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CONCEITO:
É o meio privado e alternativo de solução de conflitos decorrentes de direitos
patrimoniais disponíveis através do árbitro, normalmente um especialista na
matéria controvertida, que apresentará uma sentença arbitral.
Direitos do Consumidor:
Em regra, é nula a cláusula arbitral ou compromissória, posto que, em razão
da vulnerabilidade do consumidor, implicará em imposição compulsória da
arbitragem. Admitimos a cláusula arbitral nas relações de consumo apenas
se não estiver presente a imposição ou vulnerabilidade do consumidor,
cabendo o ônus dessa prova ao fornecedor.
Contratos de Adesão:
São aqueles cujas cláusulas são previamente redigidas por uma das partes e
cuja interpretação, no caso de dúvida, é mais favorável ao aderente. Assim,
para haver validade da arbitragem nesses contratos, há que se observar as
seguintes condições:
não pode ser contrato de relação de consumo;
a cláusula deve ser firmada por escrito no próprio contrato ou em termo
aditivo;
a cláusula deve estar em destaque;
deve haver assinatura específica para a cláusula arbitral.
Direito do Trabalho:
Conflitos individuais: os direitos trabalhistas são irrenunciáveis, porém após
adquiridos e diante do conflito é possível a arbitragem.
Conflitos coletivos: possível a arbitragem, desde que frustrada a negociação
coletiva.
Estado:
Empresas públicas e sociedade de economia mista: possível desde que se
trate de exploração de atividade econômica em contrato que verse sobre
direitos patrimoniais disponíveis.
Contratos de concessão: é autorizado a arbitragem.
Parceria Público-Privada: é autorizado a arbitragem.
Nas demais relações jurídicas somente será possível o emprego da
arbitragem em conflitos que tenham natureza de direito privado, tais como
contrato de seguro e locação.
Falência do Demandante:
Ações que já tramitam pelo juízo arbitral, mantém a arbitragem. Para as
demais o juízo judicial da falência atrai as ações.
DIFERENÇAS:
Arbitragem: imposição da solução do conflito pelos árbitros, cuja decisão de
uma questão de direito patrimonial e disponível equivale a uma sentença
transitada em julgado.
Conciliação: há proposta de solução e não imposição pelo conciliador.
Mediação: o mediador apenas auxilia as partes, não decide e tampouco
propõe soluções.
ESPÉCIES DE ARBITRAGEM:
Arbitragem institucional: é aquela em que as partes optam, na cláusula
arbitral ou no compromisso, por se submeter à arbitragem perante uma
entidade especializada, que tratará de aspectos formais, intimações,
secretaria e escolha dos árbitros.
Arbitragem ad hoc: é a arbitragem avulsa, ou seja, as partes não se
submetem a uma entidade especializada para administrar a arbitragem e
tratam todo procedimento.
ESPÉCIES DE CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM:
Cláusula arbitral ou compromissáoria: escrita no próprio contrato, em
documento anexo ou em aditivo contratual, se caracteriza pelo pacto de levar
futuras e evntuais controvérsias decorrentes de direitos patrimoniais
disponíveis à solução arbitral.
Compromisso arbitral: é o pacto entre as partes que, diante de um conflito já
existente, se obrigam a submetê-lo a arbitragem. O compromisso pode ser:
Judicial: as partes encerram o procedimento judicial e submetem o conflito à
arbitragem;
Extrajudicial: firmado depois do conflito, mas antes da propositura de ação
judicial.
ÁRBITRO:
Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz que goze da confiança das partes –
artigo 13, caput, LA.
A capacidade deve ser compreendida como a capacidade para o exercícios
dos direitos.