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FichaCompreensaoOral3 U1
FichaCompreensaoOral3 U1
Diálogo argumentativo
No âmbito do programa «Dias do desassossego» — um conjunto de iniciativas promovidas pela Casa Fernando
Pessoa e pela Fundação José Saramago para estimular o gosto pelos livros e pela leitura —, realizou-se, na Casa
Fernando Pessoa, um dos episódios do programa «A força das coisas», de Luís Caetano (Antena 2), que teve
como mote a questão «A literatura salva?»1. Nele participaram a pianista Gabriela Canavilhas e o jurista (e
escritor) Álvaro Laborinho Lúcio.
Proceda à audição de um excerto deste programa (do minuto 06:36 ao minuto 16:05). Depois, responda
sucintamente às questões.
1.1. Explique em que medida, na opinião desta pianista, a literatura pode contribuir para a nossa salvação.
1.2. Refira a razão pela qual Gabriela Canavilhas se sente desconfortável relativamente à afirmação de que a
literatura salva.
2. Na opinião de Álvaro Laborinho Lúcio, apenas é seguro que «um par de botas não salva» 2 .
2.1. Explicite a reserva do jurista relativamente à utilização do termo «salvação» neste contexto.
2.2. Refira a questão proposta por Laborinho Lúcio como alternativa à que serve de mote ao programa.
(1) Interrogação levantada pela escritora Hélia Correia, quando recebeu o prémio Camões em 2015: «Na ditadura da
economia, a palavra é esmagada pelo número. Se a literatura salva? Não, não salva. Mas, se ela se extinguir, extingue -se
tudo.»
(2) Alusão à afirmação de Dmitri Písarev, escritor russo da segunda metade do século XIX, que disse que, para o homem do
povo, um par de botas valia mais do que toda a obra de Shakespeare ou que toda a obra de Pushkin.