Apoio
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IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
Verificação de projeto
Prezado leitor, este fascículo pretende
apresentar em detalhes o projeto de revisão
da norma brasileira para construção de
quadros elétricos e barramentos blindados
de baixa tensão. Desde o capitulo inicial,
foram abordados temas como: panorama
atual da ABNT NBR IEC 60439 e seus
principais pontos de interesse; definições
e termos usuais; condições de instalação;
características de isolamento; proteção
contra choques elétricos; requisitos de
marcação; resistência dos materiais e das
partes; verificação dos materiais no tocante
à corrosão; condições de verificação,
construção e performance; proteção
contra choques elétricos e os métodos de
incorporação de dispositivos de manobra
e de componentes conjuntos; circuitos
elétricos internos, conexões e refrigeração.
Neste capítulo, abordaremos as formas
de avaliação e a qualificação dos conjuntos
de manobra, por meio dos métodos de
verificação de projeto, uma inovação em
relação à versão vigente.
A verificação de projeto é destinada
para verificar a conformidade do projeto de
Fascículo
um conjunto ou sistema do conjunto com
os requisitos desta série de normas.
Quando os ensaios no conjunto
forem realizados conforme a série ABNT
NBR IEC 60439, e os resultados de
ensaio satisfazerem os requisitos da parte
pertinente da ABNT NBR IEC 61439, a
verificação destes requisitos não precisa ser
repetida.
A repetição de verificações de acordo
com as normas específicas dos dispositivos
Capítulo IX
Por Nunziante Graziano*
de manobra ou dos componentes
incorporados no conjunto, que tenham
sido selecionados conforme os requisitos
de seleção de dispositivos de manobra e
de componentes e instalados conforme as
instruções do fabricante, não é requerida.
Os ensaios em dispositivos individuais
de acordo com as respectivas normas de
produto não constituem uma alternativa
para as verificações de projeto desta norma
para o conjunto.
Se as modificações são realizadas
no conjunto verificado, as maneiras de
verificação previstas neste capítulo da
norma devem ser utilizadas para confirmar
se as modificações afetam o desempenho
do conjunto. Novas verificações devem ser
realizadas se um efeito adverso é percebido
como possível de ocorrer.
Os diversos métodos de avaliação
dos projetos compreendem ensaios de
verificação, comparação com um projeto de
referência aprovado por ensaio, avaliação de
verificação, isto é, a verificação da aplicação
correta dos cálculos e das regras de projeto,
e inclusive o emprego de margens de
segurança apropriadas. Veja a tabela ao
lado.
Quando existem vários métodos para
uma mesma verificação, esses métodos são
considerados equivalentes e a escolha do
método apropriado é de responsabilidade
do fabricante original.
Os ensaios devem ser realizados
em uma amostra representativa de um
conjunto em uma condição limpa e nova. O
desempenho do conjunto pode ser afetado
pelos ensaios de verificação (por exemplo,
ensaio de curto-circuito). Convém que
estes ensaios não sejam realizados em um
conjunto que é destinado a ser colocado em
serviço.
Um conjunto que é verificado conforme
esta norma por um fabricante original
e fabricado ou montado por outro não
requer repetição das verificações de projeto
original se todos os requisitos e instruções
especificados e fornecidos pelo fabricante
original são satisfeitos. Em situações em
que o montador do conjunto incorpora
suas próprias disposições não incluídas
na verificação do fabricante original, esse
montador do conjunto é considerado,
então, o fabricante original em relação a
estas disposições.
A verificação de projeto abrange duas
famílias de ensaios: a família de construção
e a família de desempenho.
Os ensaios de construção verificam as
seguintes partes: resistência dos materiais e
das partes; grau de proteção dos invólucros;
distâncias de isolamento e de escoamento;
proteção contra choques elétricos e
integridade dos circuitos de proteção;
integração dos dispositivos de manobra e
componentes; circuitos elétricos internos e
conexões; e a verificação da incorporação
dos terminais para condutores externos.
Este fascículo não tem a pretensão
de representar um guia de execução de
ensaios, longe disso! Entretanto, algumas
características desses procedimentos serão
aqui descritas, como objetivo de cada
um dos ensaios e alguns dos principais
Apoio

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Tabela 1 – Lista das verificações de projeto a realizar

No Característica a ser verificada Seções ou Opções de verificação disponíveis

subseções Ensaio Comparação com um Avaliação
projeto de referência
1 Resistência dos materiais e das partes: 10.2
Resistência à corrosão 10.2.2 SIM NÃO NÃO
Propriedades dos materiais isolantes: 10.2.3 SIM NÃO NÃO
Estabilidade térmica 10.2.3.1 SIM NÃO SIM
Resistência dos materiais isolantes 10.2.3.2
ao calor anormal e ao fogo devido
aos efeitos elétricos internos 10.2.4 SIM NÃO SIM
Resistência à radiação ultravioleta (UV) 10.2.5 SIM NÃO NÃO
Içamento 10.2.6 SIM NÃO NÃO
Impacto mecânico 10.2.7 SIM NÃO NÃO
Marcação
2 Grau de proteção dos invólucros 10.3 SIM NÃO SIM
3 Distâncias de isolamento 10.4 SIM SIM NÃO
4 Distâncias de escoamento 10.4 SIM NÃO NÃO
5 Proteção contra os choques elétricos e 10.5
integridade dos circuitos de proteção:
Continuidade efetiva entre as partes 10.5.2 SIM NÃO NÃO
condutivas expostas do conjunto e o
circuito de proteção
Suportabilidade aos curtos-circuitos do 10.5.3 SIM SIM NÃO
circuito de proteção
6 Integração dos dispositivos de manobra e 10.6 NÃO NÃO SIM
dos componentes 10.7 NÃO NÃO SIM
7 Circuitos elétricos internos e conexões 10.8 NÃO NÃO SIM
8 Bornes para condutores externos
9 Propriedades dielétricas: 10.9
Tensão suportável à frequência industrial 10.9.2 SIM NÃO NÃO
Tensão suportabilidade aos impulsos 10.9.3 SIM NÃO SIM
10 Limites de elevação de temperatura 10.10 SIM SIM SIM
11 Suportabilidade aos curtos-circuitos 10.11 SIM SIM NÃO
12 Compatibilidade eletromagnética (EMC) 10.12 SIM NÃO SIM
13 Funcionamento mecânico 10.13 SIM NÃO NÃO

resultados a serem obtidos para atestar que
o conjunto está em conformidade com a
referência normativa. Vejamos:
- Resistência dos materiais e das partes: as
capacidades mecânicas, elétricas e térmicas
dos materiais de construção e das partes
do conjunto devem ser comprovadas pela
verificação das características de construção
e de desempenho. Quando um invólucro
vazio conforme a ABNT NBR IEC 62208
é utilizado, sem ter sido modificado de
maneira a degradar sua performance,
nenhum ensaio adicional do invólucro
conforme 10.2 é requerido.
Resistência à corrosão
A resistência à corrosão de amostras
representativas dos invólucros metálicos
ferrosos, incluindo as partes internas e
externas metálicas ferrosas do conjunto,
deve ser verificada. O ensaio deve ser
realizado em um invólucro ou uma amostra
representativa do invólucro equipada
com partes internas representativas com a
porta fechada como em utilização normal,
ou em partes do invólucro, e as partes
internas representativas separadas. Em
todos os casos, as dobradiças, as fechaduras
e os meios de fixação também devem ser
ensaiados, a menos que eles tenham sido
submetidos previamente a um ensaio
equivalente e a resistência à corrosão deles
não tenha comprometido sua aplicação.
A título de curiosidade, um ensaio de
névoa salina fornece uma atmosfera que
acelera a corrosão e não implica que o
conjunto é satisfatório para uma atmosfera
carregada de sal. Esse ensaio utiliza como
 Apoio
36 referência duas categorias de severidade:
Ensaio de severidade “A”, aplicável a
IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
invólucros metálicos para instalação
abrigada, partes metálicas externas dos
conjuntos para instalação abrigada e
partes metálicas internas dos conjuntos
para instalação abrigada e ao tempo nas
quais o funcionamento mecânico normal
do conjunto pode ser afetado; Ensaio
de severidade “B”, aplicável a invólucros
metálicos para instalação ao tempo e partes
metálicas externas dos conjuntos para
instalação ao tempo.
Depois do ensaio, o invólucro ou
as amostras devem ser lavadas em água
corrente por cinco minutos, enxaguadas em
água destilada ou desmineralizada e, então,
chacoalhadas ou submetidas a uma corrente
de ar para remover gotas de água. A amostra
sob ensaio deve então ser armazenada sob
condições normais de serviço por duas
horas. A conformidade é verificada por
inspeção visual para determinar que não
haja qualquer evidência de óxido de ferro,
de fissura ou de outra deterioração superior
à permitida pela ISO 4628-3 para um grau
de corrosão Ri1. Porém, a deterioração de
superfície do revestimento de proteção é
permitida. Em caso de dúvida referente
às pinturas e ao verniz, deve ser feita
referência à ISO 4628-3 para verificar que
as amostras estejam conforme o corpo
de prova Ri1, que a integridade mecânica
não esteja prejudicada; que as vedações
não estejam danificadas; e que as portas,
as dobradiças, as fechaduras e os meios de
fixações funcionem sem esforço anormal.
Propriedades de materiais isolantes
Fascículo
Deve-se verificar a estabilidade
térmica dos invólucros fabricados em
material isolante pelo ensaio de calor seco.
As partes destinadas para fins decorativos
que não têm nenhum significado técnico
não devem ser consideradas para os
propósitos deste ensaio. O invólucro,
montado como para uso normal, é
submetido a um ensaio em uma estufa
com uma atmosfera que tem a composição
e pressão do ar ambiente e ventilado por
circulação natural. Se as dimensões do
invólucro são muito grandes para a estufa
disponível, o ensaio pode ser realizado em
uma amostra representativa do invólucro.
O uso de uma estufa eletricamente
aquecida é recomendado.
O invólucro ou a amostra não deve
apresentar nenhuma trinca visível com uma
visão normal ou corrigida sem ampliação
adicional e o material não deve ficar
pegajoso ou gorduroso:
Com o dedo indicador envolvido em
um pedaço de pano seco e áspero, a amostra
é pressionada com uma força de 5 N.
Nenhum vestígio do pano deve permanecer
na amostra e o material do invólucro ou da
amostra não deve aderir ao pano.
Deve-se verificar também a resistência
de materiais isolantes ao calor anormal e ao
fogo devido aos efeitos elétricos internos.
Os princípios de ensaio de fio incandescente
da ABNT NBR IEC 60695-2-10 e os
detalhes dados na ABNT NBR IEC 60695-
2-11 devem ser utilizados para verificar a
adequação de materiais utilizados sobre
as partes dos conjuntos ou sobre as partes
retiradas das partes dos conjuntos.
A temperatura da ponta do fio
incandescente deve ser de 960°C para
as partes necessárias a fim de manter na
posição as partes condutoras de corrente,
850°C para invólucros destinados para
montagem em paredes ocas e 650°C para
todas as outras partes, inclusive partes
necessárias para suportar o condutor de
proteção.
Invólucros e outras partes externas
dos conjuntos destinados à instalação ao
tempo e que são construídos em materiais
isolante ou metálicos que são revestidos
completamente por material sintético
devem ser submetidos à verificação da
resistência à radiação ultravioleta (UV).
Amostras representativas de tais partes
devem ser submetidas ao ensaio UV de
acordo com a ISO 4892-2 Método A, Ciclo
1, com um período de ensaio total de
500 horas. Para invólucros em materiais
isolantes, a conformidade é assegurada pela
verificação da resistência à flexibilidade (de
acordo com a ISO 178) e impacto Charpy
(de acordo com a ISO 179) de materiais
isolantes que tenham retenção mínima de
70%.
Invólucros metálicos completamente
revestidos por material sintético devem
apresentar uma aderência do material
sintético com uma retenção mínima de
categoria 3 de acordo com a ISO 2409. As
amostras não devem apresentar trincas
ou deteriorações visíveis com uma visão
normal ou corrigida sem ampliação
adicional. Este ensaio não necessita ser
realizado se o fabricante original puder
fornecer as informações do fornecedor do
material para demonstrar que material do
mesmo tipo da mesma espessura ou mais
fino está conforme este requisito.
- Olhais ou dispositivos de içamento
são verificados pelos ensaios. O número
máximo de colunas permitido pelo
fabricante original a serem içadas juntas
deve estar equipado com os componentes
e/ou pesos para alcançar uma massa de
1,25 vez o seu peso máximo de transporte.
Com as portas fechadas, elas devem ser
içadas utilizando os meios de içamento
especificados e da maneira definida pelo
fabricante original. O conjunto deve ser
içado suavemente partindo de uma posição
imóvel sem sacudir, em um plano vertical
a uma altura de ≥ 1 m, depois é baixado
da mesma maneira a uma posição imóvel.
Este ensaio é repetido mais duas vezes, após
os quais o conjunto é içado e permanece
suspenso por 30 minutos sem nenhum
movimento. Após este ensaio, o conjunto
deve ser içado suavemente, sem sacudir, de
uma posição imóvel a uma altura de ≥ 1 m e
deslocado de (10 ± 0,5) m horizontalmente
sendo, então, baixado para uma posição
imóvel. Esta sequência deve ser realizada
três vezes a uma velocidade uniforme,
sendo cada sequência realizada em até um
minuto. Após o ensaio, com as massas de
ensaio estando no local, o conjunto não
pode apresentar fissuras ou deformações
permanentes, visíveis com uma visão
normal ou corrigida sem ampliação
Apoio
adicional, que possam prejudicar suas
características.
- Ensaios de impacto mecânico, quando
requeridos pela norma específica do
conjunto, devem ser realizados conforme
a IEC 62262. Como exemplo, para o
requisito de impacto mecânico IK-10, deve
ser realizado conforme item 6 da norma
de referência com uma esfera de aço em
queda livre com impacto de intensidade de
20J. Após a realização do ensaio, o corpo
de prova é inspecionado segundo o item
6.5 da norma de referência e não deve
haver danos admissíveis ou avarias que
comprometam a continuidade da segurança
e da confiabilidade do corpo de prova após
o ensaio.
- Marcações por moldagem, impressão,
gravação ou processo semelhante, inclusive
as etiquetas munidas de revestimento
plástico, não devem ser submetidas ao
ensaio seguinte: deve-se friccionar a
marcação à mão durante 15 segundos com
um pedaço de pano embebido em água e
durante outros 15s com um pedaço de pano
embebido em um derivado de petróleo
definido como um hexano solvente com
um teor aromático máximo de 0,1 % em
volume, um índice de kauributanol 29,
ponto de ebulição inicial de 65 ºC, ponto
de ebulição final de 69 ºC e uma densidade
de aproximadamente 0,68 g/cm3. Após o
ensaio, a marcação deve ser legível com uma
normal visão ou corrigida sem ampliação
adicional.
- Grau de proteção dos conjuntos deve
ser verificado conforme a ABNT NBR
IEC 60529, que deve ser realizado em
um conjunto equipado representativo
nas condições indicadas pelo fabricante
original. No caso em que um invólucro
vazio conforme a ABNT NBR IEC 62208 é
utilizado, uma avaliação da verificação deve
ser realizada para assegurar que nenhuma
modificação externa possa resultar em uma
alteração do grau de proteção. Neste caso,
nenhum ensaio suplementar é requerido.
Os ensaios do IP devem ser realizados com
todos os fechamentos e todas as portas no
local e fechadas, como em uso normal,
sem tensão, salvo indicação contraria do
fabricante original.
Algumas referências interessantes: É
permitida a entrada de água nos ensaios
de IP X1 a IP X6 em um conjunto, somente
se o ponto de entrada de água for evidente
e a água estiver apenas em contato com o
invólucro em um local que não prejudicará a
segurança. O ensaio de IP 5X é considerado
não satisfatório se uma quantidade de pó
prejudicial for visível no equipamento
elétrico no interior do invólucro. 37
- Distâncias de isolamento e escoamento
devem ser medidas conforme procedimento
apresentado no quinto capítulo deste
fascículo.
- Proteção contra choque elétrico e
integridade dos circuitos de proteção é
avaliada pela verificação da eficácia do
circuito de proteção, visando a proteção
contra as consequências de uma falta no
interior do conjunto (faltas internas) e a
proteção contra as consequências de faltas
em circuitos externos de alimentação pelo
conjunto (faltas externas). A proteção
pode também ser feita pela verificação da
continuidade efetiva do circuito de terra
entre as partes condutivas expostas do
conjunto e o circuito de proteção, sendo que
as diferentes partes condutivas expostas do
conjunto estão conectadas eficazmente ao
borne do condutor de proteção externo de
entrada e que a resistência do circuito não
exceda 0,1 Ω. Deve ser feita a verificação
empregando um instrumento de medição
de resistência que seja capaz de conduzir
uma corrente de pelo menos 10 A (c.a.
ou c.c.). A corrente é passada entre cada
parte condutiva exposta e o borne para o
condutor de proteção externo. A resistência
não deve exceder 0,1 Ω.
 Apoio
38 - Suportabilidade aos curtos-circuitos do
circuito de proteção. A corrente nominal
IEC 61439 – Quadros, painéis e barramentos BT
suportável de curto-circuito deve ser
verificada. A verificação pode ser feita por
comparação com um projeto de referência
ou por ensaio. O fabricante original deve
determinar os projetos de referência que
serão utilizados.
Pode ser realizada verificação por
comparação com um projeto de referência
utilizando uma lista de verificação.
Esta verificação é alcançada quando a
comparação do conjunto a ser verificado
com um projeto já ensaiado, utilizando os
itens da tabela apresentada neste capítulo,
não apresentar nenhuma divergência.
Utilizando cálculos, é possível verificar
por comparação a um projeto de referência.
Para assegurar que a mesma capacidade
de corrente para uma determinada parte
da corrente de falta que circula nas partes
condutoras expostas, o projeto, o número
e o arranjo das partes que proporcionam
contato entre o condutor de proteção e as
partes condutoras expostas devem ser os
mesmos do projeto de referência ensaiado.
A avaliação por cálculo da corrente
nominal de curta duração admissível de
um conjunto e seus circuitos é realizada
por uma comparação do conjunto a ser
avaliado com um conjunto já verificado
por ensaio. A avaliação da verificação dos
circuitos principais de um conjunto deve
ser conforme o Anexo P da referida norma,
que consiste num memorial detalhado de
cálculo. Os dados utilizados, os cálculos
efetuados e as comparações empreendidas
devem ser registrados. Se ao menos um dos
Fascículo
requisitos enumerados no anexo P não for
atendido, então, o conjunto e seus circuitos
devem ser verificados por ensaio.
- Compatibilidade eletromagnética deve
ser confirmada por inspeção ou, onde
necessário, por ensaio.
- A conformidade com os requisitos de
projeto para circuitos elétricos internos
e conexões deve ser confirmada pelo
fabricante original por inspeção.
- A conformidade com os requisitos de
projeto para os bornes para condutores
externos deve ser confirmada pelo
fabricante original por inspeção.
A verificação do desempenho de
um conjunto consiste na aplicação da
seguinte família de ensaios: propriedades
dielétricas, verificação da elevação de
temperatura, suportabilidade aos curtos-
circuitos, compatibilidade eletromagnética
e funcionamento mecânico.
Nos projetos de referência, o número
de conjunto ou de partes utilizadas para
verificação, a escolha do método de
verificação quando aplicável e a ordem nas
quais as verificações que são realizadas,
devem ser definidas pelo fabricante
original. Os dados utilizados, os cálculos
efetuados e as comparações realizadas
para a verificação dos conjuntos devem ser
registrados nos relatórios de verificação.
Ensaios de propriedades dielétricas
Para este ensaio, todos os equipamentos
elétricos do conjunto devem estar
conectados, exceto aquelas partes dos
dispositivos que, de acordo com as
especificações pertinentes, são projetadas
para uma tensão de ensaio inferior.
Dispositivos que consomem corrente
(por exemplo, bobinas, instrumentos
de medição, dispositivos de proteção de
surtos-DPS), em que a aplicação da tensão
de ensaio causaria um fluxo de corrente,
devem ser desconectados. Tais dispositivos
devem ser desconectados de um dos seus
terminais, a menos que eles não sejam
projetados para resistir a plena tensão de
ensaio, caso em que todos os terminais
podem ser desconectados.
Os circuitos principais, bem como os
circuitos auxiliares e de comando, que são
conectados ao circuito principal devem ser
submetidos à tensão de ensaio de tensão
suportável de frequência industrial. Devem
ser verificadas entre todas as partes vivas
do circuito principal conectadas juntas
(inclusive os circuitos de comando e
auxiliares conectados ao circuito principal)
e as partes condutoras expostas, com os
contatos principais de todos os dispositivos
de manobra na posição fechada ou
interligados em ponte por uma ligação de
baixa resistência; Entre cada parte viva de
diferente potencial do circuito principal e,
os outros partes vivas de diferente potencial
e as partes condutoras expostas conectadas
juntas, com os contatos principais de todos
os dispositivos de manobra na posição
fechada ou interligados em ponte por uma
ligação de baixa resistência; Entre cada
circuito de comando e auxiliar, que não
são normalmente conectados ao circuito
principal, e o circuito principal, os outros
circuitos e as partes condutivas expostas.
Critérios de aceitação: o relé de
sobrecorrente não deve atuar e não deve
ocorrer nenhuma descarga disruptiva
durante os ensaios.
Ensaio de tensão de impulso suportável
A tensão de impulso 1,2/50 µs deve ser
aplicada ao conjunto cinco vezes em cada
polaridade a intervalos mínimos de 1 s
como segue:
• Entre todas as partes vivas de diferentes
potenciais do circuito principal conectadas
juntas (inclusive os circuitos de comando e
auxiliares conectados ao circuito principal)
e as partes condutoras expostas, com os
contatos principais de todos os dispositivos
de manobra na posição fechada ou
interligados em ponte por uma ligação de
baixa resistência;
• Entre cada parte viva de diferente
potencial do circuito principal e outras
partes vivas de diferentes potenciais e as
partes condutoras expostas conectadas
juntas, com os contatos principais de todos
os dispositivos de manobra na posição
fechados ou interligados em ponte por uma
ligação de baixa resistência;
• Entre cada circuito de comando e auxiliar,
que não são normalmente conectados ao
circuito principal, e o circuito principal,
os outros circuitos e as partes condutivas
expostas.
Para que o resultado seja aceitável, não