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MANUTENÇÃO – UMA NOVA VISÃO – PARCERIA TOTAL

Fernando Ramos (Director Geral de Produção)


fernando.ramos@manvia.pt

Neste documento pretende-se fazer uma demonstração de que existe uma nova visão nesta área e que a
relação entre as partes deve ser encarada como uma parceria total, tendo por base as experiências
adquiridas na manutenção de edifícios.

1. UMA NOVA VISÃO

Tem-se vindo a assistir a uma nova visão na área da manutenção, quer por obrigações legais, resultantes
das alterações da legislação em vigor, quer pela importância que os proprietários de instalações dão à sua
conservação e modos de funcionamento.

1.1. LEGISLAÇÃO

A implementação e revisão de vários diplomas legais (D.L., D.R. e Portarias) relativos a áreas /
especialidades importantes na concepção, construção e manutenção de instalações e edifícios, que
ultimamente tem acontecido, representa um contributo muito importante na manutenção e conservação de
instalações e equipamentos.

Assim, ressalta a revisão da legislação no âmbito das:

1.1.1. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Com a Portaria 949A/2006, 11 de Setembro de 2006, foi substituído o DL 740/74 (RSIUEE).

O D.L. 740/74, representou um importantíssimo dispositivo legal na concepção, exploração e


execução de instalações eléctricas. No entanto, volvidos mais de trinta anos sobre a sua entrada em
vigor, tornou-se imperioso a sua actualização a novas formas de construção e mais exigentes regras
de protecção.

A Portaria 949A/2006, referenciada como novas “REGRAS TÉCNICAS DE INSTALAÇÕES


ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO – RTIEBT” encontra-se estruturada de forma a permitir uma
leitura fácil, dividindo-se nas seguintes partes:

PARTE 1 – GENERALIDADES

PARTE 2 – DEFINIÇÕES

PARTE 3 - DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS

PARTE 4 - PROTECÇÃO PARA GARANTIR A SEGURANÇA

PARTE 5 - SELECÇÃO E INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

PARTE 6 - VERIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES

PARTE 7 - REGRAS PARA INSTALAÇÕES DE LOCAIS ESPECIAIS

PARTE 8 - REGRAS COMPLEMENTARES


As RTIEBT referenciam nas “PARTES 3 e 6”, dois aspectos muito importantes na área da
manutenção, a saber :

Subdivisão das Secção/


Partes (Capítulos) Designação
Partes Anexos
Determinação das 341 Generalidades
características
3 34 - Manutibilidade Selecção e Instalação dos
gerais das
342 equipamentos em função da
instalações
manutenção
60 - Definições
610 Generalidades
61 - Verificação
611 Inspecção visual
inicial
612 Ensaios
62 - Verificação após a entrada em serviço
63 - Manutenção das instalações
641 Utilização das instalações
642 Execução de trabalhos
64 - Exploração das Equipamentos de reserva e acessórios
Verificação e 643
instalações para a exploração
6 manutenção das
instalações 644 Instruções de primeiros socorros
645 Acordo com outras entidades
Método de medição da resistência de
Anexo A isolamentos dos pavimentos e demais
elementos de construção
Verificação de funcionamento de
Anexo B
Anexos dispositivos diferenciais
Medição da resistência de um
Anexo C
eléctrodo de terra
Medição da impedância da malha de
Anexo D
defeito

Assim, a secção 341.1 determina a “necessidade de se estimar a periodicidade e a qualidade da


manutenção da instalação…..”.

“A frequência e a qualidade da manutenção devem satisfazer às regras indicadas nas partes 4 a 6


(4- protecção para garantir a segurança; 5 – selecção e instalação dos equipamentos; 6 – verificação
e manutenção das instalações), por forma a serem verificadas, durante a vida útil, as condições
seguintes:
a) as verificações periódicas, os ensaios e a manutenção, sejam efectuadas de modo fácil e
seguro;
b) a eficácia das medidas de protecção para garantir a segurança;
c) a adequada fiabilidade dos equipamentos que permitam o seccionamento correcto da
instalação.

A secção 342.1 determina que “a experiência e os conhecimentos das pessoas que garantem a
manutenção devem ser considerados na selecção e na instalação dos equipamentos”.

A secção 63 – Manutenção das instalações, determina que “as instalações devem ser mantidas, em
permanência, em bom estado de conservação.”

Deverá ser tido um especial cuidado na recepção de instalações, em especial na verificação visual
das mesmas e nas medições a efectuar, conforme o descrito na secção 612.
Nesta área e com a entrada em vigor das RTIEBT, uma nova visão sobre a manutenção das
instalações eléctricas deve ser encarada, principalmente na formação dos respectivos intervenientes e
na responsabilidade da sua actuação.

Deverá, ainda, ser tida em conta a alteração que o D.L. 101/2007 de 02 de Abril, veio introduzir
sobre a classificação das instalações eléctricas e de outras alterações ao D.L. 517/80 de 31 de
Outubro, quanto às exigências de responsabilidade pela exploração das mesmas.

1.1.2. CLIMATIZAÇÃO E QUALIDADE DO AR

Com a entrada em vigor, em 03 de Julho, dos Decretos-Lei N.º:

78/2006 – Sistema Nacional Certificação Energética e da QAI em Edifícios (SCE);


79/2006 – Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios;
80/2006 – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE);

Inicia-se uma nova era na concepção, projecto e manutenção dos sistemas de climatização.

O Decreto-Lei N.º 78/2006 (SCE) tem como objectivo:

a) Assegurar a aplicação dos regulamentos RCCTE e do RSECE;


b) Designa a ADENE (agência para energia) como gestor do SCE;

O Decreto-Lei N.º79/2006 (RSECE) define 4 objectivos:

a) Condições de conforto térmico e de higiene que devem ser requeridas;


b) Eficiência energética global dos edifícios;
c) Regras de eficiência aos sistemas de climatização, melhorando o desempenho energético;
d) Monitorizar com regularidade as práticas de manutenção dos sistemas de climatização como
condição de eficiência energética e da qualidade do ar dos edifícios;

O regulamento (RSECE) estabelece:

a) Condição a observar nos projectos de novos sistemas de climatização:

i. Requisitos de conforto térmico e de qualidade do ar interior e os requisitos mínimos de


renovação e tratamento de ar que devem ser assegurados em condições de eficiência
energética, mediante a selecção adequada de equipamentos e a sua organização em
sistemas;
ii. Requisitos em termos de concepção, da instalação e do estabelecimento das condições de
manutenção a que devem obedecer os sistemas de climatização para garantia de
qualidade e segurança durante o seu funcionamento normal;
iii. A observância dos princípios da utilização racional de energia e da utilização de materiais
e tecnologias adequadas em todos os sistemas energéticos do edifício, na óptica da
sustentabilidade ambiental.

b) Limites a máximos de consumo de energia nos grandes edifícios;


c) Limites máximos de consumos de energia para todo o edifício e, em particular, para a
climatização;
d) Condições de manutenção dos sistemas de climatização, incluindo os requisitos necessários
para assumir a responsabilidade pela sua condução;
e) Condições de monitorização e da auditoria de funcionamento dos edifícios em termos dos
consumos de energia e da qualidade do ar;
f) Requisitos, em termos de formação profissional, a que devem obedecer os técnicos
responsáveis pelo projecto, instalação e manutenção dos sistemas de climatização, quer em
termos de eficiência energética, quer da qualidade do ar interior (QAI).

ÂMBITO DA APLICAÇÃO

a) A todos os edifícios ou fracções autónomas não residenciais com área útil superior aos valores
definidos no presente regulamento, actualizáveis por portaria…

b) No licenciamento de todos os novos edifícios os fracções autónomas não residenciais com


potência instalada prométio (Pm) superior aos valores limite definidos por portaria…

c) Aos novos sistemas de climatização a instalar em edifícios ou fracções autónomas existentes


com uma potência nominal igual ou superior a Pm referida em b), …

d) Às grandes intervenções de reabilitação relacionadas com a envolvente, as instalações


mecânicas de climatização ou os demais sistemas energéticos…

REQUISITOS PARA A MANUTENÇÃO DA QAI

a) Edifícios dotados de meios naturais ou mecânicos, que garantam as taxas de renovação de


ar…
b) Em todos os edifícios…, durante o seu funcionamento normal, devem ser consideradas as
concentrações máximas de referencia…
c) Efectuar auditorias à QAI, nos edifícios existentes, com periodicidade e complexidade
adequadas ao tipo e dimensão do edifício, …
d) …

CONSTRUÇÃO, ENSAIOS E MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES

a) Equipamentos instalados:

i. Devem possuir certificado de qualidade (artº 9 DL 113/93);


ii. Ostentar chapa de identificação em local bem visível e serem acompanhados de
documentação técnica em língua portuguesa;
iii. Possuir mecanismos de protecção, de acordo com as instruções do fabricante e a
regulamentação existente, para cada tipo de equipamento;

b) Ensaios:

Efectuarem-se ensaios de recepção, segundo metodologia definida, por portaria…

c) Condução e manutenção das instalações:

i. Todos os sistemas energéticos dos edifícios devem ser mantidos em condições adequadas
de operação para garantir o respectivo funcionamento optimizado…;
ii. Possuir plano de manutenção preventiva que estabeleça as tarefas, tendo em conta a boa
prática da profissão, as instruções dos fabricantes e a regulamentação existente, sendo
actualizado…;

iii. No Plano de manutenção deve constar:

ƒ Identificação do prédio e a sua localização;


ƒ Identificação e contactos do técnico responsável;
ƒ Identificação e contactos do proprietário;
ƒ Descrição e caracterização sumária do edifício e compartimentos climatizados;
Tipo de actividade desenvolvida;
Número médio de utilizadores;
Área climatizada total;
Potência térmica total.

ƒ Descrição detalhada dos procedimentos de manutenção preventiva;


ƒ Periodicidade das Operações;
ƒ Nível de Qualificação profissional dos técnicos;
ƒ Registo das operações de manutenção realizadas, com indicação do técnico que as
realizou;
ƒ Registo das análises periódicas do QAI, com indicação do técnico…;
ƒ Definição das grandezas a medir.

iv. A existência do plano de manutenção é condição para a emissão do certificado do


SCE…;
v. As operações de manutenção devem ser executadas por técnicos certificados;
vi. As alterações introduzidas na instalação devem ser registadas em projecto e em livro de
registo de ocorrências, que faz parte dos procedimentos de manutenção;
vii. Todos os equipamentos têm de ser acessíveis para efeitos de manutenção, assim como as
portas de visita para inspecção e limpeza das condutas, se existirem;
viii. Na sala de máquinas deve existir um ou mais diagramas em que se representam
esquematicamente os sistemas de climatização bem como cópia do projecto e instruções
de operação.

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS PELO FUNCIONAMENTO

Para cada edifício deve existir um técnico responsável pelo bom funcionamento dos sistemas
energéticos de climatização, incluindo a sua manutenção, e pela qualidade do seu ar interior, bem
como pela gestão da respectiva informação técnica.

O técnico é indicado ao SCE, pelo proprietário, se tal obrigação constar expressamente no contrato
válido;

O técnico elaborará termo de responsabilidade;

O proprietário afixará a identificação do técnico responsável;

Nos pequenos edifícios a responsabilidade pode ser assegurada pelo TM.

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS PELO FUNCIONAMENTO - GRUPO A

i. Licenciatura em Engenharia, com especialização em climatização, reconhecida pela OE;


ii. Licenciatura ou Bacharelato em Engenharia, com actividade profissional em climatização
ou refrigeração nos últimos 5 anos, reconhecida pela OE/ANET.
iii. Inscrição na OE/ANET.

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS PELO FUNCIONAMENTO - GRUPO B

i. Curso profissional (nível III) de técnico de mecânica de frio e climatização;


ii. Curso profissional (nível III) de técnico de electromecânica de refrigeração/ar
condicionado;
iii. Curso profissional (nível III) de técnico de frio e climatização;
iv. Técnicos com experiência profissional efectiva nos últimos 5 anos, devidamente
comprovada com a aprovação em exame teórico-prático.
TÉCNICOS DE INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO

A montagem e manutenção dos sistemas de climatização e QAI são acompanhadas por um técnico
de instalação e manutenção de sistemas de climatização e por um técnico de QAI, ou por um técnico
que combine as duas valências;

O técnico de instalação e manutenção de sistemas de climatização, das instalações até 4 Pm, deve
satisfazer uma das seguintes condições:

a) Habilitações com curso de formação electromecânica de refrigeração e climatização do IEFP,


nível II, e com> 2 anos de experiência profissional;

b) Experiência profissional como electromecânico de refrigeração com> 5 anos de prática


profissional e aprovação em exame após análise curricular.

O técnico de instalação e manutenção de sistemas de climatização, das instalações superior a 4 Pm,


deve satisfazer uma das seguintes condições:

a) Habilitação com curso de formação electromecânica de refrigeração e climatização do IEFP,


nível III, e com >5 anos de experiência profissional;

b) Experiência profissional como electromecânico de refrigeração e climatização com >7 anos


de experiência profissional e aprovação em exame após análise curricular.

Na operação de manutenção dos sistemas de climatização que empobrecem a camada de ozono, deve
ter-se, ainda, em conta o DL 152/2005.

Os técnicos de QAI devem satisfazer uma das seguintes condições:

a) Frequência de curso complementar em QAI, nível II, e com 2 anos de experiência


profissional;

b) Aprovação em exame após análise curricular.

O D.L. n.º 80/2006 (RCCTE) aplica-se a:

a) Novos edifícios de habitação;


b) Novos edifícios de serviço sem sistema de climatização centralizado.

Em conclusão, pode referir-se que se assiste a uma completa revolução nas práticas da manutenção de sistemas
de climatização, com uma maior responsabilização das empresas e dos seus técnicos e com a necessidade de
organização, por forma à satisfação dos requisitos legais.

1.1.3. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS

Os regulamentos de segurança conta incêndios, nos edifícios de habitação, comerciais,


administrativos, escolares, hospitalares, etc, foram aglutinados num único regulamento, designado
como “REGULAMENTO GERAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS”
(DL 83/2007 – ainda não publicado).

Este novo regulamento uniformiza muitas das regras e obrigações que devem ser tidas em conta na
concepção e execução de edifícios, assim como na sua exploração, com especial importância na
manutenção dos respectivos equipamentos dos sistemas de segurança, quer na mobilização de
pessoal de prevenção, assim como das necessidades de estabelecimento de planos de emergência e
de simulacros.

O artº 5º, referente a “responsabilidades”, no seu nº 2, estabelece que “durante todo o ciclo de vida
dos edifícios, o dono de obra deve providenciar o recurso a apoio técnico competente na SCIE, bem
como inibir-se de tomar decisões que ponham em causa a referida segurança”.

Uma maior intervenção por parte das equipas de manutenção, com necessidades acrescidas de
formação, são um grande desafio.

1.1.4. EDIFÍCIOS PÚBLICOS

A Resolução do Conselho Ministros nº 65/2007, cria uma nova visão na manutenção e conservação
edifícios públicos, que conjugada com a respectiva concepção, se traduz num importante documento
de análise e implementação.

Em resumo, pode dizer-se que as alterações havidas na legislação de actividades ligadas à concepção,
construção e exploração de instalações e edifícios, se traduzem numa maior responsabilidade dos serviços
de manutenção, o que implica um maior profissionalismo dos mesmo, com o recrutamento de técnicos
competentes e necessidade de formação continua. Acresce a necessidade de que as empresas de
manutenção disponham de competências nas diversas áreas e uma actualização constante da legislação.

2. PARCERIA TOTAL

Em função do que foi referenciado no capítulo anterior, associado a que novas tipologias de equipamentos,
de novas preocupações da sociedade e da evolução tecnológica, implicam, que no “outsourcing”, as
empresas de prestação de serviços de manutenção, disponham de técnicos e técnicas, capazes de satisfazer
várias áreas, a saber:

o Instalações eléctricas:

ƒ aplicabilidade da legislação;
ƒ acompanhamento de inspecções;
ƒ manuseamento das instalações.

o Sistemas de segurança contra incêndio:

ƒ planos de emergência;
ƒ participação em simulacros;
ƒ manutenção dos equipamentos e sistemas.

o Gestão da manutenção:

ƒ levantamento das características dos equipamentos;


ƒ definição de rotinas;
ƒ instruções de trabalho;
ƒ elaboração / acompanhamento de planos de manutenção;
ƒ elaboração de relatórios.

o Qualidade do ar:

ƒ monitorização dos equipamentos e sistemas;


ƒ limpeza de condutas, equipamentos e difusores;
ƒ manutenção dos equipamentos.
o Eficiência energética:

ƒ monitorização de consumos;
ƒ apresentação de soluções de melhoria com adequabilidade às necessidades de
exploração;
ƒ eco-eficiência.

o Ruído:

ƒ monitorização de níveis de ruído dos equipamentos e sistemas;


ƒ isolamento sonoro;

o Gestão ambiental:

ƒ responsabilidade ambiental nas operações de manutenção;


ƒ certificação da actividade;
ƒ inter-acção com restantes actividades;
ƒ sustentabilidade.

o Manutenção condicionada:

ƒ termografia;
ƒ vibrometria;
ƒ inspecção vídeo.

o Lubrificação:

ƒ sistemas e técnicas de lubrificação;


ƒ tipos de lubrificantes.

o Cogeração

ƒ viabilidade de projectos;
ƒ operação e condução;
ƒ manutenção programada;
ƒ implementação de melhorias com vista a melhor eficiência energética.

Estas valências implicam que haja uma grande partilha de conhecimentos entre o corpo técnico, as
equipas de manutenção e a gestão da empresa, a necessidade de criação de históricos, uma
divulgação cuidada da legislação aplicável, formação contínua nas mais diversas áreas, cuidados
especiais nas áreas do ambiente e da segurança, fazendo com que os seus colaboradores sejam:

ƒ Polivalentes;
ƒ Competentes;
ƒ Profissionais;
ƒ Disponíveis;
ƒ Responsáveis.

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