Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Revolução constitucionalista
- Formação da Frente Única Paulistas (FUP) = PD e PRP + Borges de Medeiros (RS) + Artur
Bernardes (MG). Criticam o autoritarismo varguista.
- Getúlio coloca interventor paulista e promulga o código eleitoral (voto feminino, deputados
classistas)
1932: São Paulo pega em armas, mas acaba isolado. Derrota militar, mas vitória “moral”:
Armando Salles de Oliveira é nomeado interventor, é chamada a Assembleia Constituinte de
33. Vargas derrotado ou estrategista?
Constituição de 1934:
- Voto secreto
- Voto feminino
- Justiça eleitoral
- Ensino primário gratuito e obrigatório
- Criação da justiça do Trabalho
- Direitos trabalhistas: jornada de 8h, descanso semanal remunerado, indenização por
dispensa sem justa causa, proteção ao trabalho do menor, férias remuneradas,
estabilidade à gestante, possibilidade na nacionalizar empresas estrangeiras,
deputados classistas + DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA.
Mussolini, fascista, há 10 anos no poder. Hitler entra no poder na Alemanha em 1933; Salazar,
em Portugal, em 1932; Guerra Civil espanhola em 1933.
Tenentistas fascistas criam a Ação Integralista Brasileira (AIB): Nacionalismo exaltado, “Deus,
pátria e família”, anticomunistas e antidemocráticos. Líder: Plínio Salgado
Em resposta, surge, em 1935,a ANL (Aliança Nacional Libertadora): Uma ampla aliança liderada
pelo comunista ex-capitão Luis Carlos Prestes, incluía anarquistas, liberais e moderados.
Defendiam um governo popular, calote na dívida externa, nacionalização de empresas
estrangeiras, reforma agrária, liberdades individuais, “Pão, terra e liberdade”, jornada de oito
horas, salario mínimo e seguro social, eliminação de privilégios decorrentes de raça, cor ou
nacionalidade e liberdade religiosa. Lutava também contra o fascismo e imperialismo
ANL fechada. Em 1935 estoura em Natal, Recife e Rio de Janeiro levantes tenentistas em nome
da ANL. São rapidamente controlados e inicia-se a perseguição a qualquer opositor ao
governo, da ANL ou não. “No Brasil é mais fácil uma revolução acontecer no quartel do que
nas fábricas” (Prestes)
Estado novo
CLT 1943
- Nova Constituição “A polaca” – Presidente governa por decreto lei, eleições suspensa, greves
proibidas, sindicatos ainda mais controlados
Grupos hegemônicos
Exército
Burguesia industrial: GV mantém boa relação com este grupo pois dele depende a
modernização
Burocracia estatal:
DIP: Departamento de Imprensa e propaganda: filmes, censura, festas cívicas (01 de maio e 07
de setembro).
Características:
Samba
Lei de vadiagem, por exemplo: desqualificava saberes, sociabilidades dos negros. Persegue-se
terreiros, capoeira e samba.
Samba tem base do norte de angola, império do congo e gabão. Elementos ritmos são de la,
atravessam atlântico e estrutura o que será o samba brasileiro, que é múltiplo: samba de
bumbo ,de roda baiano, urbano do rio. Mas é RECONSTRUCAO DE LAÇO COMUNITARIO.
Instrumentos de ascensão social daqueles que foram excluídos. Analfabetos não votam, então
não participam.
João da baiana
Radiodifusão
Música como produto a ser consumido pela classe média em ascensão. Para ser aceito para
indústria e para os clientes, ele é desafricanizado, retira-se características africanas mais
marcantes, do ponto de vista estético e das gramaticas do tambor: tira características rítmicas
africanas mais evidentes – tambores desaparecem e adota-se sopro, piano...o apogeu é a
bossa nova.
Impressão:
Como parte do culto ao trabalho, o DIP fecha o cerco sobre o samba que tem por mote a
crítica ao trabalho. Ao mesmo tempo em que tentava censurar os sambas-malandro, o DIP
influenciava sambistas a comporem músicas mais de acordo com a ideologia oficial
estadonovista. Os sambistas que cederam às tentações – seja por interesse ou por concordar
com as ideias de Vargas – compuseram músicas que elogiavam o ditador e buscavam incutir
um sentimento nacionalista e uma apreciação do trabalho em si. Entre as músicas que fazem
um elogio do trabalho – e, portanto, recebem o aval do DIP – está O bonde de São Januário,
composta por Ataulfo Alves e Wilson Batista em 1940, e Trabalha, composta por Roberto
Roberti e Pedro Camargo em 1944.
Nem todos estavam dispostos a ecoar o discurso estadonovista. Não foram poucos os sambas
que denunciavam as agruras e sofrimentos causados pelo trabalho. Apesar da censura, várias
composições chegaram aos ouvidos e gosto popular nas vozes de Dircinha Batista, Aurora
Miranda, Ciro Monteiro entre outros. Essas músicas iam na contramão do culto ao trabalho
denunciando os problemas causados pela labuta na vida do povo. Desde o sofrimento da
mulher que era obrigada a trabalhar pelo companheiro até o homem que perde sua família
por não ter tempo para ela.
„Pois não estavam vendo que ele era de carne e osso? Tinha obrigação de trabalhar
para os outros, naturalmente, conhecia o seu lugar. Bem. Nascera com esse destino,
ninguém tinha culpa de ele haver nascido com um destino ruim. Que fazer? Podia
mudar a sorte? Se lhe dissessem que era possível melhorar de situação, espantar-se-ia.
Tinha vindo ao mundo para amansar brabo, curar feridas com rezas, consertar cercas
de inverno a verão. Era sina. O pai vivera assim, o avô também. E para trás não existia
família. Cortar mandacaru, ensebar látegos — aquilo estava no sangue. Conformava-se,
não pretendia mais nada. Se lhe dessem o que era dele, estava certo. Não davam. Era
um desgraçado, era como um cachorro, só recebia ossos. Por que seria que os homens
ricos ainda lhe tomavam uma parte dos ossos? Fazia até nojo pessoas importantes se
ocuparem com semelhantes porcarias.“