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INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
Para a confecção deste trabalho, foram utilizados métodos analíticos, por meio do uso de equações já
conhecidas na literatura, e simulações feitas no software Maxwell. Para abrir discussões e debates, foi
necessário um estudo sobre princípios do eletromagnetismo, dado que os efeitos discutidos neste trabalho
são profundamente difundidos no tema.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao ser percorrido por uma corrente alternada, os condutores produzem um campo magnético
variável em sua volta, cuja orientação é dada pela regra da mão direita. Este campo, quando considerado
seus efeitos no interior do próprio condutor, gera uma corrente parasita, que faz com que a corrente
alternada no condutor passe pela periferia do mesmo. Quando mais intenso for o campo magnético, mais
elevadas serão as correntes parasitas, deslocando mais a corrente do condutor para sua periferia.
A profundidade de penetração pelicular “d”, determina o ponto onde a corrente é apenas 37%
(SHORES, 2016) daquela na superfície do condutor, dada pela equação (1):
2
d (1)
Onde “ω” é a frequência angular da corrente, “μ” a permeabilidade magnética do material e “ρ” é a
resistividade do material.
Observando a equação (1) é possível notar que, quanto maior frequência e permeabilidade
magnética, maior será o Efeito Pelicular. Também é possível observar que, materiais mais condutores (“ρ”
baixo) possuem Efeito Pelicular mais intenso. Para visualizar essas características, foram realizadas
simulações no software Maxwell utilizando solução em elementos finitos, figura 1. O condutor simulado tem
raio de r = 0,1 cm e é excitado por uma corrente de I = 1 A.
Cobre 60 Hz Cobre 100 kHz Alumínio 60 Hz Alumínio 100 kHz
JAtPhase [A_per_m2]
JAtPhase [A_per_m2]
JAtPhase
JAtPhase [A_per_m2]
318455.50 5.00E+005
318455.50
318455.00 4.75E+005 318455.25 3.75E+005
318454.50 318455.00 2.50E+005
2.75E+005
318454.00
318454.75 1.25E+005
318453.50 7.50E+004
318453.00 318454.50 0.00E+000
r = 0,71 mm r = 0,58 mm
I = 0,5 A/cond I = 0,33 A/cond
(a) Densidade de carga em dois condutores (b) Densidade de carga em três condutores
Figura 2 – Simulação densidade de carga em dois e três condutores
Observe que, já que ambos os condutores foram excitados por corrente positiva, as densidades de
corrente são maiores nas bordas mais distantes. Se alguma das excitações possuísse uma orientação
contrária, isto é, sinal negativo, as maiores densidades de corrente seriam nas bordas mais próximas.
No segundo método, o condutor é substituído por um de maior bitola, onde a resistência elétrica do
novo condutor, considerando apenas a área efetiva de condução, é igual à resistência a corrente contínua
do condutor original. O raio do novo condutor é obtido através da equação (1).
2
rdc d2
rac (1)
2d
Usando novamente o software Maxwell, foram calculadas as perdas ôhmicas em alguns modelos
apresentados acima. Para o condutor de cobre de r = 0,1 cm, a 100 kHz, as perdas foram de 7,30 mW/m.
Para este mesmo condutor, em corrente contínua, as perdas são de 2,74 mW/m. Para manter as perdas no
mesmo valor, porem a uma frequência de 100 kHz, o novo condutor deve ter r = 0,25 cm, dado a equação
(2). As perdas para os dois e três condutores simulados na Figura 2, foram respectivamente: 6,90 mW/m e
7,13 mW/m.
CONCLUSÕES
Como visto, é possível amenizar as perdas decorrentes do efeito pelicular com dois métodos,
dividindo os condutores, ou aumentando a bitola do mesmo, a fim de diminuir sua resistência. Se usado o
primeiro método, os custos decorrentes do uso de material serão os mesmos, porém as perdas diminuíram
apenas 5,48%, usando dois condutores. No segundo método, as perdas foram 62,46% menores, porém a
área da seção transversal do condutor foi 624,99% maior que a área do condutor original. Portanto, para o
emprego de um dos dois métodos, as necessidades do projeto devem ser avaliadas.
REFERÊNCIAS