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Estudo in silico do efeito antidepressivo da casca da Musa paradisiaca utilizando modelos

computacionais: envolvimento do sistema dopaminérgico na depressão


Ana Carolina Rossa Burato1, Artur Alano Daniel2, Msc. Carlos Pereira Martins (orientador)3, Helyson Lucas Bezerra Braz (coorientador)4
1,2 Colégio Murialdo de Araranguá, 3Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 4 Universidade Federal do Ceára (UFC)

Figura 3: Genoma da depressão de longo prazo do banco de dados KEGG. Figura 7: interação 2D entre o fármaco que apresentou o melhor resultado e o peptídeo da banana
Introdução WRKY26 com os resíduos da D2. (1) duloxetina. (2) WRKY26.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de
depressão em todo o mundo.

O QUE É DEPRESSÃO?
É uma doença crônica que está diretamente conectada com os sentimentos e os transtornos de humor,
sendo que ela ocorre por uma deficiência de monoaminas.

O QUE É HIPÓTESE A MONOAMINÉRGICA?


São alterações que ocorrem nos neurotransmissores monoaminérgicos de dopamina (DA), serotonina
(5-HT) e noradrenalina (NA).

Sistema dopaminérgico Neurônio dopaminérgico

Fonte: (KEGG, 2020).


* Todas as imagens sem fonte são de autoria do trabalho
Genoma da depressão à longo prazo fornecido pelo banco de dados KEGG, destacado os alvos
selecionados.
Não agem como cura Fonte: (ARQUIVO DO PROJETO, 2020).
Figura 4: alvos que nunca tinham sido relacionados com a depressão anteriormente.
Figura 8: Interação 2D entre o fármaco que apresentou o melhor resultado e a proteína da banana
INSR WRKY26 com os resíduos da IFG1. (1) Duloxetina. (2) WRKY26.
JAK2
Antidepressivos Controle sintomático
AKT1 RPS6KB2

AKT2
Inibidores seletivos de recaptação de 5-HT e NA
GRB10
IGF2
Objetivo geral
Avaliar interações moleculares e os possíveis efeitos antidepressivos e neuroprotetores de substâncias
presentes na casca da Musa paradisiaca no modelo de depressão por meio de programas CRHR2
SRC
computacionais.

Metodologia PTPN1 EGFR

• Dados bibliográficos Fonte: (AUTORES, 2020).


• Descoberta da WRKY26
• Homologia da WRKY26 pelo SWISS MODEL Através da rede de processos biológicos criado pelo String e pelo genoma do KEGG foi possível
1ª ETAPA • Teste de verificação estrutural com Saves v5.0 identificar diversos alvos (figura 4) que não foram relacionados com a depressão anteriormente.

Figura 5: comparativos dos antidepressivos utilizados e do peptídeo WRKY26 com os alvos da


• Busca pelo String e no KEGG dos alvos relacionados a depressão de longo prazo depressão ao longo prazo.
• Preparação das estruturas encontradas em formato 3D
• Construção da IGF1 por homologia pelo SWISS MODEL
2ª ETAPA

• Busca dos fármacos


• Docking Molecular utilizado Autodock Vina 1.1.2 e Autodocktools-1.56
3ª ETAPA Fonte: (ARQUIVO DO PROJETO, 2020).

Figura 9: Interação 2D entre o fármaco que apresentou o melhor resultado e a proteína da banana
WRKY26 com os resíduos da NOS. (1) Duloxetina. (2) WRKY26.
• Análise dos resultados do Docking Molecular
• Técnicas de verificação das interações em formato 3D e 2D pelo Discovery
Studio®
4ª ETAPA

Resultados
Figura 1: (A) modelo molecular da macromolécula WRKY26 (B) modelo molecular da estrutura do
alvo IGF1.
(A)

Fonte: (ARQUIVO DO PROJETO, 2020).


(B)

Analisa-se as interações dos fármacos (duloxetina, milnaciprano e pregabalina) já utilizados na clínica


atual na depressão e da macromolécula da casca da Musa paradisiaca (WRKY26), contra os alvos da
depressão de longo prazo (IGF1, CRF, NOS, D2 e D3). Sendo que nos receptores D3 e D2, evidencia-
se que a duloxetina e a WRKY26 apresentaram diferenças significativas superiores/semelhantes
quando comparados aos outros fármacos.

Fonte: (ARQUIVO DO PROJETO, 2020). 2ª ETAPA Figura 6: interação 2D entre o fármaco que apresentou o melhor resultado e o peptídeo da banana
WRKY26 com os resíduos da D3. (1) duloxetina. (2) WRKY26.
Modelos moleculares das estruturas da macromolécula WRKY26 e o alvo IGF1 criadas através da
técnica de homologia pelo o servidor SWISS-MODEL em uma rotação de 180º.

Figura 2: Rede de processos biológicos construída no programa String.

Fonte: (AUTORES DO PROJETO, 2020).

Essas análises bidimensionais e estruturais mostram os aminoácidos receptores representados por


esferas de cor diferentes ao redor das estruturas e também evidenciando o resultado da afinidade.
Ressalta-se a presença da ligação de hidrogênio, apontando que as interações foram fortes.
Destacando-se as interações nos alvos D2 e D3. E as imagens 3D representam melhor como ocorreu a
interação entre alvo e ligante.

Conclusão
Em conjunto, os dados do presente estudo demonstram a dopamina presente na casca da Musa
paradisiaca apresentam efeito antidepressivo, ansiolítico e neuroprotetor no modelo inflamatório de
depressão. Esses resultados apoiam fortemente o potencial dos inibidores seletivos de recaptação de
DA, 5-HT e NA no tratamento da depressão e ansiedade - promovendo o aumento significativo dos
neurotransmissores monoaminérgicos nesses pacientes. Portanto conclui-se que os docking's da
bioinformática foram suficientes para evidenciar o potencial da substância estuda. Sendo assim, nós
realizamos várias contribuições mostrando as novas estruturas descobertas que nunca foram
relacionadas com a depressão e evidenciando o caráter natural da nossa substância.

REFERÊNCIAS
FERREIRA, Leonardo G. et al. Molecular Docking and Structure-Based Drug Design Strategies.
Fonte: (ARQUIVO DO PROJETO, 2020).
Journal From Mdpi, São Paulo, n. 20, p. 13385-13421, 2015.
Neste interactoma geral ,demonstra todas as proteínas relacionadas com a depressão ao longo prazo. https://dx.doi.org/10.3390/molecules200713384
Sendo que cada nó representa uma proteína e as em vermelho são as relacionadas com a depressão ao MALHI, Gin s et al. Depression. The Lancet, v. 392, n. 10161, p. 2299-2312, 2018.
longo prazo. Posto que, as arestas são as associações presentes entre os nós. Sendo assim, é possível http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(18)31948-2.
observar que os alvos relacionados com a depressão utilizados no docking molecular, os quais são o SINGH, Balwinder et al. Bioactive compounds in banana and their associated health benefits – A
CRF, NOS e o IGF1. Fonte: (ARQUIVO DO PROJETO, 2020). review. Food Chemistry, v. 206, p. 1-11, 2016. http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2016.03.033.

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