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Processo: 1201/19.3T8LRA.C1.S1
Nº Convencional: 2.ª SECÇÃO
Relator: RIJO FERREIRA
Data do Acordão: 23-09-2021
Votação: UNANIMIDADE
Texto Integral: S
Privacidade: 1
Meio Processual: REVISTA
Decisão: CONCEDIDA A REVISTA
Sumário :
I. Do caso julgado emerge um efeito negativo – proibição de repetição
da causa (excepção de caso julgado) – e um efeito positivo – proibição
de contradição de decisão transitada em julgado por decisão posterior
(autoridade de caso julgado).
II. Para que se verifique a excepção de caso julgado é necessário que se
verifique identidade de sujeitos, pedido e causa de pedir.
III. É de considerar como a mesma parte não só os concretos titulares
do direito ou bem litigioso que eram partes na causa à data do trânsito
em julgado da sentença, solitariamente ou em litisconsórcio necessário,
como também os seus transmissários ou sucessores.
IV. A apreciação da identidade da qualidade jurídica dos sujeitos, em
caso de pluralidade destes, para efeito de verificação da excepção de
caso julgado haverá de se desdobrar em dois enfoques complementares
em função da estrutura da relação jurídica subjacente: enquanto no caso
de litisconsórcio necessário (necessário, legal, convencional ou natural)
se atenta fundamentalmente ao interesse colectivo, no caso de
litisconsórcio voluntário ou coligação atenta-se sobretudo ao interesse
individual.
V. Estão excluídos da identidade subjectiva aqueles que podendo
participar da acção em litisconsórcio voluntário o não fizeram, sendo,
no entanto, de admitir a coincidência parcial entre sujeitos quanto
àqueles que concretamente estiveram na causa; mas já se terá de
entender haver identidade subjectiva nos casos de litisconsórcio
voluntário que seja unitário, porquanto neste cada interessado
processual representa, em substituição processual, todos os demais
interessados não partes do processo, que ficam sujeitos aos efeitos da
sentença.
VI. A pluralidade activa de partes na acção destinada a obter a
reparação do prejuízo decorrente da actuação do banco na aquisição de
valores mobiliários configura uma situação de litisconsórcio voluntário.
ENTRE
AA
e mulher
BB
CC
DD
CONTRA
I – Relatório
-*-
III – Os factos
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-*-
-*-
Cura Mariano
Fernando Baptista