PROJETO REDIGIR • 2º semestre de 2007 • Turma 1 de sábado • Zé e Régener • Aula 2

Cronograma do semestre (sujeito a alterações)

28/07 Apresentação 13/10 Crônica I

04/08 Descrição 20/10 Crônica II
11/08 Narração I 27/10 Dissertação I
18/08 Narração II 03/11 Aula coringa
25/08 Narração III 10/11 Dissertação II
01/09 Resumos e resenhas 17/11 Dissertação III
08/09 Não haverá aula (Semana da Pátria) 24/11 Dissertação IV/Projeto I
15/09 Textos poéticos 01/12 Projeto II
22/09 Correspondências 08/12 Projeto III
29/09 Publicidade 15/12 Festa de encerramento
06/10 Jornalismo

Dica • Bibliotecas recebem oficinas sobre a literatura exigida em vestibulares

Sete bibliotecas da cidade promovem gratuita- 25 de agosto; 1, 15,22 e 29 de setembro e 6 de

mente, de agosto a outubro, o curso Literatura
para Vestibular 2007, que tem como objetivo
apresentar um panorama das obras exibidas
nas provas da Fuvest e Unicamp. As aulas, mi-
nistradas por André Renato Oliveira e Fabiana
Vascon, devem abordar o período histórico-
literário dos livros e resumir o enredo e a bio-
grafia dos autores.
Oficinas ministradas por André R. Oliveira:
• Biblioteca Malba Tahan. Rua Brás Pires
Meira, 100. Veleiros. Tel.: 5523-4556. Dias: 2,
9, 16, 23 e 30 de agosto; 6, 13, 20 e 27 de
setembro, às 14h.
• Biblioteca Pedro da Silva Nava. Av. Eng.
Caetano Álvares, 5903. Mandaqui. Tel.: 6973-
7293. Dias: 4, 11, 18 e 25 de agosto; 1, 15,22
e 29 de setembro e 6 de outubro, às 10h (em
8/7 não haverá aula).
• Biblioteca Affonso Taunay. Rua Taquari,
549. Mooca. Tel.: 6292-5126. Dias: 4, 11, 18 e
outubro, às 13h30 (em 8/7 não haverá aula).
• Biblioteca Paulo Duarte. Rua Arsênio Tavo-
lieri, 45. Jabaquara. Tel.: 5011-8819. Dias: 14,
21 e 28 de agosto; 4, 11, 18 e 27 de setembro;
4 e 11 de outubro, às 14h.
Oficinas ministradas por Fabiana Vascon:
• Biblioteca Camila Cerqueira César. Rua
Waldemar Sanches, 41. Butantã. Tel.: 3731-
5210. Dias: 2, 9, 16, 23  e 30 de agosto; 6, 13,
20 e 27 de setembro, às 14h.
• Biblioteca Prestes Maia. Avenida João Dias,
822. Santo Amaro. Tel.: 5687-0513. Dias: 4,
11, 18 e 25 de agosto; 1, 15,22 e 29 de setem-
bro e 6 de outubro, às 10h (em 8/7 não haverá
aula).
• Biblioteca Paulo Setúbal. Av. Renata, 163.
Vila Formosa. Tel.: 6211-1508. Dias: 4, 11, 18
e 25 de agosto; 1, 15,22 e 29 de setembro e 6
de outubro, às 14h (em 8/7 não haverá aula).

Proposta de redação • Propomos que você faça, em casa, uma descrição qualquer: de uma
pessoa (que você conheça ou não), de atitudes ou comportamentos individuais ou coletivos, de
um animal, de um quadro ou objeto, de um cômodo da sua casa ou de um lugar da cidade de
que você goste ou desgoste... Lembre-se dos aspectos físicos e psicológicos, das abordagens
objetivas e subjetivas, e explore esses elementos conforme achar melhor. A única condição é:
não use adjetivos; procure expressões, metáforas, modos de dizer que dispensem o uso de sim-
ples palavras como “bonito”, “feio”, “azul”, “entediante” etc. Com isso, você ampliará sua ca-
pacidade de dizer algo de formas diferentes. O tamanho ideal para o texto é de 25 a 40 linhas.
Tigresa (Caetano Veloso)

Uma tigresa de unhas negras que tem muito ódio no coração,

e íris cor de mel que tem dado muito amor
uma mulher, uma beleza e espalhado muito prazer e muita dor.
que me aconteceu Mas ela ao mesmo tempo diz
esfregando a pele de ouro marrom que tudo vai mudar
do seu corpo contra o meu porque ela vai ser o que quis
me falou que o mal é bom e o bem cruel. inventando um lugar
Enquanto os pêlos dessa deusa onde a gente e a natureza feliz
tremem ao vento ateu vivam sempre em comunhão
ela me conta sem certeza e a tigresa possa mais do que o leão.
tudo o que viveu: As garras da felina
que gostava de política em 1966 me marcaram o coração
e hoje dança no Frenetic Dancing Days. mas as besteiras de menina
Ela me conta que era atriz que ela disse, não.
e trabalhou no Hair; E eu corri para o violão num lamento
com alguns homens foi feliz e a manhã nasceu azul...
com outros foi mulher; como é bom poder tocar um instrumento!

Cara estranho (Marcelo Camelo)

Olha só que cara estranho que chegou que foge sempre do lugar
parece não achar lugar deixando o ódio se esconder?
no corpo em que Deus lhe encarnou. Talvez se nunca mais tentar
Tropeça a cada quarteirão viver o cara da TV
não mede a força que já tem que vence a briga sem suar
exibe à frente um coração e ganha aplausos sem querer...
que não divide com ninguém.
Tem tudo sempre às suas mãos Faz parte desse jogo
mas leva a cruz um pouco além dizer ao mundo todo
talhando feito um artesão que só conhece o seu quinhão ruim.
a imagem de um rapaz de bem. É simples desse jeito
quando se encolhe o peito
Olha ali quem tá pedindo aprovação e finge não haver competição.
não sabe nem pra onde ir É a solução de quem não quer
se alguém não aponta a direção. perder aquilo que já tem
Periga nunca se encontrar. e fecha a mão pro que há de vir.
Será que ele vai perceber

Quinhão: parte que cabe a cada pessoa, na divisão de um todo; fatalidade a que todos estão sujeitos; sorte, destino.

• O que é descrição? • Pessoas, lugares, comportamentos

• Para que servem os textos descritivos • O que são a descrição física e a
• Onde os textos descritivos existem descrição psicológica
• Quais são as características de um texto • O que é uma descrição objetiva
descritivo • O que é uma descrição subjetiva
Canção do Exílio (Gonçalves Dias)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Várzea: grande extensão de terra plana; planície, vale.
Além, muito além daquela serra, que
ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que
tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna, e mais longos que seu talhe de pal-
meira. O favo da jati não era doce como seu
sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hálito perfumado.
Graúna: grande ave de plumagem negra.
Jati: espécie de abelha social que produz cera e mel.
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minha cara metade? Pode ser, estou à procura
de uma mulher, loira ou morena clara, atraen-
te, simpática, cabelos longos, sem filhos, não
fume, que queira ser amada com muito cari-
nho, e ser companheira para todas as horas
cheia de vida e fantasias, para vivermos todas
juntos com amor e cumplicidade.
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Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Primor: perfeição; excelência; delicadeza.
Mais rápida que a corça selvagem, a mo-
rena virgem corria o sertão e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo, da grande
nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando,
alisava apenas a verde pelúcia que vestia a ter-
ra com as primeiras águas.
(Iracema, José de Alencar, excerto)
Corça: fêmea do corço, espécie de veado.
Campear: viver nos campos; destacar-se; dominar.
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 Labaredas começavam a subir, acompa-
nhadas por uma grossa coluna de fumaça preta
que logo enegreceu o céu. Da avenida dos
Bandeirantes, por trás da pista de Congonhas,
a fumaça negra era visível à distância, mesmo
na escuridão da noite. Defronte ao 7.305 da
Washington Luís, via-se a cauda do avião. La-
baredas jogavam uma massa de ar quente no
rosto de quem se aventurava pelo local, apesar
da noite fria e da chuva que caía. O ar estava
tomado por uma mistura de fumaça e pó. As
luzes nos postes estavam acesas, mas a atmos-
Haiti
O Haiti é um país do Caribe que ocupa o
terço ocidental da ilha Hispaniola, fazendo
fronteira terrestre com a República Dominica-
na, a leste. Além desta fronteira, os territórios
mais próximos são as Bahamas e Cuba a no-
roeste, Turks e Caicos a norte, e Navassa a
sudoeste. Capital: Port-au-Prince.
O Haiti é uma república presidencialista
com um Presidente eleito e uma Assembléia
Nacional. A constituição foi introduzida em
1987 e teve como modelo as constituições dos
EUA e da França. Foi parcial ou completa-
mente suspensa durante alguns anos, mas
voltou à plena validade em 1994.
Desde o período de colonização o Haiti
possui uma economia primária. Produzia açú-
car de excelente qualidade, que concorreu com
o açúcar brasileiro no século XVII e junto com
toda produção das Antilhas serviu para a des-
valorização do açúcar brasileiro na Europa.
Após vários regimes ditatoriais, hoje em dia
seu principal produto de exportação ainda con-
tinua sendo o açúcar, além de outros produtos
como banana, manga, milho, batata-doce, le-
gumes, tubérculos e muito mais.
Atualmente sua economia encontra-se
destroçada e em ruínas. O país permanece ex-
tremamente pobre, sendo o mais pobre da
América e de todo Hemisfério Ocidental, tão
miserável como Timor-Leste, Afeganistão, en-
Pense • Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após
dia e esperar resultados diferentes. (Albert Einstein)
fera carregada impunha o breu. O ar sufocante
com cheiro de borracha queimada embrulhava
o estômago. Ali ao lado, no saguão do aero-
porto, uma enorme fila — como nunca vista
nas sucessivas crises aéreas — lotava a área do
check-in em direção ao balcão da TAM. Mas a
única voz que se ouvia era a do alto-falante
que anunciava o fechamento do aeroporto. Da
parte dos passageiros, silêncio absoluto.
(Folha de S. Paulo – 18/07/2007)
tre outros. 50,2% da população é analfabeta, a
expectativa de vida é de apenas 51 anos. Sua
renda per capita é um-terço da renda da favela
da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Embora a densidade populacional do
Haiti suba em média a 270 habitantes por qui-
lômetro quadrado, a sua população está con-
centrada nas zonas urbanas, planícies costeiras
e vales. Cerca de 95% dos haitianos são de as-
cendência africana. O resto da população é
principalmente mulata, de ascendência mista
caucasiana-africana. Uma minúscula minoria
tem sangue europeu ou oriental. Cerca de dois
terços da população vivem em áreas rurais.
O francês é uma das duas línguas ofi-
ciais, mas é falado só por cerca de 10% da po-
pulação. Quase todos os haitianos falam Krè-
yol (Crioulo), a outra língua oficial do país. O
inglês é cada vez mais falado entre os jovens e
no sector empresarial.
O catolicismo romano é a religião de es-
tado, professada pela maioria da população.
Houve conversões ao protestantismo. Muitos
haitianos também praticam tradições vodu,
sem ver nelas nenhum conflito com a sua fé
cristã. A padroeira do país, na Igreja Católica,
é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
(Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre, adaptado)