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Capítulo 8- ação coletiva e movimentos sociais

- Ação coletiva: mobilização de pessoas visando mudanças ou resistindo a elas

 Ações usuais: seguem padrões da sociedade burocrática


 Não usuais: subvertem convenções sociais

- Le bon: multidões podem influenciar comportamento de indivíduos

-Olson: os movimentos são grupos de interesses, que mobilizam recursos para atingir seus
objetivos

- Tilly e Tarrow: elementos políticos, culturais, simbólicos. São importantes na construção dos
movimentos sociais em seus processos

 Reações do governo podem influenciar manifestações futuras.

- Touraine: há ações que transcendem demandas materiais, trazendo para as pautas questões
sociais culturais, que podem ser independentes de classes.

-Castells: a era da internet representa uma mudança nos paradigmas das ações coletivas, que
passam a contar com os recursos tecnológicos e as mídias sociais para mobilizações,
divulgações.

 Ciberativismo: militância na web, que pode envolver ou não engajamento presencial.


 A desinformação de fake news pode resultar em problemas como ações extremas e
irracionais.

Exercícios, págs- 35, 36, 37, 40, 41, 42 e 43

1-No caso apresentado na matéria, uma disseminação de notí-

cia falsa levou a uma ação coletiva de linchamento. Além de

representar tentativa de “fazer justiça” com as próprias mãos,

o que fere gravemente a ordem legal e desconsidera garan-

tias fundamentais (como o direito à ampla defesa), a mobili-

zação levou à morte da pessoa culpabilizada (que, por sinal,


era inocente).

b) De acordo com Le Bon, multidões podem influenciar com-

portamentos de indivíduos: elas podem contagiá-los tanto no

campo das ações quanto no das emoções (teoria do contá-

gio), influenciando-os a tomar atitudes que normalmente não

tomariam. Assim, eles acabam tendendo à irracionalidade, e

seu senso de responsabilidade individual pode se perder no

anonimato e na força sentida nas massas.

2.

a) Com base nessa teoria, o movimento em Hong Kong é visto

como um grupo de interesses, que mobiliza recursos (huma-

nos, financeiros etc.) para atingir seus objetivos. Além de re-

cursos humanos (os participantes que vão aderindo à causa),

há recursos materiais, como cartazes e equipamentos de pro-

teção para os participantes etc., e os objetivos visados são o

banimento do projeto da lei de extradição e a proteção à de-

mocracia no território.

b) Por essa teoria, acentuam-se os elementos políticos e culturais

dos movimentos de natureza social: visual dos manifestantes

(vestem preto), recurso sonoro (músicas de protesto), cartazes,

post-its, referências à cultura pop (como Os Caça-Fantasmas

e Vingadores), palavras de ordem e outras mensagens (como

“não à extradição para a China”, “nós amamos Hong Kong” e

“abaixo à brutalidade da polícia”) etc. Esses conteúdos são re-

levantes para atrair e recrutar novos integrantes, bem como

para mobilizar a opinião pública, em vista de gerar influências

ou impactos na esfera política.


c) Na visão de Kong Tsung-gan, os cartazes servem “para comu-

nicação nas mídias sociais e ajudam a criar um senso de expe-

riência compartilhada e identidade para Hong Kong”, o que vai

ao encontro da teoria dos processos políticos.

3. Castells observa a influência da internet, sobretudo das mídias

sociais, na convocação e organização de protestos e na am-

pliação de seu alcance (com compartilhamento de conteúdos).

No caso de Hong Kong, além da divulgação da causa interna-

mente e para o mundo, “ativados por aplicativos de mensa-

gens, grupos surgem em determinados distritos para, pouco

tempo depois, desfazerem-se e reaparecerem em outros”.

4.

a) Respostas pessoais.

b) Respostas pessoais. Espera-se que o aluno indique medi-

das como políticas públicas mais eficazes para a educação,

maiores investimentos no setor (em infraestrutura, recursos

tecnológicos, atividades curriculares e extracurriculares etc.) e

maior reconhecimento dos professores. Tendências de impac-

tos desse tipo de investimento vão desde maior capacitação

dos futuros trabalhadores (o que implica melhores salários,

melhores indicadores socioeconômicos e ascensão social) até

o fortalecimento das produções científicas, intelectuais e técni-

cas e, em última análise, o desenvolvimento de ambiente mais

propício à formação da consciência cidadã.

c) Sim, a causa defendida pela ativista se insere na teoria, uma

vez que os novos movimentos sociais ultrapassam questões

como classes sociais e econômicas, apresentando pautas que


vão além de demandas materiais – incluem-se questões so-

ciais e culturais diversas, como é o caso da educação.

Consolidando saberes

1. A

2. B

3. Soma: 01 + 02 + 04 = 07

4. B

5. E

6. Espera-se que, com base nos textos e nos estudos prévios,

o aluno disserte que, de acordo com a teoria de Max Weber

sobre os tipos de dominação, o Estado não existe se os do-

minados não mais se sujeitam à autoridade do dominador e

não a veem como legítima. No caso do Egito, a população em

geral, mobilizada em ações coletivas, deixou de se submeter

ao regime do chefe de Estado então no poder, o que resultou

em uma crise que culminaria em sua renúncia ao cargo político.

7. Espera-se que o aluno observe que, atualmente, as mídias so-

ciais são plataformas que permitem diversas trocas de ideias,

posicionamentos, propostas etc., o que contribui também para

a convocação e o estímulo de mobilizações reivindicatórias,

que podem transcender as fronteiras do ambiente virtual. Isso

pôde ser percebido e exerceu um importante papel, nas ações

coletivas da chamada Primavera Árabe, cujos integrantes se

opuseram a regimes e cenários sociopolíticos no mundo ára-

be, a partir do início da década de 2010.

SUPERAÇÃO

Em relação às manifestações brasileiras de 2013, registradas, em


um de seus momentos, na fotografia, espera-se que o aluno aponte

como pontos democráticos fortes: a liberdade que os cidadãos têm

de se expressar e de se organizar em ações coletivas, apresentando

suas demandas, reivindicações e seus descontentamentos; e o ati-

vismo popular, possível com a reintrodução da democracia e de suas

liberdades no final da década de 1980. No que se refere aos pontos

fracos, o aluno pode acentuar: a insatisfação de parte significativa da

população com soluções e medidas oferecidas pelas gestões que

assumiram o poder democrático; a corrupção, que pode levar a um

clima generalizado de desconfiança em relação às instituições do

poder público e a seus agentes; e as desigualdades e contradições

da sociedade brasileira, que reduz a capacidade de muitos cidadãos

de acessar e exercer seus direitos, apesar das garantias presentes

na Constituição.

No Enem é assim

1. B

2. B

3. D

4. C

5. B

6. E

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