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SUMÁRIO
Questões sobre a aula ....................................................................................................................................... 2
Gabarito ........................................................................................................................................................... 21
Questões Comentadas .................................................................................................................................... 22

MUDE SUA VIDA!


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QUESTÕES SOBRE A AULA


1. ANO: 2020 BANCA: Instituto UniFil ÓRGÃO: Prefeitura de São Carlos do Ivaí - PR
PROVA: Auxiliar Administrativo

Leia o texto para responder a questão.

Faturando R$ 105 milhões, menino de 8 anos é youtuber mais bem pago do mundo pelo 2º ano

Ryan, do canal Ryan's World (Mundo de Ryan), ganhou US$ 26 milhões (R$ 105 milhões,
na cotação atual) em 2019, acima dos US$ 22 milhões (R$ 89 milhões) que tinha ganho em
2018, de acordo com um ranking anual da revista Forbes, com base nos ganhos estimados
entre junho de 2018 e junho de 2019.
O canal, aberto em março de 2015, teve seu grande lançamento com um vídeo em que Ryan
abriu mais de 100 brinquedos escondidos em ovos-surpresa de plástico. O vídeo teve mais
de 800 milhões de visualizações.
As contas do YouTube Dude Perfect e Nastya ficaram em segundo e terceiro lugares, com
US$ 20 milhões (R$ 81 milhões) e US$ 18 milhões (R$ 73 milhões), respectivamente.
No total, segundo o ranking, os 10 youtubers mais bem pagos de 2019 ganharam US$ 162
milhões (R$ 658 milhões).
O canal Dude Perfect apresenta cinco amigos com 30 anos brincando com brinquedos,
como armas Nerf. Já o perfil Nastya mostra vídeos de Anastasia Radzinskaya, que nasceu no
sul da Rússia, e tem paralisia cerebral.
A conta de Jeffree Star tem dezenas de vídeos de tutoriais de maquiagem.
[...]
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-50845141. Analise: “O vídeo teve mais
de 800 milhões de visualizações.” E assinale a alternativa incorreta.

a) O verbo vem do verbo “ter”.


b) O verbo está no singular.
c) O verbo pode ser substituído por “conquistou”.
d) O verbo está no Pretérito Imperfeito.

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2. ANO: 2020 BANCA: Instituto UniFil ÓRGÃO: Prefeitura de São Carlos do Ivaí - PR
PROVA: Auxiliar Administrativo

Emprego dos sonhos? Brasileiros sonham em ficar longe do escritório

Por Luísa Granato

Você já se pegou pensando no meio do expediente que poderia realizar aquele mesmo
trabalho no conforto de casa? Para 49% dos brasileiros empregados, cumprir o expediente
longe do escritório é o maior desejo.
É o que diz a pesquisa Alelo Hábitos do Trabalho, realizada pelo Ipsos, que ouviu 1.518
pessoas com trabalho registrado nas 12 principais regiões do país, além de 468
desempregadas e 347 autônomas.
Nos dois últimos grupos, o trabalho remoto é valorizado por 55% dos respondentes. A
pesquisa apresenta margem de erro de 2 pontos percentuais.
Para os empregados, o trabalho remoto é a tendência principal. Em seguida, 10% dos
entrevistados apontaram que gostam de espaços de trabalho compartilhados, o chamado
“coworking”. Em terceiro lugar, com 7%, aparece o modelo de ambiente de trabalho focado
apenas nos resultados.
Em 6% das respostas, os profissionais citaram as tendências de trazer seu próprio
dispositivo eletrônico e também estruturas sem hierarquia.
Quando se trata de escritórios, a maioria (97) dos empregados acredita que novos
ambientes de trabalho são positivos por conferirem maior conforto, qualidade de vida e
produtividade.
No entanto, apenas 35% dos entrevistados disseram que trabalham em empresas que
adotam tendências do mercado. Em primeiro lugar, 42% podem desfrutar de espaços com
pufes e sofás para descanso. Depois, 36% afirmaram que podem se vestir casualmente.
Disponível em https://exame.abril.com.br/carreira/emprego-dos-sonhos-brasileiros-sonham-em-
ficar-longe-do-escritorio/

O verbo principal do título está conjugado em

a) 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo.


b) 3ª pessoa do plural do Presente do Subjuntivo.
c) 3ª pessoa do plural do Presente do Imperativo.
d) 3ª pessoa do plural do Futuro do Pretérito.

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3. ANO: 2019 BANCA: OBJETIVA ÓRGÃO: Prefeitura de Faxinalzinho - RS PROVA:


Psicólogo

Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:


Quando ele __________ uma solução adequada para o problema, todos ficaremos satisfeitos.

a) propor
b) propordes
c) propuser
d) propuseres

4. ANO: 2019 BANCA: FUNDATEC ÓRGÃO: IF Farroupilha - RS PROVA: Assistente Social

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A forma verbal “podíamos” (l. 34) está devidamente conjugada na primeira pessoa do plural
do:

a) Pretérito perfeito do modo indicativo.


b) Pretérito imperfeito do modo indicativo.
c) Pretérito mais que perfeito do modo indicativo.
d) Futuro do pretérito do modo indicativo.
e) Pretérito imperfeito do modo subjuntivo.

5. ANO: 2020 BANCA: IBADE ÓRGÃO: Câmara de São Felipe D'Oeste - RO PROVA: Advogado

Vidinha

Vidinha era uma rapariga que tinha tanto de bonita como de movediça e leve; um
soprozinho, por brando que fosse, a fazia voar, outro de igual natureza a fazia revoar, e voava
e revoava na direção de quantos sopros por ela passassem; isto quer dizer, em linguagem
chã e despida dos trejeitos da retórica, que ela era uma formidável namoradeira, como hoje
se diz, para não dizer lambeta, como se dizia naquele tempo.
Portanto não foram de modo algum mal recebidas as primeiras finezas do Leonardo, que
desta vez se tornou muito mais desembaraçado, quer porque já o negócio com Luisinha o
tivesse desasnado, quer porque agora fosse a paixão mais forte, embora esta última hipótese
vá de encontro à opinião dos ultrarromânticos, que põem todos os bofes pela boca pelo tal
primeiro amor: no exemplo que nos dá o Leonardo aprendam o quanto ele tem de
duradouro.
Se um dos primos de Vidinha, que dissemos ser o atendido naquela ocasião, teve motivos
para levantar-se contra o Leonardo como seu rival, o outro primo, que dissemos ser o
desatendido, teve dobrada razão para isso, porque além do irmão apresentava-se o Leonardo
como segundo concorrente, e o furor de quem se defende contra dois é, ou deve ser sem
dúvida, muito maior do que o de quem se defende contra um.
Declarou-se, portanto, desde que começaram a aparecer os sintomas do quer que fosse
entre Vidinha e o nosso hóspede, guerra de dois contra um, ou de um contra dois. A princípio
foi ela surda e muda; era guerra de olhares, de gestos, de desfeitas, de más caras, de maus
modos de uns para com os outros; depois, seguindo o adiantamento do Leonardo, passou a
dictérios, a chasques, a remoques.
Um dia finalmente desandou em descompostura cerrada, em ameaças do tamanho da
Torre de Babel, e foi causa disto ter um dos primos pilhado o feliz Leonardo em flagrante
gozo de uma primícia amorosa, um abraço que no quintal trocava ele com Vidinha.
(ALMEIDA, M. Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Editora FTD, 1996, p. 123.)

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“que põem todos os bofes pela boca pelo tal primeiro amor” (2º §)

O verbo “pôr” e seus derivados (dispor, contrapor, antepor etc.) estão entre os verbos da
língua portuguesa cuja flexão se faz por padrão especial com inúmeras irregularidades.
Considerando essa característica, pode-se afirmar que HÁ ERRO de flexão na frase:

a) se o primo se dispor a conquistar a moça, haverá de conseguir.


b) tu te antepuseste aos interesses da maioria dos pretendentes.
c) ninguém se propunha a desrespeitar o pai da menina.
d) o primo sobrepusera o seu interesse pela moça acima de tudo.
e) caso compusesses um poema, tu conquistarias a moça.

6. ANO: 2019 BANCA: GUALIMP ÓRGÃO: Prefeitura de Vila Valério - ES PROVA: Psicólogo

Leia atentamente o texto para responder a questão.

Viagem no tempo

Falávamos sobre viagens e seus modernos confortos quando alguém se lembrou do tempo
em que os viajantes levavam toalha e sabonete na mala. Não faz tanto tempo assim. Uma
sobrinha, ____ poucos anos, chegou a minha casa com toalha de banho e caixinha de sabonete
na mala. “Coisa da minha mãe”, explicou constrangida, sinal de que a mãe dela, que tem
menos de 60 anos, levava toalha e sabonete quando viajava. Hotéis e hospedarias eram
precários, tirando os melhores das capitais; e, ao pousar na casa de alguém, evitavase “dar
trabalho”.
Lembram-se do quebra-vento nos carros? Coisa anterior à difusão do ar-condicionado,
pouco antes de o presidente Collor dizer que os automóveis brasileiros eram umas carroças.
O quebra-vento era um vidro giratório colocado ____ frente das janelas dianteiras; quebrava
o vento que entrava quando os vidros das portas estavam abaixados, ou permitia que o ar
entrasse quando a janela estivesse fechada. Girando-o todo, direcionava-se o vento para
dentro, ___ fim de refrescar a pessoa acalorada. Até ____ pouco tempo, no Nordeste, carro sem
quebra-vento encalhava.
Carros não tinham luz piscante para o motorista indicar que ia entrar ___ esquerda ou ___
direita, nem luz de freio. Todos os sinais eram feitos pelo motorista com o braço esquerdo
para fora do carro. Sinal de parar: mão espalmada para trás, baixa; sinal para entrar ___
esquerda: braço reto estendido; entrar ___ direita, braço alto dobrado para a direita. Quase

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não havia sinais luminosos de trânsito, o guarda apitava em códigos obrigatoriamente


conhecidos.
Ah, meninos, as fotos que se tiravam não se viam no mesmo instante, como agora. Só dias
mais tarde, após reveladas e copiadas em laboratório. Depois veio a grande novidade das
cópias em 24 horas, em duas horas, em uma hora e na hora. A fotografia popularizou-se. Com
as câmeras nos telefones celulares, os fotógrafos amadores tornaram-se bilhões.
Calculadora? Era a tabuada, que os estudantes sabiam de cor, e baseados nela faziam
contas complicadíssimas das quatro operações, na ponta do lápis. Nos escritórios, e só lá,
havia as famosas máquinas de calcular manuais Facit, que tinham um teclado de algarismos
e uma manivela que os craques do cálculo viravam para a frente e para trás, produzindo
exatidões mostradas em um pequeno visor. Não demorou e vieram as elétricas, as
eletrônicas digitais...
Máquinas de escrever ainda se veem em delegacias e cartórios do interior. Num hospital
da Zona Leste, um amigo me chamou: “Quer ver um flashback?”. E me levou a uma
recepcionista de um dos consultórios, que datilografava impávida os dados dos clientes. Nas
redações de jornais e revistas, com suas dezenas de máquinas de escrever batucando ao
mesmo tempo, o encerramento de uma edição era uma zoeira. O alívio veio com o silêncio
dos computadores.
Cartão amarelo, cartão vermelho? No futebol do tempo do beque e do centeralfe, cartão
era o dedo do juiz, primeiro apontando o nariz do abusado, depois apontando o olho da rua.
Os cartões derrotaram o dedo em riste porque são mais civilizados, impessoais e fáceis de
entender em qualquer língua. Você pensa que eram coisas da juventude do seu avô, ou do
seu bisavô, mas não, são do tempo do seu pai. Um tempo em que as crianças tinham bons
modos, obedeciam até ___ olhares, não abriam a geladeira dos outros, contentavam-se em
ganhar apenas três presentes por ano, nas ocasiões propícias, e eram felizes. O ritmo está
cada vez mais rápido.
Ivan Ângelo (com adaptações)

Os verbos destacados nas passagens abaixo são regulares, EXCETO em:

a) “...as fotos que se tiravam não se viam no mesmo instante...”


b) “...os vidros das portas estavam abaixados, ou permitia que o ar...”
c) “Falávamos sobre viagens e seus modernos confortos...”
d) “Não demorou e vieram as elétricas...”

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7. ANO: 2018 BANCA: UFAC ÓRGÃO: UFAC PROVA: Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais

Quanto aos verbos, assinale a alternativa CORRETA que contém apenas verbos regulares:

a) amar — ser — estar — cantar — haver


b) amar — pensar — amparar — louvar
c) medir — fazer — ser — caber — dizer
d) dar — trazer — nadar — levar
e) querer — pedir — ouvir — pular

8. ANO: 2019 BANCA: FEPESE ÓRGÃO: Prefeitura de Águas de Chapecó - SC PROVA: Médico

Leia o texto

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe-se lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é que sabe,


E vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas
Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

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Já esqueci a língua em que comia,


em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade

Considere o seguinte verso, extraído do poema:


“Já esqueci a língua em que comia”.
Analise as afirmativas feitas sobre ele.
1. Os dois verbos da frase pertencem à segunda conjugação e estão no pretérito perfeito e
imperfeito, respectivamente. 2. Se o verbo “esquecer” fosse pronominal (esquecer-se), ao seu
complemento “a língua” deveria ser acrescentada uma preposição (de = da língua). 3. Há na
frase dois artigos definidos. 4. As palavras “Góis” e “língua” são acentuadas pela mesma regra.
5. As palavras conectoras “em que” podem ser substituídas por “na qual” e o sentido não se
altera, pois “que” é pronome relativo e permite essa substituição.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 4 e 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.

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9. ANO: 2019 BANCA: FUNDATEC ÓRGÃO: Prefeitura de Ibiaçá - RS PROVA: Professor

Sabe-se que “medeia” (l. 36) corresponde à conjugação da terceira pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo “mediar”. Trata-se de um verbo irregular terminado em
“iar”. Assinale a alternativa que apresenta um verbo com a mesma terminação e cuja
conjugação é semelhante à do verbo “mediar”.

a) Copiar.
b) Odiar.
c) Agraciar.
d) Angariar.
e) Historiar.

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10. ANO: 2020 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: Prefeitura de Betim - MG PROVA:
Auditor Fiscal de Tributos Municipais

Fonte: Adaptado de:


http://1.bp.blogspot.com/oSNjvAa_uZE/TgIuBsIiMXI/AAAAAAAAAN0/R208RGfxPoQ/s1600/as%2Bcobras
%2B11.jpg. Acesso em: 19 jan. 2020.

A partir da análise do trecho “Nossa condição não é tão angustiante assim...”, do Texto 2,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. Emprega-se um verbo de ligação.


II. O verbo empregado é irregular.
III. O verbo está conjugado na terceira pessoa do singular e o tempo é o presente do
indicativo.

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

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11. ANO: 2019 BANCA: CETREDE ÓRGÃO: Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - CE
PROVA: Professor de Educação Especial

O verbo colorir, segundo a norma padrão, é um verbo defectivo assim como todos os outros
relacionados nas alternativas a seguir. Marque a alternativa INCORRETA.

a) Precaver-se.
b) Reaver.
c) Remir.
d) Caber.
e) Florir.

12. ANO: 2016 BANCA: CETAP ÓRGÃO: Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA PROVA:
Professor de Educação Infantil

Ética de princípios.
Rubem Alves

AS DUAS ÉTICAS: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e
mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da
contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos - a que os filósofos dão o nome
de ética contextual.
Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre os estrelas que alguns
dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas
estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe ...
Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência:
pegam a terra com as mãos e a cheiram...
Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado
avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O médico vai visitá-la.
Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: “Doutor, será
que eu escapo desta?”
Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for um
adepto da ética estrelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou
escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá
de ser a verdade. E ele, então, responderá: “Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai
morrer ...”. Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações.
A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá
fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em
consideração o potencial destruidor da verdade. Mas, se for um jardineiro, ele não se

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lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher.
Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: “Que palavra eu
posso dizer que, não sendo um engano - 'A senhora breve estará curada ...' -, cuidará da
mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?” E ele dirá: “Você me faz
essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer ...”.
Aí, então, os dois conversarão longamente - como se estivessem de mãos dadas ... - sobre a
morte que os dois haverão de enfrentar.
Com o sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade. Pela ética de
princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro,
o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios
universais os proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o
mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids?
As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de
doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher?
O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas?
A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará?

Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: “Qual delas está mais a serviço do amor?”
Em: “(...) são questões resolvidas que não requerem decisões:
(...)”, sobre a forma “requerem” é correto afirmar:

a) O verbo é defectivo de segunda conjugação.


b) O verbo é anômalo com radical “requer”.
c) O tema verbal é requera.
d) O verbo é irregular na 1ª pessoa do presente do indicativo.
e) O verbo é conjugado, em todas as formas, pelo verbo querer.

13. ANO: 2017 BANCA: CETAP ÓRGÃO: Prefeitura de Ourém - PA PROVA: Pedagogo

A Trump o que é de César.

Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas
no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o
furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho,
milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas
campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror politico. Nada mau,
repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão
é uma montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa
adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada

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e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa,
Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de
sangue é visão que não poderia passar incólume em um país que já teve quatro presidentes
assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fãs do
presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias
teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra
"Shakespeare” no nome.
Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury
Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini
e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras
figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de
Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não
esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a
intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos
sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de
identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há
que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.
O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são
panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a
causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa
literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de
Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações
inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se
espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também
nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que
essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.
Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual - mas se o figurino cai
bem, por que não vesti-lo?
(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)

Alguns verbos rigorosamente impessoais quando usados no sentido figurado sofrem


variações. Isso ocorre em:

a) “Há algumas semanas (...)”


b) “(...) milhares de pessoas enfrentaram filas (...)”
c) “(...) e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais (...)”
d) “(...) mas, se o figurino cai bem (...)"
e) "(...) sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo."

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14. ANO: 2015 BANCA: Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ ÓRGÃO: Prefeitura do Rio de
Janeiro – RJ PROVA: Professor

Texto: Pescando na margem do rio

Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última. E
porque seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As poucas
pessoas que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era perigoso, que ficava
muito só, que poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um mal súbito seria solução
para vários problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de reparar quando ia. O velho
entrou, assim, na categoria dos ausentes.
Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.
Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco para chegar porque seus
passos eram lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia nada
ali que não conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça e as aves
que cantavam nos galhos, tudo lhe era familiar. E, embora a natureza não se curvasse para
cumprimentá-lo, sabia-se bem-vindo.
O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o seu
anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando
nenhuma presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio para
não ferir as gengivas desguarnecidas.
À noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.
Fazia-se mais fraco, porém.
E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na
barbela afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um
peixe. Movido pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por mais
que se esforçasse, não conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia qualquer
pescador por perto.
O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.
Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das
percepções havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e deixou-
se levar.
Marina Colasanti. In: Hora de Alimentar Serpentes. São Paulo: Global, 2013. Páginas 363 – 364.

“Não havia nada ali que não conhecesse.” O verbo em destaque, nesse contexto, é impessoal.
Também é impessoal o verbo da frase:

a) Subitamente a tarde escurece no inverno.


b) Naquele lugar existia uma ventania contínua.
c) De manhã cedo está fazendo muito frio.
d) Vinha amanhecendo o dia com a cantoria dos pássaros.

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15. ANO: 2015 BANCA: ITAME ÓRGÃO: Prefeitura de Inhumas - GO PROVA: Fiscal de Posturas

Óbito do autor

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se
poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja
começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adoptar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem
a campa foi outro berço; a segunda é que o escripto ficaria assim mais galante e mais novo.
Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical
entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta feira do mês de agosto de 1869, na
minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era
solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos.
Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia -- peneirava
-- uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles
fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéa no discurso que proferiu à beira de
minha cova: -- «Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a
natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que
tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que
cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as
mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.
Assis, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Abril Cultural, 1978. p. 15.

Assinale a alternativa em que os verbos erigir – reaver – ir – ser – cerzir – cantar,


respectivamente, estão corretamente classificados quanto a flexão que apresentam quando
são conjugados.

a) Abundante – Anômalo – Anômalo – Defectivo – Irregular – Regular.


b) Abundante – Defectivo – Anômalo – Anômalo – Irregular – Regular.
c) Abundante – Anômalo – Anômalo – Irregular – Defectivo – Regular.
d) Anômalo – Abundante – Anômalo – Irregular – Defectivo – Regular.

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16. ANO: 2018 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: Prefeitura de Guararapes - SP PROVA: Professor

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano


Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
- ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mário Quintana. Nova antologia poética. 12. Ed. São Paulo: Globo, 2007

Passando-se a frase: “E em torno dela indagará o povo”, para o pretérito mais- que-perfeito
do indicativo, temos:

a) E em torno dela indagara o povo.


b) E em torno dela indaga o povo.
c) E em torno dela indagaria o povo.
d) E em torno dela indagou o povo.
e) E em torno dela indagava o povo.

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17. ANO: 2019 BANCA: FUNDATEC ÓRGÃO: CREA-PR PROVA: Técnico de Eletromecânica

Considere as seguintes ocorrências do verbo haver e as afirmações que são feitas a seguir: 1.
Há uma gama de conhecimentos (l.11). 2. Por isso, há leituras que quando terminam deixam
saudade! (l. 21 e 22). 3. Há livros que dão vontade de morar dentro deles (l. 22). I. Em todas
as ocorrências, a substituição pelo verbo existir exige flexão no plural. II. Nas três situações,
o verbo haver é impessoal. III. Em 1, a substituição do verbo haver pelo existir NÃO implica
flexão de número. Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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18. ANO: 2016 BANCA: Câmara de Mongaguá - SP ÓRGÃO: Câmara de Mongaguá - SP


PROVA: Procurador Jurídico

“Não ______ mais esperança de que ______ em tempo os papéis que ainda _______ assinar.”

a) havia, chegassem, faltava.


b) haviam, chegassem, faltava.
c) haviam, chegasse, faltavam.
d) havia, chegasse, faltavam.
e) havia, chegassem, faltavam.

19. ANO: 2013 BANCA: TJ-PR ÓRGÃO: TJ-PR PROVA: Assistente Social

Assinale a alternativa em que a expressão em destaque NÃO reporta à ideia de futuro:

a) “Neuro é o nome da moeda que os moradores da Vila Pantanal terão à disposição para
empréstimo”. (linhas 1 e 2)
b) “(...) os moradores da Vila Pantanal terão à disposição para empréstimo a partir de abril,
quando entra em operação o primeiro banco comunitário do Paraná”. (linhas 1 e 2)
c) “Produtores de comidas podem passar a vender para os próprios vizinhos”. (linha 18)
d) "O principal entrave é a instalação de uma instituição financeira em uma região de alta
criminalidade”. (linhas 7 e 8).

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20. ANO: 2019 BANCA: Dédalus Concursos ÓRGÃO: SAAE-SP PROVA: Assistente Administrativo

A questão diz respeito ao trecho do poema Morte do leiteiro de Carlos Drummond de


Andrade, importante poeta brasileiro. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

"Mas este acordou em pânico


(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber."
No trecho “Se era noivo, se era virgem, se era alegre, se era bom, não sei, é tarde para saber.”,
os verbos destacados podem ser classificados como:

a) Verbo transitivo.
b) Verbo Intransitivo.
c) Verbo de ligação.
d) Verbo transitivo direto.
e) Verbo transitivo indireto.

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GABARITO
1. D
2. A
3. C
4. B
5. A
6. A
7. B
8. D
9. B
10. E
11. D
12. D
13. C
14. C
15. D
16. A
17. D
18. E
19. D
20. C

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QUESTÕES COMENTADAS
1. ANO: 2020 BANCA: Instituto UniFil ÓRGÃO: Prefeitura de São Carlos do Ivaí - PR
PROVA: Auxiliar Administrativo

Leia o texto para responder a questão.

Faturando R$ 105 milhões, menino de 8 anos é youtuber mais bem pago do mundo pelo 2º ano

Ryan, do canal Ryan's World (Mundo de Ryan), ganhou US$ 26 milhões (R$ 105 milhões,
na cotação atual) em 2019, acima dos US$ 22 milhões (R$ 89 milhões) que tinha ganho em
2018, de acordo com um ranking anual da revista Forbes, com base nos ganhos estimados
entre junho de 2018 e junho de 2019.
O canal, aberto em março de 2015, teve seu grande lançamento com um vídeo em que Ryan
abriu mais de 100 brinquedos escondidos em ovos-surpresa de plástico. O vídeo teve mais
de 800 milhões de visualizações.
As contas do YouTube Dude Perfect e Nastya ficaram em segundo e terceiro lugares, com
US$ 20 milhões (R$ 81 milhões) e US$ 18 milhões (R$ 73 milhões), respectivamente.
No total, segundo o ranking, os 10 youtubers mais bem pagos de 2019 ganharam US$ 162
milhões (R$ 658 milhões).
O canal Dude Perfect apresenta cinco amigos com 30 anos brincando com brinquedos,
como armas Nerf. Já o perfil Nastya mostra vídeos de Anastasia Radzinskaya, que nasceu no
sul da Rússia, e tem paralisia cerebral.
A conta de Jeffree Star tem dezenas de vídeos de tutoriais de maquiagem.
[...]
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-50845141.

Analise: “O vídeo teve mais de 800 milhões de visualizações.” E assinale a alternativa


incorreta.

a) O verbo vem do verbo “ter”.


b) O verbo está no singular.
c) O verbo pode ser substituído por “conquistou”.
d) O verbo está no Pretérito Imperfeito.

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GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
O verbo “teve” é a conjugação para o pretérito perfeito do modo indicativo do verbo “ter” e
está indicando a 3ª pessoa do singular.
SOLUÇÃO COMPLETA
Verbo é uma das dez classes gramaticais e consiste no grupo de palavras que possibilitam a
estruturação do pensamento. Os verbos sofrem inúmeras flexões: número (singular/plural),
pessoa (primeira, segunda e terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo
(presente, pretérito e futuro) e voz (ativa, passiva e reflexiva), sendo caracterizados por
essas flexões. Os verbos indicam ação, estado, fenômeno, ocorrência, desejo, dentre outras
possibilidades e é a partir do verbo que as funções das demais palavras na sentença podem
ser atribuídas. Assim:
a) O verbo vem do verbo “ter”.
Correta. O verbo conjugado “teve” está conjugado no pretérito perfeito do modo indicativo e
origina-se do verbo “ter”.
b) O verbo está no singular.
Correta. O verbo “teve” indica a 3ª pessoa do singular (ele/ela). Mas na língua coloquial, pode
indicar, também, a 2ª pessoa do singular (você).

c) O verbo pode ser substituído por “conquistou”.


Correta. O verbo “conquistar” significa “adquirir por conquista”, “dominar”, “alcançar”,
podendo substituir o verbo “teve” na sentença e mantendo o sentido parecido.
d) O verbo está no Pretérito Imperfeito.
Incorreta. O verbo está no pretérito perfeito.

2. ANO: 2020 BANCA: Instituto UniFil ÓRGÃO: Prefeitura de São Carlos do Ivaí - PR
PROVA: Auxiliar Administrativo

Emprego dos sonhos? Brasileiros sonham em ficar longe do escritório

Por Luísa Granato

Você já se pegou pensando no meio do expediente que poderia realizar aquele mesmo
trabalho no conforto de casa? Para 49% dos brasileiros empregados, cumprir o expediente
longe do escritório é o maior desejo.

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É o que diz a pesquisa Alelo Hábitos do Trabalho, realizada pelo Ipsos, que ouviu 1.518
pessoas com trabalho registrado nas 12 principais regiões do país, além de 468
desempregadas e 347 autônomas.
Nos dois últimos grupos, o trabalho remoto é valorizado por 55% dos respondentes. A
pesquisa apresenta margem de erro de 2 pontos percentuais.
Para os empregados, o trabalho remoto é a tendência principal. Em seguida, 10% dos
entrevistados apontaram que gostam de espaços de trabalho compartilhados, o chamado
“coworking”. Em terceiro lugar, com 7%, aparece o modelo de ambiente de trabalho focado
apenas nos resultados.
Em 6% das respostas, os profissionais citaram as tendências de trazer seu próprio
dispositivo eletrônico e também estruturas sem hierarquia.
Quando se trata de escritórios, a maioria (97) dos empregados acredita que novos
ambientes de trabalho são positivos por conferirem maior conforto, qualidade de vida e
produtividade.
No entanto, apenas 35% dos entrevistados disseram que trabalham em empresas que
adotam tendências do mercado. Em primeiro lugar, 42% podem desfrutar de espaços com
pufes e sofás para descanso. Depois, 36% afirmaram que podem se vestir casualmente.
Disponível em https://exame.abril.com.br/carreira/emprego-dos-sonhos-brasileiros-sonham-em-
ficar-longe-do-escritorio/

O verbo principal do título está conjugado em

a) 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo.


b) 3ª pessoa do plural do Presente do Subjuntivo.
c) 3ª pessoa do plural do Presente do Imperativo.
d) 3ª pessoa do plural do Futuro do Pretérito.

GABARITO LETRA A
SOLUÇÃO RÁPIDA
O verbo principal do título está conjugado em 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Uma forma verbal apresenta os seguintes elementos estruturais:
a) Radical: parte invariável; expressa o significado essencial do verbo.
b) Tema: radical + vogal temática; indica a conjugação à qual o verbo pertence:
1ª - vogal temática A - (cantar)

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2ª - vogal temática E - (correr)


3ª - vogal temática I - (sorrir)
c) Desinência modo-temporal: elemento que designa o tempo e o modo do verbo.
Os tempos verbais indicam o momento de ocorrência da ação, estado ou fenômeno expresso
pelo verbo, podendo ser:
1) Presente: indica o momento atual, além de ações/estados/fenômenos regulares ou
situações permanentes;
2) Passado (Pretérito): indica momentos decorridos ou acabados;
3) Futuro: indica acontecimentos que ainda vão ser realizados.
Quanto aos modos verbais, existem:
1) Indicativo.
2) Subjuntivo.
3) Imperativo.
Os tempos do modo indicativo são: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito,
pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.
d) Desinência número-pessoal: elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o
número (singular ou plural).

3. ANO: 2019 BANCA: OBJETIVA ÓRGÃO: Prefeitura de Faxinalzinho - RS PROVA:


Psicólogo

Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:


Quando ele __________ uma solução adequada para o problema, todos ficaremos satisfeitos.

a) propor
b) propordes
c) propuser
d) propuseres

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GABARITO LETRA C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Quando ele propuser uma solução adequada para o problema, todos ficaremos satisfeitos.
SOLUÇÃO COMPLETA
O verbo “propor” está conjugado na 3ª pessoa do singular (ele/ela) do tempo futuro do modo
subjuntivo, exprimindo uma ação que irá se realizar dependendo de outra ação futura.

4. ANO: 2019 BANCA: FUNDATEC ÓRGÃO: IF Farroupilha - RS PROVA: Assistente Social

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A forma verbal “podíamos” (l. 34) está devidamente conjugada na primeira pessoa do plural do:

a) Pretérito perfeito do modo indicativo.


b) Pretérito imperfeito do modo indicativo.
c) Pretérito mais que perfeito do modo indicativo.
d) Futuro do pretérito do modo indicativo.
e) Pretérito imperfeito do modo subjuntivo.

GABARITO LETRA B
SOLUÇÃO RÁPIDA
A forma verbal “podíamos” está devidamente conjugada na primeira pessoa do plural do
pretérito imperfeito do modo indicativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
O verbo “poder” está conjugado na 1ª pessoa do plural (nós) do temo pretérito imperfeito
do modo indicativo, exprimindo uma ação anterior ao presente, mas ainda não concluída.

5. ANO: 2020 BANCA: IBADE ÓRGÃO: Câmara de São Felipe D'Oeste - RO PROVA: Advogado

Vidinha

Vidinha era uma rapariga que tinha tanto de bonita como de movediça e leve; um
soprozinho, por brando que fosse, a fazia voar, outro de igual natureza a fazia revoar, e voava
e revoava na direção de quantos sopros por ela passassem; isto quer dizer, em linguagem
chã e despida dos trejeitos da retórica, que ela era uma formidável namoradeira, como hoje
se diz, para não dizer lambeta, como se dizia naquele tempo.
Portanto não foram de modo algum mal recebidas as primeiras finezas do Leonardo, que
desta vez se tornou muito mais desembaraçado, quer porque já o negócio com Luisinha o
tivesse desasnado, quer porque agora fosse a paixão mais forte, embora esta última hipótese
vá de encontro à opinião dos ultrarromânticos, que põem todos os bofes pela boca pelo tal
primeiro amor: no exemplo que nos dá o Leonardo aprendam o quanto ele tem de
duradouro.
Se um dos primos de Vidinha, que dissemos ser o atendido naquela ocasião, teve motivos
para levantar-se contra o Leonardo como seu rival, o outro primo, que dissemos ser o
desatendido, teve dobrada razão para isso, porque além do irmão apresentava-se o Leonardo
como segundo concorrente, e o furor de quem se defende contra dois é, ou deve ser sem
dúvida, muito maior do que o de quem se defende contra um.

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Declarou-se, portanto, desde que começaram a aparecer os sintomas do quer que fosse
entre Vidinha e o nosso hóspede, guerra de dois contra um, ou de um contra dois. A princípio
foi ela surda e muda; era guerra de olhares, de gestos, de desfeitas, de más caras, de maus
modos de uns para com os outros; depois, seguindo o adiantamento do Leonardo, passou a
dictérios, a chasques, a remoques.
Um dia finalmente desandou em descompostura cerrada, em ameaças do tamanho da
Torre de Babel, e foi causa disto ter um dos primos pilhado o feliz Leonardo em flagrante
gozo de uma primícia amorosa, um abraço que no quintal trocava ele com Vidinha.
(ALMEIDA, M. Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. São Paulo: Editora FTD, 1996, p. 123.)

“que põem todos os bofes pela boca pelo tal primeiro amor” (2º §)
O verbo “pôr” e seus derivados (dispor, contrapor, antepor etc.) estão entre os verbos da
língua portuguesa cuja flexão se faz por padrão especial com inúmeras irregularidades.
Considerando essa característica, pode-se afirmar que HÁ ERRO de flexão na frase:

a) se o primo se dispor a conquistar a moça, haverá de conseguir.


b) tu te antepuseste aos interesses da maioria dos pretendentes.
c) ninguém se propunha a desrespeitar o pai da menina.
d) o primo sobrepusera o seu interesse pela moça acima de tudo.
e) caso compusesses um poema, tu conquistarias a moça.

GABARITO LETRA A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Há erro de flexão na frase “se o primo se dispor a conquistar a moça, haverá de conseguir”,
sendo o correto “se o primo dispuser a conquistar a moça (...)”.
SOLUÇÃO COMPLETA
O verbo “pôr” é um verbo irregular, pois apresenta alterações no seu radical quando conjugado.
O derivado “dispor” também é um verbo irregular e no exemplo acima deveria estar conjugado
no modo subjuntivo, uma vez que a sentença apresenta fato incerta, imprecisa, duvidosa, como
percebemos pela presença da conjunção subordinativa condicional “se”. O modo verbal
subjuntivo exige a presença de outros verbos nas orações (conquistar). O correto seria “se o
primo se dispuser”, conforme o modelo abaixo da conjugação do verbo “pôr”:
se eu puser
se tu puseres
se ele puser
se nós pusermos
se vós puserdes
se eles puserem

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6. ANO: 2019 BANCA: GUALIMP ÓRGÃO: Prefeitura de Vila Valério - ES PROVA: Psicólogo

Leia atentamente o texto para responder a questão.

Viagem no tempo

Falávamos sobre viagens e seus modernos confortos quando alguém se lembrou do tempo
em que os viajantes levavam toalha e sabonete na mala. Não faz tanto tempo assim. Uma
sobrinha, ____ poucos anos, chegou a minha casa com toalha de banho e caixinha de sabonete
na mala. “Coisa da minha mãe”, explicou constrangida, sinal de que a mãe dela, que tem
menos de 60 anos, levava toalha e sabonete quando viajava. Hotéis e hospedarias eram
precários, tirando os melhores das capitais; e, ao pousar na casa de alguém, evitava-se “dar
trabalho”.
Lembram-se do quebra-vento nos carros? Coisa anterior à difusão do ar-condicionado,
pouco antes de o presidente Collor dizer que os automóveis brasileiros eram umas carroças.
O quebra-vento era um vidro giratório colocado ____ frente das janelas dianteiras; quebrava
o vento que entrava quando os vidros das portas estavam abaixados, ou permitia que o ar
entrasse quando a janela estivesse fechada. Girando-o todo, direcionava-se o vento para
dentro, ___ fim de refrescar a pessoa acalorada. Até ____ pouco tempo, no Nordeste, carro sem
quebra-vento encalhava.
Carros não tinham luz piscante para o motorista indicar que ia entrar ___ esquerda ou ___
direita, nem luz de freio. Todos os sinais eram feitos pelo motorista com o braço esquerdo
para fora do carro. Sinal de parar: mão espalmada para trás, baixa; sinal para entrar ___
esquerda: braço reto estendido; entrar ___ direita, braço alto dobrado para a direita. Quase
não havia sinais luminosos de trânsito, o guarda apitava em códigos obrigatoriamente
conhecidos.
Ah, meninos, as fotos que se tiravam não se viam no mesmo instante, como agora. Só dias
mais tarde, após reveladas e copiadas em laboratório. Depois veio a grande novidade das
cópias em 24 horas, em duas horas, em uma hora e na hora. A fotografia popularizou-se. Com
as câmeras nos telefones celulares, os fotógrafos amadores tornaram-se bilhões.
Calculadora? Era a tabuada, que os estudantes sabiam de cor, e baseados nela faziam
contas complicadíssimas das quatro operações, na ponta do lápis. Nos escritórios, e só lá,
havia as famosas máquinas de calcular manuais Facit, que tinham um teclado de algarismos
e uma manivela que os craques do cálculo viravam para a frente e para trás, produzindo
exatidões mostradas em um pequeno visor. Não demorou e vieram as elétricas, as
eletrônicas digitais...
Máquinas de escrever ainda se veem em delegacias e cartórios do interior. Num hospital
da Zona Leste, um amigo me chamou: “Quer ver um flashback?”. E me levou a uma
recepcionista de um dos consultórios, que datilografava impávida os dados dos clientes. Nas
redações de jornais e revistas, com suas dezenas de máquinas de escrever batucando ao
mesmo tempo, o encerramento de uma edição era uma zoeira. O alívio veio com o silêncio
dos computadores.

MUDE SUA VIDA!


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Cartão amarelo, cartão vermelho? No futebol do tempo do beque e do centeralfe, cartão


era o dedo do juiz, primeiro apontando o nariz do abusado, depois apontando o olho da rua.
Os cartões derrotaram o dedo em riste porque são mais civilizados, impessoais e fáceis de
entender em qualquer língua. Você pensa que eram coisas da juventude do seu avô, ou do
seu bisavô, mas não, são do tempo do seu pai. Um tempo em que as crianças tinham bons
modos, obedeciam até ___ olhares, não abriam a geladeira dos outros, contentavam-se em
ganhar apenas três presentes por ano, nas ocasiões propícias, e eram felizes. O ritmo está
cada vez mais rápido.
Ivan Ângelo (com adaptações)

Os verbos destacados nas passagens abaixo são regulares, EXCETO em:

a) “...as fotos que se tiravam não se viam no mesmo instante...”


b) “...os vidros das portas estavam abaixados, ou permitia que o ar...”
c) “Falávamos sobre viagens e seus modernos confortos...”
d) “Não demorou e vieram as elétricas...”

GABARITO LETRA A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Os verbos destacados nas passagens abaixo são regulares, exceto em: “...as fotos que se
tiravam não se viam no mesmo instante...”
SOLUÇÃO COMPLETA
Do ponto de vista estrutural, os verbos são formados, dentre outros elementos, pelo radical,
que é sua parte invariável, aquela que expressa o significado essencial do verbo. Os verbos
regulares mantêm o radical durante a conjugação; já os verbos irregulares não, ou seja, nos
verbos irregulares o radical varia e as desinências não seguem uma mesma estrutura básica.
Na frase, “...as fotos que se tiravam não se viam no mesmo instante...”, o verbo “ver” é
um verbo irregular, pois apresenta alterações em seu radical e em suas terminações.

MUDE SUA VIDA!


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7. ANO: 2018 BANCA: UFAC ÓRGÃO: UFAC PROVA: Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais

Quanto aos verbos, assinale a alternativa CORRETA que contém apenas verbos regulares:

a) amar — ser — estar — cantar — haver


b) amar — pensar — amparar — louvar
c) medir — fazer — ser — caber — dizer
d) dar — trazer — nadar — levar
e) querer — pedir — ouvir — pular

GABARITO LETRA B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Os verbos “amar – pensar - amparar - louvar" são todos verbos regulares, ou seja, seguem
um modelo fixo quando conjugados, em que o radical e as desinências não são alterados.
SOLUÇÃO COMPLETA
Não são verbos regulares aqueles destacados:
a) amar — ser — estar — cantar — haver
c) medir — fazer — ser — caber — dizer
d) dar — trazer — nadar — levar
e) querer — pedir — ouvir — pular

8. ANO: 2019 BANCA: FEPESE ÓRGÃO: Prefeitura de Águas de Chapecó - SC PROVA:


Médico

Leia o texto

Aula de português

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

MUDE SUA VIDA!


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A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe-se lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é que sabe,


E vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas
Atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,


em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade

Considere o seguinte verso, extraído do poema:


“Já esqueci a língua em que comia”.
Analise as afirmativas feitas sobre ele.
1. Os dois verbos da frase pertencem à segunda conjugação e estão no pretérito perfeito e
imperfeito, respectivamente. 2. Se o verbo “esquecer” fosse pronominal (esquecer-se), ao seu
complemento “a língua” deveria ser acrescentada uma preposição (de = da língua). 3. Há na
frase dois artigos definidos. 4. As palavras “Góis” e “língua” são acentuadas pela mesma regra.
5. As palavras conectoras “em que” podem ser substituídas por “na qual” e o sentido não se
altera, pois “que” é pronome relativo e permite essa substituição.

MUDE SUA VIDA!


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Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 4 e 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.

GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Em “já esqueci a língua em que comia”, os verbos estão no tempo pretérito perfeito e
imperfeito do modo indicativo, respectivamente; poderia aparecer na forma pronominal
com o acréscimo da preposição “de”; há apenas um artigo definido [a]; as regras de
acentuação de “Góis” e “língua” são distintas e; “em que” poderia ser substituído pelo
pronome “na qual”.
SOLUÇÃO COMPLETA
1. Os dois verbos da frase pertencem à segunda conjugação e estão no pretérito perfeito e
imperfeito, respectivamente.
Correta. Os verbos “esquecer” e “comer” pertencem à segunda conjugação (verbos
terminados em -E e estão conjugados no tempo pretérito perfeito (ação já concluída no
passado) e imperfeito (ação no passado ainda não concluída), respectivamente.
2. Se o verbo “esquecer” fosse pronominal (esquecer-se), ao seu complemento “a língua”
deveria ser acrescentada uma preposição (de = da língua).
Correta. Os chamados verbos pronominais são aqueles conjugados juntamente com um
pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, se). O verbo “esquecer” integra o conjunto de
verbos usados tanto na forma pronominal como na forma simples e receberia uma
preposição “de” em sua conjugação pronominal.
3. Há na frase dois artigos definidos.
Incorreta. Há apenas um artigo definido “a” acompanhando o substantivo “língua”.
4. As palavras “Góis” e “língua” são acentuadas pela mesma regra.
Incorreta. As regras de acentuação são distintas: “Góis” é uma palavra monossilábica tônica,
portanto acentuada; já “língua” é acentuada por ser uma paroxítona terminada em ditongo.
5. As palavras conectoras “em que” podem ser substituídas por “na qual” e o sentido não se
altera, pois “que” é pronome relativo e permite essa substituição.
Correta. O pronome relativo "em que" pode ser substituído pela forma “na qual [em + a
qual]”, desde que siga o gênero da palavra referida.

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9. ANO: 2019 BANCA: FUNDATEC ÓRGÃO: Prefeitura de Ibiaçá - RS PROVA: Professor

Sabe-se que “medeia” (l. 36) corresponde à conjugação da terceira pessoa do singular do
presente do indicativo do verbo “mediar”. Trata-se de um verbo irregular terminado em
“iar”. Assinale a alternativa que apresenta um verbo com a mesma terminação e cuja
conjugação é semelhante à do verbo “mediar”.

a) Copiar.
b) Odiar.
c) Agraciar.
d) Angariar.
e) Historiar.

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GABARITO LETRA B
SOLUÇÃO RÁPIDA
O verbo “odiar” apresenta a terminação -IAR e a sua conjugação na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo corresponde a “odeia”.
SOLUÇÃO COMPLETA
Segue a conjugação do verbo ODIAR e do verbo MEDIAR do presente do indicativo:
eu odeio eu medeio
tu odeias tu medeias
ele odeia ele medeia
nós odiamos nós mediamos
vós odiais vós mediais
eles odeiam eles medeiam

10. ANO: 2020 BANCA: INSTITUTO AOCP ÓRGÃO: Prefeitura de Betim - MG PROVA:
Auditor Fiscal de Tributos Municipais

Fonte: Adaptado de:


http://1.bp.blogspot.com/oSNjvAa_uZE/TgIuBsIiMXI/AAAAAAAAAN0/R208RGfxPoQ/s1600/as%2Bcobras
%2B11.jpg. Acesso em: 19 jan. 2020.

A partir da análise do trecho “Nossa condição não é tão angustiante assim...”, do Texto 2,
analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I. Emprega-se um verbo de ligação.


II. O verbo empregado é irregular.
III. O verbo está conjugado na terceira pessoa do singular e o tempo é o presente do
indicativo.

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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

GABARITO LETRA E
SOLUÇÃO RÁPIDA
Na sentença “nossa condição não é tão angustiante assim...”, emprega-se um verbo de
ligação [é], que é um verbo irregular, e está conjugado na 3ª pessoa do singular do
presente do indicativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
I. Emprega-se um verbo de ligação.
Correta. Os verbos de ligação (chamados, também, de copulativos) expressam estado, ligam
características ao sujeito da sentença e estabelecem relações entre o sujeito. São verbos de
ligação: ser, viver, estar, andar, achar, encontrar, continuar, permanecer, dentre outros.
II. O verbo empregado é irregular.
O verbo “ser” sofre alterações no seu radical, por isso, ele é classificado como verbo irregular
anômalo, devido às alterações serem profundas:
PRESENTE PASSADO FUTURO
(eu) sou (eu) era (eu) fui
(tu) és (tu) eras (tu) foste
(ele) é (ele) era (ele) foi
(nós) somos (nós) éramos (nós) fomos
(vós) sois (vós) éreis (vós) fostes
(eles) são (eles) eram (eles) foram
III. O verbo está conjugado na terceira pessoa do singular e o tempo é o presente do
indicativo.
Correta. Os verbos sofrem flexões na desinência modo-temporal (é o elemento que designa
o tempo – passado, presente e futuro – e o modo do verbo – modo indicativo, subjuntivo e
imperativo) e na desinência número-pessoal (é o elemento que designa a pessoa do discurso
1ª, 2ª ou 3ª – e o número – singular ou plural).

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11. ANO: 2019 BANCA: CETREDE ÓRGÃO: Prefeitura de São Gonçalo do Amarante - CE
PROVA: Professor de Educação Especial

O verbo colorir, segundo a norma padrão, é um verbo defectivo assim como todos os outros
relacionados nas alternativas a seguir. Marque a alternativa INCORRETA.

a) Precaver-se.
b) Reaver.
c) Remir.
d) Caber.
e) Florir.

GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
O verbo “caber” é um verbo irregular e, embora apresente alterações no seu radical, é
conjugado em todas as pessoas.
SOLUÇÃO COMPLETA
Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em certas pessoas, tempos ou modos,
ou seja, não têm conjugação completa. Os verbos defectivos podem ser: impessoais, b)
unipessoais e c) pessoais:
a) Os verbos defectivos impessoais não têm sujeito e manifestam fenômenos naturais. O verbo
haver (no sentido de existir) e o verbo fazer (no sentido de tempo decorrido) são verbos
impessoais.
b) Os verbos defectivos unipessoais indicam vozes dos animais e são, normalmente, conjugados
na 3.ª pessoa do singular e do plural.
c) Os verbos defectivos pessoais são verbos que, ao contrário dos impessoais, têm sujeito, mas
não são conjugados em todas as formas.
No caso do emprego dos verbos defectivos, devemos substituí-lo por um verbo sinônimo ou,
então, construir uma nova frase, realizando outras formas nominais, por exemplo: “Eu vou
colorir este desenho”, pois não há conjugação do verbo colorir na 1ª pessoa do singular do
presente do indicativo:
Eu --------- ------------ ----------- -------- ---------
Tu colores ------------ ----------- -------- ---------
Ele colore ------------ ----------- -------- ---------
Nós colorimos precavemos reavemos remimos florimos
Vós coloris precaveis reaveis remis floris
Eles colorem ------------ ------------ ---------- ---------

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12. ANO: 2016 BANCA: CETAP ÓRGÃO: Prefeitura de São Miguel do Guamá - PA PROVA:
Professor de Educação Infantil

Ética de princípios.
Rubem Alves

AS DUAS ÉTICAS: a ética que brota da contemplação das estrelas perfeitas, imutáveis e
mortas, a que os filósofos dão o nome de ética de princípios, e a ética que brota da
contemplação dos jardins imperfeitos e mutáveis, mas vivos - a que os filósofos dão o nome
de ética contextual.
Os jardineiros não olham para as estrelas. Eles nada sabem sobre os estrelas que alguns
dizem já ter visto por revelação dos deuses. Como os homens comuns não veem essas
estrelas, eles têm de acreditar na palavra dos que dizem já as ter visto longe, muito longe ...
Os jardineiros só acreditam no que os seus olhos veem. Pensam a partir da experiência:
pegam a terra com as mãos e a cheiram...
Vou aplicar a metáfora a uma situação concreta. A mulher está com câncer em estado
avançado. É certo que ela morrerá. Ela suspeita disso e tem medo. O médico vai visitá-la.
Olhando, do fundo do seu medo, no fundo dos olhos do médico ela pergunta: “Doutor, será
que eu escapo desta?”
Está configurada uma situação ética. Que é que o médico vai dizer? Se o médico for um
adepto da ética estrelar de princípios, a resposta será simples. Ele não terá que decidir ou
escolher. O princípio é claro: dizer a verdade sempre. A enferma perguntou. A resposta terá
de ser a verdade. E ele, então, responderá: “Não, a senhora não escapará desta. A senhora vai
morrer ...”. Respondeu segundo um princípio invariável para todas as situações.
A lealdade a um princípio o livra de um pensamento perturbador: o que a verdade irá
fazer com o corpo e a alma daquela mulher? O princípio, sendo absoluto, não leva em
consideração o potencial destruidor da verdade. Mas, se for um jardineiro, ele não se
lembrará de nenhum princípio. Ele só pensará nos olhos suplicantes daquela mulher.
Pensará que a sua palavra terá que produzir a bondade. E ele se perguntará: “Que palavra eu
posso dizer que, não sendo um engano - 'A senhora breve estará curada ...' -, cuidará da
mulher como se a palavra fosse um colo que acolhe uma criança?” E ele dirá: “Você me faz
essa pergunta porque você está com medo de morrer. Também tenho medo de morrer ...”.
Aí, então, os dois conversarão longamente - como se estivessem de mãos dadas ... - sobre a
morte que os dois haverão de enfrentar.
Com o sugeriu o apóstolo Paulo, a verdade está subordinada à bondade. Pela ética de
princípios, o uso da camisinha, a pesquisa das células-tronco, o aborto de fetos sem cérebro,
o divórcio, a eutanásia são questões resolvidas que não requerem decisões: os princípios
universais os proíbem. Mas a ética contextual nos obriga a fazer perguntas sobre o bem ou o
mal que uma ação irá criar. O uso da camisinha contribui para diminuir a incidência da Aids?
As pesquisas com células-tronco contribuem para trazer a cura para uma infinidade de
doenças? O aborto de um feto sem cérebro contribuirá para diminuir a dor de uma mulher?

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O divórcio contribuirá para que homens e mulheres possam recomeçar suas vidas afetivas?
A eutanásia pode ser o único caminho para libertar uma pessoa da dor que não a deixará?
Duas éticas. A única pergunta a se fazer é: “Qual delas está mais a serviço do amor?”

Em: “(...) são questões resolvidas que não requerem decisões:

(...)”, sobre a forma “requerem” é correto afirmar:

a) O verbo é defectivo de segunda conjugação.


b) O verbo é anômalo com radical “requer”.
c) O tema verbal é requera.
d) O verbo é irregular na 1ª pessoa do presente do indicativo.
e) O verbo é conjugado, em todas as formas, pelo verbo querer.

GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
Sobre a forma “requerem” é correto afirmar que o verbo é irregular na 1ª pessoa do
presente do indicativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Conjugação do verbo requerer do tempo presente do indicativo:
Eu requeiro
Tu requeres
Ele requer
Nós requeremos
Vós requereis
Eles requerem

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13. ANO: 2017 BANCA: CETAP ÓRGÃO: Prefeitura de Ourém - PA PROVA: Pedagogo

A Trump o que é de César

Há algumas semanas, um sujeito muito parecido com Donald Trump levou 33 punhaladas
no meio do Central Park, em Nova York. O sangue era cênico e os punhais eram falsos, mas o
furor causado pela encenação nada teve de figurativo. Entre 23 de maio e 18 de junho,
milhares de pessoas enfrentaram filas para assistir ao assassinato, enquanto outras tantas
campeavam a internet denunciando a peça como apologia do terror político. Nada mau,
repare-se, para um texto que anda entre nós há mais de 400 anos: o espetáculo em questão
é uma montagem de Júlio César, peça escrita por William Shakespeare em 1599. Nessa
adaptação, dirigida por Oskar Eustin, o personagem-título tinha uma cabeleireira desbotada
e usava terno azul, com gravata vermelha mais comprida que o aconselhável; sua esposa,
Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo. Um sósia presidencial encharcado de
sangue é visão que não poderia passar incólume em um país que já teve quatro presidentes
assassinados: após as primeiras sessões, patrocinadores cancelaram seu apoio, fãs do
presidente interromperam a peça aos gritos, e e-mails de ódio choveram sobre companhias
teatrais que nada tinham a ver com o assunto - exceto pelo fato de carregarem a palavra
"Shakespeare” no nome.
Trocar togas por ternos não é ideia nova. Orson Welles fez isso em 1973, no Mercury
Theater de Nova York; nessa célebre montagem, o ditador romano ganhou ares de Mussolini
e foi esfaqueado pelo próprio Welles, que interpretava Brutus. Nas décadas seguintes, outras
figuras modernas emprestaram trajes e trejeitos ao personagem: entre elas, Charles de
Gaulle, Fidel Castro e Nicolae Ceausescu. Atualizações como essas expandem, mas não
esgotam, o texto de Shakespeare - é muito difícil determinar, pela leitura da peça, se a
intenção do bardo era louvar, condenar ou apenas retratar, com imparcialidade, os feitos
sanguinolentos dos Idos de Março. Por conta dessa neutralidade filosófica, a tarefa de
identificar o protagonista da peça é famosamente complicada: há quem prefira Brutus; há
que escolha Marco Antônio ou até o velho Júlio.
O texto, como bom texto, não corrobora nem refuta: ele nos observa. Tragédias não são
panfletos, e obras que se exaurem em mensagens inequívocas dificilmente continuarão a
causar deleite e fúria quatro séculos após terem sido escritas. Em certo sentido, a boa
literatura é uma combinação bem-sucedida de exatidão e ambiguidade: se os versos de
Shakespeare ainda causam tamanho alvoroço, é porque desencadeiam interpretações
inesgotáveis e, às vezes, contraditórias, compelindo o sucessivo universo humano a se
espelhar em suas linhas. Ao adaptar a grande literatura do passado ao nosso tempo, também
nós nos adaptamos a ela: procuramos formas de comunicar o misterioso entusiasmo que
essas obras nos causam e projetamos o mundo, como o vemos em suas páginas.
Não, Shakespeare não precisa ter terno e gravata para ser atual - mas se o figurino cai
bem, por que não vesti-lo?
(Fonte: BOTELHO, José Francisco. Revista VEJA. Data: 18 de julho de 2017)

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Alguns verbos rigorosamente impessoais quando usados no sentido figurado sofrem


variações. Isso ocorre em:

a) “Há algumas semanas (...)”


b) “(...) milhares de pessoas enfrentaram filas (...)”
c) “(...) e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais (...)”
d) “(...) mas, se o figurino cai bem (...)"
e) "(...) sua esposa, Calpúrnia, falava com reconhecível sotaque eslavo."

GABARITO LETRA C
SOLUÇÃO RÁPIDA
Alguns verbos rigorosamente impessoais quando usados no sentido figurado sofrem
variações, como em “(...) e-mails de ódio choveram sobre companhias teatrais (...)”.
SOLUÇÃO COMPLETA
Verbos impessoais são aqueles que não têm sujeito e, geralmente, indicam fenômenos da
natureza. São invariáveis, exceto se estiverem no sentido figurado. No exemplo da frase, o
verbo "chover" é um verbo estritamente impessoal, mas quando utilizado no sentido
figurado, pode sofrer variações. Ex: choveram aplausos. Em “(...) e-mails de ódio choveram
sobre companhias teatrais (...)”, houve uso de sentido figurado (conotativo), com sentido de
que “houve muitos e-mails”, portanto, sofre flexão na desinência número-pessoal.

14. ANO: 2015 BANCA: Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ ÓRGÃO: Prefeitura do Rio de
Janeiro – RJ PROVA: Professor

Texto: Pescando na margem do rio

Era um homem muito velho, que cada manhã acordava certo de que aquela seria a última.
E porque seria a última, pegava o caniço, a latinha de iscas, e ia pescar na beira do rio. As
poucas pessoas que ainda se ocupavam dele reclamaram, a princípio. Que aquilo era
perigoso, que ficava muito só, que poderia ter um mal súbito. Depois, considerando que um
mal súbito seria solução para vários problemas, deixaram que fosse, e logo deixaram de
reparar quando ia. O velho entrou, assim, na categoria dos ausentes.
Ausente para os outros, continuava docemente presente para si mesmo.
Ia ao rio com a alma fresca como a manhã. Demorava um pouco para chegar porque seus
passos eram lentos, mas, não tendo pressa alguma, o caminho lhe era só prazer. Não havia
nada ali que não conhecesse, as pedras, as poças, as árvores, e até o sapo que saltava na poça

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e as aves que cantavam nos galhos, tudo lhe era familiar. E, embora a natureza não se
curvasse para cumprimentá-lo, sabia-se bem-vindo.
O dia escorria mais lento que a água. Quando algum peixe tinha a delicadeza de morder o
seu anzol, ele o limpava ali mesmo, cuidadoso, e o assava sobre um fogo de gravetos. Quando
nenhuma presença esticava a linha do caniço, comia o pão que havia trazido, molhado no rio
para não ferir as gengivas desguarnecidas.
À noite, em casa, ninguém lhe perguntava como havia sido o seu dia.
Fazia-se mais fraco, porém.
E chegou a manhã em que, debruçando-se sobre a água antes mesmo de prender a isca na
barbela afiada, viu faiscar um brilho novo. Apertou as pálpebras para ver melhor, não era um
peixe. Movido pela correnteza, um anzol bem maior do que o seu agitava-se, sem isca. Por
mais que se esforçasse, não conseguiu ver a linha, enxergava cada vez menos. Nem havia
qualquer pescador por perto.
O velho não descalçou as sandálias, as pedras da margem eram ásperas.
Entrou na água devagar, evitando escorregar. Não chegou a perceber o frio, o tempo das
percepções havia acabado. Alongou-se na água, mordeu o anzol que havia vindo por ele, e
deixou-se levar.
Marina Colasanti. In: Hora de Alimentar Serpentes. São Paulo: Global, 2013. Páginas 363 – 364.

“Não havia nada ali que não conhecesse.” O verbo em destaque, nesse contexto, é impessoal.
Também é impessoal o verbo da frase:

a) Subitamente a tarde escurece no inverno.


b) Naquele lugar existia uma ventania contínua.
c) De manhã cedo está fazendo muito frio.
d) Vinha amanhecendo o dia com a cantoria dos pássaros.

GABARITO LETRA C
SOLUÇÃO RÁPIDA
O verbo “fazer”, da frase “de manhã cedo está fazendo muito frio”, é impessoal, pois indica
fenômeno da natureza, não há sujeito e é conjugado na 3º pessoa do singular.
SOLUÇÃO COMPLETA
Verbos impessoais não têm sujeito e, geralmente, são conjugados na 3ª pessoa do singular.
São verbos impessoais: “haver”; “fazer”; e aqueles que indicam fenômenos da natureza ou
atmosféricos:
a) Subitamente a tarde escurece no inverno.

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Incorreta. Há sujeito simples [a tarde].


b) Naquele lugar existia uma ventania contínua.
Incorreta. Há sujeito simples [uma ventania].
c) De manhã cedo está fazendo muito frio.
Correta. O verbo indica um fenômeno da natureza e não há sujeito. A locução verbal "está
fazendo" é impessoal.
d) Vinha amanhecendo o dia com a cantoria dos pássaros.
Incorreta. Há sujeito simples [o dia].

15. ANO: 2015 BANCA: ITAME ÓRGÃO: Prefeitura de Inhumas - GO PROVA: Fiscal de Posturas

Óbito do autor

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se
poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja
começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adoptar diferente método: a
primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem
a campa foi outro berço; a segunda é que o escripto ficaria assim mais galante e mais novo.
Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical
entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta feira do mês de agosto de 1869, na
minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era
solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos.
Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia -- peneirava
-- uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles
fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéa no discurso que proferiu à beira de
minha cova: -- «Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a
natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que
tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que
cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as
mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.
Assis, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Abril Cultural, 1978. p. 15.

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Assinale a alternativa em que os verbos erigir – reaver – ir – ser – cerzir – cantar,


respectivamente, estão corretamente classificados quanto a flexão que apresentam quando
são conjugados.

a) Abundante – Anômalo – Anômalo – Defectivo – Irregular – Regular.


b) Abundante – Defectivo – Anômalo – Anômalo – Irregular – Regular.
c) Abundante – Anômalo – Anômalo – Irregular – Defectivo – Regular.
d) Anômalo – Abundante – Anômalo – Irregular – Defectivo – Regular.

GABARITO LETRA B
SOLUÇÃO RÁPIDA
Os verbos “erigir - reaver - ir - ser - cerzir – cantar" são, respectivamente, abundante –
defectivo – anômalo – anômalo – irregular – regular.
SOLUÇÃO COMPLETA
Os verbos da Língua Portuguesa são classificados em:
1) Regulares: são aqueles em que não há alteração no seu radical durante a conjugação.
2) Irregulares: são os verbos cujos radicais sofrem alteração durante a conjugação, ou cujas
terminações não seguem o modelo padrão da conjugação à qual pertencem.
3) Anômalos: verbos que apresentam mais de um radical ao serem conjugados (ser e ir).
4) Defectivos: não ocorrem em todas as flexões.
5) Abundantes: apresentam duas ou mais formas aceitas pela norma culta no particípio, uma
forma regular e uma irregular.

16. ANO: 2018 BANCA: VUNESP ÓRGÃO: Prefeitura de Guararapes - SP PROVA: Professor

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano


Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se

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E
- ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
- Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
- O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Mário Quintana. Nova antologia poética. 12. Ed. São Paulo: Globo, 2007

Passando-se a frase: “E em torno dela indagará o povo”, para o pretérito mais- que-perfeito
do indicativo, temos:

a) E em torno dela indagara o povo.


b) E em torno dela indaga o povo.
c) E em torno dela indagaria o povo.
d) E em torno dela indagou o povo.
e) E em torno dela indagava o povo.

GABARITO LETRA A
SOLUÇÃO RÁPIDA
Passando a frase “e em torno dela indagará o povo” para o pretérito mais-que-perfeito do
indicativo, temos: “e em torno dela indagara o povo”.
SOLUÇÃO COMPLETA
O pretérito mais-que-perfeito faz referência às ações passadas distantes (narrativas e histórias).
Também expressa uma ação anterior a outra já concluída: “quando entrei na escola, a professora
já iniciara a aula”. O pretérito mais-que-perfeito é construído a partir da 3° pessoa do plural do
pretérito perfeito do indicativo, do qual retira-se a terminação "-m" do verbo e colocam-se as
desinências de pessoa adequadas. É um tempo verbal já em desuso e, em seu lugar, as pessoas
têm preferido o uso do pretérito mais-que-perfeito composto: “quando entrei na escola a
professora já tinha iniciado a aula”. O pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo é
construído com o pretérito imperfeito do indicativo do verbo "ter" (auxiliar) mais o particípio
do verbo principal.

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17. ANO: 2019 BANCA: FUNDATEC ÓRGÃO: CREA-PR PROVA: Técnico de Eletromecânica

Considere as seguintes ocorrências do verbo haver e as afirmações que são feitas a seguir: 1.
Há uma gama de conhecimentos (l.11). 2. Por isso, há leituras que quando terminam deixam
saudade! (l. 21 e 22). 3. Há livros que dão vontade de morar dentro deles (l. 22). I. Em todas
as ocorrências, a substituição pelo verbo existir exige flexão no plural. II. Nas três situações,
o verbo haver é impessoal. III. Em 1, a substituição do verbo haver pelo existir NÃO implica
flexão de número. Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
O verbo “há” é impessoal (não tem sujeito) e é conjugado na 3ª pessoa do singular; já o verbo
“existir” é pessoal (tem sujeito) e sofre flexão de número.

SOLUÇÃO COMPLETA
I. Em todas as ocorrências, a substituição pelo verbo existir exige flexão no plural.
Incorreta. O verbo “existir” é pessoal (tem sujeito), logo, deve concordar com o sujeito em
número e pessoa. Na frase I. o sujeito está no singular, portanto, o verbo “existir” permanece
no singular.
II. Nas três situações, o verbo haver é impessoal.
Correta. O verbo haver é um verbo impessoal, portanto não tem sujeito e é geralmente
conjugado na 3° pessoa do singular.
III. Em 1, a substituição do verbo haver pelo existir NÃO implica flexão de número.
Correta. Uma vez que o verbo concorda com o sujeito “uma gama”, não sofre flexão para o
plural.

18. ANO: 2016 BANCA: Câmara de Mongaguá - SP ÓRGÃO: Câmara de Mongaguá - SP


PROVA: Procurador Jurídico

“Não ______ mais esperança de que ______ em tempo os papéis que ainda _______ assinar.”

a) havia, chegassem, faltava.


b) haviam, chegassem, faltava.
c) haviam, chegasse, faltavam.
d) havia, chegasse, faltavam.
e) havia, chegassem, faltavam.

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA E
SOLUÇÃO RÁPIDA
“Não havia mais esperança de que chegassem em tempo os papéis que ainda faltavam assinar.”

SOLUÇÃO COMPLETA
1) Verbo “haver” é impessoal, portanto, é sempre conjugado na 3ª pessoa do singular.
2) Nesta sentença, o verbo chegar é transitivo direto [objeto direto: os papéis], portanto,
deve concordar com o objeto em número [chegassem].
3) O verbo “faltar” é transitivo direto e também está concordando com o objeto direto [os
papéis], assim, deve concordar com o objeto em número [faltavam].

19. ANO: 2013 BANCA: TJ-PR ÓRGÃO: TJ-PR PROVA: Assistente Social

Assinale a alternativa em que a expressão em destaque NÃO reporta à ideia de futuro:

a) “Neuro é o nome da moeda que os moradores da Vila Pantanal terão à disposição para
empréstimo”. (linhas 1 e 2)
b) “(...) os moradores da Vila Pantanal terão à disposição para empréstimo a partir de abril,
quando entra em operação o primeiro banco comunitário do Paraná”. (linhas 1 e 2)
c) “Produtores de comidas podem passar a vender para os próprios vizinhos”. (linha 18)
d) "O principal entrave é a instalação de uma instituição financeira em uma região de alta
criminalidade”. (linhas 7 e 8).

MUDE SUA VIDA!


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GABARITO LETRA D
SOLUÇÃO RÁPIDA
A expressão “é a instalação” não reporta à ideia de futuro, pois o verbo de ligação “é” está
conjugado no presente do indicativo.
SOLUÇÃO COMPLETA
Os tempos compostos são tempos verbais (presente, passado e futuro) que são expressos
por mais do que uma palavra, exprimindo ideia de ação, estado, mudança de estado ou
fenômeno da natureza por meio da combinação de verbos. Os tempos compostos são
formados por locução verbal: verbos auxiliares “ter” e “haver” junto a um verbo principal no
particípio.

20. ANO: 2019 BANCA: Dédalus Concursos ÓRGÃO: SAAE-SP PROVA: Assistente Administrativo

A questão diz respeito ao trecho do poema Morte do leiteiro de Carlos Drummond de


Andrade, importante poeta brasileiro. Leia-o atentamente antes de respondê-la.

"Mas este acordou em pânico


(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber."

MUDE SUA VIDA!


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No trecho “Se era noivo, se era virgem, se era alegre, se era bom, não sei, é tarde para saber.”,
os verbos destacados podem ser classificados como:

a) Verbo transitivo.
b) Verbo Intransitivo.
c) Verbo de ligação.
d) Verbo transitivo direto.
e) Verbo transitivo indireto.

GABARITO LETRA C
SOLUÇÃO RÁPIDA
No trecho “Se era noivo, se era virgem, se era alegre, se era bom, não sei, é tarde para saber.”,
os verbos destacados podem ser classificados como verbo de ligação.
SOLUÇÃO COMPLETA
Tipos de verbos:
1) Verbo auxiliar: nos tempos compostos é anteposto ao verbo principal e exprime pessoa,
número, tempo e modo.
2) Verbo de ligação: o verbo que não indica ação, mas estado, qualidade ou condição do
sujeito.
3) Verbo depoente: o verbo que, embora apresente a forma passiva, não exprime passividade
(incluem-se os verbos de movimento).
4) Verbo Intransitivo: verbo cuja predicação expressa uma ideia completa e que não exige
complemento.
5) Verbo irregular: sofre alterações na sua forma básica em determinadas flexões, com
desvios no radical, na vogal temática ou nas desinências.
6) Verbo iterativo: termo que designa o aspecto do verbo que exprime anterioridade ou ação
repetida/frequente.
7) Verbo Transitivo: o verbo que não tem sentido completo e precisa de um complemento.
7.1) Verbo Transitivo Direto: o verbo que tem o sentido completado por um objeto
direto.
7.2) Verbo Transitivo Indireto: o verbo que tem o sentido completado por um objeto
indireto.

MUDE SUA VIDA!


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