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Alguns outros povos, no entanto, como os gregos, não viam a matemática desta forma pratica
e imediatista, eles tomaram a matemática como um desafio a ser compreendido e
desvendado.
A visão da matemática como sistema de símbolos que desempenham papeis bem definidos
sem preocupação com a interpretação promoveu um ambiente no qual grande parte da
população não conseguiu em tempo hábil se apropriar destes símbolos, criando assim uma
minoria capaz. Isto alimentou o mito da “matemática para poucos” levando a matemática a ser
vista como algo abstrato destinada a ser trabalhada apenas por “indivíduos com talento e
capacidades inatas”.
Lorenzato (1995) aponta duas evidências como possíveis causas para a omissão geométrica.
Seriam elas:
Nós estamos constantemente inseridos no meio das formas geométricas, sendo assim o ensino
da geometria baseado apenas em formulas e definições, e que ignora o lado físico da
geometria há de ser questionado.
Uma forma mais efetiva de ensino de geometria seria incentivar que os alunos sintam, vejam,
observem, deduzam, validem e sistematizem a geometria presente à sua volta. A geometria
exige do aprendiz uma maneira específica de raciocinar, uma maneira de explorar e descobrir.
Não é suficiente conhecer bem a aritmética, álgebra ou análise para conseguir resolver
situações-problema em geometria.
No modelo proposto por Van Hiele, prevê-se uma hierarquia, uma progressão de níveis no
desenvolvimento:
1o) Reconhecimento;
2o) Análise;
3o) Abstração;
4o) Dedução;
5o) Rigor
É sugerido aos docentes tomarem ações que promovam a progressão do aluno de um nível a
outro, sendo elas: interrogação/informação; orientação dirigida; explicação; orientação livre e
integração.
No ensino da geometria dois enfoques devem ser considerados: o da geometria como ciência
do espaço e o da geometria como estrutura lógica.
As atividades propostas no ensino da geometria devem possibilitar ao aluno imaginar,
explorar, criar, levantar hipóteses e argumentar, levando os aprendizes a vivenciarem a
construção dos conceitos de geometria.
Trata-se de fornecer aos alunos um conjunto de situações didáticas variadas em que ele terá a
oportunidade de “dialogar” com o saber geométrico em diferentes representações e, a partir
daí, com o auxílio da visualização, elaborar diferentes representações mentais.
No contexto escolar, o desenho é utilizado em várias disciplinas, mas em geometria seu uso é
mais efetivo. Ele ilustra noções abstratas e gerais, funcionando como “signo” auxiliar na
compreensão dos objetos.