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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA HISTÓRIA DO BRASIL II
PROFESSOR TÂMIS PARRON
ALUNA CECÍLIA OLIVEIRA DE FREITAS

Apontamento de leitura 2.4


Texto: Emília Viotti da Costa, "Brasil: la era de la reforma, 1870-1889". In: L. Bethell
(org.). História de América Latina. Vol. 10: América del Sur, c. 1870-1930. Barcelona:
Editorial Crítica,1992, p. 370-413.

Ideia central do texto

O objetivo central do texto é compreender que a reforma no Brasil, assim como em outros
países da américa latina, foi uma resposta a novas realidades socioeconômicas que
resultaram do desenvolvimento capitalista não só mundial, mas também de manifestações
internas do Brasil.

Historiografia: engajamento e implicação

A autora traz um breve debate historiográfico no início do capítulo apresentando os as


perspectivas de historiadores que atribuem as reformas do final do século XIX a influência
de ideais estrangeiros, que veem como conflitos internos entre grupos urbanos e rurais,
como Gilberto Freyre e a última perspectiva, a mais nova e com mais defensores de acordo
com a autora, que atribuem as reformas à mudança na estrutura socioeconômica do Brasil e
o advento de uma burguesia urbana alinhando-se aos ideais progressistas da oligarquia rural
contra as elites tradicionais. Desse modo, a autora conclui que todas essas perspectivas se
complementam, entretanto não são suficientes para explicar o sentido e conteúdo das
reformas.

Procedimento metodológico

A autora constrói seu texto baseado em algumas fontes. Observa-se por exemplo, o
Manifesto da Associação Industrial como fonte primária. A Carta do Corpo Coletivo União
Operária, dirigida ao Imperador, consultada na obra de Edgard Carone “Movimento
operário no Brasil (1877-1944)”, também referencia escritores para falar sobre a
intelectualidade da época, como Alfredo Taunay, José de Alencar, Tobias Barreto e além
disso, também utiliza autores como Sérgio Buarque de Hollanda, José Murilo de Carvalho,
entre outros.

Premissa teórica

Emília Viotti da Costa é uma autora de base marxista e pertencente à escola sociológica de
São Paulo, dessa forma trabalha seguindo essas respectivas linhas.

Desafios para novas pesquisas

Nesse cenário de mudanças abordado no texto, a autora menciona que os barracões de


escravos (senzalas) foram desaparecendo paulatinamente. Desse modo, minha ideia de
pesquisa é entender como as construções, os artigos, os utensílios e ferramentas destinados
ao escravizados foram ressignificados no período posterior à abolição, como por exemplo,
no Museu Histórico Nacional, a exposição A construção da Nação apresenta um artigo que
foi construído para prender os escravizados nas mãos e nos pés e que foi encontrado anos
depois do fim da escravidão sendo utilizado como banco.

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