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1. Objecto de estudo da Antropologia segundo L.

Morgan; Malinowski; Levi-


Strauss.
 Lévi-Strauss, afirma que as culturas, objeto de interés de la antropología, están
desapareciendo, y si no, están siendo tan influenciadas por el contacto con otras y son
tan conscientes de sí mismas que reniegan de la acción de los antropólogos.
 Morgan, define como el objecto de estudio de la antropología cultural, el parentesco:
según el parentesco, existen cinco tipos de familia: la consaguinea (incesto), la
punalúa (del tipo Jawaiano o del rapto de las Sabinas), la sindiásmica (unión de un
hombre con una mujer sin cohabitación exclusiva), la patriarcal (un hombre com
diversas esposas con las que cohabita), y la monogámica. La relación biológica es el
elemento definitorio de las relaciones de parentesco.
 Malinowski , entende que o objecto de estudo principal da Antropologia é a vida
social, estruturas da sociedade, accao e significado das accoes.

2. Analise sobre o contexto e teorias para o surgimento da antropologia

O contexto histórico do surgimento da antropologia Cultural se dá na passagem do seculo


XVIII para XIX; o expansionismo colonial europeu se intensifica com o poderio das nações
sobre os povos isolados e subjugados ao âmbito da influência da visão do mundo europeu; é
neste contexto que a cultura emerge como categoria teórica e passa a ser sistematicamente
estudada pelas recém criadas ciências sociais e mais directamente pela Antropologia:
diversos factores contribuíram para que isso se torna-se possível; a tentativa de entender o
homem não mais como ciracao divina, aproximou as ciências sociais e a antropologia do
campo do estudo promovidos pelas ciências naturais especialmente a biologia, em
consequência, o estudo do mundo social se aliou às teorias biológicas de cunho evolucionista
ancorado na teoria da evolução das espécies de Charles Darwin. Nesta perspectiva a cultura
passa a ser percebida como mecanismo diferenciador básico do homem perante às outras
espécies vivas e também como instrumento que permite distinguir as populações do mundo
entre si. O aceramento do contacto com a diferenca é outro factor que merece destaque na
consideração da moderna da cultura, e refere-se ao avanço do occidente em direcção aos
outros povos do mundo. Desta forma da perplexidade diante daqueles que acavam de ser
decobertos, forma-se assim uma questão fundamental: Cómo explicar o nativo? Etao,
antropologicamente surge o trabalho de conciliar a unidade biológica e a diversidade
cultural. como conceito polissémico e dinâmico de cultura, podemos entender que as culturas
humanas constituem aspectos simbólicos e de significação através dos quais as diferentes
sociedades externalizam e expressam seus próprios valores e visões do mundo.

3. Em que medida o individuo humano deve ser entendido como um ser


a) Biológico…na medida em que a variabilidade genética e os modos de
comportamento social determinam a sua maturidade através do tempo e espaço.
b) Social e cultural….na medida em que o homem é productor e produto da
sociedade, determina estruturas e formas de relacionamento com os outros seres.
Ou seja, diz respeito a tudo que constitui uma sociedade: seus modos de produção
económica, suas técnicas, sua organização politica e jurídica, seus sistemas de
parentesco, seus sistemas de conhecimento, suas crenças religiosas, sua língua,
sua psicologia, suas criações artísticas, etc; antropologicamente, o individuo é
considerado social e cultural na medida em que estes aspectos descrevem a
constituição da sua sociedade.

4. Caracterizar as etapas do processo da humanização do homem

A espécie humana como conhecemos foi resultado de uma evolução física e biológica. À
medida que foi-se distanciando de seus amcestrais, comumente característicos, os hominidos
foram utilizando ferramentas, andando de forma ereta, aumentando a massa muscular e
cerebral, desenvolvendo a linguagem e adquirindo a consciência. Essas são as características
comunis em todas as etapas do processo da humanização do homem.

5. Os factos sociais traduzem-se como maneiras de agir, pensar, e sentir


(impostas) pela sociedade. A) caracterize os factos sociais como totalidade.

O facto social é em outras palavras, todo modo de fazer, habitual ou não, que pode
exercer coerção externa no individuo, que é geral numa sociedade dada e eu tem a
sua existência própria , independente das suas manifestações individuais. Portanto, o
facto social é totalizante pela condição de:

• Agir externo/ exterior.- o facto social é de procedência externa do individuo.


Actúa por tradição, habitus cotidiano e costumes. Dá-se em sociedade ou em grupo e
não individualmente.

• É coercitivo.- o facto social exerce certa coerção , ou seja, tem peso sobre o
individuo.

• É colectivo.- o facto social é parte da cultura da sociedade. Distingue-se de


toda forma individual.

6. Por que considerar acultura como o aperfeiçoamento do ser humano

a) Clarificar o conceito de cultura a partir dos seus diversos sentidos e autores não
é tarefa fácil, mas a partir da como a cultura actúa falaremos o possível.

Geralmente definimos cultura como um conjunto de padrões, mitos, crenças, etc…criados


pelos seres humanos em determinado local e em determinada época. Por outro lado, a cultura
relaciona-se com o com junto de valores e ideias que comungamos com a sociedade;
igualmente, a cultura é uma socialização ou educação recebida tanto nas instituições
escolares como também familiares. Mas o importante a ter em conta sobre a cultura é a sua
flexibilidade. Ou seja, cultura, é um conceito flexível, de modo que, nós também agimos
sobre ela e somos agentes nela, isto é, que nós temos a capacidade de nos questionar e
modificar os nossos hábitos. Assim, a cultura pode-se modificar o tempo todo.

Em relação à palavra “cultura”, entendemos a ideia de culto, cultuar, cultivar, ou seja,


relaciona-se à ideia de cerimonia religiosa de culto, e ao mesmo tempo, está relacionado ao
cultivo da terra e pela sua vez, cultivar está relacionado com a ideia de aperfeiçoamento e
cuidado, então podemos pensar cultura como conjunto de saberes e conhecimento
acumulado e gerado pelos seres humanos, ou ainda que a cultura corresponde aos traços
distintivos que certos povos ou tradições possuem, ou seja, aqueles hábitos que os indivíduos
dividem com a natureza.

No seculo XIX, acreditava-se que a diversidade cultural se devia à variação genética do


mundo, ou seja, a cultura estava relacionada com a biologia, essa foi a teoria do
determinismo biológico; apoiada pelas teorias racistas, eugénicas, promovendo o
pensamento do aperfeiçoamento da cultura por meio da genética. No entanto, essa teoria
resulta refutável se pensarmos que um recém-nascido africano-moçambicano sendo criado
por um espanhol na Espanha, o comportamento dele será tipicamente espanhol embora seja
biologicamente e geneticamente diferente em tudo. Assim, genética e cultura são conceitos
dissociados antropologicamente. A cultura em antropologia deve-se a processo de
aprendizagem chamado de enculturação.

Outra teoria do seculo XIX, o Determinismo Geográfico, entendia que o comportamento


humano era moldado segundo o clima, zona geográfica, temperatura, vegetação, etc…Franz
Boas refutou essa teoria mostrando que numa área geográfica determinada era possível ter
diversas culturas, e que cada cultura seguiria o seu próprio caminho e o seu dever. Assim
concluímos que a cultura como comportamento humano, não tem relação nem com origem
genética nem com a procedência geográfica, porque a qualidade da espécie humana é
justamente romper com a natureza porque somos seres criativos por isso inventamos varias
formas de existir e ser no mundo, e por isso, existe diversidade de culturas.

Por outro lado, no seculo XVIII, Edward Tylor, formulou o conceito cultura a partir da
palavra alemã Kultur (aspectos espirituais de uma sociedade) e a francesa Civilisation
(conquistas materiais de uma sociedade), daí o autor juntou os dois vocábulos e um vocábulo
inglês Culture, criando assim um complexo que envolve tanto os aspectos espirituais como
os materiais de uma sociedade, e nele concretizam-se todos os mitos, hábitos, crenças,
religião, língua…etc; por tanto, cultura não é uma aptidão inata mas sim um processo de
aprendizado.

b) Não existe cultura inferior ou superior, o que existe são culturas diferentes e
dinâmicas.

Quando pensamos em cultura, temos que ter apenas duas coisas em consideração. *cada
cultura possui uma logica própria; *todas as culturas são dinâmicas. Portanto, diferentes
culturas possuem diferentes códigos morais, assim, o código moral de uma sociedade é
determinado pela cultura da sociedade em questão; o código moral de uma sociedade,
determina o que está certo dentro daquela sociedade; não existe um padrão objectivo que
possa ser empregado para julgar ou comparar diferentes sociedades, classificando-as como
melhor, pior, mais evoluída, etc…; o código moral de uma sociedade não possui um status
especial, é somente um entre muitos, então não temos como afirmar o que é ridículo, que há
certos povos melhores do que outros porque possui um status especial em relação a outros;
não existe uma verdade universal na ética nem na moral que, portanto, possa ser tomada de
forma universal por todas as pessoas de todos os tempos; portanto, é mera arrogância nossa
tentar julgar a conduta das outras pessoas pela sua cultura; devemos ser tolerantes frente às
outras culturas;

Entendendo a cultura como tudo aquilo que resulta da criação humana, a partir do seu
habitad; os hábitos e costumes de um povo são dados, antes de tudo, por um processo de
aprendizagem e interpretação do meio para a sobrevivência. Só podemos julgar a
superioridade ou inferioridade de uma cultura se conhecermos o sistema de logica à qual
aquela cultura está inserida. Levis Straus entende que as culturas operam em base a uma
logica própria. Não podemos conhecer a cultura doutrem a partir da nossa sem entender o
sistema que fundamenta a logica dessa cultura. As culturas são dinâmicas, ou seja, que elas
estão sofrendo modificações o tempo todo, umas com mais intensidade do que outras, seja
pela tecnologia, pela capacidade de questionamento dos nossos hábitos, quando pessoas se
encontram em situações de dominação, existem mudanças profundas a partir do encontro de
duas culturas, esse é o processo de aculturação.

7. Caracterizar a antropologia cultural segundo as idades …


 Antiga.- Observação das diferenças físicas dos habitantes do mundo (crânio);
diferenças geográficas; comparação do homem com o animal (posição bipedal,
raciocínio) homo politikon
 Media.- Comparação da religião indígena com o cristianismo; crenças e costumes; a
busca das similitudes entre as culturas diferentes dos povos
 Moderna.- Na busca da origem das relações sociais; as formas de governo; o
temperamento das nações; a constituição da antropologia como ciência/ disciplina
 Contemporâneo.- Existe um vasto campo de interesses: desde a paleontologia ao
folclore e os estudos comparados dos povos; o estudo dos fenómenos históricos;
colonialismo e revolução industrial.
8. Antropologia como Ciência da Alteridade
a) Comentar de sentido científico a frase/afirmação…

A antropologia é a ciência do estudo sobre o outrem, isto é, só há Antropologia quando o


outro é transformado em meu interesse e com ele me relaciono. Por esta razão a alteridade é
fundamental na antropologia. Pode parecer racionalmente fácil, mas a experiencia deste
respeito, amor e entrega pelo Outro é bastante complicada. Afinal, vemos e vivemos o
mundo através da nossa própria cultura, e temos uma tendência para considerar aceitável,
correto, justo, justificável, ou mesmo natural nosso próprio modo de vida. A nocao da
Alteridade (alter: em latim quer dizer “outro”), está ligada ao reconhecimento do outro. A
alteridade tem uma dimensão de reconhecimento da diferenca e respeito por ela. Ou seja,
devemos ver as coisas do ponto de vista do outro, o “nativo” aquém observamos. O Outro é
aquele com o qual nos relacionamos no nosso trabalho, na comunidade, na sociedade…etc;,
e cujas practicas analisamos e pretendemos observar. Ao referirmos a um Outro, estamos nos
referindo a uma relação nós(eu) – eles(tu). Analisar o que o Outro pensa sobre o que está
fazendo, implica em que eu (analista) me pergunte o que eu mesmo penso sobre aquilo e
qual o significado atribuído pelo Outro. Separar, ou melhor, ter consciência da diferenca
enyre o que eu penso e o que pensa o outro é uma condição sine qua non para a existência da
antropologia. A experiencia da alteridade leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido
imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é habitual, familiar,
cotidiano, e que consideramos “evidente”.

10. Importância da Antropologia cultural para o curso de Administração pública

A antropologia é uma ciência que se volta para o outro. Isto se traduz concretamente nos
seus conceitos fundamentais de cultura e sociedade ou social, referindo-se ao homem. É o
outro na dimensão vivencial da sua experiencia. Isto é, captar elementos mais gerais da vida
social.

11. Reflexão sobre a Antropologia Cultural em Moçambique tendo em conta a


diversidade Cultural.

Ao tratarmos da diversidade cultural fica mais difícil separar esta reflexão da questão da
desigualdade social, pois devemos reconhecer que que as diferenças culturais são, muitas
vezes , socialmente marcadas. Diferentes classes sociais podem exibir traços culturais
distintos dependendo da sua situação socioeconomica. A origem regional, étnica e racial,
muitas vezes, está associada à condição de classe social, por exemplo, é raro encontrar aqui
em Moçambique um mendigo de raça branca ou indíana. Por exemplo, os indivíduos
analfabetos do meio rural possuem uma cultura africana mais ancestral e são mais pobres do
que os alfabetizados do meio urbano que possuem valores culturais de caracter mais
universal.

Uma sociedade como a moçambicana, apesar de possuir varias etnias e línguas , já sofreu
muitos processos de “contaminação” cultural e existem inevitavelmente aspectos
convergentes entre as varias culturas. É necessário verificar o que é comunm entre elas e
efectuar conjuntos de conteúdos transculturais que seriam incorporados no currículo. Ou
seja, a diversidade cultural moçambicana é hipoteticamente um grande beneficio objectivado
para reflectir sobre as relações existentes entre a educação, conhecimento e cultura para o
apelo da unidade do povo como um todo para todos e cambio de mentalidade dos
moçambicanos.

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