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ESTÁ CONSUMADO!

TETÉLESTAI

“Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E,

inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (Jo 19.30).

            A sexta e penúltima palavra de Jesus na cruz foi: Está consumado!

Essa expressão, na língua portuguesa, é a tradução de um único vocábulo no

grego, Tetélestai. Uma palavra de vitória, o pastor americano Arthur Pink, diz

que há aqui nesta palavra o cumprimento de todas as profecias escritas sobre

Jesus Cristo antes de morrer, o término do seu sofrimento; a realização a

encarnação e da expiação (ou sacrifício na cruz); a remissão dos nossos

pecados; o cumprimento das exigências da lei; a satisfação da justiça divina; a

destruição do poder de Satanás; a derrota da morte, e a libertação do pecado.

Essa palavra encerra lições importantes ou significados básicos, a quais passo

a descrever:

            Em primeiro lugar, Tetélestai era a palavra empregada para a

conclusão de uma tarefa. Missão cumprida.

 Quando um pai dava uma ordem a seu filho para realizar alguma tarefa, e este

a concluía, chegava para o pai e dizia: Tetélestai. Eu terminei a obra que me

confiaste para fazer. O Pai enviou seu Filho ao mundo com o propósito de dar

a sua vida pelas suas ovelhas e salvar o seu povo de seus pecados, para

cumprir a lei por nós. Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a

nossa justificação. Jesus veio ao mundo como o Cordeiro de Deus que tira o

pecado do mundo. Ele veio não para julgar o mundo, mas para o mundo fosse
salvo por ele. Ele veio para nos reconciliar com Deus. Como nosso substituto e

fiador, ele assumiu o nosso lugar, pagou a nossa dívida, cumpriu as demandas

da lei e satisfez as exigências da justiça. Ele expiou os nossos pecados e

adquiriu para nós eterna redenção. Quando Jesus estava na cruz, Deus lançou

sobre ele a iniquidade de todos nós. Ele foi feito pecado por nós. Agradou ao

Pai moê-lo. Ele bebeu o cálice da ira que deveria cair sobre nós. Ele sofreu o

golpe da lei que deveria ser desferido sobre nós. Ele morreu a nossa morte

para vivermos a sua vida. Ele cumpriu cabalmente a sua missão. Por isso,

antes de render o espírito, bradou: Tetélestai!

            Em segundo lugar, Tetélestai era a palavra empregada para a

quitação de uma dívida. Resgate definitivo.

 Quando um indivíduo comprava um bem ou propriedade e quitava a dívida, um

selo ou carimbo era colocado sobre o documento com a

palavra Tetélestai. Isso significa que a dívida estava paga e não havia mais

nenhum débito pendente. A nossa redenção foi realizada por Cristo de forma

completa e cabal. Ele pagou todo o preço do nosso resgate. Ele comprou com

o seu sangue os que procedem toda tribo, língua, povo e nação. Ele resgatou-

nos não com ouro e prata, mas com o seu precioso sangue. Nossa salvação

não é alcançada pelo mérito humano. Nem mesmo contribuímos com alguma

parte. Deus fez tudo. Ele planejou, executou e aplicou em nós a salvação. A

salvação é uma obra amor de Deus para conosco. Não há nada a acrescentar

à obra perfeita que Cristo realizou na cruz em nosso favor. Ele, sendo o

sacerdote perfeito, ofereceu um sacrifício perfeito para nos aperfeiçoar.


Estamos quites com a lei de Deus. Estamos quites com a justiça de Deus.

Nenhuma condenação mais há para aqueles que estão em Cristo Jesus.

Quando Jesus, vitoriosamente, bradou do topo da cruz, Tetélestai, estava nos

assegurando que estamos perdoados e justificados. Não apenas nossos

pecados foram perdoados, mas toda infinita justiça de Dele foi depositada na

nossa conta, temos crédito diante de Deus através de Jesus. E por isso,

podemos ter paz com Deus em relação ao passado, acesso à graça em

relação ao presente e expectativa da glória em relação ao futuro.

            Em terceiro lugar, Tetélestai era a palavra emprega para a posse

de direito e de fato de uma propriedade. Posse permanente e definitiva

Quando um indivíduo comprava uma propriedade e concluía seu pleno

pagamento, recebia a escritura registrada com o selo Tetélestai. Isso

significava que, agora, a pessoa estava de posse do bem, de direito e de fato,

para usufrui-lo plenamente. Quando Cristo bradou altissonantemente na

cruz, Tetélestai, estava dizendo que todo aquele que nele crê pode desfrutar

plenamente a vida eterna. Agora, temos a escritura registrada e garantida do

céu. Somos cidadãos dos céus. Somos filhos de Deus, herdeiros de Deus e

coerdeiros com Cristo. O céu não é uma promessa vaga, mas uma herança

segura. As riquezas insondáveis de Deus são nossas. Os céus nos pertencem

por herança pois já temos uma herança imaculada, gloriosa e eterna.

Conclusão

Cristo consumou a obra que recebeu do Pai, nos resgatou e nos deu vida

eterna.

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