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Políticas de Saú de

UNIDADE I

 Política: ciência →construção coletiva do bem comum


 Política de Saúde: organizar setores → necessidades de saúde da população
 Saúde (OMS): “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente
ausência de doenças ou enfermidades” → conceito amplo
 Saúde Pública: medidas executadas pelo Estado → políticas públicas
 Art. 196 (CF): “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação”.

História da Saúde no Brasil

Período Colonial (1500 a 1822):

 Imundície
 Doenças pestilenciais
 Carência de médicos
 Barbeiros, boticários e curandeiros
 Pobres → instituições filantrópicas (Santas Casas de Misericórdia)
 Atividades de saúde pública restritas → controle dos navios e saúde dos portos
 1808: 1ª organização nacional de Saúde Pública → Serviço de Saúde dos Portos

Período Imperial (1822 a 1889):

 Industrialização → êxodo rural → crescimento dos centros urbanos →doenças nas


cidades.
 Morte por doenças contagiosas →desinfecção de casas e estabelecimentos
 Saúde dos trabalhadores → interesse econômico das elites
 Vacinação compulsória contra varíola (crianças)

Junta Central de Higiene Pública (1851):

 Criação → epidemia de febre amarela


 “Polícia sanitária” → visita a lugares que pudessem prover dano à saúde pública

República (após 1889):

 Epidemia de doenças transmissíveis (febre amarela, malária, varíola, peste)


 Navios estrangeiros: não queriam atracar no Brasil
 Campanhas sanitárias: controle das epidemias → “nascedouro da saúde pública”
 Medidas centralizadas, verticalizadas
 Modelo de atenção à saúde “autoritária”
 Oswaldo Cruz: Diretoria-Geral de Saúde Pública; combate à febre amarela; ações
sanitárias; vacinação contra varíola
 Carlos Chagas: reorganizou Serviços de Saúde Pública; combate à malária e outras
doenças tropicais

Revolta da Vacina:

 Vacinação contra varíola: obrigatória


 Insatisfação popular
 1904: protestos populares →
vacinação opcional
 1907 e 1908: epidemia de varíola
 População em busca da vacina

Era Vargas (1930-1964):

 “Modelo médico assistencial privatista”


 Medicina curativa, individualizada
 Medicina liberal X Medicina filantrópica
 Demanda espontânea
 Saúde dos trabalhadores: financiada pelo Estado (previdência)
 Consumo elevado de consultas médicas, insumos, exames

Regime Autoritário (1964-1984):

 “Modelo médico assistencial privatista”


 Ausência de critérios para compra de serviços privados → crise financeira
 Prática médica: incapaz de solucionar problemas de saúde coletiva
 Universidades, associações → questionamentos: Coletivo X Individual; Ações
preventivas X curativas; Saúde pública X atenção médica privatista

Programa de Ações Integradas de Saúde (PAIS) - 1982:

 Ênfase na atenção primária


 Racionalização nos procedimentos de alto custo

“Nova República” (1985-1988):

 “Movimento sanitário”

1986: VIII Conferência Nacional de Saúde:


 Participação social
 Concepção ampliada de saúde
 Saúde como direito universal e dever do Estado

Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS) - 1987:

 Transição para o Sistema Único de Saúde (SUS)

Seguridade Social

 Artigo 194 (CF): “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.
 Universalidade
 Financiamento: toda a sociedade
 Saúde
 Previdência Social Seguridade Social
 Assistência Social

História da Seguridade Social

Lei Eloy Chaves (4.682/ 1923):

 Base da previdência
 Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP): contribuição mensal dos
trabalhadores → aposentadoria, pensão e assistência médica
 1933: Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP): por categoria profissional
 Década de 60: uniformização dos IAPs; início da Ditadura Militar

Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS) - 1977:

 Integração entre previdência social, assistência social e assistência médica

Assistência Social

 Até década de 30: pobreza não era uma questão social → “caso de polícia”
 1938: Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS) → primeira iniciativa brasileira no
âmbito da Assistência Social
 1974: Ministério da Previdência e Assistência Social → política de combate à pobreza
 CF: Assistência Social → componente da Seguridade Social
 1993: Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS)
 2004: Política Nacional de Assistência Social (PNAS)
 LOAS (1993): Assistência Social → “política de Seguridade Social não contributiva, que
provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades
básicas”.
 PNAS (2004): “incorporar as demandas presentes na sociedade brasileira no que tange
à responsabilidade política da efetivação da assistência social como direito de
cidadania e dever do Estado”.
 Sistema Único de Assistência Social (SUAS): regular e organizar as ações
socioassistenciais no Brasil
 Centro de Referência em Assistência Social (CRAS)

Previdência Social

 Cobertura de doenças, invalidez, idade avançada e morte


 Proteção à maternidade
 Salário-família e auxílio-reclusão
 Pensão do cônjuge/ companheiro e dependentes
 Valor mínimo: salário mínimo

Aposentadoria:

 Idade → homens: 65 anos e mulheres: 60 anos


 Anos de contribuição → homens: 35 e mulheres: 30
 Trabalhadores rurais e professores: outras regras
 Sistema especial para ↓ renda

Sistema Único de Saúde (SUS)

 Sistema: forma de organização de recursos → três esferas de governo


 Único: mesmos princípios em todo o território nacional
 Década de 80: exclusão do direito à saúde da maioria → movimentos sociais →
redemocratização, melhoria na saúde
 1986: VIII Conferência Nacional de Saúde
 1988: CF
 Artigos 196, 198 e 199 da CF
 Leis 8.080/ 1990 e 8.142/ 1990
 Normas Operacionais Básicas (NOBs)

CF:

 Artigo 196: “a saúde é direito de todos e dever do Estado”


 Artigo 198: “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único”
 Artigo 199: “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada”
 Lei 8.080/ 1990: condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde;
organização e funcionamento dos serviços
 Lei 8.142/ 1990: participação social na gestão do SUS; transferência de recursos
financeiros
 NOBs: responsabilidades e atribuições governamentais
Princípios doutrinários do SUS

Universalidade:

 Saúde para todo cidadão


 Direito de cidadania

Equidade:

 Justiça social → todo cidadão é igual perante o SUS


 Atendido conforme necessidades

Integralidade:

 Homem é um ser integral → sistema integral


 Ações e serviços em todos os níveis de assistência

Regionalização:

 Regiões → particularidades; serviços de saúde disponíveis

Hierarquização:

 Complexidade da assistência → primária, secundária e terciária

Resolubilidade:

 Resolver o problema no seu nível

Descentralização:

 Redistribuição das responsabilidades em cada esfera de governo

Participação popular:

 Conselhos / Conferências

Complementariedade do setor privado


Níveis de atenção à saúde

 Princípio da Hierarquização: níveis de complexidade da assistência


 Atenção primária: promoção da saúde

Exemplos de ações, programas e políticas do SUS

 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)


 Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 horas)
 Farmácia Popular
 Centros de Atenção Psicossocial (Caps)
 Centro de Especialidades Odontológicas (CEO)
 Melhor em Casa
 Academia da Saúde
 Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD)
 Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)
 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
 Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)
Financiamento do SUS

Limites mínimos:

 União: gastos iguais aos do ano anterior (correção pela variação do PIB)
 Estados: 12% da receita para a Saúde Pública
 Municípios: 15%
 Gestão e administração: Fundos Nacional, Estadual e Municipal de Saúde
 Transferência regular e automática: fundo a fundo (obrigatória)
 Remuneração por serviços realizados: pagamentos por instituições cadastradas no
SUS
 Convênios: financiamentos específicos
 Recursos para cada bloco de financiamento : para contas-correntes específicas
 Mais flexibilidade para aplicar recursos de cada bloco

Controle social do SUS

 Lei 8.142/ 1990

Conselhos de Saúde:

 Planejamento das políticas públicas e da gestão do SUS


 Fiscalização das ações do governo
 Composição: 50% usuários, 25% trabalhadores e 25% prestadores de serviços e
gestores
 Conass e Conasems
 Participa SUS: política para fortalecer participação → controle social, ouvidorias,
pesquisas de satisfação, ações de educação popular em saúde, direitos dos usuários,
promoção da equidade
Antes do SUS X Depois do SUS

 Centralização dos recursos e do poder na esfera federal X Processo de municipalização


 Ações voltadas para a atenção curativa e medicamentosa X Ações voltadas para a
prevenção, promoção e recuperação da saúde
 Serviços exclusivos para trabalhadores formais (contribuintes) X Todos os indivíduos
têm direito à saúde
 Não participação da comunidade X Controle social através dos Conselhos e
Conferências de saúde

UNIDADE II
Conferências sobre Promoção da Saúde

 Eventos que reúnem representantes dos vários segmentos sociais → avaliação do


sistema de saúde; formulação de políticas para o seu desenvolvimento
 Objetivos principais: avaliar a situação de saúde; propor diretrizes para a formulação
da política de saúde
 Brasil: regulamentadas pela Lei nº 8.142/ 1990
 Conferências internacionais : participação de setores como OMS, OPAS, Unicef →
cartas e declarações (documentos de referência: construção coletiva sobre o tema)

Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde (URSS - 1978) → Declaração de


Alma-Ata:

 Conceito de saúde da OMS


 Saúde como direito humano
 Atenção primária à saúde
 Desigualdade entre países: inaceitável
 Desenvolvimento econômico e social → “Saúde para Todos no ano 2000”: ↓diferenças
entre países
 Cuidados primários em saúde → participação de todos; cooperação internacional

I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Canadá - 1986) → Carta de Ottawa:

 Principal marco de referência da promoção da saúde em todo o mundo


 Promoção da saúde: “capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua
qualidade de vida e saúde” → maior participação no controle desse processo
 Pré-requisitos para a saúde: paz, educação, habitação, alimentação, renda,
ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade
 Cinco campos de ação:
1) Implementação de políticas públicas saudáveis;
2) Criação de ambientes saudáveis;
3) Capacitação da comunidade;
4) Desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas;
5) Reorientação de serviços de saúde;

II Conferência Internacional sobre Promoção à Saúde (Austrália - 1988) → Declaração de


Adelaide:

 Políticas públicas saudáveis


 Parcerias: governo, ONGs, sindicatos, associações acadêmicas...
 Áreas de ação: saúde da mulher; alimentação e nutrição; tabaco e álcool; ambientes
saudáveis

III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde :(Suécia – 1991) → Declaração de


Sundsvall:

 Ambientes favoráveis e promotores da saúde


 Extrema pobreza → risco
 Equidade; ações do setor público

IV Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Indonésia, 1997) → Declaração de


Jacarta:

 Primeira a envolver setor privado


 Reforçou campos de ação da Carta de Ottawa
 Responsabilidade social,↑ investimentos, parcerias, ação comunitária
 OMS: formar aliança mundial de promoção da saúde

V Conferência Internacional de Promoção da Saúde (México, 2000) → Declaração do México:

 Promoção da saúde → prioridade das políticas


 Identificação de prioridades
 Redes nacionais e internacionais

VI Conferência (Tailândia, 2005) → Carta de Bangkok:

 Efeitos da globalização na saúde


 Promoção da saúde: preocupação e responsabilidade no desenvolvimento global

VII Conferência (Quênia, 2009) → Carta de Nairóbi:

 Partilha de experiências em cuidados primários


 Análise da relação custo-eficácia

VIII Conferência (Finlândia, 2013)→ Carta de Helsinki:

 Troca de vivências e orientações


 Saúde em Todas as Políticas
Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)

 Aprovada pela Portaria 687/ 2006; redefinida pela Portaria 2.446/ 2014
 Ampliação do conceito de Promoção da Saúde → conjunto de estratégias (âmbito
individual e coletivo)
 Princípios: equidade, participação social, autonomia, empoderamento, inter e
intrassetorialidade, sustentabilidade, integralidade, territorialidade
 Divisão de responsabilidades entre esferas de governo
 Temas prioritários
 Redes de Atenção à Saúde: conjunto de serviços de saúde → objetivos comuns,
atenção contínua e integral.

Sistemas de Atenção à Saúde

 “Conjunto de relações políticas, econômicas e institucionais responsáveis pela


condução dos processos referentes à saúde de uma dada população que se
concretizam em organizações, regras e serviços que visam a alcançar resultados
condizentes com a concepção de saúde prevalecente na sociedade”
 Atribuição: soluções de problemas relativos à saúde
 Interferências: financiamento, relação dos setores público e privado, gestão política,
características da sociedade...
 Importante setor da atividade econômica
 Arena política de disputa e poder→ partidos políticos, movimentos sociais, sindicatos,
grupos de interesse

Modelos de Sistemas de Atenção à Saúde

 Universalista: financiamento público; gestão do Estado; acesso universal


 Seguro social: financiamento de empresários e trabalhadores; acesso aos contribuintes
e familiares
 Assistencialista: saúde não é direito de todos; assistência do Estado apenas aos que
não conseguem se responsabilizar pela sua saúde; ações para vulneráveis
 Seguros privados: saúde como mercadoria
 SUS: hierarquização da atenção à saúde (baixa, média e alta complexidade)

Hierarquização da atenção à saúde


Sistemas de Atenção à Saúde no mundo

Estados Unidos:

 Não há sistema público de saúde


 Programas financiados pelo governo: Medicare ( >65 anos, deficientes, sem condições
de trabalhar); Medicaid (pessoas abaixo da linha da pobreza); programa para
veteranos das forças armadas.
 Demais: precisam adquirir seu próprio plano de saúde
 Quem não têm plano de saúde: atendidos gratuitamente em casos de emergência
 Obamacare (2010): empresas com + 50 funcionários devem oferecer plano; regras
rígidas para operadoras
 Trumpcare (2017): modificações → flexibilização das regras para operadoras

Canadá:

 “Medicare”
 Princípios: universalidade, administração pública, abrangência, acessibilidade,
portabilidade
 Todos têm acesso ao mesmo tratamento → planos privados: apenas para serviços não
cobertos pelo sistema público

França:

 Sistema misto (público e privado)


 Livre escolha de profissionais e estabelecimentos
 Programa de seguro público compulsório → pagamento direto pelos usuários
(reembolso parcial)

Espanha:

 “Sistema Nacional de Saúde”


 Universalidade; equidade
 Financiamento público
 Gratuidade no acesso

Reino Unido:
 Gestão separada dos países → acesso unificado
 Gratuito
 Atenção primária e secundária
 De acordo com necessidade de todos

Japão:

 “Cobertura Universal de Saúde do Japão”


 Universal; gratuito; equitativo
 Maiores de 75 anos: inscritos em sistema separado (“Sistema de Saúde Vida Longa”)
→ pagam valor residual Ações preventivas; tecnologias

Cuba:

 Modelo centralizado e estatal; estrutura vertical


 Medicina preventiva
 Recursos limitados → com resultados semelhantes aos das nações desenvolvidas

Atenção Básica à Saúde

 Atenção Básica (AB) = Atenção Primária à Saúde (APS)


 Porta de entrada do sistema de saúde
 Médico generalista, centrada na família e comunidade
 Sistemas orientados pela AB: ↓custo ↑ satisfação → prevenção
 Prevenção primária: evitar doença → vacinas; incentivo à alimentação saudável
 Prevenção secundária: início da doença → campanhas de prevenção do câncer
 Prevenção terciária: estágio tardio da doença
 Prevenção quaternária: evitar ações desnecessárias
 Prevenção primordial: promoção da saúde

Redes de Atenção à Saúde


Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)

 Aprovada pela Portaria nº 2.488/2011, revogada pela Portaria nº 2.436/2017


 Estratégia Saúde da Família (ESF): prioritária para expandir e consolidar a AB
 Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e equipes de Atenção Básica
(eAB): alternativas à ESF
 Equipes de atenção para populações específicas : consultórios na rua; populações
ribeirinhas
 Equipes de Saúde Bucal
 Eixos da AB: promoção e proteção da saúde; prevenção de agravos; diagnóstico;
tratamento; reabilitação; manutenção da saúde
 Atributos: longitudinalidade; integralidade

Estratégia Saúde da Família (ESF)

 1994: Programa Saúde da Família


 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF)
 Cuidado centrado no sujeito e na família
 Equipe mínima da ESF: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 6 ACS
 ACS: vínculo entre população e equipe de saúde
 Cada ACS: até 750 pessoas; cada ESF: de três a 4,5 mil pessoas
 EACS: equipe com 12 ACS e 1 enfermeiro
 Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) : demais
profissionais → apoio à ESF (até 9 equipes de ESF por NASF-AB)
 Territorialização: área de abrangência definida
 ACS: mapeamento de cada microárea
Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS)

 Lançada em 2003
 Humanizar: incluir as diferenças nos processos de gestão e de cuidado
 Mudanças nos modos de gerir e cuidar
 Construída de forma coletiva e compartilhada
 Comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários → “motor” de mudanças
 Princípios: transversalidade; indissociabilidade entre atenção e gestão; protagonismo,
corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos
 Diretrizes: acolhimento; gestão participativa e cogestão; ambiência; clínica ampliada
e compartilhada; valorização do trabalhador; defesa dos direitos dos usuários

Saúde Suplementar

 Art. 199 (CF): A assistência à saúde é livre à iniciativa privada


 § 2°: É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às
instituições privadas com fins lucrativos
 Art. 4, § 2º (Lei 8080/ 1990): A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único
de Saúde - SUS, em caráter complementar
 Compra direta pelo usuário ou com intermediação de terceiros → pagamento para
utilização dos serviços: “exigência básica”
 Beneficiário: pessoa física que possui vínculo com a operadora
 Cobertura assistencial: direitos adquiridos a partir da contratação do plano (serviços,
procedimentos, tratamentos)
 Expansão dos planos de saúde: entre décadas de 70 e 80
 Até 1998 não existia regulamentação → Lei 9.656/ 1998: dispõe sobre planos e
seguros privados de assistência à saúde
 Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/ 1990)

Regulamentação - Lei 9.656/ 1998

 Períodos máximos de carência


 Cobertura das despesas quando é de direito a presença do acompanhante a menores
de 18 anos
 Cobertura assistencial do recém-nascido 30 dias após o parto
 Inscrição de filho adotivo < 12 anos aproveitando carência do adotante
 Indisponibilidade de leitos: acomodação em modalidade superior sem custo adicional
 Cobertura mínima
 Itens excluídos

Regulamentação
 Migração de categoria no mesmo plano de saúde → beneficiário não precisa
cumprir nova carência
 Taxa de disponibilidade: cobrança indevida
 Mecanismos opcionais: franquia e coparticipação
 Franquia: limite de valor (até operadora não ter responsabilidade de cobertura)
 Coparticipação: paga valor à parte (por evento)

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS):

 Lei 9961/ 2000


 Regula e fiscaliza o mercado de saúde suplementar

Sistema de Saúde no Brasil

 Saúde suplementar: alternativa assistencial → Melhor acesso? Melhor qualidade?

SUS Suplementar
 Público (Constitucional)  Privado
 Financiado através de impostos  Financiado por indivíduos/
 Universal empresas
 Excludente

 Saúde Suplementar: ênfase na doença; atendimento por demanda espontânea; não


realiza promoção da saúde
 Desafio ético: saúde como direito (benefício) X saúde como mercadoria (negócio)

Organizações Sociais de Saúde (OSS)

 Novo modelo de administração pública


 Terceiro setor da economia: instituições privadas com fins públicos e sem fins
lucrativos → atividades de interesse coletivo
 Publicização : sistema de parceria entre Estado e sociedade para seu financiamento e
controle → repasse de recursos orçamentários públicos
 Estado repassa seu papel de executor/ prestador direto de serviços → regular e
subsidiar financeiramente estes serviços
 OSS têm autonomia administrativa
 Expansão do setor privado respaldada pelo Estado
 Substitutivas da gestão estatal

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