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Neste documento pretende-se fazer uma demonstração de que existe uma nova visão nesta área e que a
relação entre as partes deve ser encarada como uma parceria total, tendo por base as experiências
adquiridas na manutenção de edifícios.
Tem-se vindo a assistir a uma nova visão na área da manutenção, quer por obrigações legais, resultantes
das alterações da legislação em vigor, quer pela importância que os proprietários de instalações dão à sua
conservação e modos de funcionamento.
1.1. LEGISLAÇÃO
A implementação e revisão de vários diplomas legais (D.L., D.R. e Portarias) relativos a áreas /
especialidades importantes na concepção, construção e manutenção de instalações e edifícios, que
ultimamente tem acontecido, representa um contributo muito importante na manutenção e conservação de
instalações e equipamentos.
PARTE 1 – GENERALIDADES
PARTE 2 – DEFINIÇÕES
A secção 342.1 determina que “a experiência e os conhecimentos das pessoas que garantem a
manutenção devem ser considerados na selecção e na instalação dos equipamentos”.
A secção 63 – Manutenção das instalações, determina que “as instalações devem ser mantidas, em
permanência, em bom estado de conservação.”
Deverá ser tido um especial cuidado na recepção de instalações, em especial na verificação visual
das mesmas e nas medições a efectuar, conforme o descrito na secção 612.
Nesta área e com a entrada em vigor das RTIEBT, uma nova visão sobre a manutenção das
instalações eléctricas deve ser encarada, principalmente na formação dos respectivos intervenientes e
na responsabilidade da sua actuação.
Deverá, ainda, ser tida em conta a alteração que o D.L. 101/2007 de 02 de Abril, veio introduzir
sobre a classificação das instalações eléctricas e de outras alterações ao D.L. 517/80 de 31 de
Outubro, quanto às exigências de responsabilidade pela exploração das mesmas.
Inicia-se uma nova era na concepção, projecto e manutenção dos sistemas de climatização.
ÂMBITO DA APLICAÇÃO
a) A todos os edifícios ou fracções autónomas não residenciais com área útil superior aos valores
definidos no presente regulamento, actualizáveis por portaria…
a) Equipamentos instalados:
b) Ensaios:
i. Todos os sistemas energéticos dos edifícios devem ser mantidos em condições adequadas
de operação para garantir o respectivo funcionamento optimizado…;
ii. Possuir plano de manutenção preventiva que estabeleça as tarefas, tendo em conta a boa
prática da profissão, as instruções dos fabricantes e a regulamentação existente, sendo
actualizado…;
Para cada edifício deve existir um técnico responsável pelo bom funcionamento dos sistemas
energéticos de climatização, incluindo a sua manutenção, e pela qualidade do seu ar interior, bem
como pela gestão da respectiva informação técnica.
O técnico é indicado ao SCE, pelo proprietário, se tal obrigação constar expressamente no contrato
válido;
A montagem e manutenção dos sistemas de climatização e QAI são acompanhadas por um técnico
de instalação e manutenção de sistemas de climatização e por um técnico de QAI, ou por um técnico
que combine as duas valências;
O técnico de instalação e manutenção de sistemas de climatização, das instalações até 4 Pm, deve
satisfazer uma das seguintes condições:
Na operação de manutenção dos sistemas de climatização que empobrecem a camada de ozono, deve
ter-se, ainda, em conta o DL 152/2005.
Em conclusão, pode referir-se que se assiste a uma completa revolução nas práticas da manutenção de sistemas
de climatização, com uma maior responsabilização das empresas e dos seus técnicos e com a necessidade de
organização, por forma à satisfação dos requisitos legais.
Este novo regulamento uniformiza muitas das regras e obrigações que devem ser tidas em conta na
concepção e execução de edifícios, assim como na sua exploração, com especial importância na
manutenção dos respectivos equipamentos dos sistemas de segurança, quer na mobilização de
pessoal de prevenção, assim como das necessidades de estabelecimento de planos de emergência e
de simulacros.
O artº 5º, referente a “responsabilidades”, no seu nº 2, estabelece que “durante todo o ciclo de vida
dos edifícios, o dono de obra deve providenciar o recurso a apoio técnico competente na SCIE, bem
como inibir-se de tomar decisões que ponham em causa a referida segurança”.
Uma maior intervenção por parte das equipas de manutenção, com necessidades acrescidas de
formação, são um grande desafio.
A Resolução do Conselho Ministros nº 65/2007, cria uma nova visão na manutenção e conservação
edifícios públicos, que conjugada com a respectiva concepção, se traduz num importante documento
de análise e implementação.
Em resumo, pode dizer-se que as alterações havidas na legislação de actividades ligadas à concepção,
construção e exploração de instalações e edifícios, se traduzem numa maior responsabilidade dos serviços
de manutenção, o que implica um maior profissionalismo dos mesmo, com o recrutamento de técnicos
competentes e necessidade de formação continua. Acresce a necessidade de que as empresas de
manutenção disponham de competências nas diversas áreas e uma actualização constante da legislação.
2. PARCERIA TOTAL
Em função do que foi referenciado no capítulo anterior, associado a que novas tipologias de equipamentos,
de novas preocupações da sociedade e da evolução tecnológica, implicam, que no “outsourcing”, as
empresas de prestação de serviços de manutenção, disponham de técnicos e técnicas, capazes de satisfazer
várias áreas, a saber:
o Instalações eléctricas:
aplicabilidade da legislação;
acompanhamento de inspecções;
manuseamento das instalações.
planos de emergência;
participação em simulacros;
manutenção dos equipamentos e sistemas.
o Gestão da manutenção:
o Qualidade do ar:
monitorização de consumos;
apresentação de soluções de melhoria com adequabilidade às necessidades de
exploração;
eco-eficiência.
o Ruído:
o Gestão ambiental:
o Manutenção condicionada:
termografia;
vibrometria;
inspecção vídeo.
o Lubrificação:
o Cogeração
viabilidade de projectos;
operação e condução;
manutenção programada;
implementação de melhorias com vista a melhor eficiência energética.
Estas valências implicam que haja uma grande partilha de conhecimentos entre o corpo técnico, as
equipas de manutenção e a gestão da empresa, a necessidade de criação de históricos, uma
divulgação cuidada da legislação aplicável, formação contínua nas mais diversas áreas, cuidados
especiais nas áreas do ambiente e da segurança, fazendo com que os seus colaboradores sejam:
Polivalentes;
Competentes;
Profissionais;
Disponíveis;
Responsáveis.