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TEORIA GERAL DAS EMPRESAS

NOÇÕES BÁSICAS DO DIREITO DE


EMPRESA
Danubya Lara da Costa Leiroza

-1-
Olá!
Você está na unidade Noções básicas do Direito de Empresa. Conheça alguns conceitos básicos sobre o Direito

Empresarial, como a empresa e a atividade em-presária e não empresária e os elementos necessários para a

configuração de uma atividade econômica. Aprenda também sobre os princípios que norteiam a matéria seus

respectivos requisitos, como a atividade econômica, a livre iniciativa, a função social da empresa e a livre

concorrência.

Descubra a respeito dos requisitos necessários para a formalização de uma empre-sa e sua atividade empresária

ou de sua atividade não empresária.

Bons estudos!

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1. Empresa e atividade empresária
Na concepção social, empresa é todo aquele estabelecimento que produz ou vende algo. Mas para o Direito não é

bem assim. No âmbito jurídico existem alguns requisitos a serem cumpridos para que uma empresa possa

realmente ser considerada empresa e também uma atividade empresária.

A atividade empresarial está diretamente relacionada ao conceito de empresário, previsto no art. 966 do Código

Civil. Assim, a atividade desenvolvida pelo empresário é empresarial, pois é exercida profissionalmente na busca

de lucro (TEIXEIRA, 2018).

Segundo o referido dispositivo,

Art. 966 - Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada

para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único: Não se considera empresário quem exerce profis-são intelectual, de natureza

científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o

exercício da profissão constituir elemento de empresa (BRASIL, 2002).

Assista aí

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Como se pode extrair do art. 966, a empresa se caracteriza pela atividade econômica organizada e exercida de

maneira profissional do empresário (pessoa física) ou pela sociedade empresária (pessoa jurídica). Ela também

envolve a produção ou a circulação de bens ou de serviços (exceto os de natureza intelectual), sem prejuízo dos

elementos que compõem o conceito de empresário (TEIXEIRA, 2018). Além disso, toda a empresa também

precisa, obrigatoriamente, estar registrada na Junta Comercial (também chamada de Registro Público de

Empresas Mercantis). Tal registro se assemelha ao documento de identificação (RG) das pessoas físicas, por

exemplo.

A empresa se concretiza na atividade do empresário e, como afirma Requião (2000), se o exercício da atividade

organizada do empresário de desaparecer, então desaparece também a empresa.

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Diniz (2006), por sua vez, aduz que toda atividade empresarial pressupõe o empresário como sujeito de direitos

e obrigações e também titular da empresa e detentor do poder de iniciativa e de decisão. Cabe a ele, portanto,

determinar o destino da empresa e o ritmo de sua atividade, assumindo todos os riscos, entre vantagens e

prejuízos (FERNANDEZ, 2012).

Por isso, é tão importante o empresário ponderar sobre o tipo de negócio que está disposto a abrir e sobre os

riscos que sua atividade possui.

Exercer profissionalmente uma atividade econômica organizada significa, portanto:

administrar, literalmente, a atividade explorada;

ter aquela atividade como profissão;

participar com habitualidade do dia a dia empresarial, sabendo tudo o que acontece com o negócio;

ser peça fundamental nos resultados, independente se forem positivos ou negativos.

Diniz (2006) considera que a figura física do empresário, como organizador dos fatores de produção, é essencial

à continuidade da existência da empresa. Todavia, uma vez organizada a empresa, nada impede que o

empreendedor delegue a sua gerência a outros indivíduos com aptidão administrativa. Nesta hipótese, a

empresa continuará existindo como entidade autônoma e independente. Esse é o destino inevitável das grandes

corporações. A empresa, como sistema autônomo, tem que funcionar sem o caráter personalíssimo que é próprio

da atividade autônoma (FERNANDEZ, 2010).

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1.1 Elementos de empresa

Atividade econômica, na acepção da palavra, significa atividade produtiva (bens ou serviços). Além disso, é

considerada, ainda, uma sucessão de atos praticados de forma organizada e estável, sendo que a oferta de bens

ou serviços deve ser constante por se tratar da sua finalidade permanente (DINIZ, 2010). Assim, a atividade deve

ser exercida de maneira reiterada, constante e marcada pela realização de uma série de atos encadeados e

voltados para uma finalidade empresarial. Caso se trate da realização de um negócio eventual, como a compra e

a venda ocasional, tal ato isolado não caracterizará o exercício da atividade empresarial (CHAGAS, 2017).

Isso significa que deve ser exercida com habitualidade (sistematicamente) e não ocasionalmente. A

habitualidade não significa continuidade, logo, pode ser sazonal, como, por exemplo, a gestão de um

estabelecimento balneário, um hotel que funcione apenas durante o verão, mas todos os anos há a habitualidade

de estar em funcionamento naquele período.

O trabalho remunerado, portanto, não deixa de ser uma atividade econômica, cujo resultado pode ser o salário,

para o trabalhador empregado, ou os honorários (pró-labore), quando se tratar de profissionais liberais.

Tratando-se de empresas, o resultado da atividade econômica aparece na forma de lucro – ou, então, de

prejuízos, visto que ele assume os riscos inerentes ao negócio ao qual escolhe como administrar (FERNANDEZ,

2012).

Figura 1 - Empresário assume os lucros e os prejuízos da empresa

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Figura 1 - Empresário assume os lucros e os prejuízos da empresa
Fonte: Dim Tik, Shutterstock (2020).

#PraCegoVer: a imagem mostra um empresário vestindo terno e pegando dinheiro flutuante com uma rede de

colher, como se estivesse caçando dinheiro.

Assista aí

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Uma outra característica é o profissionalismo, que a atividade econômica deve satisfazer a outras pessoas, ou

seja, as empresas produzem para o mercado. O autor também coloca que o profissionalismo pressupõe a

assunção do risco por parte do empreendedor. Este age em nome próprio. Assim, não são empreendedores

aqueles que agem em nome de outrem, como os representantes comerciais (FERNANDEZ, 2012).

Há ainda, a organização empresarial, onde é necessário que apareça sempre alguma vantagem em forma de

lucro. Pois, caso contrário, a empresa será abandonada pelo capitalista, via de regra muito exigente. O fim

lucrativo pode ser um caráter normal da atividade econômica empreendedora, porém não pode ser considerado

condição para a existência da empresa. (FERNANDEZ, 2012).

O lucro como condição não pode ser determinante para caracterizar a atividade empresária, pois sua obtenção

não depende apenas da vontade do empresário, e, sim, de uma série de fatores, como tipo de produto vendido ou

oferecido, local, valor, propaganda etc. O lucro, desta forma, pode ser o objetivo da produção ou circulação de

bens ou serviços ou apenas o instrumento para alcançar outras finalidades. Por exemplo: religiosos podem

prestar serviços educacionais (numa escola ou universidade) sem visar especificamente o lucro. É evidente que,

no capitalismo, nenhuma atividade econômica se mantém sem alguma lucratividade e, por isso, o valor total das

mensalidades deve superar o das despesas também nesses estabelecimentos educacionais. Mas a escola ou

universidade religiosas podem ter objetivos não lucrativos, como a difusão de valores ou criação de postos de

emprego para os seus sacerdotes. Neste caso, o lucro é meio e não fim da atividade econômica (COELHO, 2016).

Fique de olho
A teoria da empresa é utilizada para identificar o empresário e a atividade empresa-rial,
baseando a aplicação de normas específicas para cada um deles. Tais normas surgiram no
Direito brasileiro a partir do Código Civil de 2002, fruto das contínuas transformações
comerciais.

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Outro elemento econômico das empresas é a produção e a circulação de bens e serviços. Produção, “é o

processo de combinar insumos para fazer produtos”. Os insumos compreendem a terra, o capital, o trabalho e a

tecnologia, que é a maneira pela qual esses elementos podem ser combinados para produzir produtos.

Entretanto, o conceito de produção é muito mais amplo do que simplesmente combinar insumos (FERNANDEZ,

2012).

Estes elementos caracterizadores informam o conceito de empresa; contudo, há outras características que

podem ser utilizadas para objetificar cada caso.

A economicidade da atividade exige que a mesma seja capaz de criar novas habilidades, novas riquezas,

afastando-se as atividades de mero gozo. Nessa criação de novas riquezas, é possível transformar matéria prima,

como também pode haver a interposição de circulação de bens aumentando o valor dos mesmos. Dentro dessa

ideia se encontram as atividades dos agricultores, as indústrias, o comércio e os prestadores de serviços

(TOMAZETTE, 2013).

Para existir uma empresa é necessária a criação de um organismo econômico, como entidade objetiva, que em

qualquer modo se autonomiza com respeito ao seu criador (o empreendedor). Aquela organização elementar

dos fatores produtivos, centrada essencialmente no trabalho do sujeito agente é própria da pequena empresa,

que, porém, está fora da noção de empresa (FERNANDEZ, 2012).

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1.2 Atividades não empresárias

A teoria da empresa não se preocupa em estabelecer um rol de atividades sujeitas ao regime jurídico

empresarial. Pelo contrário: a lei optou por fixar um critério material para a conceituação do empresário que,

como visto, é bastante abrangente, de forma a englobar todas as atividades econômicas em seu âmbito de

incidência (RAMOS, 2017).

Por outro lado, fica mais fácil de identificar também as atividades que podem ser consideradas não empresárias.

Isso porque existem agentes econômicos que, a despeito de exercerem atividades econômicas, não se encaixam

como empresários pela lei. Da mesma forma, também não podem ser consideradas empresa por não possuir os

elementos de uma e enumerados pelo art. 966 do Código Civil.

Com base nisso, concluir-se, então, que nem toda atividade econômica é, necessariamente, uma atividade

empresária – e, por conseguinte, também está excluído do conceito de empresa. São eles, conforme o Código Civil:

o profissional intelectual (profissional liberal, como advogados, médicos e professores, por

exemplo);

a sociedade simples;

aquele que exerce atividade rural;

a sociedade cooperativa.

Por regra, os intelectuais ou profissionais liberais não são considerados empresários, mas há uma exceção: se

a organização dos fatores da produção for mais importante que a atividade pessoal desenvolvida, então a

atividade deixa de ser intelectual e passa a ser atividade empresária.

Na prática, se o cliente procura os serviços oferecidos por motivos voltados exclusivamente à pessoa que o

exerce (o advogado x, ou o médico y, por exemplo), então, o profissional será intelectual e jamais considerado

empresa – por mais que exerça suas atividades em um local com mais pessoas. Contudo, se a procura por tal

serviço envolver um conjunto de fatores que não inclui a pessoa do profissional propriamente dita – no caso, o

cliente é indiferente em relação à pessoa que irá lhe atender -, então se trata de uma empresa e de uma atividade

empresarial.

Assim, a partir do momento que o profissional intelectual dá uma forma empresarial ao exercício de suas

atividades (impessoalizando a sua atuação e passando a ostentar mais a característica de organizador da

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atividade desenvolvida), será considerado empresário e passará a ser regido pelas normas do direito

empresarial. (RAMOS, 2017).

É por isso que a expressão “elemento de empresa” precisa ser analisada pela ótica da interpretação econômica,

considerando a atividade intelectual e a natureza científica, literária ou artística como um dos fatores da

organização empresarial (DINIZ, 2010). Isso porque o elemento de empresa, baseado na lei, traz a forma como o

trabalho intelectual é organizado, dentro de uma conjuntura econômica.

Neste caso, é possível perceber que não são empresárias aquelas pessoas que exercem atividade intelectual por

qualquer meio, organizadamente ou não, sob forma empresarial ou não, em caráter profissional ou não qualquer

que seja o volume, intensidade ou quantidade de sua produção (DINIZ, 2010).

Já a sociedade simples é uma sociedade entre duas ou mais pessoas que presta serviços por meio de seus

sócios. Neste tipo de associação, eles exercem a suas profissões ou prestam serviços de natureza pessoal e

alinhadas com as suas atividades profissionais específicas, como é o caso da parceria entre médicos,

nutricionistas, dentistas, advogados, pesquisadores e escritores. Esse tipo de sociedade geralmente abrange

atividades intelectuais (JURIDOC, 2020).

Assim como os intelectuais, a atividade rural também não pode ser classificada como atividade empresarial

como regra, embora possua exceções. Segundo Coelho (2016, p. 24), as atividades rurais, no Brasil são

exploradas em dois tipos radicalmente diferentes de organizações econômicas: a agroindústria (ou agronegócio)

e a agricultura familiar. Na agroindústria emprega-se tecnologia avançada, mão de obra assalariada (permanente

e temporária), especialização de culturas e grandes áreas de cultivo, por exemplo, o que qualifica a atividade

como empresa.

Por outro lado, a agricultura familiar tem outra concepção: envolve apenas o trabalho do dono da terra e seus

familiares, um ou outro empregado, e em uma área de cultivo relativamente menor que a agroindústria. Trata-se,

portanto, de uma atividade não empresária.

No entanto, caso o produtor rural promova a sua inscrição na Junta Comercial, então ele passa a se equiparar ao

empresário. Mas se isso não acontecer, ele permanece como mero trabalhador autônomo, não sendo

considerado empresário na forma da lei por não preencher os requisitos.

Fique de olho
Ao optar pelo registro, o rurícola se torna empresário e se sujeita às disposições do direito de
empresa, devendo fazer seu registro na Junta Comercial. Trata-se de um empresário por opção.

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No papel de sociedade distinta das empresariais, a sociedade simples pode revestir-se, ainda, de outras formas

constitutivas - com exceção da sociedade por ações que, por força da lei será sempre empresária. Por exemplo:

uma sociedade de médicos será simples quanto ao objeto, mas, quanto à forma, poderá adotar o modelo da

sociedade limitada. É uma sociedade simples porque seu objeto não é empresarial. E é limitada porque adotou o

modelo de constituição dessas sociedades (NEGRÃO, 2104).

Além disso, a legislação brasileira também atribui um papel duplo às sociedades simples: um deles por distinguir

o objeto social da atividade que será sempre não empresarial e, o outro, de prover modelo para os demais tipos

societários (NEGRÃO, 2104, p. 24).

Assim, será simples aquela sociedade que não exercer atividade empresarial econômica, técnica e organizada

para produção ou circulação de bens ou serviços, mesmo que venha a adotar quaisquer das formas empresárias.

Ela objetiva o exercício de atividade profissional intelectual, desde que não haja o elemento “empresa”, ou de

qualquer outra atividade não empresarial (DINIZ, 2010).

Por fim, a sociedade cooperativa também não é considerada empresa por se enquadrar como uma sociedade

simples. Isso ocorre em razão da própria natureza civil da cooperativa, que não objetiva o lucro – e, portanto,

não consegue englobar todos os elementos legais exigidos para a empresa.

A sociedade cooperativa é regida pela Lei 5.764/71 e seu art. 3º traz o se-guinte texto: Celebram

contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens

ou serviços para o exer-cício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro

(BRASIL, 1971).

Embora as cooperativas costumam se dedicar às mesmas atividades dos empresários e atender à maior parte

dos requisitos legais de caracterização destes (profissionalismo, atividade econômica organizada e produção ou

circulação de bens ou serviços) - com exceção apenas do lucro -, ela será sempre uma sociedade simples por

força do parágrafo único do art. 982 do Código Civil. Assim, mesmo que o objeto social da cooperativa esteja

relacionado a atividades empresariais (produção ou circulação de bens ou de serviços), ainda assim, ela será

uma sociedade simples.

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Figura 2 - Sociedades cooperativas
Fonte: Golden Sikorka, Shutterstock (2020).

#PraCegoVer: A imagem mostra dois empresários apertando as mãos, ilustrando que, ape-sar de atenderem a

boa parte dos elementos de empresa, a cooperativa nunca será consi-derada uma empresa.

Isso significa também, segundo a Lei 5.764/71, que as sociedades cooperativas se submetem ao regime jurídico-

empresarial e, portanto, não estão sujeitas à falência e ao direito de requerer a recuperação judicial de outrem

(COELHO, 2018, p. 26).

Além desses agentes econômicos que não são considerados empresários ou atividades empresárias, a legislação

ainda impede outras pessoas físicas de exercer a atividade de empresário.

São elas:

Servidores públicos, magistrados e membros do Ministério Público


Os funcionários públicos não devem se preocupar com situações que estão fora das suas funções pública, assim

como também não podem correr o risco de favorecer determinada empresa em detrimento de outras ou do

próprio poder público. Por este motivo, não podem ser administradores, nem exercer atividade empresarial como

empresário individual, mas podem ser acionista ou cotista de uma sociedade. Não podem, portanto, estar à frente

do negócio. Na esfera administrativa, o funcionário público que burlar esse impedimento poderá sofrer sanções e,

até mesmo, perder seu cargo público, de acordo com a disposição de cada estatuto (TEIXEIRA, 2018).
Militares da ativa

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A mesma situação do funcionário público vale também para o militar (que também é um fun-cionário público),

cuja função é regulada pelo decreto-lei n. 1.001/69. De acordo com o art. 204, a prática do comércio pelo militar é

considerada crime e uma das motiva-ções para tanto está no fato de que, durante o horário de trabalho, ele

poderia ficar tentado a guardar exclusivamente o seu estabelecimento comercial (TEIXEIRA, 2018).
Estrangeiros
Os estrangeiros podem exercer atividade empresarial, com exceção apenas dos ca-sos mencionados pela

Constituição Federal de 1988, que estabelece alguns impe-dimentos. Eles não podem, por exemplo, controlar

exploração de recursos minerais (art. 176, § 1º) ou ser proprietário de empresa jornalística (art. 222).
Pessoas físicas que são devedoras de INSS
A lei prevê que empresários individuais e sociedades empresárias devedoras de contribuições à Previdência

Social podem sofrer interdição para exercer a atividade empresarial. Há outras restrições aos devedores do INSS,

como o impedimento pa-ra participar de licitações públicas, dificuldades para realizar o encerramento da ati-

vidade econômica, entre outras.


Pessoa físicas com condenação que vedam a atividade empresarial
Nestes casos é necessária uma autorização judicial com a nomeação de um representante. Quanto à incapacidade

de sócio de uma sociedade empresária, a Junta Comercial deverá registrar contratos ou alterações contratuais de

sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes requisitos: o sócio

incapaz não pode exercer a administração da sociedade; o capital social deve ser totalmente integralizado; e o

sócio relativamente incapaz deve ser assistido, se absolutamente incapaz, deve ser representado por seus

representantes legais. O representante ou o assistente poderá nomear um gerente para lhe substituir quando não

puder exercer a atividade empresarial, desde que com aprovação judicial, o que não exime o representante de

suas responsabilidades. Aqueles proibidos de exercer empresa são plenamente capazes para a prática dos atos e

negócios jurídicos, mas o ordenamento em vigor entendeu conveniente vedar-lhes o exercício dessa atividade

profissional. E a própria Constituição, ao estabelecer que o exercício de profissão estará sujeito ao atendimento

dos requisitos previstos em lei ordinária (CF, art. 5º, XIII), que fundamenta a validade das proibições ao exercício

da empresa (COELHO, 2018).

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1.3 Estabelecimento comercial

Assim como acontece com a empresa, o estabelecimento empresarial também pos-sui uma definição específica

para o Direito. O art. 1.142 do Código Civil dá a pre-missa: trata-se de todo complexo de bens organizado onde se

pratica o exercício da empresa.

A palavra bens compreende coisas corpóreas e incorpóreas que, reunidas pelo em-presário ou pela sociedade

empresária, passam a ter uma destinação unitária – o exercício da empresa. Neste sentido, o estabelecimento

comercial nada mais é do que uma universalidade de fato e, como tal, pode ser objeto de relações jurídicas

próprias, distintas das relativas a cada um dos bens singulares que o integram (NE-GRÃO, 2014).

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2. Princípios da atividade econômica
Os princípios apontam a direção que as normas têm que trilhar. Isso significa que elas seguem um padrão moral

de acordo com uma escala de valores sociais bem definida, evitando que o operador do direito trabalhe com

insegurança jurídica (Chagas, 2017).

As regras jurídicas que envolvem o Direito Empresarial estão assentadas em uma principiologia própria,

destacando a imprescindibilidade da empresa como instrumento para o desenvolvimento econômico e social das

sociedades contemporâneas.

Enquanto ao Direito Comercial cabe a disciplina especial dos direitos e obrigações de ordem privada relativas às

atividades econômicas organizadas, ao Direito Civil cabe ser fonte normativa subsidiária aos demais ramos do

direito, pois regula, de forma geral, os direitos e obrigações de ordem privada relativas às pessoas, aos bens e às

suas relações.

Fique de olho
Os princípios, além de serem a origem, a base de sustentação da norma, também são ideias
mais genéricas - de onde podem ser extraídas concepções e intenções para a criação de outras
normas, ou onde se encontra sustentação em caso de la-cunas na sua aplicação (SANTIAGO,
2020).

A respeito da atividade econômica, eles estão apresentados no art. 170 da Constituição Federal de 1988.

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem

por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os

seguin-tes princípios:

I - soberania nacional;

II - propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferen-ciado conforme o impacto

ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;

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VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte cons-tituídas sob as leis brasileiras e

que tenham sua sede e administra-ção no País.

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica,

independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

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2.1 Princípio da livre iniciativa

A liberdade de iniciativa envolve o livre exercício de qualquer atividade econômica, a liberdade de trabalho,

ofício ou profissão e a liberdade de contrato. A respeito do livre exercício da atividade econômica, salientou Eros

Roberto Grau:

Inúmeros são os sentidos, de toda sorte, podem ser divisados no princípio, em sua dupla face, ou

seja, enquanto liberdade de comércio e indústria e enquanto liberdade de concorrência. A este

critério classificatório acoplando-se outro, que leva à distinção entre liberdade pública e liberdade

privada, poderemos ter equacionado o seguinte quadro de exposição de tais sentidos: a) liberdade

de comércio e indústria (não ingerência do Estado no domínio econômico): a.1) faculdade de criar e

explorar uma atividade econômica a título privado - liberdade pública; a.2) não sujeição a qualquer

restrição estatal se-não em virtude de lei - liberdade pública; b) liberdade de concorrência: b.1)

faculdade de conquistar a clientela, desde que não através de concorrência desleal - liberdade

privada; b.2) proibição de formas de atuação que deteriam a concorrência - liberdade privada; b.3)

neutralidade do Estado diante do fenômeno concorrencial, em igualdade de condições dos

concorrentes – liberdade pública (GRAU, 2003, p. 183).

A livre iniciativa é o princípio fundamental do direito empresarial. Em nosso ordenamento jurídico, constitui

princípio constitucional da ordem econômica, conforme previsão expressa do art. 170 da CF/1988: “A ordem

econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos

existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios” (RAMOS, 2017. p.49).

A liberdade de iniciativa é elemento essencial do capitalismo, do próprio modo de produção. O capitalismo

depende, para funcionar com eficiência, de um ambiente econômico e institucional em que a liberdade de

iniciativa esteja assegurada (COELHO, 2012, p. 77).

Fique de olho
Livre iniciativa, princípios, legalidade e igualdade significam dizer que todos nós so-mos livres
para iniciar uma atividade comercial ou empresarial, obedecidos certos requisitos do Poder
Público que, se atendidos, não poderão proibir o exercício desta atividade.

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A livre iniciativa é um princípio que estabelece a possibilidade de um cidadão comum participar do mercado sem

a necessidade de autorização ou aprovação do Estado. Basicamente, a Constituição Federal assegura aos

brasileiros e residentes no país o direito de se estabelecer como empresário (PERACINI, 2019).

Qualquer pessoa capaz (brasileiro ou residente no país) tem o direito de abrir uma empresa, de ser empresário e

de participar da livre demanda econômica nacional.

Segundo Tomazette (2013, p. 629),

um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é a livre iniciativa (art. 1º, IV, da Constituição

Federal), pelo qual deve-se garantir aos indivíduos o acesso às atividades e o seu exercício. Tal

princípio tem uma função social, ele não é absoluto e deve compatibilizar com outros princípios

constitucionais, sobretudo os princípios da função social da propriedade e da livre concorrência. O

princípio da livre iniciativa não representa uma liberdade econômica absoluta; o Estado pode limitar

a liberdade empresarial, respeitando os princípios da legalidade, igualdade e proporcionalidade,

ponderando os valores da livre iniciativa e da livre concorrência.

Assim, podemos dizer que a função social da empresa deve ser vista em sentido amplo, em conjunto com os

demais princípios estabelecidos constitucionalmente, e ainda, observar que mesmo sendo “livre” qualquer

pessoa ter uma empresa, ela será obrigatoriamente regulada pelo Estado.

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2.2 Princípio da função social da empresa

A função social da empresa faz referência à atividade empresarial em si, que decorre do uso dos chamados bens

de produção pelos empresários. Como a propriedade desses bens está sujeita ao cumprimento de uma função

social (nos termos do art. 5.º, inciso XXIII, da Constituição Federal), o exercício da empresa (atividade econômica

organizada) também deve cumprir uma função social específica.

Segundo Ramos (2017, p. 57), tal função

estará satisfeita quando houver criação de empregos, pagamento de tributos, geração de riqueza,

contribuição para o desenvolvimento econômico, social e cultural do entorno, adoção de práticas

sustentáveis e respeito aos direitos dos consumidores.

Desta forma, é possível perceber a preocupação do legislador em evitar que o empresário não se sobressaia ao

bem comum e coletivo. Pelo contrário, a intenção era de, justamente, fazer com que as empresas tivessem

responsabilidade social também para com a sociedade onde estão inseridas.

Fique de olho
A empresa não deve, apenas, atender os interesses individuais do empresário indi-vidual, ou
dos sócios da empresa, mas também os interesses difusos e coletivos de todos aqueles que são
afetados pelo exercício dela, como trabalhadores, contribuin-tes, vizinhos, concorrentes e
consumidores, por exemplo (RAMOS, 2017).

Para Coelho, cumpre sua função social a empresa que gera empregos, tributos e riqueza, contribui para o

desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade em que atua, de sua região ou do país, adota

práticas empresariais sustentáveis visando à proteção do meio ambiente e ao respeito aos direitos dos

consumidores. Se sua atuação é consentânea com estes objetivos, e se desenvolve com estrita obediência às leis a

que se encontra sujeita, a empresa está cumprindo sua função social; isto é, os bens de produção reunidos pelo

empresário na organização do estabelecimento empresarial estão tendo o emprego determinado pela

Constituição Federal (COELHO, 2012).

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Figura 3 - A empresa tem responsabilidade com a sociedade onde está inserida
Fonte: Jacob_09, Shutterstock (2020).

#PraCegoVer: A imagem mostra duas mãos frente a frente, uma delas segurando a representação de uma

cidade, com prédios e casas, enquanto a outra segura o planeta terra.

Neste sentido, a Constituição Federal de 1988 também aparece como norte para que o princípio da função social

da empresa seja abraçado pela regra empresarial. Ou seja, está sempre visando o bem comum da sociedade,

mesmo que, aparentemente, esteja colocando o bem geral social, em detrimento da empresa e do empresário.

Em um primeiro momento pode parecer que a função social da empresa é um princípio contrário ao da livre

iniciativa, mas não é o que acontece. A função social não tem por fim extinguir liberdades e direitos dos

empresários e, tampouco, tornar a empresa mero instrumento para fins sociais. A função social tem por objetivo,

reinserir a solidariedade social na atividade econômica sem desconsiderar a autonomia privada, fornecendo

padrão mínimo de distribuição de riquezas e de redução das desigualdades (FRAZÃO, 2018).

Assim, não se trata apenas da proteção do empresário, nem exclusivamente da sociedade empresária, mas da

proteção à comunidade e ao Estado que se beneficiam com a produção de riquezas. Aliás, não apenas o

empreendedor, o empresário, mas também os terceiros que mantenham relações negociais com a empresa, os

quais detêm direitos e interesses que merecem igual proteção, portanto, ampla proteção, característica da

função social da empresa (CHAGAS, 2017).

Garantir e defender a propriedade privada dos meios de produção é pressuposto fundamental do regime

capitalista de livre mercado. Ausente a propriedade privada, não há também mercado. Não havendo mercado,

não há como precificar os bens e serviços em produção e circulação de forma legítima e eficiente, não havendo

alternativa senão o planejamento central da economia.

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2.3 Princípio da livre concorrência

O princípio da livre concorrência preceitua que todos podem livremente concorrer no mercado, desde que o

façam com lealdade e visando à produção, à circulação e ao consumo de bens e serviços. Isso significa que a

fixação dos preços das mercadorias e dos serviços não deve resultar de atos cogentes da autoridade

administrativa, mas, sim, do livre jogo das forças na disputa de clientela, conforme o oscilar da economia de

mercado (RAMOS, 2017).

A liberdade de concorrência é que garante o fornecimento de produtos ou serviços com qualidade crescente e

preços decrescentes. Ao competirem pela preferência do consumidor, os empresários se empenham em

aparelhar suas empresas, visando a melhoria da qualidade dos produtos ou serviços, e ajustá-las com o objetivo

de economizar nos custos e possibilitar redução dos preços (COELHO, 2012).

A livre concorrência permite, além de liberdade em escolher o que o empresário pretende oferecer como serviço,

também a liberdade em escolha de preços, modalidade, oferta etc.

A regra básica da competição empresarial, que decorre do princípio constitucional da livre concorrência, implica

a premiação das decisões empresarialmente “acertadas” (com o lucro) e a penalização das “equivocadas” (com o

prejuízo, ou, se for o caso, a falência). Esta regra básica não pode ser neutralizada por nenhuma norma jurídica,

para que todos possam se beneficiar dos resultados esperados da livre concorrência: melhoria da qualidade e

redução dos preços de produtos e serviços (COELHO, 2012).

Quando o Estado se propõe a garantir a livre concorrência, ele o faz de duas maneiras:

A concorrência desleal costumam envolver um concorrente concreto e tratam de contratação de marca, venda de

produto pirata e divulgação de informação falsa sobre concorrente, por exemplo. As sanções estão previstas nos

art. 183 e seguin-tes da Lei de Propriedade industrial (Lei 9.279/1996).

Tratam-se de são condutas que atingem a concorrência em abstrato (no caso, o próprio ambiente concorrencial),

como acontece com cartéis, por exemplo. As san-ções estão previstas na Lei de Defesa da Concorrência (Lei

12.529/2011).

Fique de olho
A livre concorrência está correlacionada com o princípio da livre iniciativa nos casos em que se
está diante de um mercado competitivo e os empresários utilizam todos os recursos lícitos
para que desenvolvam da melhor maneira possível sua atividade econômica.

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Como se percebe, a livre concorrência visa garantir a “sobrevivência do mercado”, pois garante um mercado livre

às leis de oferta e procura e sem restrições quanto ao número de empresas de um mesmo setor que busquem

instalar-se, a fim de conquistar seu espaço.

Para Cretella Junior (2000, p. 263),

no regime de livre concorrência, ou de livre competição, o mercado competitivo, ou concorrencial,

caracteriza-se pelo grande número de vendedores, agindo de modo autônomo, oferecendo produtos,

em mercado bem organizado. No mercado competitivo, os produtos ofe-recidos por uma dada

empresa são recebidos pelo comprador como se fossem substitutos perfeitos ou equivalentes dos

produtos da fir-ma concorrente. Na hipótese de preços iguais, ao comprador é indi-ferente, regra

geral, a procedência do produto, só influindo a marca, na medida em que a propaganda se intensifica.

De qualquer modo, no regime da livre concorrência, os preços de marcado tendem a abaixar,

beneficiando-se com isso o comprador, ao contrário do que acontece no regime de monopólio, que

prejudica o comprador e afe-ta o equilíbrio da Ordem Econômica, a não ser quando a intervenção

monopolística é assegurada por lei federal, fundada em expresso dispositivo constitucional.

O Estado, por sua vez, tem o dever de assegurar a competição legal e isenta de práticas onde haja abuso de poder

econômico e faz isso por meio de suas agências reguladoras e órgãos de fiscalização.

A atividade econômica pode e deve ser explorada pelo particular, sem que o poder público interfira ou faça

grandes exigências, como autorizações especiais para toda e qualquer atividade, é claro, atendendo os requisitos

mínimos da lei. (ALCÂNTARA, 2017).

Assista aí

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/cfe35b88c82af12a40ffbc145bbd953c

é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprimorar seus conhecimentos estudando parte da teoria geral da empresa;
• conhecer os principais pontos da lei que regulamenta os princípios da atividade econômica;
• estudar sobre os princípios da atividade econômica;

• aprender sobre a função social da empresa;

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• aprender sobre a função social da empresa;
• conhecer quem tem impedimentos para se tornar um empresário ou abrir uma empresa;
• descobrir os elementos que caracterizam uma atividade empresária.

Referências
ALCÂNTARA, S. A. Direito empresarial e direito do consumidor. Curitiba: InterSaberes, 2017. p. 34.

Disponível em: <https://forumdeconcursos.com/wp-content/uploads/wpforo/attachments/2/1545-Direito-

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em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 5 fev. 2020.

CHAGAS, E. E. Direito empresarial esquematizado. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

COELHO, F. U. Curso de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2012.

_____. Manual de direito comercial e direito de empresa. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.

Disponível em: <https://forumdeconcursos.com/wp-content/uploads/wpforo/default_attachments

/1556723182-COELHO-Fbio-Ulhoa-Manual-De-Direito-Comercial-Direito-De-Empresa-28-ed-2016-1.pdf>.

Acesso em: 25 jan. 2020.

CRETELLA JÚNIOR, J. Elementos de Direito Constitucional. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

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/artigos/22362/a-caracterizacao-da-atividade-empresaria-e-o-equivoco-do-legislador-ao-definir-

microempreendedor-como-empresario-individual>. Acesso em: 25 jan. 2020.

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/58775/principios-da-livre-iniciativa-e-da-livre-concorrencia-intervencao-estatal-no-dominio-economico>.

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