,0 22,0 0,9 -
Frango s/pele 66,0 20,0 13,0 1,1 -
Suíno 70,0 16,0 13,0 1,0 -
Peixe magro 80,6 16,6 1,6 1,2 -
Leite fluído 87,8 3,5 3,0 0,7 5,0
Ovo integral 74,5 13,1 11,0 0,5 0,9
Cenoura 88,6 1,1 0,2 1,0 9,1
Ervilha 75,0 6,7 0,4 0,9 17,0
Banana 73,5 1,3 0,4 0,8 24,0
ÁGUA
Molécula de água, água ligada e água livre, água nos
alimentos, atividade de água e a conservação de
alimentos.
ÁGUA: ESTRUTURA E PROPRIEDADES
FÍSICO-QUÍMICAS
• Propriedades:
• PF (0°C), PE (100°C)
“solvente “universal”
ÁGUA: ESTRUTURA E PROPRIEDADES FÍSICO-
QUÍMICAS
ESTRUTURA QUÍMICA
• Átomo de Hidrogênio compartilha um par de
elétrons com o oxigênio
ALIMENTOS % H2O
O conteúdo de água é obtido pela OVO 70-75
determinação da água total contida no LEITE 85-90
PEIXE 70-80
alimento. CARNE 50-75
VEGETAIS: Brócolis 85
Batata 80
Entretanto, esse valor não nos fornece Repolho 90
indicações de como está distribuída a água Alface 95
Cenoura 85
nesse alimento, como também não permite FRUTAS: Laranja 90
saber se toda a água está ligada do mesmo Abacate 70
modo ao alimento. Morango 90
Banana 75
Melancia 95
ÁGUA NOS ALIMENTOS
• O grau e a intensidade da ligação da água ou da hidratação dependem de vários
fatores, incluindo a natureza dos constituintes não aquosos, a composição salina,
o pH e a temperatura;
ÁGUA LIVRE
ÁGUA LIGADA
ÁGUA NOS ALIMENTOS
• ÁGUA LIVRE: A água fracamente ligada ao substrato;
• Funciona como solvente;
• Permite o crescimento dos microorganismos e reações químicas;
• É eliminada com relativa facilidade;
• Removida por secagem convencional
• Constitui mais que 95% da água total presente nos alimentos.
• Ligações de hidrogênio predominam.
• ÁGUA PARCIALMENTE LIGADA: Também denominada como água da camada intermediária, encontrando-se
ligada aos componentes dos alimentos por meio de ligações de hidrogênio ou força de van der Waals.
• Possui baixa capacidade como solvente,
• Constitui aproximadamente 2-3% da água total do alimento.
• Reações de crescimento microbiano ocorrem lentamente
• ÁGUA LIGADA: É aquela que ocorre na vizinhança dos solutos e componentes não-aquosos. Tem propriedades
diferentes da água livre.
• Não possui qualquer capacidade solvente.
• Constitui cerca de 0,5-0,4% da água total presente no alimento.
• Não ocorre crescimento microbiano, nem reações químicas.
• Permanece não congelada à -40oC ou menos;
ÁGUA NOS ALIMENTOS
• O termo “CAPACIDADE DE RENTENÇÃO DE ÁGUA
(CRA)” costuma ser aplicado para descrição da
capacidade de uma matriz de moléculas reter
fisicamente grandes quantidades de água, de modo a
inibir exudação sob a aplicação de forças externas.
ÁGUA NOS ALIMENTOS
• CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE ÁGUA
aw = P soluto (alimento)
P0 solvente (água)
T
Lembrando:
Aw varia de 0 a 1
0 1 Água pura
LEGENDA:
Fungos
Oxidação lipídica
Reações de escurecimento
Atividade enzimática
Bactérias Crescimento de fungos
Crescimento leveduras
Crescimento bactérias
Reações de escurecimento
Atividade enzimática
LEGENDA:
Oxidação lipídica
Reações de escurecimento
Atividade enzimática
Crescimento de fungos
Crescimento leveduras
Crescimento bactérias
Oxidação
lipídica
LEGENDA:
Oxidação lipídica
Reações de escurecimento
Atividade enzimática
Crescimento de fungos
Crescimento leveduras
Crescimento bactérias
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS:
SUSCEPTIBILIDADE DE ALTERAÇÕES
• A perecibilidade depende dentre outros fatores da forma de ligação entre as moléculas de água
entre si e com outros componentes dos alimentos e de sua resistência à ação dos MO e enzimas.
• Alimentos perecíveis
• Têm elevado teor de água, alteram-se rapidamente. Ex.: carnes, pescados, ovos, leite, frutas (suculentas e
moles), hortaliças (folhas e brotos novos).
• Alimentos semiperecíveis
• Aw menor que os perecíveis, tem maior resistência às alterações conservando-se por um período de
tempo maior que o anterior, dependendo dos cuidados de manipulação e armazenamento.
• Rompimento: tornam-se tão vulneráveis quanto os primeiros. Ex.: maçãs, batata, nabo, etc.
• Alimentos não perecíveis
• Apresentam grande resistência ao ataque dos microrganismos, por possuírem baixo teor de umidade.
• Relação resistência/perecibilidade está associado ao pequeno teor aquoso.
• Ex.: farinhas, feijões, açúcar, etc.
ANÁLISE DE UMIDADE EM
ALIMENTOS
ANÁLISE DE ALIMENTOS
• Como determinar o percentual de água no alimento?
Material disponibilizado via Classroom
X =? Não é =
INTRODUÇÃO
• O que são proteínas?
• Como se estruturam?
INTRODUÇÃO
• O que são proteínas? E do que são formadas?
Aminoácidos
INTRODUÇÃO
• Como as proteínas se estruturam? Como elas interagem?
INTRODUÇÃO
• Proteínas são polímeros complexos compostos por aminoácidos (aa)
unidos entre si
?
AMINOÁCIDOS (AA)
AMINOÁCIDOS (AA) Aa de
cadeia
ramificada
SELENOCISTÍNA
AMINOÁCIDOS (AA)
• Essenciais ou indispensáveis: isoleucina, leucina, lisina, metionina,
fenilalanina, treonina, triptofano, valina, histidina.
Ligados
• ESTRUTURA PRIMÁRIA:
• Refere-se a sequência linear na qual os constituintes são
covalentemente ligados por as chamadas ligações peptídicas:
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
• ESTRUTURA SECUNDÁRIA:
• É definido como um primeiro grau de ordenação espacial da cadeia peptídica
• Ex. em alimentos?
DESNATURAÇÃO PROTEICA
• AGENTES DESNATURANTES :
• pH:
• Em geral a desnaturação é reversível, desde que não seja em pH extremo
Meio muito ácido Meio ácido Meio básico Meio muito básico
PI
Ponto isoelétrico
DESNATURAÇÃO PROTEICA
• AGENTES DESNATURANTES :
• Adição de detergentes:
• Atuam na quebra das interações de Van der Walls, além de serem capazes
de penetrar nas regiões hidrofóbicas para se ligarem às cadeias não
polares, fazendo com que a molécula seja aberta e portanto desnaturada.
DESNATURAÇÃO PROTEICA
• AGENTES DESNATURANTES :
• Enzimático → proteólise:
• A proteólise da caseína mostra claramente o efeito desnaturante da quebra de uma
ligação peptídica
• Ex de desnaturação mecânica:
• Desnaturação da clara
• Desnaturação das proteínas do trigo
DESNATURAÇÃO PROTEICA
• AGENTES DESNATURANTES MECÂNICOS:
• Desnaturação mecânica da clara de ovo:
• A agitação faz com que seja introduzido ar no sistema, levando a formação de espuma.
Durante o processo ocorre a reorientação dos resíduos polares e apolares
Solução
Região polar
Ar
Região apolar
Ar
Região apolar
DESNATURAÇÃO PROTEICA
• AGENTES DESNATURANTES :
• Desnaturação das proteínas do trigo:
• Gliadina: São monômeros globulares associados entre si por contatos
hidrofóbicos, formando microfibrilas muito compridas, sendo estas
microfibrilas associadas por pontes de H em uma estrutura quaternária
Solubilidade
Concentração de sal
PROPRIEDADES FUNCIONAIS TECNOLÓGICAS
• PROPRIEDADES INTERFACIAIS:
• Proteínas são moléculas anfifílicas que migram espontaneamente para uma
interface seja ela óleo-água ou ar-água, a esta capacidade de estabilizar
diferentes interfaces dá-se o nome de capacidade surfactante
Região apolar
Ar
• Curiosidade: Região apolar
• Por que o Chopp forma mais espuma que a cerveja?
PROPRIEDADES FUNCIONAIS TECNOLÓGICAS
• PROPRIEDADES INTERFACIAIS:
• Formação de emulsão
PROPRIEDADES FUNCIONAIS TECNOLÓGICAS
• GELIFICAÇÃO
• Gel é a fase intermediária entre sólido e líquido. A gelificação proteica refere-
se à transformação de uma proteína do estado sol para o estado semelhante
ao gel
Metasol
PROPRIEDADES FUNCIONAIS TECNOLÓGICAS
• GELIFICAÇÃO
• Processo: A maioria feito por meio de aquecimento de uma solução proteica
moderadamente concentrada, assim a proteína em estado “sol” é tranformada
em estado “pro-gel” por meio de desnaturação.
• Fatores como pH, presença de sais e outros aditivos afetam a geleificação das
proteínas;
• Alguns produtos da reação podem ser antioxidantes e outros podem ser tóxicos, mas
não nas concentrações encontradas no alimento
ALTERAÇÕES INDUZIDAS PELO
PROCESSAMENTO
• REAÇÕES CARBONILA-AMIDA
• O grupo amina da lisina é a principal fonte de amina em reações de Maillard,
por este motivo este é o principal aminoácido “perdido” nesta reação. Nas
fases iniciais a lisina ainda é biodisponível, porém depois de ocorrer a reação
de Amadori ela torna-se não biodisponível
ENZIMAS
Definição, enzimas em alimentos, inibição ou
inativação enzimática em alimentos
INTRODUÇÃO
• Em todas as células vivas ocorrem reações que devido a sua grande
complexidade deveriam ser muito lentas nas temperaturas em que se
processam (37oC), no entanto, elas ocorrem muito rapidamente, devido a
presença das enzimas
• Cada reação tem um pH ótimo que para a maioria das reações se situa na
faixa de 4,5 e 8, no qual a enzima apresenta sua atividade ótima
pH
FATORES QUE INTERFEREM NA ATIVIDADE
ENZIMÁTICA
• TEMPERATURA:
• Ácidos graxos
Formados por... Vamos estudar com + detalhes
• Acilglicerol
• Ceras
• Fosfolipídios
Vamos ver rapidamente a estrutura...
• Esfingolipídios
• Esteróis
ÁCIDOS GRAXOS
• INTRODUÇÃO
• Os ácidos graxos livres ocorrem em quantidades pequenas nos óleos e
gorduras. No entanto, participam da construção das moléculas de glicerídios e
de certos não glicerídios.
Grupo Grupo
metil carboxílico
ÁCIDOS GRAXOS
• INTRODUÇÃO
• Portanto C 20:5 (Δ5,8,11,14,17) significa que o ácido graxo tem 20C, 5 duplas
ligações localizadas nos carbonos 5,8,11,14,17, a partir do grupo carboxílico
Desenhe a cadeia carbônica dos ácidos graxos (AG) a seguir, pesquise
seus respectivos nomes e diga que tipo de ω são. Em seguida pesquise
na tabela TACO pelo menos 3 alimentos ricos nestes ácidos graxos
(coloque a quantidade em g que cada 100g de alimento tem do
respectivo AG).
• C 18:2 (Δ9,12)
• C 18:3 (Δ9,12,15)
• C 20:5 (Δ5,8,11,14,17)
• C 20:4 (Δ5,8,11,14)
• C 22:6 (Δ4,7,10,13,16,19)
C 18:0
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C
H H H H H H H H H H H H H H H H H OH
C 18:1 (∆9)
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
ω-9 H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C
H H H H H H H H H H H H H H H OH
C 18:2 (∆9,12)
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
ω-6 H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C
H H H H H H H H H H H H H OH
C 18:3 (∆9,12,15)
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
ω-3 H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C
H H H H H H H H H H H OH
C 20:4 (∆5,8,11,14)
H H H H H H H H H H H H H H H H H H H
O
H C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C
H H H H H H H H H H H OH
ω-6
C 20:5 (∆5,8,11,14,17)
H H H H H H H H H H H H H H H H H H H
O
H C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C
H H H H H H H H H OH
ω-3
C 22:6 (∆4,7,10,13,16,19)
H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H H O
H C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C–C
H H OH
H H H H H H H
ω-3
PRINCIPAIS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
ENCONTRADOS EM ALIMENTOS
PRINCIPAIS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS
ENCONTRADOS EM ALIMENTOS
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAS
• Os precursores das famílias n-6 e n-3, os ácidos graxos linoléico (ω-6 _
C18:2 (9,12)) e α-linolênico (ω3 _ C18:3 (9,12,15)), são definidos
como essenciais por não serem sintetizados endogenamente em
humanos e em alguns animais
H H H H H H H H H H H H H H H H H O H
H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C – O–C –H
H H H H H H H H H H H H H H H H H
Monoacilglicerol
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C – O–C –H
H H H H H H H H H H H H H H H H H
Diacilglicerol
H H H H H H H H H H H H H H H H H O
H C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C – C –C – C – C – C – C – C – O–C –H
H H H H H H H H H H H H H H H H H H
Triacilglicerol - TAG
Possuem pontos de fusão geralmente são mais altos que os dos TAG,
são mais duras e quebradiças, menos gordurosas do que as gorduras,
CERAS Mais resistentes à hidrólise e à decomposição - portanto servem de
fator de proteção
• Esfingosina e AG ligados
por ligação amida
ESTERÓIS
• São lipídeos não polares com três anéis de 6 carbonos, e um anel de 5 carbonos e uma cadeia
alifática, um grupamento -OH;
ESTERÓIS
CLASSES (tipos) DE LIPÍDIOS
• Ácidos graxos
Vamos estudar com + detalhes
• Acilglicerol
• Ceras
• Fosfolipídios
Vamos ver rapidamente a estrutura...
• Esfingolipídios
• Esteróis
REAÇÕES QUÍMICAS
Reação de neutralização
Reação de saponificação
Reação de hidrogenação
Reação de interesterificação
REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO
• A reação consiste na neutralização do grupamento carboxílico do
ácido graxo na presença da base forte. A titulação é feita com NaOH
ou KOH, que neutraliza os ácidos graxos livres no meio
REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO
• A reação de saponificação é qualquer reação de um éster com uma
base para produzir um álcool e o sal alcalino de um ácido carboxílico.
As reações de saponificação e de neutralização servem de base para
importantes determinações analíticas, as quais têm por objetivo
informar sobre o comportamento dos óleos e gorduras em certas
aplicações alimentícias, como, por exemplo:
• Aplicação em alimentos?
REAÇÃO DE INTERESTERIFICAÇÃO
• Como o auxílio de catalisadores como zinco, cádmio, seus compostos, ou
compostos de metais alcalinos ou de metais alcalinos terrosos, é possível
mudar a composição de triglicerídios.
Propriedades reológicas
Densidade
Cristalização e derretimento
PROPRIEDADES FISICO-QUÍMICAS DOS LIPÍDIOS
• PROPRIEDADES REOLÓGICAS
• CRISTALIZAÇÃO E DERRETIMENTO
APARÊNCIA
SABOR
FUNCIONALIDADE EM ALIMENTOS
• TEXTURA
• A influência é determinada pelo estado físico do lipídio e pela natureza da
matriz alimentar.
• Para óleos puros a textura é determinada pela viscosidade à determinada
temperatura;
• Os perfis de fusão dos cristais de gordura exercem papeis fundamentais na
determinação de propriedades como textura, espalhabilidade e sensação
bucal
FUNCIONALIDADE EM ALIMENTOS
• APARÊNCIA
• A cor de óleos puros é determinada pela presença de pigmentos que
absorvem luz
• As gorduras sólidas costumam ser opacas em virtude do espalhamento da luz
pelos cristais presentes, enquanto que os óleos líquidos costumam ser
translúcidos. A opacidade depende da concentração e forma dos cristais
• SABOR
• Os óleos e gorduras comestíveis tem diferentes fontes naturais, tem
diferentes perfis de sabor e diferentes perfis de compostos voláteis.
PROCESSAMENTO E DETERIORAÇÃO
EXTRAÇÃO
REFINO
DETERIORAÇÃO
PROCESSAMENTO DE LIPÍDIOS
• EXTRAÇÃO E REFINO DE ÓLEOS
• Os TAG de plantas podem ser isolados por pressão (ex.: azeite oliva), por
utilização de solventes (ex.: sementes oleaginosas) ou por combinação de
ambos.
• O resultado é o óleo bruto que precisa ser refinado, cujas etapas seguem:
• Evitar ou minimizar
• Antioxidantes.
ANTIOXIDANTES
• Definição
• Qualquer substância que, presente em baixas concentrações quando comparada a
um substrato oxidável, atrasa ou inibe a oxidação desse substrato de maneira eficaz.
L
MONOSSACARÍDEOS
Espelho
Isômeros D Isômeros L
(destrógiros) (levógiros)
MONOSSACARÍDEOS
• Estrutura cíclica dos monossacarídeos:
• Em solução aquosa os monossacarídeos com mais de 5 átomos de C ocorrem
predominantemente na forma cíclica, onde o C do centro quiral mais distante
do C anomérico faz ligação covalente com o O do C anomérico
Carbono anomérico
C do grupo carbonil
• D-manose →D-manitol
• Usado na cobertura não adesiva de doces
• D-xilose → Xilitol
• Sensação de refrescância e poder adoçante semelhante à sacarose
REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS
• AÇÚCAR INVERTIDO (REAÇÃO DE HIDRÓLISE)
• Açúcar invertido é um xarope produzido a partir
da sacarose que apresenta uma mistura de
açúcares em solução, principalmente glicose;
Derivado N-substituído
Cisão Desidratação
Reações de condensação
Melanoidinas
Hidroximetil furfural
Desoxiredutonas CO2
Degradação Streker
Aroma
Compostos aminados
Alcoois
Aldeminas Aldeminas
cetoamina
Reações de condensação
Melanoidinas
ESQUEMA DA REAÇÃO DE MAILLARD
REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS
• REAÇÃO DE MAILLARD
• Explicação da reação:
1. Açúcares redutores reagem de modo reversível com amina levando a
complexação do açúcar com o aminoácido, formando uma base (base de
Shiff) que acelera a reação.;
2. Em seguida é formado um composto mais estável, o anel de glicosamida
N-substituída que o passa por um processo chamado rearranjo de
Amadori (que são os primeiros intermediários na sequência de reações
de escurecimento). O composto de Amadori é o 1-amino 1-desox 2-
cetose N-substituído
3. O composto de Amadori pode sofrer Desidratação ou Fissão
REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS
• REAÇÃO DE MAILLARD
• Explicação da reação:
4. Se a desidratação for mais intensa seguirá a via do furfural que levará a
formação de alcoois e de aldeminas, sendo que estas últimas levarão a
produção de melanoidinas;
5. Se a desidratação for mais leve serão produzidas redutonas e
posteriormente desoxiredutonas que seguirão o processo de degradação
de Streker onde CO2 é liberado e compostos aminados são formados e
estes por sua vez levam a formação de Melanoidinas
REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS
• REAÇÃO DE MAILLARD
• Explicação da reação:
6. Se a via não for a desidratação e sim a Fissão, inicialmente serão
formados produtos da fissão acetal e diacetal e estes poderão seguir as
seguintes reações:
• Formação do furfural → alcoois e aldeminas e estas últimas formação de
melanoidinas
• Formação direta de álcoois
• Fomação de aldeminas e cetominas e posteriormente melanoidinas
• As melanoidinas são o produto final da reação que são diversos produtos
de cor
REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS
• REAÇÃO DE MAILLARD
• O CHO mais usado é a sacarose, mas pode ser usado frutose, sacarose
REAÇÕES DE MONOSSACARÍDEOS
• FORMAÇÃO DA ACRILAMIDA
• A acrilamida é neurotóxica e carcinogênica.
LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS
OLIGOSSACARÍDEOS
• Ligação glicosídica
OLIGOSSACARÍDEOS
• Os dissacarídeos são abundantes naturalmente, sendo a sacarose, lactose e
maltose os mais importantes.
ESTAQUIOSE
RAFINOSE
VERBASCOSE
FRUTOOLIGOSSACARÍDIO
GALACTOLIGOSSACARÍDIO
Maltodextrina
Galactooligossacarídeo (GOS)
PROPRIEDADES FUNCIONAIS EM ALIMENTOS
• Os mono e dissacarídeos conferem diferentes características em função de sua
estrutura e concentração e das condições do alimento. As principais propriedades
seguem abaixo:
• Doçura:
• Os açúcares possuem diferentes intensidades de doçura.
• A escala de doçura tem como base a sacarose e a intensidade varia de acordo com
a sua concentração no alimento.
• Com exceção da sacarose a doçura diminui com o aumento do número de unidade
de monossacarídeos nos oligossacarídeos, porque apenas uma unidade de
monossacarídeo interage com a mucoproteína do receptor da língua.
DOÇURA RELATIVA DE VÁRIOS AÇÚCARES
Composto Doçura em solução de 10%
D-frutose 130
Sacarose 100
D-glucose 67
D-manose 50
D-galactose 60
D-Lactose 50
D-maltose 38
Xilitol 100
Manitol 56
Sorbitol 58
Polissacarídeos de mesma
massa ocupando volumes
diferentes devido a hidratação
PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE
POLISSACARÍDEOS NOS ALIMENTOS
• Formação de Géis
• É uma rede tridimensional e contínua de moléculas e partículas conectadas
que contém um grande volume de uma fase líquida contínua semelhante a
uma “esponja”.
• A estrutura da rede tridimensional tem resistência suficiente para se
comportar de forma similar a um sólido elástico quando submetido à uma
força
• Géis são semi-sólidos viscoelásticos
PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE
POLISSACARÍDEOS NOS ALIMENTOS
• Formação de Géis
• A escolha da goma específica para uma determinada aplicação depende:
• da reologia desejada,
• do pH do sistema,
• das temperaturas de processamento,
• da interação entre os ingredientes,
• da textura desejada,
• do custo e
• da quantidade necessária para obtenção das propriedades desejadas
PROPRIEDADES FUNCIONAIS DE
POLISSACARÍDEOS NOS ALIMENTOS
• Outras propriedades importantes:
• Inibidores de cristalização;
• Agente de clarificação e turbidez,
• Elementos de recobrimento,
• Estabilizador de emulsões
• Agente de encapsulação
• Substitutos de gordura
POLISSACARÍDEOS
1. Glicogênio;
2. Amido
3. Celulose
4. Hemicelulose
5. Pectinas
6. Gomas
GLICOGÊNIO
• Formado por glicoses ligadas;
• Amilopectina:
• Estrutura ramificada,
• Constituída por cadeias lineares de 20-25 unidades de α-D-glicose unidas por
ligações glicosídicas α-1,4 e α-1,6.
• Constitui aproximadamente 75% dos amidos
AMIDO
• Grânulo de amido:
Hemicelulose (tipo A)
Fibras Polissacarídeos “não Pectinas
amiláceos”
Gomas Hidrossolúveis
(fibras solúveis)
Mucilagens
Fibras solúveis podem
ser fermentadas pelos
microrganismos
presentes no intestino
Inulina
humano e com isso
produzir compostos com Frutooligossacarídeos (FOS)/
efeitos muito benéficos Substâncias galactoligossacarídio (GOS) Hidrossolúveis
para a saúde do semelhantes às fibras em sua maioria
Amido resistente
indivíduo
FIBRA ALIMENTAR
CELULOSE
• Fibra
Função reguladora
VITAMINAS MINERAIS
VITAMINAS
• Compostos orgânicos obtidos por uma dieta normal capazes de
manter a vida e promover reações bioquímicas essenciais à vida;
• Características:
• Essenciais para o crescimento e funcionamento metabólico;
• Ativas em doses mínimas
• Não apresentam valor energético
• A maioria não é sintetizada endogenamente
VITAMINAS
• Classificação:
• Quanto à solubilidade
Vitamina B1 - Tiamina
LIPOSSOLÚVEIS HIDROSSOLÚVEIS Vitamina B2 - Riboflavina
Vitamina B3 - Niacina
Vitamina B5 - Ác. Pantotênico
Vitamina A Complexo B Vitamina B6 - Piridoxina
Vitamina B7 - Colina
Vitamina D Vitamina C Vitamina B9 - Ac. Fólico
Vitamina B12 - Cobalamina
Vitamina E
Vitamina K
VITAMINAS NOS ALIMENTOS
• De forma geral:
• As hidrossolúveis são mais termolábeis e perdidas por lixiviação.
• As lipossolúveis são menos estáveis à oxidação e à luz
VITAMINAS – ESTRUTURA E FONTES
VITAMINA A
VITAMINA A
• A forma ativa é o retinol, mas na dieta a maior parte ocorre como
precursores.
• Está presente em alimentos com alto nível de CHO ou com alto nível de
metabolismo de CHO, são exemplos sementes de legumes e componentes
embrionários. A carne de tecido muscular e fígado são importantes fontes
e a carne suína contém 10X mais tiamina que as outras.
Carnes vermelhas
BIOTINA – B7
• Deficiência: rara
No centro do anel há
um íon de magnésio (Mg2+).
O composto é
denominado feofitina quando
não se encontra magnésio (ou
outro íon metálico) no seu
centro
CLOROFILAS
• Vai se perdendo naturalmente e esta degradação acompanha a
degradação dos cloroplastos
• Por outro lado estão cada vez mais sendo produzidos sinteticamente e
sendo usados em vários produtos
Exemplo: Polidextrose
Produtos encontrados: Produtos de Panificação
Melhorador de farinha
“Substância que, agregada à farinha, melhora sua
qualidade tecnológica para os fins a que se destina”
Exemplos
❑570(i) Ácido esteárico
❑953 Isomalte
Estabilizante
“Substância que favorece e mantém as características físicas
das emulsões e suspensões”