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RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE

SAÚDE

Hélida Rosa Silva


Enfª Resp. Técnica GRSS
CTAALS
1- SUMÁRIO

- O que é o plano de gerenciamento (PGRSS)


e gerenciamento de resíduos (GRSS)?
- Objetivo do PGRSS
- Leis que amparam e fiscalizam
- O que são resíduos dos serviços de saúde?
- Classificação dos resíduos
- Simbologia
- Etapas do Manejo
- Equipamentos de Proteção Individual

2- CONCLUSÃO
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOS
SERVIÇOS DE SAÚDE

PGRSS: É o documento que descreve um


conjunto de procedimentos que devem ser
adotados pelos estabelecimentos médico-
hospitalares com o objetivo de diminuir ou
eliminar a produção de resíduos e
proporcionar aos resíduos gerados um
encaminhamento seguro de forma eficiente, visando a proteção
dos trabalhadores e a preservação da saúde pública e do meio
ambiente.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DOS SERVIÇO DE
SAÚDE

É o conjunto de atividades técnicas e administrativas aplicáveis


ao manuseio, à minimização da geração, à segregação na
origem, à coleta, ao acondicionamento, ao transporte, ao
armazenamento, ao tratamento, ao controle, ao registro e à
disposição final dos resíduos.

De quem é a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos?

Todos que fazem parte da cadeia são responsáveis


pelo gerenciamento dos resíduos, desde a geração
até a disposição final.
RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

OBJETIVOS DO PGRSS:
Melhorar as medidas de segurança e higiene no
ambiente hospitalar;
Contribuir para o controle de infecção hospitalar
e acidentes ocupacionais;
Proteger a saúde e o meio ambiente;
Reduzir o volume e a massa de resíduos contaminados;
Estabelecer procedimentos adequados para o manejo de cada
grupo;
Estimular a reciclagem dos
resíduos comuns.
LEIS QUE AMPARAM E FISCALIZAM

- RDC ANVISA nº 306/2004: traz as normas para a


elaboração de um plano de gerenciamento de
resíduos, destacando as orientações para o manejo
dos resíduos. Preocupa-se principalmente com a
prevenção de acidentes e a preservação da saúde
pública.

- Resolução CONAMA nº 358/2005: dispõe sobre o tratamento e a


destino final dos resíduos dos serviços de saúde, preocupando-se
com os riscos ao meio ambiente.

- Lei nº 4352 de Junho de 2009: dispõe sobre


o tratamento e a disposição final dos RSS.
CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente
O QUE SÃO RESÍDUOS DOS
SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)?

Resíduos de serviço de saúde: é o


resíduo resultante de atividades
exercidas por estabelecimento gerador
que, por suas características, necessitam
de processos diferenciados no manejo,
exigindo ou não-tratamento prévio para a disposição final.
CLASSIFICAÇÃO - RSS

TIPO DE RESÍDUOS GRUPO – RDC 306/2004


Resíduos com a presença POTENCIALMENTE INFECTANTES
de agentes biológicos e/ou Grupo A
infectantes
Resíduos contendo substâncias RESÍDUOS QUÍMICOS
químicas Grupo B
Resíduos com Radionuclídeos REJEITOS RADIOATIVOS
(CNEN 6.02) Grupo C
Resíduos comuns RESÍDUOS COMUNS
Grupo D
Materiais perfuro cortantes ou RESÍDUOS PERFURO CORTANTE
escarificantes Grupo E
Classificação dos Resíduos

1- Grupo A(Infectantes):
resíduos com a possível
presença de agentes
biológicos que podem
apresentar risco de infecção.

São subdivididos em A1, A2, A3, A4 e A5.


Resíduos do Grupo A

A1 : Resíduos com suspeita ou certeza de contaminação


biológica, por exemplo:

- Culturas e estoques de microrganismos, meios de cultura;


- Vacinas vencidas ou inutilizadas;
- Sobras de amostras de laboratório
contendo sangue ou líquidos
corpóreos, recipientes e materiais
resultantes do processo de
assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na
forma livre.
Resíduos do Grupo A

A2 : Carcaças, peças anatômicas,


vísceras e outros resíduos provenientes
de animais submetidos a processo de
experimentação com inoculação de
microorganismos.

Devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.


Resíduos do Grupo A

A3 : Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de


fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas
ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional
menor que 20 semanas, que não tenham valor cientifico ou
legal e não tenha sido requisitado pelo paciente ou seus
familiares.
Resíduos do Grupo A

A4 : Kits de linhas artesanais, endovenosas


e dialisadores; sobras de amostras
de laboratório e seus recipientes
contendo fezes, urina e secreções;
recipientes e materiais resultantes
do processo de assistência á saúde,
que não contenham sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre, entre outros similares.

A5 : Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos,


materiais pérfuro cortantes ou escarificantes
e demais materiais resultantes da atenção à
saúde de indivíduos ou animais.
Classificação dos Resíduos

2- Grupo B (Químicos): resíduos contendo


substâncias químicas e possuem
características como inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.

Representam risco a Saúde Pública e ao meio ambiente.


Resíduos do Grupo B:

- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e


fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados
em análises clínicas.
- Produtos hormonais
- Antimicrobianos
- Medicamento vencidos.
- Saneantes.
- Desinfetantes.
Classificação dos Resíduos

3- Grupo C (Radioativos): resíduos contendo


radio-nuclídeos em quantidades superiores
aos limites de eliminação e que a reutilização
seja imprópria.

- Materiais resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na


área de saúde, laboratórios de
análises clínicas e serviços de
medicina nuclear e radioterapia.
Classificação dos Resíduos
4- Grupo D (Comuns): resíduos que não
apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde a ao meio ambiente.
São equiparados aos resíduos domiciliares.
Podem ser Recicláveis e Não Recicláveis
Resíduo do grupo D:
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças
descartáveis de vestuário;
- Sobras de alimentos e preparo dos alimentos;
- Resíduos de varrição, flores, jardins; ....
Classificação dos Resíduos
5- Grupo E (Perfuro cortantes): materiais
perfurocortantes, escarificantes e outros
similares.

Identificação: Consiste no conjunto de medidas que


permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos
sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto
manejo dos RSS.
IDENTIFICAÇÃO DOS RSS
SIMBOLOGIA ORIENTAÇÃO

GRUPO A : Os resíduos do grupo A são


identificados pelo símbolo de substância infectante
com rótulos de fundo branco, desenho e contornos
pretos.
GRUPO B : Os resíduos do grupo B são identificado
através do símbolo de risco associado e com
discriminação de substância química e frases de risco.

GRUPO C : Os rejeitos do grupo C são representados


pelo símbolo internacional de presença de radiação
ionizante em rótulos de fundo amarelo, acrescido da
expressão MATERIAL RADIOATIVO.
IDENTIFICAÇÃO DOS RSS
SIMBOLOGIA ORIENTAÇÃO
GRUPO D : Os resíduos do grupo D podem ser
destinados a reciclagem ou à reutilização. Devem
ser acondicionados em sacos PRETOS, identificados
com etiqueta para RESÍDUO COMUM.
GRUPO E : são identificados pelo símbolo de
substancia infectante, com rótulos de fundo branco,
desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de
RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco
que apresenta o resíduo.
Etapas do Manejo

MANEJO DO RSS:
- Segregação
- Acondicionamento
- Identificação
- Tratamento
- Transporte Interno
- Armazenamento
- Transporte Externo
- Disposição Final
Manejo dos RSS

Segregação: Consiste na separação dos resíduos no momento e


local de sua geração, de acordo com as características químicas e
biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

Acondicionamento: Consiste no ato de embalar os resíduos segregados


em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de
punctura, ruptura e vazamento.
Segregação e acondicionamento
RESÍDUOS ACONDICIONAMENTO
Grupo A: Devem ser acondicionados no momento de sua
geração em saco plástico branco leitoso, resistente,
identificado com simbologia de resíduo infectante.
Obs.: Bloco cirúrgico - Saco vermelho
Grupo B: Devem ser acondicionados em recipiente rígido que
garanta a integridade física dos frascos, evitando
choque mecânico, identificadas com simbologia de
substancia tóxica, acrescida da expressão
“RESÍDUOS QUÍMICOS”. Para quimioterápicos
usa-se saco plástico de cor laranja.
Grupo C: Recipientes rígidos (bombonas) forrados com
plástico ou embalagens compatíveis, conforme
Conselho Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
Segregação e acondicionamento
RESÍDUOS ACONDICIONAMENTO
Grupo D: Devem ser acondicionados em saco plástico
preto.
Grupo E: Devem ser acondicionados em recipientes
estanques, rígidos, com tampa e no local da sua
geração, identificados com a inscrição
“PERFURO-CORTANTE”.
Manejo dos RSS
Tratamento: Consiste na aplicação de métodos, técnica ou
processo que modifique as características dos riscos inerentes aos
resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de
acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente.
Manejo dos RSS
Manejo dos RSS
Transporte Interno: Consiste no traslado dos resíduos
dos pontos de geração até local de armazenamento
temporário (EXPURGO) ou armazenamento externo
com a finalidade de apresentação para a coleta.
- Deve ser realizado separadamente de acordo com cada grupo
de resíduos

- Em horários definidos, que não coincidentes com:


* Distribuição de roupas,
alimentos e medicamentos.
* Visitas ou maior fluxo de
Pessoas.
CRONOGRAMA HORÁRIO DE COLETA DOS
RSS
- Os resíduos são coletados pelo funcionário dos serviços
gerais e encaminhados ao depósito de resíduos utilizando
carro para transporte interno fechado, exclusivo para os
resíduos e identificados com o símbolo correspondente ao
risco neles contidos.
- A coleta interna é realizada 05 vezes ao dia:
06:30 – 07:00 horas
08:30 – 09:00 horas
12:30 – 13:45 horas
15:00 – 16:45 horas
18:30 – 20:00 horas
A coleta interna respeita freqüência e horários estipulados,
evitando cruzamento com horário de recolhimento de roupas
sujas e de fornecimento de refeições e roupas limpas.
Manejo dos RSS
Armazenamento Externo:
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização
da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso
facilitado para os veículos coletores.

O abrigo é identificado como “Depósito de


resíduos”, sendo restrito aos funcionários do
gerenciamento de resíduos, tem fácil acesso
para os recipientes de transporte e para os
veículos coletores.
Manejo dos RSS
Coleta e transporte externos: Consiste na remoção dos
RSS do abrigo de resíduos até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente.
MANEJO SEGURO

- Os funcionários envolvidos em cada


etapa do gerenciamento de RSS devem
ser adequadamente treinados e
obrigatoriamente, usar Equipamento de
Proteção Individual – EPI.
DISPOSIÇÃO FINAL DOS RSS

- Consiste na disposição de resíduos no solo, e com


licenciamento ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA nº.358/2005.
Atualmente os locais utilizados para a disposição final
dos RSS são:
- Aterro sanitário
- Aterro de resíduos perigosos – classe I (industriais)
DISPOSIÇÃO FINAL DOS RSS

- Valas sépticas
- Aterro controlado
- Lixão ou vazadouro
CONCLUSÃO
- Descarte corretamente os seus resíduos;
- Observe as cores dos sacos plásticos e
lixeiras;
- Economize papel (utilize o verso para
tomar notas e rascunhos);
- Pergunte sempre que tiver dúvidas.
- Os recipientes devem ser sempre
substituídos quando atingirem 2/3 de
sua capacidade.
Bibliografia

RDC Nº 306, da ANVISA, de 7 de Dezembro de 2004


- Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
ABNT NBR 7500, de Maio de 2005 - Identificação
para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e
armazenamento de produtos.
Resolução nº 358/2005, CONAMA: Dispõe sobre o
tratamento e a disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras providências.

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