A espécie humana como conhecemos foi resultado de uma evolução física e biológica. À
medida que foi-se distanciando de seus amcestrais, comumente característicos, os hominidos
foram utilizando ferramentas, andando de forma ereta, aumentando a massa muscular e
cerebral, desenvolvendo a linguagem e adquirindo a consciência. Essas são as características
comunis em todas as etapas do processo da humanização do homem.
O facto social é em outras palavras, todo modo de fazer, habitual ou não, que pode
exercer coerção externa no individuo, que é geral numa sociedade dada e eu tem a
sua existência própria , independente das suas manifestações individuais. Portanto, o
facto social é totalizante pela condição de:
• É coercitivo.- o facto social exerce certa coerção , ou seja, tem peso sobre o
individuo.
a) Clarificar o conceito de cultura a partir dos seus diversos sentidos e autores não
é tarefa fácil, mas a partir da como a cultura actúa falaremos o possível.
Por outro lado, no seculo XVIII, Edward Tylor, formulou o conceito cultura a partir da
palavra alemã Kultur (aspectos espirituais de uma sociedade) e a francesa Civilisation
(conquistas materiais de uma sociedade), daí o autor juntou os dois vocábulos e um vocábulo
inglês Culture, criando assim um complexo que envolve tanto os aspectos espirituais como
os materiais de uma sociedade, e nele concretizam-se todos os mitos, hábitos, crenças,
religião, língua…etc; por tanto, cultura não é uma aptidão inata mas sim um processo de
aprendizado.
b) Não existe cultura inferior ou superior, o que existe são culturas diferentes e
dinâmicas.
Quando pensamos em cultura, temos que ter apenas duas coisas em consideração. *cada
cultura possui uma logica própria; *todas as culturas são dinâmicas. Portanto, diferentes
culturas possuem diferentes códigos morais, assim, o código moral de uma sociedade é
determinado pela cultura da sociedade em questão; o código moral de uma sociedade,
determina o que está certo dentro daquela sociedade; não existe um padrão objectivo que
possa ser empregado para julgar ou comparar diferentes sociedades, classificando-as como
melhor, pior, mais evoluída, etc…; o código moral de uma sociedade não possui um status
especial, é somente um entre muitos, então não temos como afirmar o que é ridículo, que há
certos povos melhores do que outros porque possui um status especial em relação a outros;
não existe uma verdade universal na ética nem na moral que, portanto, possa ser tomada de
forma universal por todas as pessoas de todos os tempos; portanto, é mera arrogância nossa
tentar julgar a conduta das outras pessoas pela sua cultura; devemos ser tolerantes frente às
outras culturas;
Entendendo a cultura como tudo aquilo que resulta da criação humana, a partir do seu
habitad; os hábitos e costumes de um povo são dados, antes de tudo, por um processo de
aprendizagem e interpretação do meio para a sobrevivência. Só podemos julgar a
superioridade ou inferioridade de uma cultura se conhecermos o sistema de logica à qual
aquela cultura está inserida. Levis Straus entende que as culturas operam em base a uma
logica própria. Não podemos conhecer a cultura doutrem a partir da nossa sem entender o
sistema que fundamenta a logica dessa cultura. As culturas são dinâmicas, ou seja, que elas
estão sofrendo modificações o tempo todo, umas com mais intensidade do que outras, seja
pela tecnologia, pela capacidade de questionamento dos nossos hábitos, quando pessoas se
encontram em situações de dominação, existem mudanças profundas a partir do encontro de
duas culturas, esse é o processo de aculturação.
A antropologia é uma ciência que se volta para o outro. Isto se traduz concretamente nos
seus conceitos fundamentais de cultura e sociedade ou social, referindo-se ao homem. É o
outro na dimensão vivencial da sua experiencia. Isto é, captar elementos mais gerais da vida
social.
Ao tratarmos da diversidade cultural fica mais difícil separar esta reflexão da questão da
desigualdade social, pois devemos reconhecer que que as diferenças culturais são, muitas
vezes , socialmente marcadas. Diferentes classes sociais podem exibir traços culturais
distintos dependendo da sua situação socioeconomica. A origem regional, étnica e racial,
muitas vezes, está associada à condição de classe social, por exemplo, é raro encontrar aqui
em Moçambique um mendigo de raça branca ou indíana. Por exemplo, os indivíduos
analfabetos do meio rural possuem uma cultura africana mais ancestral e são mais pobres do
que os alfabetizados do meio urbano que possuem valores culturais de caracter mais
universal.
Uma sociedade como a moçambicana, apesar de possuir varias etnias e línguas , já sofreu
muitos processos de “contaminação” cultural e existem inevitavelmente aspectos
convergentes entre as varias culturas. É necessário verificar o que é comunm entre elas e
efectuar conjuntos de conteúdos transculturais que seriam incorporados no currículo. Ou
seja, a diversidade cultural moçambicana é hipoteticamente um grande beneficio objectivado
para reflectir sobre as relações existentes entre a educação, conhecimento e cultura para o
apelo da unidade do povo como um todo para todos e cambio de mentalidade dos
moçambicanos.